Manual de Gerenciamento de Risco de Liquidez - ICVM 558/15

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Manual de Gerenciamento de Risco de Liquidez - ICVM 558/15 Fundos administrados Março de 2018 Credit Suisse Hedging-Griffo Asset Management Partners Gestão de Recursos S.A. Credit Suisse Hedging-Griffo Wealth Management S.A. Credit Suisse Hedging-Griffo Corretora de Valores S.A. Este material foi desenvolvido pela Credit Suisse Hedging-Griffo e não pode ser distribuído, copiado ou reproduzido, no todo ou em partes, sem a autorização expressa da CSHG.

Válido a partir de Março de 2018 Área responsável Autor Contato Idioma original Escopo/destinatários Controle de Risco Credit Suisse Hedging-Griffo list.risco@cshg.com.br Português Público em geral Manual de Gerenciamento de Risco de Liquidez -ICVM 558/15 1

Sumário 1. Introdução 3 2. Critérios de cálculo da liquidez de ativos 4 2.1. Renda fixa 4 2.1.1. Letras Financeiras (LF) 4 2.1.1.1. Cenário normal 4 2.1.1.2. Cenário de estresse 4 2.1.2. Ativos de crédito privado 4 2.1.2.1. Cenário normal 5 2.1.2.2. Cenário de estresse 5 2.1.2.3. Compromissadas com lastro em crédito privado 5 2.1.3. Títulos públicos 5 2.1.3.1. Compromissadas com lastro em título público 6 2.1.4. Títulos públicos em garantia 6 2.2. Renda variável 6 2.2.1. Cenário de estresse 6 2.2.2. Renda variável em garantia 6 2.3. Opções 6 2.3.1. Cenário normal 6 2.3.2. Cenário de estresse 6 2.4. FX Forward 7 2.4.1. Cenário normal 7 2.4.2. Cenário de estresse 7 2.5. Cotas de fundos 7 2.5.1. Cenário normal 7 2.5.2. Cenário de estresse 7 2.6. Swaps 7 2.6.1. Cenário normal 7 2.6.2. Cenário de estresse 7 2.7. Ativos considerados ilíquidos 7 3. Critérios de mensuração do passivo 8 3.1. Cenário normal 8 3.2. Cenário de estresse 8 3.2.1. Metodologia 8 4. Processo de controle de liquidez 10 4.1.1. Coleta 10 4.1.2. Modelagem 10 4.1.3. Análise 10 4.1.4. Ações 10 5. Relatórios 11 Manual de Gerenciamento de Risco de Liquidez -ICVM 558/15 2

1. Introdução O presente documento tem como objetivo definir as metodologias e as políticas de controle para o gerenciamento do risco de liquidez das carteiras dos fundos de investimento administrados pela Credit Suisse Hedging-Griffo respeitando as diretrizes identificadas na Instrução CVM nº 555/2014 e na Instrução CVM nº 558/2015. O documento também está em conformidade com a Deliberação nº 56 da Anbima, com base nas Diretrizes de Gerenciamento de Risco de Liquidez (versão de janeiro de 2015). Define-se o risco de liquidez como: a possibilidade de o fundo não conseguir honrar eficientemente suas obrigações esperadas e inesperadas, correntes e futuras, inclusive aquelas decorrentes de vinculação de garantias, sem afetar suas operações diárias e sem incorrer em perdas significativas; e a possibilidade de o fundo não conseguir negociar a preço de mercado uma posição, devido ao seu tamanho elevado em relação ao volume normalmente transacionado ou em razão de alguma descontinuidade no mercado. Para estimar o risco de liquidez, a CSHG desenvolveu um modelo que será apresentado ao longo deste documento. O presente documento é revisado anualmente. Manual de Gerenciamento de Risco de Liquidez -ICVM 558/15 3

