Trabalho Académico de Investigação

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Transcrição:

Trabalho Académico de Investigação Infecção por poliomavírus em doentes transplantados renais Aluno: Rodolfo Ferreira Abreu Área de Investigação: Transplantação renal Infecção por poliomavírus ICBAS/UP HSA/CHP Orientador: Prof. Doutor António Castro Henriques Co-Orientador: Prof. Doutora Luísa Lobato Ano Lectivo: 2009/2010

Página2 ÍNDICE: PALAVRAS-CHAVE... 5 INSTITUIÇÕES, DEPARTAMENTOS E SERVIÇOS... 5 UNIDADES DE INVESTIGAÇÃO... 5 EQUIPA DE INVESTIGAÇÃO... 5 Constituição... 5 Aluno... 5 Orientadores... 5 Supervisor... 6 Outros investigadores... 6 Funções e responsabilidades... 6 Tempo afecto ao projecto... 6 DESENHO DO ESTUDO... 6 CALENDARIZAÇÃO... 7 Duração... 7 s de início e conclusão... 7 Cronograma de execução... 7 A. PLANO CIENTÍFICO... 7 1. Resumo... 7 2. Introdução e estado da arte... 8 2.1. Causas e consequências da reactivação da infecção por BKV nos transplantados renais... 9 2.2. Métodos convencionais para o diagnóstico da infecção por BKV... 9 2.3. Quantificação de LT específicos para o BKV... 11 3. Problemas... 11 4. Hipótese de trabalho... 12 5. Objectivos... 12 6. Implicações... 12 7. Enquadramento, motivações e condições de execução... 12 Publicações do Serviço de Nefrologia nos últimos 3 anos em revistas da especialidade:... 13 Projectos de investigação em curso no Serviço de Nefrologia, na área da transplantação renal:... 14 7. Desenho do estudo e metodologia... 14 7.1. Tipo de estudo... 14 7.2. Participantes e elegibilidade... 14 7.3. Selecção dos participantes... 15 7.4. Material e métodos... 15 7.4. Procedimento... 16 7.5. Tarefas e funções e responsabilidade dos investigadores... 17 7.6. Recolha de dados... 18 7.7. Tratamento de dados e análise estatística... 18 8. Indicadores de produção científica... 19 9. Bibliografia... 19 B. QUESTÕES ÉTICAS... 21 Informação ao doente participante no estudo... 22 Termo de consentimento informado... 22 C. PLANO FINANCEIRO... 23 1. Orçamento... 23 2. Financiamento... 23 ABREVIATURAS/ACRÓNIMOS... 24

Página3 ANEXO 1 - FORMULÁRIO PARA RECOLHA DE DADOS CLÍNICOS...25 ANEXO 2 - PEDIDOS DE AUTORIZAÇÃO INSTITUCIONAL...26 HSA/CHP... 26 ANEXO 3 - PEDIDO DE FINANCIAMENTO... 27 Bolsa de iniciação à investigação clínica... 27 ANEXO 4 - TERMOS DE RESPONSABILIDADE... 28 Investigador Responsável... 28 ANEXO 5 - DECLARAÇÕES DE ALUNOS E ORIENTADORES / SUPERVISOR... 29 Aluno... 29 Orientadores / Supervisor... 29 ANEXO 6 - TERMOS DE AUTORIZAÇÃO LOCAL... 30 Serviços... 30 Departamentos... 31

Página4 INVESTIGADORES Aluno Rodolfo Manuel Ferreira de Abreu (Rodolfo Abreu) Aluna do Curso de do ICBAS/UP. E-mail:rferreirabreu@hotmail.com TM:914743303 Orientador António Andresen de Castro Henriques (António Castro Henriques) Médico Especialista de Nefrologia; Chefe de Serviço do Serviço de Nefrologia do HSA/CHP; Responsável pela Unidade de Transplantação Renal do Serviço de Nefrologia e Director do Programa de Transplantação Renal do HSA/CHP; Professor Auxiliar Convidado do ICBAS/UP E-mail:antonioach@hotmail.com TM:919703707 Co-Orientador 1. Luísa Maria Correia Lopes Lobato (Luísa Lobato) Médica Especialista de Nefrologia; Assistente Hospitalar Graduada do Serviço de Nefrologia do HSA/CHP; Professor Auxiliar Convidado do ICBAS/UP; Investigadora responsável pelo grupo de investigação Nefrologia, Diálise e Transplantação da UMIB/UP. E-mail:luisa.lobato@mail.telepac.pt TM:918815980 Supervisor Margarida Maria de Carvalho Lima (Margarida Lima) Professora Responsável pela Disciplina de Iniciação à Investigação Científica. E-mail:mmc.lima@clix.pt TM:966327115 Outros Investigadores Dra. Ana Paula Castro, Médica, Especialista de Patologia Clínica / Microbiologia; Dr. Ramon Vasquez, Médico, Especialista em Anatomia Patológica; Técn. Ana Constança, Técnica de Diagnóstico e Terapêutica; Técn. Carlos Gouveia, Técnico de Anatomia Patológica e Tanatológica; Dra. Isabel Fonseca, Técnica Superior de Saúde, Nutricionista; Dra. Cláudia Torres, licenciada em Bioquímica (a contratar). VERSÃO do estudo Novo X CLASSIFICAÇÃO do estudo Trabalho Académico de Investigação (Mestrado Integrado) X DESENHO do estudo Quanto ao alvo do estudo Humanos X Quanto aos Países / Instituições envolvidas Nacional X Institucional X Quanto às características do estudo Retrospectivo X (1ª parte) e prospectivo (2ª parte) X Transversal X Analítico X Observacional X Quanto à natureza do estudo Clínico X Laboratorial X Quanto à existência de grupo controlo Sim X Quanto à selecção dos indivíduos Não aleatório X ( conveniência ) Quanto ao conhecimento Aberto (não cego) X Quanto à fase do estudo (se EC) Não aplicável X Outros aspectos Consentimento informado escrito Sim Recolha de dados clínicos Sim Realização de análises Sim Realização de estudos genéticos Sim Saída amostras outras instituições Não Realização de inquéritos / questionários Não Realização de entrevistas Não DATAS previstas Início: Agosto / Setembro de 2009. Conclusão: Maio / Junho de 2010. INDICADORES de produção Apresentação da proposta de projecto em reunião do Serviço de Nefrologia e nas Jornadas de Iniciação à Investigação Clínica (JIIC) 2009 Organização das JIIC 2010 Apresentação dos resultados em reunião do Serviço de Nefrologia, nas JIIC 2010 e em Congressos da Especialidade. Artigo científico. ORÇAMENTO do estudo Total: 4.000,00 Euros FINANCIAMENTO do estudo Total: 4.000,00 Euros Bolsa de Iniciação à Investigação Clínica / Roche Farmacêutica

