Apontamentos sobre Desenvolvimento e Mineração no Brasil

Documentos relacionados
Recursos Minerais: para quê e para quem?

POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO PRODUTIVO

A legislação mineral e o novo marco legal. II Curso Básico Nacional do MAM

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Secretaria de Inovação. Nelson Akio Fujimoto Secretário de Inovação

Problemas, perspectivas e desafios

Balança Comercial do Rio Grande do Sul Janeiro Unidade de Estudos Econômicos UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Secretaria de Comércio Exterior

Bens de capital. Novembro de 2017 DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

A CRISE MUNDIAL E O PAPEL DO BNDES

Balança Comercial do Rio Grande do Sul Dezembro Unidade de Estudos Econômicos UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS

Balança Comercial do Rio Grande do Sul Outubro Unidade de Estudos Econômicos UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS

Balança Comercial do Rio Grande do Sul Junho Unidade de Estudos Econômicos UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS

Balança Comercial do Rio Grande do Sul Julho Unidade de Estudos Econômicos UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS

Balança Comercial do Rio Grande do Sul Agosto Unidade de Estudos Econômicos UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS

Balança Comercial do Rio Grande do Sul Setembro Unidade de Estudos Econômicos UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS

DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos MINÉRIO DE FERRO JUNHO DE 2017

Balança Comercial do Rio Grande do Sul Janeiro Unidade de Estudos Econômicos UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS

Balança Comercial do Rio Grande do Sul Fevereiro Unidade de Estudos Econômicos UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS

Balança Comercial do Rio Grande do Sul Janeiro Unidade de Estudos Econômicos UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS

DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos MINÉRIO DE FERRO NOVEMBRO DE 2016

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

Vale do Rio Doce tem fábrica no Bahrein e vai fazer pesquisa mineral na Arábia Saudita

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

Vale do Aço. Fevereiro/2016

Propostas de posicionamento estratégico para uma Política de Desenvolvimento Industrial

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

Sala de Investimentos - Casa Civil COMISSÃO DE INCENTIVO AOS INVESTIMENTOS PRODUTIVOS PRIVADOS NO PAÍS

PAINEL REGIONAL DA INDÚSTRIA MINEIRA REGIONAIS FIEMG. Vale do Rio Grande

Mineração. João Eduardo Laurent Alphonse Rafael Almeida

DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos BENS DE CAPITAL NOVEMBRO DE 2016

Geografia. O Comércio Exterior do Brasil. Professor Luciano Teixeira.

Prof. Edmar de Almeida Instituto de Economia - UFRJ

BRASIL E CHINA: COMPLEMENTARIDADES, RIVALIDADES E LIMITES DO DESENVOLVIMENTO Eduardo Costa Pinto Professor do Instituto de Economia da Universidade

DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos MINÉRIO DE FERRO AGOSTO DE 2015

MAPA ESTRATÉGICO DO COMÉRCIO EXTERIOR CATARINENSE

Estruturar informações econômicas básicas sobre a caracterização da indústria mineira no Estado de Minas Gerais e em suas Regionais.

Pesquisas Econômicas (CEPEC/UFPR). Endereço eletrônico:

Programa SENAI de Apoio à Competitividade da Indústria Brasileira

ano III, n 21, janeiro de 2013 Período Exportações Importações Saldo

Financiamento e Políticas Públicas para a Inovação. 2º CIMES Congresso de Inovação em Materiais e Equipamentos para Saúde

Oportunidades de Negócios em Minas Gerais. Mauricio Cecilio Diretor de Promoção de Investimentos

A Produtividade e a Competitividade da Indústria Naval e de BK Nacional. Fernanda De Negri Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA

