Galeria Arte da Pré-História Prof. Fábio San Juan Curso História da Arte em 28 dias 01 a 28 de fevereiro de 2018 www.apreciandoarte.com.br
Arte do Paleolítico Superior 40.000 a 14.500 anos de idade
Apontada recentemente como obra de arte mais antiga do mundo. Mamute. Esculpido em marfim. 35.000 anos de idade. 3,8 cm de altura, 15 gramas de peso. Teria sido feita por Homens de Neandertal. Museu Neandertal de Mettman, Alemanha.
Pettakere Ilha de Sulawesi, Indonésia A datação feita com carbono-14 da calcita que se formou sobre os registros desta caverna mostrou que as impressões de mãos tinham 39.900 anos de idade e o desenho mais antigo, 35.400 anos, o que seria a representação de animal (um veadoporco - babirusa) mais antiga feita pela espécie humana. Babirusa supostamente de 35.400 anos e mão em estencil de 39.900 anos.
Representação de um veado-porco (babirusa) e impressões de mãos em Pettakere, Indonésia.
El Castillo Puente Visgo, Cantábria, Espanha A datação feita pelo sistema urânio-tório das pinturas desta caverna remonta a 40.800 a.c., o que a tornaria mais antiga que a caverna indonésia, porém essa data ainda é controversa (não totalmente aceita pela comunidade científica). Alguns pesquisadores sugerem que a arte dessa caverna teria sido feita pelo Homem de Neandertal e não pelo Homo sapiens.
Chauvet Pont d'arc, Ardeche, França Cultura aurignaciana, 40.000 a.c. a 26.000 a.c. Pinturas de 35.000 a 28.000 a.c. Foram descobertas em 1994 por Jean-Marie Chauvet. Ao lado de Coliboaia (Romênia), possui as pinturas mais antigas da Europa. Foram catalogadas 435 pinturas de animais, descrevendo treze diferentes espécies, incluindo algumas que pouco ou nunca tinham sido encontradas em sítios equivalentes. Leões, panteras, ursos, aves predadoras parecidas com corujas, rinocerontes e hienas, além das espécies mais comuns, como cavalos, bovídeos e veados. As únicas representações ligadas a seres humanos são impressões de mãos, além de desenhos de vulvas e um homembisão. Ossos de urso (99%), ibixes, lobos, hienas e águias também foram encontrados. Em 2010, Chauvet foi assunto de um documentário do diretor alemão Werner Herzog, chamado A Caverna dos Sonhos Esquecidos, filmado em 3D. Em 2015 foi aberta à visitação geral uma réplica do complexo de Chauvet. O conjunto original tem o acesso proibido ao público devido à preservação e estudo dos especialistas. Altar do Urso, em Chauvet.
Painel do Salão Final de Chauvet.
Homem-leão ou Mulher-leoa de Hohlenstein Stadel (Alemanha), 40.000 a.c. Altura: 29,6cm Marfim de mamute Museu Municipal de Ulm, Alemanha
Vênus de Hohlen Fels 40.000 a 35.000 a.c. Tamanho: 6cm (altura) Universidade de Tübingen, Alemanha
Vênus de Willendorf c. 28.000 a 25.000 a.c. Altura: 11,1cm Calcário, colorido com ocre vermelho Museu de História Natural de Viena, Áustria
Vênus de Brassempouy c. 22.000 a.c. Marfim de mamute. Altura: 4,3 cm Museu das Antiguidades Nacionais, Saint-Germainen-Laye, França
Vênus de Laussel c. 15.000 a 10.000 a.c. Relevo rupestre Altura: 46cm Museu da Aquitânia, Bordeaux, França.
Bisões se acasalando. Relevo em argila sobre pedra. Altura: 63cm (macho) 61cm (fêmea). C. 13.000 a 11.500 a.c. Caverna de Le Tuc d'audoubert, Ariège, França
Mãos. Impressão com a técnica da aspersão. c. 20.000 a.c. Pech-Merle, França. Próximo slides: Impressões de mãos na Cueva de las Manos, próximo do rio Pinturas, província de Santa Cruz, Argentina. 9;000 a.c.
Cueva de las Manos.
Cavalos e mãos. Pech-Merle, França. c. 20.000 a.c. Comprimento: 3,5m
Altamira Cantabria, Espanha Cultura magdaleniana. c. 12.000 a.c. Altamira foi a primeira caverna descoberta com pinturas pré-históricas, em 1879. A caverna tem 300m de extensão, e altura de dois a seis metros. Abriga o chamado Grande Salão, que é chamado de Capela Sistina da PréHistória. Os artistas que pintaram em Altamira utilizaram carvão vegetal, hematita e ocre. Utilizaram a técnica do chiaroscuro e aproveitaram as saliências da pedra para compor suas figuras, obtendo efeito tridimensional. Máscara rupestre no salão final de Altamira.
Figura traçada a dedo sobre argila úmida, provavelmente da cabeça de um bisão. c. 30.000 a.c., Altamira.
Altarmira. Teto do Grande Salão. 12.000 a.c.
Bisão. Altamira, Espanha.