Página5 TÍTULO PALAVRAS-CHAVE Transplantação renal; Poliomavírus; BKV; Nefrite intersticial; Resposta imune; Linfócitos T CD8; Tetrâmeros de MHC classe I; Citometria de fluxo. INSTITUIÇÕES, DEPARTAMENTOS E SERVIÇOS Centro Hospitalar do Porto (CHP), Hospital de Santo António (HSA) (HSA/CHP) Departamento de Medicina, Serviços de Nefrologia e de Hematologia Clínica. Departamento de Patologia Laboratorial, Serviços Anatomia Patológica e de Microbiologia e Unidade de Biologia Molecular. Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto (ICBAS/UP) UNIDADES DE INVESTIGAÇÃO Unidade Multidisciplinar de Investigação Biomédica da Universidade do Porto (UMIB/ICBAS/UP) EQUIPA DE INVESTIGAÇÃO Constituição Aluno Rodolfo Abreu: Aluno do Curso de, ICBAS/UP e HSA/CHP, Disciplina de Iniciação à Investigação Clínica. Orientadores Prof. Dr. António Castro Henriques (António Andresen Castro Henriques): Médico Especialista de Nefrologia; Chefe de Serviço do Serviço de Nefrologia do HSA/CHP; Responsável pela Unidade de Transplantação Renal do Serviço de Nefrologia do HSA/CHP; Director do Programa de Transplantação Renal do HSA/CHP; Professor Auxiliar Convidado do ICBAS/UP. Prof. Doutora Luísa Lobato (Luísa Maria Correia Lopes Lobato): Médica Especialista de Nefrologia; Assistente Hospitalar Graduada do Serviço de Nefrologia do HSA/CHP; Professor Auxiliar Convidado do ICBAS/UP; Investigadora responsável pelo grupo de investigação Nefrologia, Diálise e Transplantação da UMIB/UP.

Página6 Supervisor Prof. Doutora Margarida Lima (Margarida Maria de Carvalho Lima): Médica Especialista em Imunohemoterapia e Investigadora do Serviço de Hematologia Clínica do HSA/CHP; Professora Convidada do ICBAS/UP, responsável pela Disciplina de Iniciação à Investigação Clínica; Investigadora responsável pelo grupo de investigação Doenças do sangue e dos orgãos hematopoiéticos e linfopoiéticos da UMIB/UP. Responsável pela Disciplina de Iniciação à Investigação Clínica. Outros investigadores Dra. Ana Paula Castro (Ana Paula Fontes Rocha Castro), Médica, Especialista de Patologia Clínica / Microbiologia; Responsável pela área de Biologia Molecular do Serviço de Microbiologia HSA/CHP. Técn. Ana Constança (Ana Constança Pinheiro Mendes), Técnica de Diagnóstico e Terapêutica, Serviço de Microbiologia e Unidade de Biologia Molecular do HSA/CHP. Dr. Ramon Vasquez (José Ramon Vizcaino Vazquez), Médico Especialista em Anatomia Patológica do Serviço de Anatomia Patológica do HSA/CHP. Técn. Carlos Gouveia (Carlos Manuel Santos Correia Gouveia) Técnico de Anatomia Patológica e Tanatológica do Serviço de Anatomia Patológica do HSA/CHP. Dra. Isabel Fonseca (Isabel Maria da Silva Fonseca), Técnica Superior de Saúde, Nutricionista, Licenciada em Ciências da Nutrição, Mestre em Saúde, Colaboradora da Unidade de Transplantação Renal. Dra. Cláudia Torres, licenciada em Bioquímica (Técnica Superior de Saúde a contratar para prestação de serviços no âmbito do projecto). (Nome a confirmar) Funções e responsabilidades A execução do projecto, incluindo a recolha de dados e a sua análise, ficará ao cargo do Aluno. Aos Orientadores caberá a função de orientação da execução do projecto e a de supervisão científica. Aos restantes investigadores (médicos e técnicos) caberá a realização e interpretação dos exames laboratoriais. As funções dos investigadores em cada tarefa são descritas mais adiante. Tempo afecto ao projecto Aluno: 20% durante cerca de 10 meses Orientador e Co-orientadores: 5% durante 10 meses Outros investigadores e técnicos de investigação: 2% durante 4 meses Total: 1 Pessoa a 20% durante 10 meses (2.0) + 3 pessoas a 5% durante 10 meses (0.5 X 3 = 1.5) + 6 pessoas a 5% durante 4 meses (0.2 x 6 = 1.2) = 4.7 pessoas*mês As funções dos investigadores em cada tarefa são descritas mais adiante. DESENHO DO ESTUDO Estudo nacional, institucional, observacional, transversal, analítico, clínico e laboratorial, de tipo caso-controlo, realizado em seres humanos.

Página7 CALENDARIZAÇÃO Duração 10 meses s de início e conclusão Agosto/Setembro de 2009 a Abril/Maio de 2010 Cronograma de execução Jan. a Abr. 2009 Mai. 2009 Jun. 2009 Jul. a Set. 2009 Out. a Dez. 2009 Jan. e Fev. 2010 Mar. a Mai. 2010 Jun. 2010 Elaboração da proposta. Entrega da proposta Submissão à aprovação institucional. Apresentação da proposta em reunião do Serviço de Nefrologia. Apresentação da proposta nas JIIC. Preparação para a implementação do projecto. Estudo retrospectivo: Revisão dos processos clínicos dos doentes TR. Estudo prospectivo: Observação dos doentes na CTR; recolha dos dados clínicos; colheita de amostras; realização das análises convencionais. Optimização do teste de quantificação dos LT específicos para o BKV por CF. Convocação dos doentes TR seleccionados para quantificação dos LT específicos para o BKV por CF; colheita das amostras e realização das análises. Análise e tratamento estatístico dos dados; interpretação dos resultados. Apresentação dos resultados em reunião do Serviço de Nefrologia. Apresentação dos resultados nas JIIC. BKV, poliomavírus tipo BK; CF, citometria de fluxo; CTR, consulta de transplante renal; JIIC, Jornadas de Iniciação à Investigação Clínica; LT, linfócitos T; TR, transplantados renais. A. PLANO CIENTÍFICO 1. Resumo A transplantação renal começou em 17 de Junho de 1950 nos Estados Unidos da América e desde então, foi realizada em milhares de pessoas com claros benefícios para os doentes. Inicialmente, os rins transplantados eram rejeitados devido à inexistência, na época, de medicamentos imunossupressores. A criação destes medicamentos permitiu a viabilidade do procedimento, contudo, à medida que se tornaram progressivamente mais potentes surgiram diversos problemas a eles associados: infecções oportunistas (herpes vírus, candidíase oral, citomegalovirus, poliomavírus), neoplasias (linfomas, neoplasias da pele), etc. Os poliomavírus são vírus de ADN que causam tipicamente infecções persistentes, mas geralmente assintomáticas, nos seus hospedeiros naturais. Entre os 12 poliomavírus identificados, principalmente dois causam infecções latentes nos humanos, podendo reactivar em circunstâncias de imunosupressão: o vírus BK (BKV) e o vírus JC (JCV). A primoinfecção por BKV ocorre tipicamente durante a infância ficando o vírus