2. Critérios de cálculo da liquidez de ativos Para calcular a liquidez dos ativos, o modelo se baseia em dois cenários: o cenário normal e o cenário de estresse. Vale ressaltar que o cenário de estresse tem como objetivo reproduzir cenários críticos de falta de liquidez dos ativos das carteiras dos fundos e tem como base o artigo 91 da CVM 555, segundo o qual O administrador deve submeter a carteira do fundo a testes de estresse periódicos com cenários que levem em consideração, no mínimo, as movimentações do passivo, a liquidez dos ativos, as obrigações e a cotização do fundo. 2.1. Renda fixa Para o tratamento da liquidez, os ativos de renda fixa são divididos em três grupos: letras financeiras, ativos de crédito privado e títulos públicos, conforme apresentados abaixo. 2.1.1. Letras Financeiras (LF) Para a analisar a liquidez de LFs, é feito um estudo do emissor, sendo este classificado pelo tamanho da instituição (de maior / menor liquidez). O bancos de maior liquidez estão listados abaixo. Os bancos não listados serão considerados bancos de menor liquidez. Esta lista é ajustada periodicamente. Bancos de maior liquidez Bradesco Banco do Brasil Caixa Econômica Citibank Credit Suisse HSBC Itaú Santander 2.1.1.1. Cenário normal A liquidez para as LFs de bancos de maior liquidez é de R$ 20 milhões por dia e para as LFs de bancos de menor liquidez é de R$ 2,5 milhões por dia. Em ambos os casos, os valores são por ativos. 2.1.1.2. Cenário de estresse A liquidez de estresse para as LFs de bancos de maior liquidez é de R$ 10 milhões por dia e para as LFs de bancos de menor liquidez é de R$ 1 milhão por dia. Em ambos os casos, os valores são por ativos. 2.1.2. Ativos de crédito privado Com exceção das Letras Financeiras e dos ativos de crédito privado com liquidez diária, a liquidez dos ativos de renda fixa é calculada com base no arquivo divulgado pela Anbima na Metodologia de Cálculo da Liquidez para Fundos com Investimentos em Ativos de Crédito Privado (versão de maio de 2015). Os ativos de renda fixa seguirão esse tratamento em todos os tipos de fundos, independentemente da concentração do patrimônio líquido em ativos de crédito privado. Para calcular a liquidez dos ativos, deverão ser levados em consideração os prazos dos ativos, decompostos por fluxo de pagamento. Para fins de cálculo da liquidez da carteira dos fundos, a Manual de Gerenciamento de Risco de Liquidez -ICVM 558/15 4

duration do ativo será considerada como seu prazo. Em simulações de estresse de liquidez, considerase o prazo médio. Esses prazos deverão ser multiplicados pelo Fator de Liquidez 1 ( Fliq1 ) e pelo Fator de Liquidez 2 ( Fliq2 ), obtendo-se um fator redutor do prazo do título: Fliq1 = Fator de Liquidez 1, que incorpora a característica de liquidez do instrumento. Fliq2 = Fator de Liquidez 2, que discrimina títulos com maior grau de negociabilidade (inicialmente debêntures), obtidos a partir dos principais indicadores de liquidez. Os valores utilizados de Fliq1 e Fliq2 são divulgados pela Anbima no link http://www.anbima.com.br/pt_br/autorregular/codigos/fundos-de-investimento.htm, na tabela do Anexo Diretrizes de Gerenciamento de Liquidez Fatores de Liquidez (FLIQ1 e FLIQ2) e são atualizados periodicamente pelo próprio órgão da Anbima. Caso algum ativo não esteja listado, deverá ser adotado o percentual mais conservador (100%). Para ativos de crédito privado com liquidez diária, é considerada uma liquidez de 100% do valor no primeiro dia útil (D+0). 2.1.2.1. Cenário normal Para obtenção do prazo final dos ativos ajustado pela liquidez, deve se multiplicar o duration do ativo pelo redutor do título. Sendo que : Para ativos Onshore Prazo ajustado = Duration x Fliq1 x Fliq2 Para ativos Offshore Prazo ajustado = Duration, se na base não houver duration, adota-se o prazo igual ao vencimento. 2.1.2.2. Cenário de estresse Para obter o prazo final de estresse dos títulos ajustado pela liquidez, deve-se multiplicar o prazo médio do ativo pelo redutor do título. Sendo que: Para ativos Onshore Prazo ajustado = Prazo médio x Fliq1 x Fliq2 Para ativos Offshore Prazo ajustado = Prazo médio, se na base não houver prazo médio, adota-se o prazo igual ao vencimento. 2.1.2.3. Compromissadas com lastro em crédito privado Para as operações compromissadas com lastro em crédito privado, a liquidez segue o modelo de crédito privado apresentado acima. 2.1.3. Títulos públicos A metodologia adotada para títulos públicos é simular à apresentada para ativos de crédito privado, sendo adotado o Fliq1 = 0, ou seja o ativo tem liquidez em D+0. Manual de Gerenciamento de Risco de Liquidez -ICVM 558/15 5

