Partição de Assimilados em Crotalaria juncea sob Dois Espaçamentos de Cultivo

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Transcrição:

Partição de Assimilados em Crotalaria juncea sob Dois Espaçamentos de Cultivo Flívia Fernandes de Jesus 1 ; Mário Guilherme de Biagi Cava 2 ; Diogo Franco Neto 2 ; Paulo César Timossi 3 1. Bolsista PVIC, Universidade Estadual de Goiás, Unidade Universitária de Ipameri (UEG- UnU- Ipameri), CEP: 75780-000, Brasil. e-mail: fliviafernandes@hotmail.com 2.Bolsista PVIC, UEG,UnU-Ipameri, 3. Orientador professor do curso de Agronomia, Universidade Federal de Goiás - Campus Jataí, Unidade Jatobá, CEP: 75801-615, Brasil, e-mail: ptimossi2004@yahoo.com.br PALAVRAS-CHAVE: Adubação verde, análise de crescimento, espaçamento de cultivo 1. INTRODUÇÃO O aperfeiçoamento da agricultura tem levado diversos produtores rurais a fazerem o uso de técnicas que proporcionam a manutenção ou a melhoria do potencial produtivo dos sistemas agrícolas. Dentre estas, a adubação verde tem se destacado (CARVALHO e AMABILE, 2006). De acordo com Calegari et al. (1993), a adubação verde se caracteriza pela utilização de plantas em rotação, sucessão ou consorciação com as culturas, incorporadas ou não ao solo. Dentre as espécies de adubo verde, a Crotalaria juncea se destaca pelo seu potencial na produção de biomassa com alto teor de nitrogênio, sendo decomposta e incorporada ao solo facilmente (ARANTES, CARVALHO Jr. e MORAES, 1995). Além disso, é preconizada face ao seu crescimento rápido e eficiência na competição com plantas daninhas (AMABILE, FANCELLI e CARVALHO, 2000). Em geral, apresenta resposta ao fotoperíodo, comportando como planta de dias curtos, pois, á medida que a semeadura é atrasada ocorre redução na produção de fitomassa. Para avaliar o comportamento de plantas sobre diferentes sistemas de manejos, a análise de crescimento é fundamental, pois descreve as mudanças na produção vegetal em função do tempo, o que não é possível com o simples registro do rendimento. É um dos primeiros passos na análise de produção primária, caracterizando-se como uma união entre o registro simples do rendimento e a análise das culturas por meio de métodos fisiológicos, 1

podendo ser utilizada para conhecer a adaptação ecológica das plantas a novos ambientes, e aos efeitos de sistemas de manejo e a capacidade produtiva (BENINCASA, 2003; URCHE, RODRIGUES e STONE, 2005). Visto a importância de estudos de índices fisiológicos visando caracterizar diferenças de comportamento de diferentes tipos de cultivo de plantas, objetivou-se avaliar o desenvolvimento de Crotalaria juncea submetida a dois espaçamentos de cultivo quanto à altura de plantas e acúmulo de massa seca total (MST) e em suas respectivas unidades estrutural. 2. MATERIAL E MÉTODOS O projeto foi implantado no ano agrícola de 2007/2008, em área pertencente à Universidade Estadual de Goiás - UnU de Ipameri-GO, sob o sistema convencional de preparo do solo, com uma operação com grade pesada e duas com niveladora. A semeadura foi realizada manualmente, em sulco e a lanço, no dia 12 de janeiro. Na condução do projeto, não foi realizado qualquer tipo de trato cultural. A Crotalaria juncea, espécie adotada, foi semeada em linhas (espaçamento de 0,5m) e a lanço, na proporção de 30 kg/ha de sementes, com incorporação superficial (2 a 3 cm). No cultivo em linhas, foram semeadas 12 linhas com 8m de comprimento, espaçadas a 0,5m. Cada parcela era composta por 48 m 2. No cultivo a lanço, realizou-se a distribuição das sementes ao acaso, dentro da área pertencente à parcela. Foram feitas avaliações de altura, massa seca total (MST) e partição de assimilados das plantas em 10 épocas, entre 14 e 114 dias após a semeadura (DAS), em intervalos regulares de 14 dias, de acordo com metodologia proposta por Benincasa (2003). A medição das plantas foi realizada com régua graduada. Para tal, adotou-se a medição de três plantas por época de coleta. Após a medição das plantas, suas diferentes partes eram separadas em folhas, caule e vagens e, levadas para câmara de ventilação forçada a 70 C e mantidas até atingir massa constante. As mesmas eram pesadas em balança de precisão e realizadas a tabulação dos dados. 2

