D I S C I P L I N A D E M E D I C I N A L E G A L U N I V E R S I D A D E D E M O G I D A S C R U Z E S F A C U L D A D E D E D I R E I T O

Documentos relacionados
TRAUMATOLOGIA FORENSE

AGENTES PRODUTORES DE LESÕES

HEMORRAGIAS. Não deve tentar retirar corpos estranhos dos ferimentos; Não deve aplicar substâncias como pó de café ou qualquer outro produto.

MEDICINA LEGAL CRIMINALÍSTICA E NOÇÕES DE. 5ª edição Revista, ampliada e atualizada


TRAUMATOLOGIA FORENSE

ESTUDO DAS CARACTERÍSTICAS DAS LESÕES PRODUZIDAS POR ARMAS DE FOGO PARA ESTIMAÇÃO DO TIPO DE ARMA UTILIZADA

Capítulo Introdução

2ª PARTE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS MEDICINA LEGAL. 21. Na tíbia, a epífise proximal dos homens solda-se com a idade de:

ENERGIAS DE ORDEM MECÂNICA 1 CONCEITO

DISCIPLINA MEDICINA LEGAL PROFESSOR PAULO COEN MONITOR LAYLA G. DE ALMEIDA CARVALHO AULA 02. Ementa:

1. IDENTIDADE E IDENTIFICAÇÃO 2. IDENTIFICAÇÃO: DATILOSCOPIA. Identidade: conjunto de atributos que caracterizam alguém.

Conceito. Principais Causas. Classificação. Extensão da Queimadura 29/04/2016

PROFESSOR: JEAN NAVES EMERGÊNCIAS PRÉ-HOSPITALARES

INSTRUMENTOS DE CRIME: ASPECTOS.JURÍDICOS E MÉDICO-LEGAIS

Questionário - Medicina Legal Faculdade de Direito UFG

Fraturas: Prof.: Sabrina Cunha da Fonseca

NEURORRADIOLOGIA DO TRAMA CRANIO- ENCEFÁLICO (TCE)

Traumatologia forense

U N I V E R S I D A D E C A N D I D O M E N D E S P Ó S G R A D U A Ç Ã O L A T O S E N S U I N S T I T U T O A V E Z D O M E S T R E

3/11/2010 LESÕES DO ESPORTE LESÕES DOS TECIDOS MUSCULOESQUELÉTICOS


M a n h ã... p r e s e n t e! L u g a r... p r e s e n t e! Q u e m... p r e s e n t e! N e n h u m... p r e s e n t e! C u í c a... p r e s e n t e!

Traumatologia Infantil. O Esqueleto da Criança Não É O Esqueleto do Adulto em Miniatura

A temperatura, calor ou frio, e os contatos com gases, eletricidade, radiação e produtos químicos, podem causar lesões diferenciadas nocorpo humano.

Ética, Biossegurança e Cinemática do Trauma

Ferimentos, Hemorragias e Choques

PRIMEIROS SOCORROS. Enfa Sâmela Cristine Rodrigues de Souza

MANUAL DE CLASSIFICAÇÃO VISUAL

Universidade Federal do Pampa Campus Itaqui Curso de Nutrição Anatomia Humana. Sistema esquelético. Profa. Dra. Silvana Boeira

A C T A N. º I V /

GABARITO PÓS-RECURSO

TREINAMENTO TEÓRICO CURSO: PRIMEIROS SOCORROS - BÁSICO (40 HORAS)

DISCIPLINA DE OTORRINOLARINOGOLOGIA UNESP- BOTUCATU

Você já alguma vez pensou o que acontece debaixo da

Realizado por perito criminal em escala de plantão e prontidão (24

Balística forense: uma revisão

Lesões Traumáticas do Membro Superior. Lesões do Ombro e Braço Lesões do Cotovelo e Antebraço Lesões do Punho e Mão

Princípios do tratamento das fraturas

PROFUNDIDADE DA QUEIMADURA 3º GRAU (ESPESSURA TOTAL): QUEIMADURA

A C O N T R A R E F O R M A E A R E F O R M A C A T Ó L I C A N O S P R I N C Í P I O S D A I D A D E M O D E R N A 2

Osteologia e Artrologia. Tema F Descrição e caraterização funcional do sistema ósseo e articular do membro inferior.