Lascaux Dordogne, vale do rio Vezère, França c. 17.000 / 15.000 a.c. Acredita-se que Lascaux era um santuário pré-histórico. Foi descoberta em 1940. A caverna, em sua extensão máxima, mede 250m. O Salão dos Touros apresentam as pinturas mais espetaculares, com representações que medem 5m de comprimento, algo incomum em outras cavernas pré-históricas.
Lascaux. Sala dos Touros. c. 15.000 a 10.000 a.c.
Sala dos Touros. Altura (veado): 80cm
Homem com máscara de cabeça de ave (?) atacado por bisão ferido. c. 15.000 a 10.000 a.c. Lascaux, França.
Cavalo com armadilha. Lascaux, França. c. 15.000 a 10.000 a.c. Comprimento do cavalo: 1,40m.
Armadilhas (?). Lascaux, França. c. 15.000 a 12.000 a.c.
Lascaux Motivo em xadrez pintado pintura rupestre 24x22cm 15.000 a 12.000 ac Como não há nenhuma figura ao redor, os estudiosos especulam se seria uma obra abstrata. Provavelmente, é uma representação de armadilha, como as vistas nos dois slides anteriores.
Arte do Neolítico 14.500 a 10.000 anos de idade
O ídolo de Shigir. Escultura em madeira mais antiga do mundo. Altura: 4 metros. 11.000 / 9.500 a.c.. Museu de Yekaterinburgo, Rússia
Incisões da Caverna de Addaura, Palermo, Itália c. 10.000 a.c.
Touro, incisão. Caverna de Addaura, Palermo, Itália c. 10.000 a.c.
Cabeça de alce femea. 3.000 a.c. Museu Hermitage, São Petesburgo, Rússia.
Coletor de mel trepando por uma corda até colméia 6.000 a.c. Cueva de la Araña, Valencia, Espanha.
Pintura aborígene australiana Estilo raios-x
Pinturas rupestres de Ubirr, Austrália. 2.000 a.c., Estima-se que as rochas são repintadas desde 40.000 a.c.
Las Geel Somália 9.000 a 3.000 a.c.
Touro. Bhimbetka, Índia. c. 30.000 a.c.
Caverna de Mutoko, Zimbábue, 10.000 a 2.000 a.c
Caverna de Mutoko, Zimbábue, 10.000 a 2.000 a.c
Petroglifos representando animais, no destaque, baleias. Coréia do Sul, Cavernas de Bangudae, 5.000 a.c.
Parque Nacional da Serra da Capivara São Raimundo Nonato, Piauí, Brasil No local, existem atualmente 737 sítios arqueológicos catalogados onde foram encontrados artefatos líticos, esqueletos humanos, pinturas rupestres com aproximadamente 30.000 figuras coloridas, que representam cenas de sexo, de dança, de parto, entre outras. O trabalho de exploração, conservação e estudo desse rico patrimônio arqueológico vem sendo feito pela arqueológa brasileira (descendente de pais franceses) Niède Guidon desde 1973. A exploração do local tem levado a arqueologia das Américas rever suas datações, pois alguns artefatos encontrados têm sido datados entre 33 e 58 mil anos de idade, muito anteriores à data mais antiga aceita da ocupação do Homem na América (15.000 AP, no sítio arqueológico Clovis, no Novo México, EUA).
Arquitetura Pré-Histórica Supomos que a arquitetura pré-histórica, assim como a pintura, caracterizava-se pela sacralidade. São mais características as obras megalíticas ( mega, grande, e lithos, pedra, palavras em grego), cuja elemento mais marcante são os menires (grande pedras, de formato aproximadamente circular). Uma teoria diz que o objetivo dessas obras era marcar eventos como solstícios, equinócios e outras observações astronômicas, que referiam-se aos ciclos da natureza. Outra diz que eram monumentos funerários. A construção mais conhecida feita com menires é Stonehenge, situada na Inglaterra. Outra muito conhecida é Carnac, na França (não confundir com o templo egípcio de Karnak). Também existiram os dólmens, que eram câmaras mortuárias. Cromeleque dos Almendres, Nossa Senhora de Guadalupe, Portugal. VI a III milênio a.c.
Stonehenge Eixo de pedra, em inglês arcaico. É um círculo de pedras pré-histórico localizado na planície de Salisbury, no condado de Wiltshire, Inglaterra. A ocupação do local remonta a 3.100 a.c. Em suas várias versões (3 no total), apontavam para as fases da Lua, o pôr-de-sol no último dia de inverno, o Sol nascente no primeiro dia do verão, e outras observações astronômicas. Recentemente descobriu-se que Stonehenge estava associado ao povoado chamado de Durrington, uma grande aldeia neolítica. Nas escavações de Durrington foi encontrada uma réplica do monumento megalítico em madeira.
Indicações Livros GOMBRICH, Ernst H. História da Arte. Tradução de Álvaro Cabral. 15.a edição. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 1993. JANSON, H.W. História Geral da Arte. São Paulo, SP: Martins Fontes, 2001. 3v. Sites http://www.bradshawfoundation.com/chauvet Youtube Lascaux, a Pré-História da Arte - Português Completo Serra Capivara Filme A caverna dos sonhos esquecidos, direção de Werner Herzog