Coeficientes de Exportação e Importação

O Panorama da Mineração Brasileira

Infraestrutura e competitividade da economia

Área de Insumos Básicos AIB

VLI e a Logística Integrada

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE GOIÁS CENÁRIO DA INDÚSTRIA E DA ECONOMIA GOIANA 2012

Cenário Atual do Setor de Petróleo & Gás e suas Perspectivas

PAINEL DA INDÚSTRIA MINEIRA

LUIZ AUGUSTO ROCHA Coordenação de Inteligência Comercial

Luciano Coutinho Presidente

Enfrentando la Revolución Industrial China

REVISÃO PROVA TRIMESTRAL 3º TRIMESTRE GEOGRAFIA PROFESSOR GABRIEL

Desempenho da Indústria Catarinense

Luciano Coutinho Presidente

Informações sobre a Economia Mineral do Estado de Minas Gerais. Informações até Dezembro de 2014 Divulgado em 25 de Março de 2015

REVISÃO DA BALANÇA COMERCIAL PARA 2012

O BRASIL VIROU GENTE GRANDE E AGORA?

O Brasil de hoje e perspectivas para o futuro na visão do MDIC

Informações sobre a Economia Mineral do Estado de Minas Gerais

Relações Econômicas entre o Estado de Minas Gerais e o Japão / Perspectivas de Desenvolvimento e Investimentos

Desempenho do Comércio Exterior Paranaense Março 2016

ano IV, n 46 Fevereiro de 2015

Resultados de Junho de 2014

As Florestas Plantadas na Sustentabilidade do Agronegócio

Informações sobre a Economia Mineral do Estado de Minas Gerais

AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE DESINDUSTRIALIZAÇÃO EM SANTA CATARINA: CARACTERÍSTICAS E CAMINHOS PARA A RETOMADA DO CRESCIMENTO

A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA

AGRONEGÓCIO BRASILEIRO OPORTUNIDADES E DESAFIOS ABAG MARÇO DE 2011

PAINEL DA INDÚSTRIA MINEIRA. Minas Gerais

Plano de Desenvolvimento, Sustentabilidade e Inovação do Setor de Mineração e Transformação Mineral

MINERAÇÃO. Evolução da produção Mineral

Comércio Exterior de Mato Grosso do Sul / Desempenho Industrial Junho 2017

Apoio do BNDES ao Setor Elétrico

Perspectivas do Comércio Exterior Brasileiro

As exportações chinesas e o impacto na FIAM 2009

REFLEXÕES SOBRE CÂMBIO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR

REVOLUÇÕES INDUSTRIAIS E DIVISÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO

Balança Comercial Brasileira Conselho Superior de Comércio Exterior da FIESP

As maiores empresas produtoras no Brasil são: Vale com 84,52%, CSN com 5,45%, Samarco com 6,29%, MMX com 2,03% e Usiminas com 1,71%.

POLÍTICA MINERAL & NOVO MARCO REGULATÓRIO DA MINERAÇÃO

I ENCONTRO DA ABM REGIONAL MG. Impactos do Crescimento Mínero- Metalúrgico e de Materiais no Estado de Minas Gerais

Plano Brasil Maior 2011/2014. Inovar para competir. Competir para crescer.

DESENVOLVIMENTO DO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO E O INTERCÂMBIO COMERCIAL BRASIL-PORTUGAL

Boletim da Balança Comercial do RS Dezembro de 2016

FIESP - 8º Encontro de Logística e Transportes A Hora do Investimento Privado

Desempenho da Indústria Catarinense

O COMPLEXO CENTRO-SUL

Desempenho do Comércio Exterior Paranaense Junho 2013

Desempenho da Indústria Catarinense

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS. Sede Nacional - SP

MAPA ESTRATÉGICO DO COMÉRCIO EXTERIOR CATARINENSE JARAGUÁ DO SUL, 05/12/2014

BALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA SETEMBRO 2012

BOLÍVIA. Comércio Exterior

Desempenho do Comércio Exterior Paranaense Janeiro 2016

CHILE. Comércio Exterior

Economia Brasileira Ciclos do Pós-Guerra

ano XVI, n 6, junho de 2012

Transcrição:

Encontro Nacional do MAM 22 de maio de 2014 Brasília, BA Apontamentos sobre Desenvolvimento e Mineração no Brasil Rodrigo Salles Pereira dos Santos Universidade Federal Fluminense (UFF) santosrodrigosp@hotmail.com