Fraturas, luxações e contusões

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO SECRETARIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO DEPARTAMENTO DE SEGURANÇA DE SAÚDE NO TRABALHO

Emergência Pré-Hospitalar Jean Naves Teoria e Exercícios

PRINCIPIOS DA ULTRA-SONOGRAFIA. Profa. Rita Pereira

SECRETARIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO PORTARIA Nº 407, DE 14 DE NOVEMBRO DE Altera a Portaria SIT n.º 121/2009. ANEXO II

Sustentação do corpo Proteção dos órgãos nobres Cérebro Pulmões Coração.

P R O F E S S O R V I N I C I U S S I L V A CAP II DESIGN D E E M B A L A G E N S

P a l a v r a s - c h a v e s : l i n g u í s t i c a, l i n g u a g e m, s o c i a b i l i d a d e.

LESÕES CORPORAIS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA: CASOS PERICIADOS NO IML DE FEIRA DE SANTANA-BAHIA

Traumatismo do Tórax. Prof. Dr. Sergio Marrone Ribeiro

EBI DA BOA ÁGUA EB1 N.º 2 DA QUINTA DO CONDE EB1/JI DO PINHAL DO GENERAL JI DO PINHAL DO GENERAL

Art O exame de corpo de delito e outras perícias serão. realizados por perito oficial, portador de diploma de curso

Peeling Químico - Profundo

CLAFESI Treinamentos Empresariais Atendimento Pré-hospitalar

6. (1,0) Determine os possíveis valores de x para os quais a fração algébrica abaixo não represente um número real.

CALO EXTERNO CALO INTERNO

ANEXO AO COMUNICADO: NORMA TÉCNICA APLICÁVEL AOS EPI S DE PROTEÇÃO CONTRA FRIO

Machucaduras e Sangramentos. Acadêmico: Sérgio S

Á Ç ó á ç

Medicina Veterinária Legal

Profº Ms. Paula R. Galbiati Terçariol.

Limpeza de Pele Tissue

Guilherme Zanina Schelb. Segredos da violência

Tratamento de feridas. O paciente com ferida... 07/03/2012. Profª. Ana Cássia. Sujeito que se emociona, sente, deseja e tem necessidades.

Prof. Sabrina Cunha da Fonseca

1-A IMPORTÂNCIA DO 5º DIGITO

Medicina Legal MLS0411 MEDICINA LEGAL MLS0411. Panela de Pressão Turma 93

PULPOPATIAS 30/08/2011

Peeling Químico - Médio

O PRESENTE ESTUDO É DIRECIONADO AO ALUNO DO SEXTO ANO PARA DAR NOÇÕES MÍNIMAS DE ORTOPEDIA- TRAUMATOLOGIA

MIOLOGIA TIPOS DE MÚSCULOS CONCEITO DE MIOLOGIA TIPOS DE MÚSCULOS TIPOS DE MÚSCULOS GENERALIDADES DO SISTEMA MUSCULAR ESTRIADOS ESQUELÉTICOS

Medicina Legal. Delegado da Polícia Civil

A intervenção fonoaudiológica em pacientes queimados.

Processo Inflamatório e Lesão Celular. Professor: Vinicius Coca

NR-10 CHOQUE ELÉTRICO

Neoplasias de células melanocíticas

O processo eleitoral brasileiro. A n tonio Paim I n s t i t u t o d e H u m a n i d a d e s, S ã o P a u l o

Histologia. Professora Deborah

SISTEMA ESQUELÉTICO. O sistema esquelético é composto de ossos e cartilagens.

TT-EEFEUSP TT-EEFEUSP

FERIMENTOS. Classificação dos ferimentos abertos

Pode ser aplicada a partes do corpo ou continuamente a todo o corpo.

y Para viver, viver os seres aeróbios necessitam da entrada constante de oxigénio para as células e da eliminação eficaz do dióxido de carbono que se

Cap. 8: A arquitetura corporal dos animais. Equipe de Biologia

Lesões Traumáticas dos Membros Inferiores

DE ALTA VELOCIDADE. Pedro Henrique B. de Vasconcellos Serviço o de Cirurgia Geral Hospital Cardoso Fontes

SUMÁRIO. Sumário. 1. Histórico Medicina Legal no Brasil Áreas de atuação Corpo de delito... 26