2.1.3.1. Compromissadas com lastro em título público Para as operações compromissadas com lastro em títulos públicos, a liquidez segue o modelo do lastro, ou seja, ocorre em D+0. 2.1.4. Títulos públicos em garantia Os ativos de títulos públicos depositados em garantia em valor excedente ao valor de margem de garantia exigida são liquidados em D+0. 2.2. Renda variável Para a renda variável, consolida-se a posição do ativo na carteira, para depois se analisar a liquidez do ativo. A liquidez das ações é definida por um modelo que fixa os preços das ações para 252 dias e combina com o volume estimado, resultando no valor da liquidez. O preço fixado é o último preço divulgado antes da análise. Para o volume de negociação, adota-se 20% da média de volume diário dos últimos 21 pregões. De posse do volume e do preço da ações, calcula-se a liquidez da renda variável para 252 dias. O modelo de liquidez para os fundos imobiliários negociados em Bolsa segue o mesmo modelo de renda variável apresentado acima. 2.2.1. Cenário de estresse Para o cenário de estresse, replicamos o modelo usando o cenário normal, penalizando o financeiro liberado por meio de um fator. Atualmente, esse fator está em 80%, mas pode ser alterado a qualquer momento, caso seja necessário. 2.2.2. Renda variável em garantia Os ativos de renda variável depositados em garantia em valor excedente ao valor de margem de garantia exigida são liquidados em função da ordem decrescente de liquidez, conforme os respectivos volumes de negociação (20% da média de volume diário dos últimos 21 pregões). 2.3. Opções Para as opções, consolida-se a posição do ativo na carteira, dividindo esse ativo em três grupos: opção de ação, opção flexível e opção de futuro. O tratamento da liquidez dessas três classes de opções é semelhante e está apresentado abaixo. 2.3.1. Cenário normal A liquidez das opções para o cenário normal é definida como 80% do valor do mercado na data de referência (D+0), sendo essa liquidez estimada para D+1. 2.3.2. Cenário de estresse Para o cenário de estresse, aplica-se uma penalidade adicional de 20% do valor de mercado das opções em relação ao cenário normal, com a liquidação em D+1. Manual de Gerenciamento de Risco de Liquidez -ICVM 558/15 6

2.4. FX Forward 2.4.1. Cenário normal A liquidez dos contratos de FX Forward para o cenário normal é definida como 80% do valor do mercado na data de referência (D+2). 2.4.2. Cenário de estresse Para o cenário de estresse, aplica-se uma penalidade adicional de 20% do valor de mercado dos contratos a termo em relação ao cenário normal, com a liquidação esperada para dois dias úteis. 2.5. Cotas de fundos Para calcular a liquidez das aplicações em cotas de fundos, considera-se o prazo de pagamento dos resgates previsto em seus respectivos regulamentos. Os prazos de carência para resgate de cotas, quando existentes, são considerados para fins de cálculo de liquidez. 2.5.1. Cenário normal Para o cenário normal, é considerado o valor integral do resgate de cotas. 2.5.2. Cenário de estresse Para o cenário de estresse, é considerado 80% do valor do resgate de cotas. 2.6. Swaps 2.6.1. Cenário normal A liquidez dos swaps para o cenário normal é definida como 80% do valor do mercado na data de referência (D+2). 2.6.2. Cenário de estresse Para o cenário de estresse, aplica-se uma penalidade adicional de 20% do valor de mercado dos swaps em relação ao cenário normal, com a liquidação esperada para dois dias úteis. 2.7. Ativos considerados ilíquidos Os ativos considerados ilíquidos no modelo são: Fundos de Investimento em Participações (FIPs); Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) e Fundos de Investimento Imobiliários (FIIs) que não sejam negociados em Bolsa. Manual de Gerenciamento de Risco de Liquidez -ICVM 558/15 7