Página8 latentes nas células do epitélio renal e em células linfóides. A reactivação da infecção por BKV, é responsável pelo aparecimento de cistite hemorrágica, nefrite intersticial e estenose uretral. No transplantados renais (TR), estas patologias apresentam uma prevalência que varia entre 1 a 10% e quando presentes levam à disfunção do enxerto em aproximadamente 45% dos casos. Os exames auxiliares para detecção da infecção / reactivação da infecção por BKV existentes actualmente baseiam-se fundamentalmente em estudos serológicos, citológicos e moleculares e permitem um diagnóstico muitas vezes tardio da situação, fornecendo resultados que não são altamente específicos para a reactivação da infecção por poliomavírus como causa da nefrite intersticial. A resposta imune celular específica pode ser avaliada por citometria de fluxo (CF), através da detecção e quantificação de linfócitos T (LT) específicos para epítopos de proteínas virais, ligados a multímeros de moléculas do complexo maior de histocompatibilidade (MHC) tipo I (LT CD8) ou tipo II (LT CD4). Esta metodologia, já amplamente desenvolvida em alguns laboratórios para a avaliação da resposta imune ao citomegalovírus pode ser aplicada à infecção por poliomavírus. Neste trabalho iremos: a) caracterizar, de uma forma retrospectiva, através da revisão de processos clínicos, o estado dos doentes TR da Consulta de Transplante Renal (CTR) do Hospital de Santo António / Centro Hospitalar do Porto (HSA/CHP), quanto à infecção por BKV (serologia, citologia urinária, viremia e viruria), tentando correlacionar estes dados com a ocorrência de patologia renal secundária à infecção por BKV/disfunção do enxerto e o tipo de imunossupressão; b) caracterizar, durante o período de 3 meses, de uma forma prospectiva e relativamente aos mesmos aspectos, os doentes TR que frequentam a CTR; c) seleccionar, por conveniência, 40 destes doentes para quantificação dos LT específicos para o BKV, por CF (10 doentes TR HLA-A*0201+ que apresentem carga viral negativa no sangue e na urina e pesquisa de células de Decoy negativa e 30 doentes TR HLA-A*0201+ que apresentem pelo menos um destes três testes positivos). Este trabalho permitirá: a) caracterizar os doentes TR da CTR do HSA/CHP quanto à infecção por BKV utilizando os testes de diagnóstico convencionais; b) desenvolver e optimizar a técnica de quantificação, por CF, de LT específicos para o BVK no sangue periférico, com vista à sua eventual futura utilização como meio complementar de diagnóstico da reactivação da infecção por BKV em doentes TR. A detecção e quantificação de LT específicos para o BKV poderá permitir a identificação da reactivação da infecção numa fase ainda subclínica da doença, possibilitando a correcção da imunossupressão e evitando a disfunção do enxerto. 2. Introdução e estado da arte Os poliomavírus são vírus pequenos (30 a 45nm), icosaédricos, sem envelope, com dupla cadeia de DNA circular, pertencentes à família Pappoviridae. Infectam uma grande variedade de animais (macacos, humanos, coelhos, roedores e pássaros) mas são tendencialmente específicos para cada espécie. Os vírus BK (BKV) e JC (JCV), são os causadores dos exemplos clássicos de viroses em humanos (pelo poliomavírus). Nos

Página9 humanos, a infecção por BKV e JCV é extremamente frequente, estimando-se uma seroprevalência entre 60 e 80%. 1 A primoinfecção por BKV ocorre tipicamente durante a infância, mais provavelmente por via oral ou respiratória 2, acreditando-se que seja assintomática ou minimamente sintomática. Após a primoinfecção, os vírus ficam latentes nas células do epitélio renal (epitélio de transição, epitélio tubular renal e epitélio parietal da cápsula de Bowman) e em células linfóides 3,4. Apesar da alta prevalência da infecção, a reactivação com manifestações clínicas é rara em indivíduos imunocompetentes; contudo, a replicação intermitente assintomática com eliminação através da urina pode ocorrer em 20% das pessoas. Assim, os sintomas desenvolvem-se mais habitualmente em pessoas imunocomprometidas, receptores de transplantes (rim, células hematopoéticas, fígado, coração), doentes infectados com o HIV, mulheres grávidas, doentes com cancro a receber quimioterapia. 2 Estas pessoas apresentam um nível de replicação do vírus mais elevado. 1 2.1. Causas e consequências da reactivação da infecção por BKV nos transplantados renais O BKV é o agente causador de nefropatia em 1 10% dos doentes transplantados renais, que conduz à perda do enxerto em 45% dos casos. Os factores de risco para a ocorrência da nefropatia associada a poliomavírus não são completamente conhecidos (alguns factores de risco de pouca relevância são: uma idade mais avançada, sexo masculino, Diabetes mellitus e raça caucasiana) 5 e a sua natureza é provavelmente multifactorial, envolvendo factores do hospedeiro, do enxerto e do vírus que condicionam a incapacidade da resposta imune específica em controlar a replicação viral. Existe uma correlação entre o grau de imunossupressão realizada nos doentes transplantados renais e a reactivação da infecção por BKV, sendo este o principal factor de risco para desenvolvimento de nefropatia por poliomavírus. A replicação rápida do BKV nas células do epitélio tubular renal leva ao aparecimento de nefrite intersticial e estenose uretral nos transplantados renais; estas patologias podem levar à disfunção do enxerto. Em concordância com esta hipótese, a redução atempada da imunossupressão nos doentes TR com suspeita de reactivação da infecção por BKV reduz a perda do enxerto para menos de 10% dos casos. 2.2. Métodos convencionais para o diagnóstico da infecção por BKV O diagnóstico da infecção por BKV pode ser realizado por vários métodos: Citologia da urina a alteração mais significativa é o aparecimento de células com núcleos aumentados e com grandes inclusões basofílicas intranucleares (Células Decoy). Estas alterações características podem, às vezes, ser confundidas com células malignas ou com alterações devido a outras viroses como o adenovírus ou o citomegalovírus (apesar de neste caso as inclusões serem citoplasmáticas e não nucleares). Além disso, a citologia não distingue entre infecções causadas pelo vírus BK ou pelo JC. Num estudo realizado com 106 transplantados renais nunca se identificou nefropatia causada pelo poliomavírus em