Aula 2: Sistema esquelético Sistema tegumentar

ESTADO DE CHOQUE HEMORRAGIA & CHOQUE 002

A T A N º 4 /2014. S e s s ã o o r d i n á r i a 30 d e j u n h o d e M a r g a r i d a M a s s e n a 1 d e 50

Trauma. Primeiros Socorros. Trauma. Trauma. Trauma. Trauma. Conceito. Objetivos: Classificação Mecanismos. Mecanismos. Energia

Lubrificação Industrial. Prof. Matheus Fontanelle Pereira Curso Técnico em Eletromecânica Departamento de Processos Industriais Campus Lages

Níveis de Organização do Corpo Humano

A S S E M B L E I A D E F R E G U E S I A D A U N I Ã O D E F R E G U E S I A S D O C A C É M E S Ã O M A R C O S R

Transcrição:

D I S C I P L I N A D E M E D I C I N A L E G A L U N I V E R S I D A D E D E M O G I D A S C R U Z E S F A C U L D A D E D E D I R E I T O

A U L A 8 T R A U M A T O L O G I A I

BINA, Ricardo Ambrosio Fazzani. Medicina Legal. 1. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014, 337 p.

C O N C E I T O C L A S S I F I C A Ç Ã O L E S Õ E S E M E S P É C I E

Diga-me e eu esquecerei. Ensina-me e eu me lembro. Envolva-me e eu aprendo. (Benjamin Franklin) h t t p : / / w w w. p a u l o d e t a r s o l i b e r a l e s s o. c o m

CONCEITO 6 / 47 É o estudo do trauma ORGANISMO ENERGIA DESVIO

CONCEITO 7 / 47 T R A U M A Traumatologia forense é o ramo da medicina legal que se ocupa do estudo do trauma. Este é o fenômeno concernente à ação de energia externa sobre o organismo, provocando nele um desvio da normalidade, com ou sem a alteração morfológica (lesão).

CLASSIFICAÇÃO DO TRAUMA 8 / 47 Segundo a energia F Í S I C O Q U I B I O

CLASSIFICAÇÃO DO TRAUMA 9 / 47 S E G U N D O A E N E R G I A O trauma é classificado conforme a energia em três grupos, quais sejam: o físico (fracionado), o químico (venenos e cáusticos) e o biológico (microrganismos). O primeiro, subdivide -se em mecânico (contuso, cortante, perfurante), térmico (hipertermia e geladura), elétrico (natural ou não) e baropático (alta e baixa).

10 / 47 Contundente INSTRUMENTO ATIVA ORGANISMO E CN = M V 2 CASSETETE PORRETE MÃO PASSIVA SUPERFÍCIE (PRESSÃO, TRAÇÃO, TORÇÃO, FRICÇÃO) (DESVIO) LESÃO CONTUSA

11 / 47 C O N T U N D E N T E O instrumento é contundente, como um cassetete. Ele transfere energia cinética, de maneira ativa ou passiva, para o organismo, por meio de sua superfície (pressão, tração, torção ou fricção), provocando uma lesão contusa, que é gênero de inúmeras espécies.

12 / 47 Lesões contundentes Vermelhidão RUBEFAÇÃO Inchaço TUMEFAÇÃO Esfolado ESCORIAÇÃO

13 / 47 L E S Õ E S C O N T U N D E N T E S A rubefação é uma vermelhidão e hipertermia fugazes, resultantes de uma vasodilatação temporária. A tumefação é um inchaço prófugo, decorrente da infiltração de serosidade no tecido celular subcutâneo. A escoriação é um esfolado com crosta, causado pela avulsão da epiderme, expondo a derme e sangramento.

14 / 47 Lesões contundentes Mancha violácea EQUIMOSE Bolha de sangue HEMATOMA Galo BOSSA

15 / 47 L E S Õ E S C O N T U N D E N T E S A equimose é uma mancha violácea, resultante de rotura vascular com extravasamento de pouco sangue. O hematoma é uma bolha de sangue, decorrente de rotura vascular com extravasamento de muito sangue. A bossa é o galo, uma protuberância sobre um plano ósseo subjacente, causada por tumefação e hematoma.

16 / 47 Lesões contundentes Deslocamento LUXAÇÃO Osso quebrado FRATURA Trituração ESMAGAMENTO

17 / 47 L E S Õ E S C O N T U N D E N T E S A luxação é o deslocamento súbito de articulações, podendo ser incompleta ou completa. A fratura é a descontinuidade óssea, podendo ser única, múltipla, simples, cominutiva, completa, incompleta, fechada ou aberta. O esmagamento é a associação de lesões, envolvendo todos os planos anatômicos.