3. Critérios de mensuração do passivo Para calcular a liquidez do passivo, o modelo trabalha com dois cenários: o cenário normal e o cenário de estresse. Vale ressaltar que o cenário de estresse tem como objetivo reproduzir cenários críticos para as movimentações de passivo e tem como base o artigo 91 da CVM 555, segundo o qual o administrador deve submeter a carteira do fundo a testes de estresse periódicos com cenários que levem em consideração, no mínimo, as movimentações do passivo, a liquidez dos ativos, as obrigações e a cotização do fundo. 3.1. Cenário normal Para o cenário normal, a liquidez do passivo dos fundos de investimento considera: operações previamente agendadas, porém não liquidadas; prazo de resgate de cotas do fundo, previsto em regulamento. Com as informações citadas acima, o SRM consolida o total de resgates e aplicações agendados para o fundo, compondo assim uma curva de liquidez de passivo aplicando a saída e entrada de recursos ao longo do tempo. 3.2. Cenário de estresse 3.2.1. Metodologia Para adequar o modelo interno de monitoramento de risco em situação de estresse ao artigo 91 da Instrução CVM nº 555/2014, implementa-se uma metodologia para o estresse do passivo em que se leva em conta o número de cotistas e o histórico dos resgates para diferentes grupos de fundos com base em critérios estatísticos consistentes e verificáveis. Esses critérios devem ser revistos anualmente. Nosso modelo é calibrado levando em conta o histórico e as características específicas dos fundos dos quais a Credit-Suisse Hedging Griffo é administradora. Considerando-se que a maior parte dos fundos que administramos são da nossa plataforma de Private Banking (oferecidos a investidores qualificados ou professionais com baixíssima dispersão de propriedade das cotas), nossa metodologia divide o universo de fundos em três grupos distintos, segundo o número de cotistas no passivo. A. Fundos com menos de 20 cotistas (Grupo 1) B. Fundos que têm entre 20 e 100 cotistas (Grupo 2) C. Fundos com mais de 100 cotistas (mutual funds da nossa plataforma de fundos abertos) (Grupo 3) Para os fundos do Grupo 1 e do Grupo 3, foi analisada a série histórica dos fundos do CS nos últimos cinco anos. Com isso, geramos histogramas de resgates (em termos percentuais) ao longo do tempo. Com base nesse estudo, traçamos uma curva de estresse para os resgates com 95% de confiança. Como os fundos do Grupo 1 têm uma quantidade reduzida de cotistas gerando uma concentração maior de recursos por cotistas do que os demais grupos analisados, o modelo começa a contar a partir da data da liquidação, um mínimo de 5% de resgates para a curva projetada de estresse com o intuito de ser mais conservador com esse segmento. Manual de Gerenciamento de Risco de Liquidez -ICVM 558/15 8

Como os fundos administrados pela CSHG estão concentrados principalmente nos Grupos 1 e 3, a curva de estresse para o Grupo 2 será construída com base nas outras duas curvas dos demais grupos, utilizando ponderação pela dispersão de propriedade das cotas. Apesar de se ter uma curva de estresse bem definida para os três grupos, sempre se leva em consideração os resgates previamente agendados, fazendo sempre o caso mais conservador entre a curva projetada e os resgates agendados. Manual de Gerenciamento de Risco de Liquidez -ICVM 558/15 9

4. Processo de controle de liquidez Para o tratamento do risco de liquidez, a área de SRM realiza um controle diário da liquidez dos fundos com os cenários de ativos e passivos apresentados anteriormente, sendo esse processo apresentado abaixo. 4.1.1. Coleta O processo de controle do risco de liquidez é realizado diariamente e se inicia com o recebimento da carteira dos fundos administrados da CSHG. Com a carteira consolidada dos fundos, a área de SRM aplica o modelo de liquidez desenvolvido internamente para todos os fundos. 4.1.2. Modelagem O modelo aplicado pela CSHG consiste em dois cenários para os ativos e passivos do fundo: cenário normal e cenário de estresse. Simulados os cenários, os ativos e passivos são consolidados. Após a consolidação, para ativos de renda fixa, o valor de margem de garantia requisitada é descontado, sendo esse coletado por intermédio do custodiante, resultando na quantificação do risco de liquidez. 4.1.3. Análise Após o cálculo de liquidez, a SRM analisa o output do modelo para verificar se algum sinal de aleta ( flag ) foi levantado. Existem dois tipos de flag: em situação normal e em situação de estresse. O flag de Desenquadro em Situação Normal indica que, em um cenário normal, os ativos líquidos são insuficientes para o valor total das saídas de caixa previstas para ocorrer no prazo estabelecido em regulamento para o pagamento dos resgates. O flag de Desenquadro em Situação de Estresse indica que, para o modelo de risco de liquidez em cenário de estresse, um fundo não tem a liquidez de ativos necessária para pagar pedidos de resgate dentro do prazo de resgate do referido fundo. Quando o flag é levantado para o fundo específico, a área de SRM gera um relatório para analisar a composição da carteira e os cenários. 4.1.4. Ações Após a análise de liquidez, se necessário, a área de Risco entra em contato com o gestor da carteira para discutir a situação e as ações que aumentem a liquidez dos fundos em questão. Manual de Gerenciamento de Risco de Liquidez -ICVM 558/15 10