ESTRUTURA Estratégia de Desenvolvimento Nacional Trajetória de Crescimento via Exportações Apontamentos a partir da Mineração de Ferro

ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO NACIONAL 1. A Política Monetária Fonte: CEPAL (2013)

ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO NACIONAL 2. A Política Comercial Política de Comércio Exterior Fonte: IADB, 2013

País Empréstimos para setores Incentivos fiscais para setores específicos específicos Argentina Bens de capital Mineração e silvicultura Bolívia Brasil ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO NACIONAL 3. A Política Industrial Chile Políticas Petróleo e instrumentos e gás, têxteis, calçados, indústria naval, Política industrial Equador eletricidade, telecomunicações, software, cinema Mineração Indústria automotiva, eletrônica Silvicultura, petróleo, nuclear Mineração e turismo México Cinema Cinema, silvicultura, transporte aéreo e marítimo, indústria gráfica Peru Mineração, petróleo, turismo Venezuela Hidrocarbonos e bens de capital para setor primário (petróleo, gás, agricultura e pesca) Fonte: Peres, 2006

ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO NACIONAL 3. A Política Industrial Programa Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior Setores prioritários Políticas e instrumentos Política industrial (PITCE, 2003) Política de Desenvolviment o Produtivo (PDP, 2008) Plano Brasil Maior (PBM, 2011) Fonte: MDIC, 2003, 2008, 2011 Setores estratégicos: bens de capital, fármacos, semicondutores, software. Setores "portadores de futuro": biomassa/energias renováveis, biotecnologia, nanotecnologia. Setores de consolidação e expansão de liderança: aeronáutico, bioetanol, carnes, celulose/papel, mineração, petróleo/gás/petroquímica, siderurgia. Setores para fortalecimento de competitividade: agroindústrias, automotivo, bens de capital, complexo de serviços, construção civil, couro/ calçados/ artefatos de couro, higiene/ perfumaria/ cosméticos, plásticos, indústria naval e cabotagem, madeira/ móveis, têxtil/ confecções. Setores estratégicos: complexo industrial de saúde, tecnologias de informação e comunicação, energia nuclear, nanotecnologia, biotecnologia e complexo industrial de defesa. Sistemas produtivos: petróleo/gás natural, complexo da saúde, automotivo, aeronáutica/espacial, bens de capital, TICs e complexo industrial da defesa. Sistemas intensivos em escala: químicos, fertilizantes, bioetanol, mínero-metalúrgico e celulose e papel. Sistemas intensivos em trabalho: plásticos, calçados/artefatos, têxtil/confecções, higiene pessoal/perfumaria e cosméticos, móveis, brinquedos e construção civil. Agronegócio: carnes/derivados, cereais/leguminosas, café/produtos conexos, frutas/sucos e vinhos. Serviços: comércio/serviços pessoais, logística e serviços produtivos. 6

ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO NACIONAL 4. A Política de Renda Políticas e instrumentos Política de renda Fonte: CEPAL, 2013 7

ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO NACIONAL 4. A Política de Renda País Políticas de transferência de renda Políticas e instrumentos Política de renda Argentina Programa Familias (2002) Brasil Bolsa Família (2003) Bolívia Bono Juancito Pinto (2006). Chile Chile Solidario (2002) Equador Bono de Desarrollo Humano (1998) México Oportunidades (1997) Peru Juntos (2005) Venezuela - Fonte: Johansen,2009 8

ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO NACIONAL 5. A Política de Recursos Minerais Período neoliberal Período neoextrativista País Argentina Mudanças visando estímulo à atividade privada na mineração Ley 24498/1995 de Actualización Minera Mudanças permitindo/ facilitando investimentos estrangeiros no país Decreto Nº 1853/1993, modifica Ley Nº 21382/1976de Inversión Mudanças visando à apropriação Estatal da renda extrativa Lei de recuperação da YPF (Ley 26741/2012) Políticas e instrumentos Extranjera Política de acesso aos recursos minerais Brasil EC 6/1995 Aumento de percentual e modificação na base de cálculo dos royalties (proposta de novo marco regulatório da mineração) Bolívia Código de Minería (Ley Ley de Inversiones (Ley Criação do Imposto Direto sobre 1777/1997) 1.182/1990) Hidrocarbonetos (Ley 3058/2005) Chile Equador Peru Venezuela Código de Minería (Ley 18.248/1983) Ley de Minería (Ley 126/1991) Ley General de Minería (Decreto Legislativo 109/1992) Decreto con rango y fuerza de ley de minas (295/1999) Fonte: Chaparro, 2002; Viale, 2012 Estatuto de la Inversión Extranjera (Decreto Ley 600/1976) Ley 12 de Cámaras de Minería (Decreto Nº 415/1993) Ley de Promoción de la Inversión Privada (Decreto Legislativo 757/1991); Decreto (2095/1992), Nacionalização dos hidrocarbonetos (D.S. Nº 28701/2006) Criação do novo regime tributário do imposto específico para a renda operacional da atividade mineira (Ley 20.469/2010) Lei reformatória da lei de hidrocarbonetos (Ley 85/2007) Aumento de percentual e modificação na base de cálculo dos royalties (Decreto Supremo 209/2011) Lei de imposto sobre preços extraordinários do mercado de internacional de hidrocarbonetos (Ley 40114/2013) 9

TRAJETÓRIA DE CRESCIMENTO VIA EXPORTAÇÕES 1. O Boom das Commodities Evolução do Preço Real de Minerais Selecionados, 1960-2010 (US$; ano-base: 2005). Elaboração do autor a partir de dados do Banco Mundial (2013). 16/10/2014

TRAJETÓRIA DE CRESCIMENTO VIA EXPORTAÇÕES 1. O Boom das Commodities Evolução do Preço Real de Minerais Selecionados, 1960-2010 (US$; ano-base: 2005). Elaboração do autor a partir de dados do Banco Mundial (2013).

TRAJETÓRIA DE CRESCIMENTO VIA EXPORTAÇÕES 2. A Ind. Extrativa Mineral (IEM) na Balança Comercial Evolução da Pauta de Exportação por Intensidade Tecnológica, 2000-2010. Fonte: DE NEGRI; ALVARENGA (2011, p. 44).

TRAJETÓRIA DE CRESCIMENTO VIA EXPORTAÇÕES 2. A Ind. Extrativa Mineral (IEM) na Balança Comercial 1. Evolução do Índice de Quantum das Exportações de Produtos Básicos 42,33 10,03 11,77 250,07 196,89 100 297,58 170,52 154,14 1974 1975 1976 1977 1978 1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Básicos Semi-manufaturados Manufaturados 2. Evolução do Índice de Preço das Exportações de Produtos Básicos 327,47 111,33 84,06 100 59,06 231,93 199,78 157,82 248,6 183,88 1974 1975 1976 1977 1978 1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Básicos Semi-manufaturados Manufaturados

TRAJETÓRIA DE CRESCIMENTO VIA EXPORTAÇÕES 2. A Ind. Extrativa Mineral (IEM) na Balança Comercial Evolução da Participação da IEM no Saldo da Balança Comercial, 2006-2011. 140 137,01 120 110,71 100 80 60 40 52,79 49,82 20 0 25,01 17,51 16,79 14,08 8 9,46 11,54 11,83 4,92 4,3 5,62 4,3 4,27 4,42 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Saldo Comercial Exportação Importação Fonte: Elaborado a partir de dados do IBRAM (2011).

TRAJETÓRIA DE CRESCIMENTO VIA EXPORTAÇÕES 3. A Ind. Extrativa Mineral (IEM) no PIB Fonte: Balanço Energético Nacional (2011)

TRAJETÓRIA DE CRESCIMENTO VIA EXPORTAÇÕES 4. A Importância da IEM na Estratégia de Crescimento Fonte: (Corrêa; Carmo, 2012, p. 12).