Página10 doentes que não apresentassem células Decoy (valor preditivo negativo de 100%; especificidade de 71%) 6. Contudo, estima-se que o seu valor preditivo positivo para nefropatia causada pelo poliomavírus seja baixo (menor que 20%). A pesquisa de células Decoy pode ser vista como uma ferramenta de rastreio útil, já que na ausência de células Decoy a nefropatia por poliomavírus pode ser excluída. 7 PCR A pesquisa de cópias do DNA viral pode ser realizada na urina ou no plasma. Constatou-se que a presença de PCR positivos se correlaciona com o desenvolvimento de nefropatia causada pelo vírus BK nos doentes transplantados e, por outro lado, a redução da imunossupressão como tratamento da infecção leva ao desaparecimento do vírus do plasma. A viremia e viruria habitualmente precedem o aparecimento de nefropatia e 85 % dos doentes que desenvolvem viremia fazem-no nos primeiros 3 a 4 meses pós-transplante. Um PCR positivo na urina não implica necessariamente doença invasiva e pode ocorrer mesmo em indivíduos saudáveis. A prevalência de viruria na população em geral, aumenta com a idade. Um estudo em que se compararam amostras de urina de 223 doentes transplantados renais, mostrou que a carga viral do vírus BK era aproximadamente 3000 vezes maior na urina do que no plasma. Estudos moleculares indicaram que mais de 95% das cópias resultavam da replicação do vírus nas células uroteliais e menos de 5% da replicação do vírus no epitélio tubular. 8 Tal como foi dito anteriormente, a replicação do vírus nas células uroteliais é, na maioria dos casos, assintomática e não leva à perda do enxerto, logo, a viruria não é um marcador ideal para quantificar o grau de envolvimento renal. Num estudo verificou-se que ensaios por PCR para pesquisa do vírus BK no plasma apresentavam uma sensibilidade de 100% e uma especificidade de 88% 2. O PCR realizado em biopsias renais não é um teste apropriado já que pode detectar o vírus latente em indivíduos assintomáticos. A alta sensibilidade destes ensaios e da citologia da urina ainda leva ao tratamento desnecessário de alguns doentes. Serologia a presença de anticorpos anti-poliomavírus no soro não é um achado útil, já que é comum na população em geral. Biópsia renal ao exame histológico identifica-se intensa replicação do vírus com presença de inclusões víricas basofílicas intranucleares, necrose das células dos túbulos e ductos colectores e graus variáveis de inflamação intersticial mono ou polimorfonuclear nas zonas de lesão tubular, caracterizadas por apoptose celular e descamação celular no lúmen. É possível o uso de técnicas imunohistoquímicas para avaliar a expressão do vírus nas áreas de tubulite. Nos estadios precoces a nefropatia por poliomavírus caracteriza-se por lesões focais, unicamente na zona medular do rim e sem infiltrados inflamatórios. As lesões tornam-se progressivamente mais predominantes e generalizadas. Numa fase tardia predomina a fibrose, com poucas células infectadas pelo poliomavírus. É o exame que permite o diagnóstico de nefropatia pelo vírus BK com maior certeza já que também ajuda a excluir rejeição aguda, toxicidade dos anti-calceneurínicos ou recidiva de doença renal. Contudo, devido à natureza focal da nefropatia em fase inicial, o diagnóstico pode não ser encontrado em até um terço das biópsias.

Página11 Existem outros métodos de diagnóstico menos utilizados como por exemplo: detecção de partículas víricas no sedimento urinário através de microscopia electrónica; antigénios virais podem ser detectados por imunoflurescência ou ELISA; detecção de ácidos nucleicos no sedimento urinário através de técnicas de hibridização; medição na urina da quantidade de RNA que codifica a proteína VP-1 9 (proteína da cápsula do vírus); cultura de vírus, que só é usada para fins de investigação, sendo extremamente dispendiosa e demorada (semanas a meses). 2.3. Quantificação de LT específicos para o BKV Embora a resposta imune específica anti-bkv, humoral e celular, não esteja bem caracterizada, existem trabalhos recentes que sugerem que uma alteração no título de anticorpos anti-bkv e/ou do número de LT circulantes específicos para o vírus se correlaciona com desenvolvimento e evolução da nefropatia em doentes transplantados renais. Os LT reconhecem os polipéptidos para os quais são específicos, em associação com as moléculas MHC estão normalmente presentes em numerosas células do organismo (macrófagos, células B, ) que funcionam como células apresentadoras de antigénio. As moléculas de MHC de classe I ligam-se aos LT CD8+, os quais são os principais responsáveis pela reacção imunitária nas infecções virais, e as moléculas MHC de classe II aos LT CD4+. A citometria de fluxo (CF) tem sido usada para detectar a presença de LT específicos para alguns vírus, através da utilização de multímeros de MHC acoplados a péptidos provenientes de proteínas virais com propriedades imunogénicas. Esta tecnologia tem sido vastamente aplicada em alguns laboratórios clínicos para o diagnóstico de infecção / reactivação de infecção por citomegalovírus, um vírus implicado na rejeição aguda de órgãos transplantados e na diminuição da sobrevivência do enxerto e a principal causa de complicações infecciosas pós-transplante. A identificação de polipéptidos de proteínas da cápsula do BVK (ex. VP1) capazes de ser reconhecidos pelos LT CD8 em associação com moléculas do MHC da classe I, permitiu o desenvolvimento de multimeros MHC (ex. HLA-A*0201) para quantificar, por CF, os LT CD8 específicos para o BVK. Estudos anteriormente realizados mostram que a maioria dos indivíduos adultos saudáveis têm LT CD8 circulantes anti-bvk, mas o valor da detecção e quantificação dos LT CD8 anti-bkv para o diagnóstico da reactivação da infecção por BVK em doentes TR ainda não é conhecido. 3. Problemas A reactivação da infecção por BKV é causa de nefropatia nos doentes TR e conduz, com frequência à perda do enxerto. Os métodos convencionais de diagnóstico de reactivação da infecção por BKV não são

