Relatório Anual do Projeto Hanseníase/AIFO PA/ 30612-90 2012 1. Principais indicadores epidemiológicos da hanseníase Gráfico 1: Número de casos detectados e proporção em menores de 15 anos Análise: População geral e menor de 15 anos Gráfico 2: Coeficiente de detecção anual Análise: População geral e menor de 15 anos 1
Como demonstrado nos gráficos 1 e 2, a incidência da doença, tanto na população geral quanto na população de menores de 15 anos, evidencia tendência à redução da endemia, demonstrando acerto das medidas de controle adotadas. Gráfico 3: Coeficiente de prevalência Análise: População geral Observa-se que no período demonstrado no gráfico o coeficiente de prevalência mantém-se estável. 2. Caracterização operacional da hanseníase A cobertura do exame de contatos ao longo da série histórica demonstra uma melhora a partir de 2011, motivada pela liberação de recursos destinados as ações de controle da hanseníase aos municípios. Gráfico 4: Exame de contatos Análise: População geral 2
Abaixo, observa-se, que a avaliação de incapacidades na cura é significativamente menor do que no diagnóstico, o que talvez possa ser explicado pelo fato de que muitos pacientes não retornam para avaliação após a última dose. Gráfico 5: Avaliação do grau de incapacidade no diagnóstico e na cura Análise: População geral Gráfico 6: Coorte de Cura e abandono Análise: População geral 3
Ao longo da série histórica o percentual de pacientes curados vem se mantendo regular, enquanto o percentual de abandono de pacientes ao tratamento mantém-se bom, conforme parâmetro adotado pelo MS. 3. Considerações importantes: A análise dos indicadores epidemiológicos com base na série histórica, nos permite uma visão otimista quanto ao controle da hanseníase no Estado, uma vez que se vislumbra clara tendência ao declínio da endemia. Entretanto, a análise de alguns indicadores operacionais evidencia falhas na execução das ações, exigindo monitoramento constante, sob pena de tal tendência ficar comprometida. 4. Quadro demonstrativo de profissionais capacitados no programa de controle da hanseníase ANO 2012, com apoio do Ministério da Saúde através da portaria 2556, Governo Estadual, secretarias municipais de saúde e AIFO. CLIENTELA CAPACITAÇÃO NIVEL SUPERIOR NIVEL MÉDIO ACS TOTAL Ações de controle e prevenção de incapacidades na hanseníase 430 911 1.341 SINAN NET/Hanseníase 90 90 TOTAL 1.431 5. Resumo das atividades realizadas A Secretaria Estadual de Saúde, através da coordenação do programa de controle da hanseníase, realizou em 2012 atividades relacionadas ao plano de trabalho da referida coordenação com o apoio do Ministério da Saúde, através da portaria 2556, Governo Estadual, secretarias municipais de saúde e parcerias com a AIFO, MORHAN, universidades e outros, conforme planilha de avaliação anual de atividades FORM B(anexo). 6. Principais problemas vivenciados - Baixa cobertura da estratégia de saúde da família, principalmente na capital (Belém) e nos municípios de Marabá e Ananindeua, os quais são considerados hiperendêmicos. - Rotatividade de profissionais contratados pelos municípios que recebem treinamentos em hanseníase e em curto espaço de tempo abandonam o serviço público. - Alguns gestores não comprometidos com a causa. - Insuficiência de recursos humanos comprometidos. - Ausência de um veículo para execução de atividades relacionadas ao controle da hanseníase. 4
7. Considerações finais A hanseníase continua sendo um grave problema de saúde pública no estado do Pará, mesmo com todo o trabalho realizado em prol do controle dessa doença. Nos últimos cinco anos o número de casos novos detectados vem diminuindo, embora os municípios mantenham a busca ativa de casos. Os indicadores epidemiológicos com base na série histórica nos leva a uma visão otimista quanto ao controle da doença no estado, uma vez que se aponta uma tendência ao declínio da hanseníase. Entretanto, alguns indicadores operacionais indicam falhas na execução das atividades e, para minimizá-las, almejamos que estratégias voltadas para capacitação pessoal sejam mantidas e ampliadas; os monitoramentos e avaliações aconteçam rotineiramente, que as relações institucionais sejam incentivadas e melhoradas, que a descentralização do programa seja estimulada e que a parceria com a AIFO permaneça e o projeto de 2013 tenha sua aprovação na sua íntegra. 5
8. Registros fotográficos das ações desenvolvidas 6
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