18 / 47 Cortante INSTRUMENTO ATIVA ORGANISMO E CN = M V 2 FACA NAVALHA BISTURI PASSIVA BORDA AGUÇADA (PRESSÃO E DESLIZAMENTO) (DESVIO) LESÃO INCISA

19 / 47 C O R TA N T E O instrumento é cortante, como uma faca, uma navalha. Ele transfere energia cinética, de maneira ativa ou passiva, para o organismo, por meio de sua borda aguçada (pressão e deslizamento), provocando uma lesão incisa, que é gênero de inúmeras espécies.

20 / 47 Lesões cortantes Múltiplas incisas DE DEFESA Corte FERIDA INCISA Múltiplas incisas DE HESITAÇÃO

21 / 47 L E S Õ E S C O R TA N T E S A ferida incisa é um corte único, mais extenso que profundo, fusiforme, com bordas regulares e ângulos agudos. As lesões de defesa são múltiplas feridas incisas em braços e mãos, por autoproteção em luta. As lesões de hesitação são múltiplas feridas incisas superficiais, lineares e lateando uma outra principal.

22 / 47 Lesões cortantes Pescoço anterolateral ESGORJAMENTO Pescoço dorsal DEGOLAMENTO Extremidade MUTILAÇÃO

23 / 47 L E S Õ E S C O R TA N T E S O esgorjamento é a ferida incisa nas faces anterolaterais do pescoço, homicídio ou suicídio. O degolamento é a ferida incisa na face dorsal do pescoço, restando clara a possibilidade de homicídio. A mutilação é a ferida incisa em uma extremidade com consequente amputação da mesma, lesão corporal.

24 / 47 Lesão perfurante INSTRUMENTO ATIVA ORGANISMO E CN = M V 2 PREGO AGULHA CANETA PASSIVA ESTREMIDADE PONTIAGUDA (PRESSÃO) (DESVIO) LESÃO PERFURANTE

25 / 47 P E R F U R A N T E O instrumento é perfurante, como um prego. Ele transfere energia cinética, de maneira ativa ou passiva, para o organismo, por meio de sua extremidade pontiaguda (pressão), provocando uma lesão perfurante, que é gênero de duas espécies.

26 / 47 Lesões perfurantes Furinho PUNTIFORME Casa de botão EM BOTOEIRA

27 / 47 L E S Õ E S P E R F U R A N T E S A lesão puntiforme é um diminuto orifício circundado por equimose e provocado por agente de calibre pequeno, como uma agulha. A lesão em botoeira simula uma botoeira de camisa, biconvexa, com bordas regulares e ângulos pouco agudos, causada por agente de calibre mediano, como um picador de gelo.

28 / 47 Perfurocortante INSTRUMENTO ATIVA ORGANISMO E CN = M V 2 FACA PUNHAL (DOIS GUMES) PASSIVA PONTA + BORDA AGUÇADA (PRESSÃO) + (DESLIZAMENTO) LESÃO PERFURO- INCISA

29 / 47 P E R F U R O C O R TA N T E O instrumento é perfurocortante, como uma faca ou um punhal (dois gumes). Ele transfere energia cinética, de maneira ativa ou passiva, para o organismo, por meio de sua extremidade pontiaguda (pressão) e borda aguçada (deslizamento), provocando uma lesão perfuroincisa, que é gênero de duas espécies.

30 / 47 Lesões perfuroincisas Rasgo F. PERFUROINCISA Sanfona EFEITO ACORDEÃO

31 / 47 L E S Õ E S P E R F U R O I N C I S A S A ferida perfuroincisa assemelha-se a uma botoeira de camisa com ângulos mais agudos, sendo causada por faca com ponta (um gume) ou punhal (dois gumes). O efeito acordeão dá origem a uma ferida com profundidade superior ao do instrumento que lhe dá causa, decorrendo da depressibilidade anatômica.