Página12 suficientemente sensíveis nem específicos para a detecção precoce da reactivação da infecção vírica, de forma permitir a sua detecção precoce e a adopção atempada das medidas terapêuticas adequadas. 4. Hipótese de trabalho É possível detectar e quantificar, no sangue periférico de doentes TR, os LT CD8 anti-bkv e os níveis circulantes destes LT CD8 podem ser usados com indicador da reactivação da infecção. Assim, esta técnica poderá permitir uma melhor monitorização dos doentes transplantados. 5. Objectivos Este trabalho tem vários objectivos: a) Caracterizar os doentes TR da CTR no que respeita à infecção / reactivação da infecção por BKV, através dos meios complementares de diagnóstico convencionalmente usados para este fim (serologia, citologia, virologia genética, histopatologia). b) Desenvolver uma técnica de detecção e quantificação, por citometria de fluxo, dos LT CD8 específicos para o BKV no sangue periférico, com vista à sua eventual utilização como método de diagnóstico da reactivação da infecção por BKV em doentes TR. c) Correlacionar os resultados obtidos, com os resultados alcançados em outros meios auxiliares de diagnóstico realizados em sequência da investigação individual que cada doente necessite em função do seu estado clínico. 6. Implicações A optimização dos meios complementares de diagnóstico da infecção / reactivação da infecção por BKV pode, a médio prazo, permitir o diagnóstico mais preciso e mais precoce e, consequentemente, a adopção atempada das medidas terapêuticas mais adequadas, de forma a minimizar a ocorrência de nefropatia / disfunção do enxerto nos doentes TR. 7. Enquadramento, motivações e condições de execução A Unidade de Transplantação Renal do Hospital de Santo António tem um número cumulativo de transplantes superior a 1500 tendo realizado, em 2008, cem transplantes renais. Estes números representam uma ampla população passível de estudo. O Orientador do projecto é o responsável pela Unidade de Transplante Renal e pelo Programa de Transplantação Renal e tem participação activa em projectos multicêntricos de investigação, particularmente em ensaios clínicos / protocolos de imunossupressão. É também responsável pelos estágios na área de transplantação renal no HSA/CHP.

Página13 O Grupo de Nefrologia, Diálise e Transplantação do Serviço de Nefrologia do HSA/CHP, integra a Unidade Multidisciplinar de Investigação Biomédica (UMIB/ICBAS/UP), uma Unidade de Investigação reconhecida pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). Este grupo é coordenado pela Prof. Doutora Luísa Lobato, co-orientadora do projecto, que tem grande experiência em projectos de investigação e é responsável pelo processo científico do Serviço de Nefrologia desde a sua Certificação e pela organização da formação dos internos de especialidade. Os Serviços de Microbiologia, Anatomia Patológica e a Unidade de Biologia Molecular, representados no projecto por investigadores e técnicos de investigação, têm ampla experiência no diagnóstico serológico, citológico e molecular da infecção por BKV. O Laboratório de Citometria do Hematologia Clínica, também representado no projecto, tem ampla experiência na área da citometria de fluxo e de participação em numerosos projectos de investigação, bem como numerosos artigos publicados na área do estudo dos LT, condições essenciais para implementar a técnica de quantificação dos LT específicos para o BKV. Publicações do Serviço de Nefrologia nos últimos 3 anos em revistas da especialidade: Frade IC, Fonseca I, Dias L, Henriques AC, Martins LS, Santos J, Sarmento M, Lopes A. Impact of assessment in living kidney donation: psychosocial aspects in the donor. Transplantation Proceedings 2008; 40(3): 677-81 Castro G, Freitas C, Beirão I, Rocha G, Henriques AC, Cabrita A. Chylous ascites in a renal transplant recipient under sirolimus (rapamycin) treatment. Transplantation Proceedings 2008; 40(5): 1756-8. Beirão I, Moreira L, Porto G, Lobato L, Fonseca I, Cabrita A, Costa PM. Low erythropoietin production in familial amyloidosis TTR V30M is not related with renal congophilic amyloid deposition. A clinicopathologic study of twelve cases. Nephron Clin Pract. 2008;109(2):c95-9. Beirão I, Lobato L, Moreira L, Mp Costa P, Fonseca I, Cabrita A, Porto G. Long-term treatment of anemia with recombinant human erythropoietin in familial amyloidosis TTR V30M. Amyloid. 2008;15(3):205-9 Beirão I, Almeida S, Swinkels D, Costa PM, Moreira L, Fonseca I, Freitas C, Cabrita A, Porto G. Low serum levels of prohepcidin, but not hepcidin-25, are related to anemia in familial amyloidosis TTR V30M..Blood Cells Mol Dis. 2008;41(2):175-8. Beirão I, Lobato L, Costa PM, Fonseca I, Silva M, Bravo F, Cabrita A, Porto G. Amyloid. Liver transplantation and anemia in familial amyloidosis ATTR V30M.2007; 14(1):33-7. Torregrosa JV, Fuster D, Pedroso S, Diekmann F, Campistol JM, Rubí S, Oppenheimer F. Weekly risedronate in kidney transplant patients with osteopenia. Transpl Int. 2007; 20(8):708-11. Pedroso SL, Martins LS, Sousa S, Reis A, Dias L, Henriques AC, Sarmento AM, Cabrita A. Pulmonary alveolar proteinosis: a rare pulmonary toxicity of sirolimus. Transpl Int. 2007; 20(3):291-6. Ruiz JC, Campistol JM, Sanchez-Fructuoso A, Mota A, Grinyo JM, Paul J, Castro-Henriques A, Reimao-Pinto J, Garcia J, Morales JM, Granados E, Arias M. Early sirolimus use with cyclosporine elimination does not induce progressive proteinuria. Transplant Proc. 2007; 39(7):2151-2. Rodrigues AS, Silva S, Bravo F, Oliveira JC, Fonseca I, Cabrita A, Krediet RT. Blood Purif. 2007;25(5-6):497-504. Peritoneal membrane evaluation in routine clinical practice. Rodrigues AS, Martins M, Korevaar JC, Silva S, Oliveira JC, Cabrita A, Castro e Melo J, Krediet RT. Evaluation of peritoneal transport and membrane status in peritoneal dialysis: focus on incident fast transporters. Am J Nephrol. 2007;27(1):84-91.

