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Dados Básicos. Ementa. Íntegra. Fonte: Tipo: Acórdão STJ. Data de Julgamento: 19/03/2013. Data de Aprovação Data não disponível

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Transcrição:

AgRg no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 766.570 - SE (2015/0209776-4) RELATORA AGRAVANTE ADVOGADOS AGRAVADO ADVOGADO : MINISTRA MARIA ISABEL GALLOTTI : UNIVERSO ONLINE S/A : JOÃO LEÃO SANTOS JÚNIOR E OUTRO(S) MURILO GOMES MATTOS TAÍS BORJA GASPARIAN : IVAN DE MELO PRADO : EVERTON CAMPOS DE OLIVEIRA E OUTRO(S) EMENTA AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. COMPRA ON LINE. PAGAMENTO REALIZADO. MERCADORIA NÃO ENTREGUE. CADEIA DE CONSUMO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. ART. 7º, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CDC. APLICAÇÃO DA SÚMULA 83/STJ. 1. O art. 7º, parágrafo único, do CDC prevê a responsabilidade solidária entre os integrantes da cadeia de consumo. Precedentes. 2. Agravo regimental a que se nega provimento. ACÓRDÃO A Quarta Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Sra. Ministra Relatora. Os Srs. Ministros Antonio Carlos Ferreira, Marco Buzzi, Luis Felipe Salomão e Raul Araújo votaram com a Sra. Ministra Relatora. Brasília (DF), 04 de fevereiro de 2016(Data do Julgamento) MINISTRA MARIA ISABEL GALLOTTI Relatora Documento: 1482558 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 12/02/2016 Página 1 de 6

AgRg no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 766.570 - SE (2015/0209776-4) RELATÓRIO MINISTRA MARIA ISABEL GALLOTTI: Trata-se de agravo regimental interposto por UNIVERSO ONLINE S/A contra decisão que negou provimento ao agravo em recurso especial, com fundamento na aplicação da Súmula 83/STJ (fls. 244/246). A decisão agravada, para tanto, aplicou a jurisprudência desta Corte no sentido de que as empresas responsáveis por viabilizar o pagamento são solidárias perante o consumidor, pois também estão inseridos na chamada cadeia de consumo. O agravante sustenta que a jurisprudência apontada somente se aplica apenas aos casos de fraude. Afirma que "o serviço de gerenciamento de pagamentos do agravante faz surgir uma outra relação de consumo distinta da original, formada para a aquisição do produto" (fl. 253). Aduz que o serviço de gerenciamento de pagamento não se confunde com o serviço de venda efetuado. Defende, assim, ausência de responsabilidade solidária pela não entrega do bem ao consumidor. Requer, ao final, o provimento do seu recurso especial. É o relatório. Documento: 1482558 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 12/02/2016 Página 2 de 6

AgRg no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 766.570 - SE (2015/0209776-4) VOTO MINISTRA MARIA ISABEL GALLOTTI (Relatora): Não prospera o recurso. Primeiramente, cumpre transcrever a ementa do acórdão recorrido, proferido pela Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe, assim ementado (fls. 153/154): Civil e processo civil - ação indenizatória - Preliminar de ilegitimidade passiva - Rejeitada - Incidência do Código de Defesa do Consumidor - Compra pela internet - Pagamento realizado - Mercadoria não entregue - Indenização por dano moral indevida - Mero aborrecimento - Recurso conhecido e provido. I - Ainda que a atuação da recorrente tenha se limitado apenas à "gerenciar o pagamento" da transação efetuada entre o vendedor e o consumidor, deve-se ter em mente que seja pela teoria da aparência, seja pelo conceito amplo de fornecedor previsto no art. 3º do CDC, todos que participem da cadeia produtiva ou da prestação de serviços são responsáveis solidariamente perante o consumidor em relação aos danos daí decorrentes; II - O dever de ressarcimento demanda, além de outros pressupostos, a existência de dano, seja ele de natureza material, caracterizado por tudo aquilo que a vítima perdeu ou deixou de ganhar em decorrência de conduta faltosa, ou de natureza imaterial, ligado á própria dignidade da pessoa, que se configura quando há lesão a valores como honra, liberdade e intimidade; III - As simples chateações do dia-a-dia não podem ensejar indenização por danos morais, visto que fazem parte da vida cotidiana e não trazem maiores consequências ao indivíduo; IV - Recurso conhecido e provido. Conforme consignado na decisão agravada, a jurisprudência desta Corte reconhece a legitimidade das empresas envolvidas na prestação de serviço pelos danos sofridos pelo consumidor, como no caso da ora agravante, pois entende este Tribunal que o art. 14 do CDC estabelece regra de responsabilidade solidária entre os fornecedores de uma mesma cadeia de fornecimento de serviços. O entendimento é de que, nos termos da "regra geral do art. 14, Documento: 1482558 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 12/02/2016 Página 3 de 6