De posse dos dados, adotou-se a interpolação dos resultados através de análises de correlação dos resultados, procurando comparar as situações de cultivo propostas. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO A Crotalaria juncea, em ambos os tipos de cultivo propostos, apresentou aumento em altura similar (Figura 1), com crescimento das plantas até aos 100 dias após a semeadura (DAS). Figura 1. Médias da altura de plantas de Crotalaria juncea sob diferentes espaçamentos de cultivo. Ipameri-GO, 2008. (Figura 2). Tal situação também ocorreu em relação ao acúmulo de massa seca total Figura 2. Médias do acúmulo de massa seca total das plantas das plantas de Crotalaria juncea sob diferentes espaçamentos de cultivo. Ipameri-GO, 2008. 3

Entretanto, nota-se pequena vantagem para o cultivo a lanço das plantas. Essa sucinta diferença no crescimento e acúmulo de massa seca total possivelmente ocorreu, pois o posicionamento heterogêneo das plantas submetidas à semeadura a lanço pode ter minimizado a competição interespecífica, proporcionando melhores condições para a absorção de água e nutrientes, que são mais demandados no inicio do ciclo. Na figura 3 são apresentadas as médias obtidas com a determinação da partição de assimilados das plantas de crotalária em seus respectivos espaçamentos de semeadura. Pode-se verificar que o acúmulo de massa em folhas é preponderante até aos 56 DAS para o cultivo em linhas enquanto no cultivo a lanço esta característica foi superior até aos 70 DAS, momento em que ocorre suplantação no acúmulo de massa pelos caules das plantas. Figura 3. Partição de assimilados nas plantas de Crotalaria juncea, semeadas em linha (0,5m), determinada a cada 14 dias durante todo o ciclo da cultura. Ipameri-GO, 2008. 4

Quanto ao florescimento e posterior formação de vagens, constata-se na figura, que a semeadura em linhas retardou o acúmulo de massa na formação de grãos em pelo menos duas semanas. Esse retardo, em cultivos visando à produção de sementes, pode interferir nas características de produção da espécie uma vez que a disponibilidade hídrica na região diminui drasticamente a partir de março. A melhor distribuição espacial das plantas na semeadura realizada a lanço, provavelmente proporcionou às plantas de crotalária um melhor aproveitamento de água, nutrientes e luz, resultando na antecipação do florescimento das plantas. 4. CONCLUSÃO De acordo com as condições em que foi conduzido o ensaio, conclui-se que a Crotalaria juncea apresenta comportamento similar quanto à altura de plantas e acúmulo de massa seca total. No entanto, na determinação da partição de assimilados nota-se vatagens quando cultiva a cultura com a semeadura realizada a lanço. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMABILE, R. F.; FANCELLI, A. L.; CARVALHO, A. M. de. Comportamento de espécies de adubos verdes em diferentes épocas de semeadura e espaçamentos na região dos cerrados. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, DF, v. 35, n. 1, p.47-54, 2000. ARANTES, E. M.; CARVALHO Jr, A. G. de; MORAES, L. F. Principais leguminosas utilizadas como adubo verde. Cuiabá: EMPAER-MT, 1995. 13 p. BENINCASA, M.M.P. Análise de crescimento de plantas: noções básicas. Jaboticabal: Funep, 2003. 2ª Ed., 41p. CARVALHO, A.M.; AMABILE, R.F. Cerrado: adubação verde. 1 ed. Planaltina: Embrapa Cerrados. 2006. p 369. CALEGARI, A. et al. Aspectos gerais de adubação verde. In: COSTA, M. B. B. Adubação verde no sul do Brasil. Rio de Janeiro: ASPTA, 1993. p.1-55. URCHE, M.A.; RODRIGUES, J.D.;STONE, L.F. Análise de crescimento de duas cultivares de feijoeiro sob irrigação, em plantio direto e preparo convencional. Pesquisa Agropecuária Brasileira. Brasilia, DF, v. 35, n 3, 2003. 5