Página14 Rodrigues AS, Almeida M, Fonseca I, Martins M, Carvalho MJ, Silva F, Correia C, Santos MJ, Cabrita A. Peritoneal fast transport in incident peritoneal dialysis patients is not consistently associated with systemic inflammation. Nephrol Dial Transplant. 2006 Mar;21(3):763-9. Projectos de investigação em curso no Serviço de Nefrologia, na área da transplantação renal: A twelve-month, multicenter, open-label, randomized study of the safety, tolerability and efficacy of Certican with IL-2 Receptor, corticosteroids and two different exposure levels of Tacrolimus in de novo renal transplant recipients. Investigador responsável: António Castro Henriques, Unidade de Transplante Renal Estudo MITOS Estudo observacional Nacional Prevalência de problemas gastrointestinais em doentes que efectuaram transplante renal. Investigador responsável: La Salete Martins, Unidade de Transplante Renal. Estudo Osaka - A multicenter, four arm, randomized, open label clinical study investigating optimized dosing in Prograf/Advagraf based immunosuppressive regimen in kidney subjects. Investigador responsável: La Salete Martins, Unidade de Transplante Renal. Estudo IBERICA - Clinical Study Protocol Prospective, randomized, multi-center, open label phase III study to evaluate the efficacy and safety of immunosuppression following a heart-beating cadaveric renal transplantation based on the use of rabbit anti-t-lymphocyte serum, tacrolimus and mycophenolate, free of concomitant corticosteroids from the start of immunosuppression. Estudo IBERICA. Investigador responsável: António Castro Henriques, Unidade de Transplante Renal 7. Desenho do estudo e metodologia 7.1. Tipo de estudo Estudo nacional, institucional, observacional, retrospectivo e prospectivo, transversal, analítico, clínico e laboratorial, de tipo caso-controlo, realizado em seres humanos. 7.2. Participantes e elegibilidade A amostra será retirada da população de doentes transplantados da CTR do Serviço de Nefrologia do HSA/CHP. 1ª parte: Estudo retrospectivo: Revisão dos processos clínicos: Esperamos rever os processos clínicos de todos os doentes que fizeram TR entre Abril de 2006 e Abril de 2009(número estimado: 100 transplantes / ano total no período: +/- 330 transplantes). 2ª parte: Estudo prospectivo: Meios complementares de diagnóstico convencionais: Esperamos efectuar o estudo em todos os doentes TR com história prévia de infecção activa por poliomavírus. O factor limitante será o consentimento dos doentes em participar no estudo. 3ª parte: Estudo prospectivo: Detecção e quantificação dos LT anti-bkv no sangue periférico, por CF: Pretendemos estudar cerca de 30 doentes TR.

Página15 7.3. Selecção dos participantes Critérios de inclusão: a) 1ª parte: Estudo retrospectivo: Revisão dos processos clínicos: Ser transplantado renal; ser ou ter sido doente da CTR do Serviço de Nefrologia do HSA/CHP. b) 2ª parte: Estudo prospectivo: Meios complementares de diagnóstico convencionais: Ser transplantado renal; ter idade superior a 18 anos; ser doente da CTR do Serviço de Nefrologia do HSA/CHP; ter consulta entre Setembro e Dezembro de 2009; concordar em participar no estudo, assinando termo de consentimento informado. c) 3ª parte: Estudo prospectivo: Detecção e quantificação dos LT anti-bkv no sangue periférico, por CF: Ter efectivamente participado na 2ª parte do estudo; ter concordado em participar na 3ª parte do estudo (deslocar-se novamente ao hospital para uma nova colheita de sangue, com vista à realização de novas análises no âmbito do projecto de investigação); ser HLA-A*0201+. Nota: Para a aferição da técnica de detecção e quantificação dos LT específicos para o BKV por CF, o Serviço de Nefrologia fornecerá amostras de sangue periférico de 5 a 10 doentes TR HLA-A*0201+ (1 amostra de 5 ml de sangue colhido em EDTA-K3/ doente). Estas amostras serão anonimizadas de forma irreversivel após a colheita e destinam-se exclusivamente à aferição do método, pelo que se solicita dispensa de consentimento informado. Serão colhidas aquando da vinda dos doentes ao hospital, simultaneamente com a colheita de outras análises. 7.4. Material e métodos Amostras Serão colhidas as seguintes amostras: Sangue: a) 1 amostra de sangue (cerca de 5 ml) em tubo com EDTA-K3: genética molecular (viremia) b) 1 amostra de sangue (cerca de 5 ml) em tubo com EDTA-K3: citometria de fluxo Urina: a) 1 amostra de urina (cerca de 10 ml): sedimento urinário a) 1 amostra de urina (cerca de 10 ml): citologia (pesquisa de células de Decoy) b) 1 amostra de urina (cerca de 10 ml): genética molecular (viruria)

Página16 Análises Serão efectuadas as seguintes análises: a) Sangue: viremia; quantificação dos LT específicos para o BKV. b) Urina: sedimento urinário; pesquisa de células de Decoy; viruria. Estudos moleculares: Quantificação a viremia, por técnicas de genética molecular (PCR). Serviço de Microbiologia & Unidade de Biologia Molecular do HSA/CHP. Estudos citológicos: Pesquisa de células de Decoy (Imunofluorescência). Laboratório de Citologia do Serviço de Anatomia Patológica do HSA/CHP. Estudos citométricos: Quantificação dos LT CD8 específicos para o poliomavírus (citometria de fluxo, multímeros MHC). Laboratório de Citometria do Serviço de Hematologia Clínica do HSA/CHP. * * Para estes estudos serão usados complexos de multimeros de MHC (A*0201) com péptidos do vírus BKV - ex. VIFDFLHCI (BKV LTag406) e LLLIWFRPV (BKV LTag579), conforme descrito por Provenzano M e col (J. Transl. Med. 4: 47, 2006), mandados sintetizar especificamente para o estudo de investigação, pelo que estes estudos só poderão ser efectuados em indivíduos HLA-A*0201+ 7.4. Procedimento 1ª fase do projecto Estudo retrospectivo Revisão dos processos clínicos Procederemos à caracterização da população de doentes TR do HSA/CHP quanto à infecção / reactivação da infecção por BKV e patologia associada (nefropatia, perda do enxerto), através da revisão dos processos clínicos, usando o formulário de recolha de dados apresentado em anexo. 2ª fase do projecto Estudo prospectivo Diagnóstico da infecção / reactivação da infecção por BKV por métodos convencionais Os doentes que frequentem a CTR do HSA/CHP entre Setembro e Dezembro de 2009 e que apresentem história prévia de infecção por poliomavírus serão informados pelo médico da CTR sobre o estudo de investigação e será solicitada a sua participação no estudo. Os doentes que concordem em participar assinarão o termo de consentimento informado e efectuarão colheitas de sangue e urina para quantificação da viremia, estudo do sedimento urinário, pesquisa de células de Decoy e quantificação da viruria. Aos doentes que concordarem em participar nesta parte do estudo que sejam HLA-A*0201+, será perguntado também se concordam em deslocar-se novamente ao hospital para colher uma nova amostra de sangue para realização de outras análises no âmbito do projecto, sendo marcada a colheita em dia específico, durante os meses de Janeiro e Fevereiro de 2010. Estes doentes serão informados de que, se desejarem, lhes