"caput", do CDC, é da responsabilidade objetiva dos fornecedores pelos danos causados aos consumidores" (REsp 1410960/RJ, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, DJe 23.3.2015). Ainda nesse sentido: CONSUMIDOR. CONTRATO. SEGURO. APÓLICE NÃO EMITIDA. ACEITAÇÃO DO SEGURO. RESPONSABILIDADE. SEGURADORA E CORRETORES. CADEIA DE FORNECIMENTO. SOLIDARIEDADE. 1. A melhor exegese dos arts. 14 e 18 do CDC indica que todos aqueles que participam da introdução do produto ou serviço no mercado devem responder solidariamente por eventual defeito ou vício, isto é, imputa-se a toda a cadeia de fornecimento a responsabilidade pela garantia de qualidade e adequação. 2. O art. 34 do CDC materializa a teoria da aparência, fazendo com que os deveres de boa-fé, cooperação, transparência e informação alcancem todos os fornecedores, direitos ou indiretos, principais ou auxiliares, enfim todos aqueles que, aos olhos do consumidor, participem da cadeia de fornecimento. 3. No sistema do CDC fica a critério do consumidor a escolha dos fornecedores solidários que irão integrar o polo passivo da ação. Poderá exercitar sua pretensão contra todos ou apenas contra alguns desses fornecedores, conforme sua comodidade e/ou conveniência. 4. O art. 126 do DL nº 73/66 não afasta a responsabilidade solidária entre corretoras e seguradoras; ao contrário, confirma-a, fixando o direito de regresso destas por danos causados por aquelas. 5. Tendo o consumidor realizado a vistoria prévia, assinado proposta e pago a primeira parcela do prêmio, pressupõe-se ter havido a aceitação da seguradora quanto à contratação do seguro, não lhe sendo mais possível exercer a faculdade de recusar a proposta. 6. Recurso especial não provido. (REsp 1077911/SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, DJe 14.10.2011). Ressalto que este Tribunal entende que as empresas responsáveis por viabilizar o pagamento também estão inseridos na chamada cadeia de consumo, e, assim, respondem solidariamente perante o consumidor. E sua responsabilidade não se limita aos casos de fraude. No caso em exame, a empresa ora agravante atua no gerenciamento de pagamentos, vinculando-se à empresa fornecedora, e Documento: 1482558 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 12/02/2016 Página 4 de 6

prestando um só serviço aos olhos do consumidor. Efetuado o pagamento sem a entrega da mercadoria, devem a empresas ressarcir o consumidor e, se o caso, exercitar seu direito de regresso com a empresa conveniada. O recurso, na realidade, não trouxe elemento ou argumento novo capaz de alterar o entendimento exposto na decisão agravada. Desse modo, confirmo a aplicação do enunciado n. 83 da Súmula do STJ ao caso. Em face do exposto, nego provimento ao agravo regimental. É como voto. Documento: 1482558 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 12/02/2016 Página 5 de 6

CERTIDÃO DE JULGAMENTO QUARTA TURMA AgRg no Número Registro: 2015/0209776-4 PROCESSO ELETRÔNICO AREsp 766.570 / SE Números Origem: 00027620720128250063 105002013 201256501374 201300224781 2013224781 EM MESA JULGADO: 04/02/2016 Relatora Exma. Sra. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI Presidente da Sessão Exma. Sra. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI Subprocurador-Geral da República Exmo. Sr. Dr. ANTÔNIO CARLOS PESSOA LINS Secretária Bela. TERESA HELENA DA ROCHA BASEVI AGRAVANTE ADVOGADOS AGRAVADO ADVOGADO AUTUAÇÃO : UNIVERSO ONLINE S/A : TAÍS BORJA GASPARIAN MURILO GOMES MATTOS JOÃO LEÃO SANTOS JÚNIOR E OUTRO(S) : IVAN DE MELO PRADO : EVERTON CAMPOS DE OLIVEIRA E OUTRO(S) ASSUNTO: DIREITO CIVIL - Obrigações - Espécies de Contratos - Compra e Venda AGRAVANTE ADVOGADOS AGRAVADO ADVOGADO AGRAVO REGIMENTAL : UNIVERSO ONLINE S/A : TAÍS BORJA GASPARIAN MURILO GOMES MATTOS JOÃO LEÃO SANTOS JÚNIOR E OUTRO(S) : IVAN DE MELO PRADO : EVERTON CAMPOS DE OLIVEIRA E OUTRO(S) CERTIDÃO Certifico que a egrégia QUARTA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão: A Quarta Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Sra. Ministra Relatora. Os Srs. Ministros Antonio Carlos Ferreira, Marco Buzzi, Luis Felipe Salomão e Raul Araújo votaram com a Sra. Ministra Relatora. Documento: 1482558 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 12/02/2016 Página 6 de 6