5. Relatórios Para uma análise mais detalhada da liquidez, um relatório é produzido contendo a posição consolidada dos ativos e passivos do fundo, calculando a liquidez para os diversos vértices em situações normal e de estresse, conforme segue. Figura 1 Relatório resumo de liquidez Vértices (D.U.) Data de Liq. Ativo Liq. Pasivo Stress Ativo Stress Passivo Liquidação (%PL) (%PL) (%PL) (%PL) 0 25-Jan-18 24.9% 0.0% 23.0% 0.0% 1 26-Jan-18 33.6% 3.0% 30.0% 5.4% 5 1-Feb-18 40.0% 7.2% 30.0% 7.2% 21 27-Feb-18 40.0% 12.2% 34.3% 12.2% 42 28-Mar-18 43.0% 12.2% 34.3% 16.3% 63 27-Apr-18 46.5% 12.2% 35.2% 20.1% 126 27-Jul-18 71.4% 12.2% 46.6% 29.9% 252 29-Jan-18 83.7% 12.2% 67.0% 41.8% 100% 80% 60% 40% 20% 0% 100% 80% 60% 40% 20% 0% 0 1 5 21 42 63 126 252 Caixa Renda Fixa Cotas de Fundos Passivo 0 1 5 21 42 63 126 252 Caixa Renda Fixa Cotas de Fundos Series1 Posição líquida dos ativos do fundo em um cenário normal São calculados para um período de 252 dias. No relatório, são expostos os vértices de 0, 1, 5, 21, 42, 63, 126 e 252 dias. Figura 2 Posição líquida dos ativos cenário normal Detalhes da Liquidez - Em situação normal D+0 D+1 D+5 D+21 D+42 D+63 D+126 D4252 Caixa 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% Cotas de Fundos 0.0% 8.7% 8.7% 8.7% 8.7% 8.7% 8.7% 8.7% Renda Fixa 24.9% 24.9% 31.3% 31.3% 34.3% 37.8% 62.7% 75.0% Total 24.9% 33.6% 40.0% 40.0% 43.0% 46.5% 71.4% 83.7% Data de liquidação 0.0% 100.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% Posição líquida dos ativos do fundo em um cenário de estresse São calculados para um período de 252 dias. No relatório, são expostos os vértices de 0, 1, 5, 21, 42, 63, 126 e 252 dias. Manual de Gerenciamento de Risco de Liquidez -ICVM 558/15 11

Figura 3 Posição líquida dos ativos cenário de estresse Detalhes da Liquidez - Em situação de estresse D+0 D+1 D+5 D+21 D+42 D+63 D+126 D4252 Caixa 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% Cotas de Fundos 0.0% 7.0% 7.0% 7.0% 7.0% 7.0% 7.0% 7.0% Renda Fixa 23.0% 23.0% 23.0% 27.3% 27.3% 28.2% 39.6% 60.0% Total 23.0% 30.0% 30.0% 34.3% 34.3% 35.2% 46.6% 67.0% Data de liquidação 0.0% 100.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% A análise de liquidez consolidada dos ativos e passivos do fundo para a situação de estresse é calculada para um período de 252 dias. No relatório, são expostos os vértices de 0, 1, 5, 21, 42, 63, 126 e 252 dias. A liquidez é calculada por ativo. A modelagem do passivo dos fundos é feita para dois cenários: um com resgates agendados e outro com cenário de estresse. Após a análise de liquidez, se necessário, é feito contato com o gestor da carteira para discutir ações que aumentem a liquidez dos fundos em questão. Em casos de impasse, o problema é relatado internamente. Manual de Gerenciamento de Risco de Liquidez -ICVM 558/15 12

Controle de revisão do documento 16/06/2016 - Versão 1 25/10/2016 - Versão 2 30/01/2017 - Versão 3 28/03/2017 Versão 4 01/06/2017 Versão 5 30/01/2018 Versão 6 Manual de Gerenciamento de Risco de Liquidez -ICVM 558/15 13