Página17 serão pagas as despesas de deslocação até ao valor máximo de 10 euros, mediante apresentação de comprovativo. 3ª fase do projecto Estudo prospectivo Detecção e quantificação dos LT anti-bkv por citometria de fluxo Para a 3ª fase do projecto, serão seleccionados, por conveniência, de entre os doentes que sejam HLA- A*0201 que tenham concordado em participar: a) 10 doentes TR HLA-A*0201+ que apresentem carga viral negativa no sangue e na urina e pesquisa de células de Decoy negativa (grupo controlo); b) 30 doentes TR HLA-A*0201+ que apresentem pelo menos um destes três testes positivos. Estes doentes serão convocados para vir ao Hospital, em dia específico, durante os meses de Janeiro e Fevereiro de 2010, para colheita de uma nova amostra de sangue, destinada à quantificação dos LT CD8 anti- BKV por CF. A colheita destas amostras de sangue será efectuada no Serviço de Hematologia Clínica pela técnica a contratar, que também executará as análises de citometria. 7.5. Tarefas e funções e responsabilidade dos investigadores Aluno: Recolha de dados médicos acerca dos doentes transplantados no HSA (tarefa 1) e escolha dos doentes que com maior probabilidade apresentem infecção por poliomavírus (tarefa 2); apresentação do projecto de investigação (tarefa 3); coordenação da recolha de amostras (tarefa 4); análise dos resultados obtidos (tarefa 5) e redacção das conclusões (tarefa 6). Orientador: Colaboração na apresentação do projecto de investigação (tarefa 3); colaboração na programação da recolha de amostras (tarefa 4); colaboração na análise (tarefa 5) e apresentação dos resultados (tarefa 6). Co-Orientador 1: Supervisão da análise dos processos médicos dos doentes transplantados no HSA (tarefa 1) e escolha dos doentes mais susceptíveis de apresentarem infecção por poliomavírus (tarefa 2); colaboração na apresentação do projecto de investigação (tarefa 3); colaboração na discussão dos resultados (tarefa 6). Co-Orientador 2: Facilitação da relação de cooperação com os Serviços que fornecerão o suporte laboratorial, em particular com o Serviço de Hematologia Clínica; colaboração na escolha da metodologia do trabalho; escolha do técnico a ser contratado para estudo das amostras por citometria de fluxo; colaboração na análise dos resultados (tarefa 5). Restantes investigadores: Colaboração nas áreas da Microbiologia e Anatomia patológica e Citometria (realização dos estudos analíticos correspondentes).

Página18 em anexo. Fase pré-projecto Revisão da literatura e redacção da proposta Janeiro a Maio de 2009 o Rodolfo Abreu, com a colaboração dos Orientadores Submissão da proposta à aprovação Maio de 2009 o Rodolfo Abreu Apresentação da proposta Junho de 2009 o Rodolfo Abreu, com a colaboração dos Orientadores Fase projecto 1ª parte Estudo retrospectivo - Julho e Agosto 2009 o Revisão dos processos clínicos Rodolfo Abreu, com a colaboração da Co-orientadora (Doutora Luísa Lobato) 2ª parte Estudo prospectivo (análises convencionais) - Setembro a Dezembro 2009 o Observação dos doentes na CTR, informação sobre o estudo de investigação / consentimento informado, recolha de dados clínicos, marcação de análises Médico da CTR, Orientador (Dr. António Castro Henriques) o Realização das análises: Genética molecular / viruria e viremia (Dra. Ana Técn. Ana Constança, TDT) Citologia / pesquisa de células de Decoy (Dr. Ramon Vasquez; Dr. Carlos Gouveia) 3ª parte Estudo prospectivo (citometria de fluxo): Dezembro a Fevereiro de 2010 Citometria de fluxo / quantificação dos LT específicos para o BKV (Doutora Margarida Lima; Dra. Cláudia Torres (TSS, serviços a contratar); 4ª parte Análise dos dados, interpretação dos resultados, discussão e conclusões (Março a Maio de 2010) Rodolfo Abreu, Doutora Luísa Lobato, Dr. António Castro Henriques 7.6. Recolha de dados Na revisão dos processos clínicos será utilizado o formulário de recolha de dados clínicos apresentado Dados demográficos (sexo e idade) Dados clínicos: do transplante renal; Esquema de imunosupressão actual e anteriores; Evidência de disfunção do enxerto, etc. Resultados analíticos: testes de diagnóstico de infecção / reactivação de infecção por BKV (viremia, viruria, sedimento e citologia urinária) Sciences). 7.7. Tratamento de dados e análise estatística A análise estatística será feita em software estatístico SPSS (Statistical Program for the Social

Página19 Resultados esperados Espera-se: caracterizar os doentes TR da CTR quanto ao estado de infecção por BKV e avaliar a sua repercussão clínica (nefropatia, disfunção / perda do enxerto); desenvolver a técnica de citometria de fluxo para detecção / quantificação dos LT específicos para o BKV, com vista à sua futura aplicação à monitorização da infecção por BKV em doentes TR. 8. Indicadores de produção científica A proposta de projecto de investigação será apresentada nas Jornadas de Iniciação à Investigação Clínica em Junho de 2009 e em reunião científica do Serviço de Nefrologia. A divulgação dos resultados será efectuada em reunião científica do Serviço de Nefrologia, nas Jornadas de Iniciação à Investigação Clínica em Junho de 2010, a organizar no HSA/CHP, pelos alunos da DIIC, e, através de apresentação de poster ou comunicação oral, em encontros científicos nacionais e internacionais (European Dialysis and Transplant Association, EDTA, 2010; Congresso da Sociedade Portuguesa de Transplantação, 2010). Está também prevista a elaboração de um relatório final e a redacção de um artigo a submeter a publicação em revista internacional (revista perspectivada: Transplantation Proceedings ). 9. Bibliografia 1- Infecção por poliomavirus: tratamento com Cidofovir e Imunoglobulina Inespecífica, um esquemapromissor? Manuela Almeida et al, Rev Port Nefrol Hipert 2006;20 (1):51-60 2- Testing for polyomavirus type BK DNA in plasma to identify renal-allograft reipients with viral nephropathy. Volker Nickeleit et al NEJM: 2000;342:1309-15 3-Drachenberg, CB, Beskow, CO, Cangro, CB, et al. Human polyoma virus in renal allograft biopsies: Morphological findings and correlation with urine cytology. Hum Pathol 1999; 30:970. 4- Shah, KV. Human polyomavirus BKV and renal disease. Nephrol Dial Transplant 2000; 15:754. 5- AU Hirsch HH; Brennan DC; Drachenberg CB; Ginevri F; Gordon J; Limaye AP; Mihatsch MJ; Nickeleit V; Ramos E; Randhawa P; Shapiro R; Steiger J; Suthanthiran M; Trofe. Polyomavirus-associated nephropathy in renal transplantation: interdisciplinary analyses and recommendations. J SO Transplantation 2005 May 27;79(10):1277-86. 6- Hirsch, Hans H., Knowles, Wendy, Dickenmann, Michael, Passweg, Jakob, Klimkait, Thomas, Mihatsch, Michael J., Steiger, Jurg. Prospective Study of Polyomavirus Type BK Replication and Nephropathy in Renal-Transplant Recipients. N Engl J Med 2002 347: 488-496