APONTAMENTOS A PARTIR DA MINERAÇÃO DE FERRO 1. Fluxos Comerciais de Minério de Ferro Fonte: Trans-Tasman Resources, 2013

APONTAMENTOS A PARTIR DA MINERAÇÃO DE FERRO 2. Estratégia de Acumulação por Espoliação Produção do Minério de Ferro no Brasil 2ª maior reserva (17%) 2º maior exportador (29%) Participação IEM nas exportações: 17,3% Participação da IEM no VA: 4,1% Participação do Minério de Ferro na IEM: 70% Conflitos ecológicos distributivos Captura de valor por comoditização de bens coletivo Perspectiva de intensificação da exploração Aumento dos impactos e conflitos socioambientais

APONTAMENTOS A PARTIR DA MINERAÇÃO DE FERRO 3. A Rede Global de Produção do Minério de Ferro Atividades de extração, logística, beneficiamento e consumo do minério de ferro organização de atividades sob a forma de rede dispersão geográfica integração funcional Dimensão material explicita papel dos agentes de contestação e as relações conflituosas da rede Redes Globais de Contestação ações de contestação influenciam estratégias corporativas foco da ação de contestação escala da ação de contestação níveis de conhecimento e alianças

APONTAMENTOS A PARTIR DA MINERAÇÃO DE FERRO 4. A Extração no Brasil Empresa Principais acionistas (Ações ordinárias) Participação no mercado (2012) Vale Previ (20%), BNDESPar (13%), Bradespar (11%), Mitsui 76% (10%), FUNCEF (3%), Petros (2%) CSN e Namisa Família Steinbruch (51%), BNDESPar (2%) 8% Samarco Vale (50%), BHP Billiton (50%) 5% MMX Eike Batista? (42%), Wisco(10%), SK Networks (9%) 3% Mineração Usiminas Anglo American Ferrous Resources do Brasil Sumitomo Corporation (30%), Nippon Steel 3% Corporation (14%), Ternium Investments S.àr.l (11%), CSN (8%), Previ (7%) Anglo American Plc. 1% Fundos de pensão internacionais 1%

APONTAMENTOS A PARTIR DA MINERAÇÃO DE FERRO 5. A Logística no Brasil Ferrovia Concessionária Usos Estrada de Ferro Carajás (EFC) Vale Estrada de Ferro Vale Vitória à Minas (EFVM) MRS Logística CSN e Namisa (37%), Vale e MBR (34%), Usiminas (11%) Passageiros, minério de ferro, ferrogusa, manganês, cobre, combustíveis e carvão. Passageiros, minério de ferro, carvão e produtos agrícolas. Minérios, produtos siderúrgicos, produtos metalúrgicos, produtos químicos e petroquímicos, papel e celulose, produtos automotivos e contêineres.

APONTAMENTOS A PARTIR DA MINERAÇÃO DE FERRO 5. O Consumo no Brasil e no Mundo Consumidores domésticos (30%) ArcelorMittal Gerdau (Família Gerdau 50%; J.P. Morgan, 7%; BNDESPar 6,6%) Usiminas (Nippon Steel 21%; Ternium 16%; CSN 11%; Previ 10%) CSN: Família Steinbruch (51%), BNDESPar (2%) TKCSA (ThyssenKrupp 73%; Vale 27%) Consumidores internacionais (70%) China: 52% Japão: 10% Coreia do Sul: 5%

APONTAMENTOS A PARTIR DA MINERAÇÃO DE FERRO 6. O Impacto Territorial

APONTAMENTOS A PARTIR DA MINERAÇÃO DE FERRO 6. O Impacto Territorial

APONTAMENTOS A PARTIR DA MINERAÇÃO DE FERRO 8. A Sociedade no Brasil e no Mundo Formação de redes Articulação Mineração-Siderurgia AMS/RBJA (2007) Articulação Internacional dos Atingidos pela Vale AIAV (2010) Comitê Nacional em Defesa dos Territórios frente à Mineração CNDTM (2013) Estratégias de contestação Interrupção de operações (fechamento de rodovias e ferrovias) Participação de assembleias de acionistas Elaboração de relatórios de insustentabilidade Prêmios internacionais (ex. Public Eye) Participação/questionamento no licenciamento ambiental Denúncias ao Ministério Público Incidência no marco legal