32 / 47 Cortocontundente INSTRUMENTO ATIVA ORGANISMO E CN = M V 2 GUILHOTINA MACHADO FACÃO PASSIVA SUPERFÍCIE + BORDA AGUÇADA (PRESSÃO, TRAÇÃO, TORÇÃO, FRICÇÃO) + (DESLIZE) LESÃO CORTO- CONTUSA

33 / 47 C O R T O C O N T U N D E N T E O instrumento é cortocontundente, como um facão ou um machado. Ele transfere energia cinética, de maneira ativa ou passiva, para o organismo, por meio de sua superfície (pressão, tração, torção ou fricção) e borda aguçada (deslizamento), provocando uma lesão cortocontusa, que é gênero de uma única espécie.

34 / 47 Lesão cortocontundente Amputação da cabeça DECAPITAÇÃO

35 / 47 L E S Ã O C O R T O C O N T U N D E N T E A decapitação é a amputação da cabeça, dando origem a uma ferida com bordas irregulares e com perda integral da relação anatômica preexistente. É incitada por lâmina bastante espessa, tal qual a de um facão, a de um machado ou mesmo a de uma guilhotina.

36 / 47 Perfurocontundente INSTRUMENTO ATIVA ORGANISMO E CN = M V 2 PROJETIL DE ARMA DE FOGO PASSIVA SUPERFÍCIE + PONTA (PRESSÃO, TRAÇÃO, TORÇÃO, FRICÇÃO) + (PRESSÃO) LESÃO PERFURO- CONTUSA

37 / 47 P E R F U R O C O N T U N D E N T E O instrumento é perfurocontundente, como o projetil da arma de fogo. Ele transfere energia cinética, de maneira ativa ou passiva, para o organismo, por meio de sua superfície (pressão, tração, torção ou fricção) e extremidade pontiaguda (pressão), provocando uma lesão perfurocontusa, que é gênero de uma espécie.

ENERGÍA FÍSICA MECÂNICA 38 / 47 Lesões por disparo de arma de fogo Lesões múltiplas ROSA CEVIDALLE Osso plano SINAL DE BONNET Estrelada FERIDA DE SAÍDA

39 / 47 L E S Õ E S P O R D I S PA R O D E A R M A D E F O G O A rosa de Cevidalle é composta por múltiplas lesões cutâneas circulares e decorre de múltiplos projéteis. O sinal de Bonnet ocorre quando o projétil atravessa o osso plano, deixando entrada maior e saída menor. A ferida de saída, por onde o projétil deixa o organismo, é estrelada, com bordas irregulares e evertidas.

40 / 47 Lesões por disparo encostado Anel cutâneo S. DE PUPPE Ferida estrelada S. DE HOFMANN Anel ósseo S. DE BENASSI

41 / 47 L E S Õ E S P O R D I S PA R O E N C O S TA D O ( < 0, 5 C M ) O sinal de Puppe é um anel cutâneo em torno do orifício de entrada, por trauma pela boca da arma. O sinal de Hofmann é um orifício de entrada estrelado, em razão do reflexo de gases em osso subjacente. O sinal de Benassi é um anel ósseo em torno do orifício de entrada, por depósito de pólvora.

42 / 47 Lesões por disparo a curta distância Zona Zona Zona CHAMUSCAMENTO ESFUMAÇAMENTO TATUAGEM

43 / 47 L E S Õ E S P O R D I S PA R O A C U R TA D I S T Â N C I A ( 0, 5 C M - 0, 5 M ) A zona de chamuscamento simula queimadura, pelo calor da chama e dos gases. A zona de esfumaçamento decorre do depósito superficial e removível de pólvora. E, a zona de tatuagem decorre do depósito profundo, com impregnação, irremovível de pólvora. Todas circundam o orifício de entrada do projétil.

44 / 47 Lesões por disparo a longa distância Ferida circular ORIFÍCIO DE ENTRADA Orla de enxugo ANEL DE CARRARA Orla de escoriação ANEL DE FISH

45 / 47 L E S Õ E S P O R D I S PA R O A L O N G A D I S T Â N C I A ( > 0, 5 M ) O orifício de entrada é uma ferida circular cujo diâmetro é inferior ao do projétil que lhe deu causa. O anel de Carrara é uma faixa escura que circunda o orifício de entrada, em razão de depósito de resíduos. O anel de Fish é uma faixa clara que circunda o anel de Carrara, resultando de escoriações pelo projétil.

CONCLUSÃO 46 / 47 CONCCEITO TRAUMA CLASSIFICAÇÃO MECANISMOS ESPÉCIES

F I M