Página20 7-Boldorini, R, Brustia, M, Veggiani, C, et al. Periodic assessment of urine and serum by cytology and molecular biology as a diagnostic tool for BK virus nephropathy in renal transplant patients. Acta Cytol 2005; 49:235. 8- GA, Gosert R, Comoli P, Ginevri F, Hirsch HH. Polyomavirus BK replication dynamics in vivo and in silico to predict cytopathology and viral clearance in kidney transplants. Am J Transplant. 2008 Nov;8(11):2368-77. 9- Hirsch HH, Drachenberg CB, Steiger J, Ramos E.; Polyomavirus-associated nephropathy in renal transplantation: critical issues of screening and management. Adv Exp Med Biol. 2006;577:160-73. Chen Y, Trofe J, Gordon J, Du Pasquier RA, Roy-Chaudhury P, Kuroda MJ, Woodle ES, Khalili K, Koralnik IJ. Interplay of cellular and humoral immune responses against BK vírus in kidney transplant recipients with polyomavírus nephropathy. J Virol. 2006 Apr;80(7):3495-505. Comoli P, Binggeli S, Ginevri F, Hirsch HH. Polyomavírus-associated nephropathy: update on BK vírusspecific immunity. Transpl Infect Dis. 2006 Jun;8(2):86-94. Li J, Melenhorst J, Hensel N, Rezvani K, Sconocchia G, Kilical Y, Hou J, Curfman B, Major E, Barrett AJ. T- cell responses to peptide fragments of the BK vírus T antigen: implications for cross-reactivity of immune response to JC vírus. J Gen Virol. 2006 Oct;87(Pt 10):2951-60. Provenzano M, Bracci L, Wyler S, Hudolin T, Sais G, Gosert R, Zajac P, Palu' G, Heberer M, Hirsch HH, Spagnoli GC. Characterization of highly frequent epitope-specific CD45RA+/CCR7+/- T lymphocyte responses against p53-binding domains of the human polyomavírus BK large tumor antigen in HLA- A*0201+ BKV-seropositive donors. J Transl Med. 2006 Nov 10;4:47. Sharma MC, Zhou W, Martinez J, Krymskaya L, Srivastava T, Haq W, Diamond DJ, Lacey SF. Crossreactive CTL recognizing two HLA-A*02-restricted epitopes within the BK vírus and JC vírus VP1 polypeptides are frequent in immunocompetent individuals. Virology. 2006 Jun 20;350(1):128-36. Trofe J, Gordon J, Roy-Chaudhury P, Koralnik IJ, Atwood WJ, Alloway RR, Khalili K, Woodle ES. Polyomavírus nephropathy in kidney transplantation. Prog Transplant. 2004 Jun;14(2):130-40; quiz 141-2. Review.

Página21 B. QUESTÕES ÉTICAS Os doentes serão informados sobre a natureza e os objectivos da investigação e sobre os seus riscos e benefícios. Só serão incluídos neste estudo doentes capazes de compreender a informação dada e tendo assinado e datado o termo de Consentimento Informado, de forma livre e esclarecida. Não existem riscos inerentes à participação no estudo de investigação. Os benefícios do estudo serão eventuais benefícios indirectos, a longo prazo, decorrentes de uma melhor compreensão da doença. No plano financeiro do estudo está prevista o pagamento das despesas relativas a eventuais deslocações de doentes ao hospital para participação no projecto de investigação.

Página22 Informação ao doente participante no estudo Gostaríamos de contar com a sua colaboração neste estudo de investigação que tem como Investigadores Responsáveis o Dr. António Castro Henriques e a Doutora Luísa Lobato, do Serviço de Nefrologia. Com este estudo pretendemos conhecer melhor o papel de um vírus o poliomavírus tipo BKV no desenvolvimento de doença renal em doentes transplantados. Se concordar em participar, será pedido que autorize a colheita de duas amostras de sangue e de três amostras de urina, para realizar as análises que fazem parte deste estudo e a consulta de alguns dados clínicos importantes para interpretar os resultados. Todos os dados serão confidenciais. A participação não acarretará riscos para si. Também não haverá benefícios imediatos, embora a longo prazo possam existir benefícios indirectos resultantes de um melhor conhecimento da doença. Se nas análises efectuadas forem detectadas alterações com importância clínica, será informado. Se tiver que se deslocar ao hospital especificamente por causa deste estudo de investigação poderá, se desejar, pode ser ressarcido das despesas, até ao valor máximo de 10,00 euros por deslocação, mediante a entrega de comprovativo. Termo de consentimento informado Eu, abaixo-assinado, fui informado sobre o estudo de investigação acima mencionado. Foi-me garantido que todos os dados relativos à identificação dos participantes neste estudo são confidenciais. Sei que posso recusar-me a participar no estudo sem nenhum tipo de penalização por este facto. Compreendi a informação que me foi dada, tive oportunidade de fazer perguntas e as minhas dúvidas foram esclarecidas. Aceito participar de livre vontade no estudo acima mencionado e autorizo a colheita do meu sangue e da minha urina para a realização das análises que fazem parte deste estudo, bem como a recolha de alguns dados clínicos que são importantes para interpretar os resultados. Autorizo a divulgação dos resultados obtidos no meio científico, garantindo o anonimato. Nome do participante no estudo: Assinatura Concordo em deslocar-me novamente ao hospital um dia específico para colher uma nova amostra de sangue para efectuar outras análises que fazem parte deste estudo. Assinatura Nome do médico: Assinatura

Página23 C. PLANO FINANCEIRO 1. Orçamento Não haverá consultas ou internamentos extra, realizados especificamente no âmbito do trabalho de investigação. À excepção das análises de citometria, que têm caracter de investigação e cujos custos estão previstos no âmbito do Projecto, mediante a aquisição dos reagentes necessários e a contratação dos serviços de um técnico de investigação, todos os estudos analíticos são estudos de rotina. Custo total (iv) Subsídio de deslocação participantes (i) (iii) 400,00 Reagentes e outro material de laboratório (ii) (iii) Técnico de investigação (iv) Poster Inscrição do aluno em Congresso da Especialidade Organização das Jornadas de Iniciação à Investigação Clínica TOTAL 2.300,00 euros 1000,00 euros 50,00 euros 200,00 euros 50,00 euros 4.000,00 EUROS (i) (ii) (iii) (iv) Pagamento mediante entrega de comprovativo; máximo 10 euros / deslocação. Custos de reagentes e material consumível para exames e análises que habitualmente não são efectuados no hospital e que são realizados especificamente para o estudo de investigação citometria de fluxo (estimativa para 40 amostras). Estimativa para 40 participantes. Contratação de serviços: 250 euros / mês 4 meses. 2. Financiamento Este estudo será financiado pela Roche Farmacêutica: Bolsa de Iniciação à Investigação Clínica Programa Roche/ICBAS/HSA 2008/2010.