MEDICINA LEGAL AULA 1 PERÍCIA MÉDICO-LEGAL E PERITOS 12/03/18. Polícia Civil do Rio Grande do Sul. Delegado de Polícia Civil do Rio Grande do Sul

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Transcrição:

Delegado de Polícia Civil do Rio Grande do Sul MEDICINA LEGAL PROF. LUCIANA GAZZOLA Instagram: @prof.lu.gazzola E-mail: prof.lu.gazzola@gmail.com Polícia Civil do Rio Grande do Sul AULA 1 PERÍCIA MÉDICO-LEGAL E PERITOS 1

O que é a Medicina Legal? "Arte de por os conceitos médicos a serviço da administração da Justiça." (Lacassagne) "A aplicação dos conhecimentos médico-biológicos na elaboração e execução das leis que deles carecem. (Flamínio Fávero) 1 MEDICINA DIREITO Criminalística Sociologia Balística Política criminal MEDICINA LEGAL Ciência Penal Patologia Física Química 2 O que faz a Medicina Legal? Perícia médica: todo ato médico com o propósito de contribuir com as autoridades administrativas, policiais ou judiciárias com conhecimentos específicos da área médica. ü Colabora com a investigação policial: busca oferecer provas objetivas para uma investigação. 3 2

O que faz a Medicina Legal? ü Presta esclarecimentos à Justiça em suas mais diversas formas: - criminal à ex.: - civil à ex.: - trabalhista à - previdenciária à ex.: 4 PERÍCIA MÉDICO-LEGAL Visa informar e fundamentar, de maneira objetiva, todos os elementos consistentes do corpo de delito e, se possível, aproximar-se de uma provável autoria. ü ü (França) 5 CORPO DE DELITO ü Todos os elementos materiais da conduta incriminada, inclusive meios ou instrumentos de que se sirva o criminoso. Base residual do crime. ü Conjunto de elementos sensíveis do fato criminoso. 6 3

OS PERITOS ü Perícia: exame dos elementos materiais de um fato alegado ü Perito: detém o conhecimento técnico sobre determinado assunto 7 OS PERITOS ü Oficiais: médicos legistas e peritos criminais (concurso público) ü Nomeados: livre escolha do Juiz. ü Assistentes técnicos: indicados pelas partes (processos cíveis e trabalhistas). 8 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL (CPP-1941) Perícias à artigos 158 a 184 Peritos à artigos 275 a 281 9 4

Código de Processo Penal (CPP/1941) CAPÍTULO II (artigos 158 a 184): Do exame de corpo de delito e das perícias em geral Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. 10 Código de Processo Penal (CPP/1941) Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior. 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame. 11 Art. 159. (...) Código de Processo Penal (CPP/1941) 2º Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo. 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico. 12 5

Código de Processo Penal (CPP/1941) Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora. Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto. 13 Art. 162. (...) Código de Processo Penal (CPP/1941) Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma circunstância relevante. 14 Código de Processo Penal (CPP/1941) Art. 180. Se houver divergência entre os peritos, serão consignadas no auto do exame as declarações e respostas de um e de outro, ou cada um redigirá separadamente o seu laudo, e a autoridade nomeará um terceiro; se este divergir de ambos, a autoridade poderá mandar proceder a novo exame por outros peritos. Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte. 15 6

Código Penal (CP/1940) Falso testemunho ou falsa perícia: Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral. Pena reclusão, de dois a quatro anos, e multa. 16 7

Delegado de Polícia Civil do Rio Grande do Sul Medicina Legal AULA 2 DOCUMENTOS MÉDICO-LEGAIS Necropsias Conceito Finalidade à clínica (patologistas) forense (médicos legistas) Causas jurídicas da morte à homicídio, suicídio ou acidente 1 Quando é necessária uma necropsia forense? Duas indicações básicas: ü Morte por causas externas ü Morte suspeita E a morte por antecedentes patológicos? 2 1

Morte suspeita ü Pela subtaneidade; ü Por violência oculta; ü Por violência indefinida; ü Por infortúnio do trabalho. 3 DOCUMENTOS MÉDICO-LEGAIS 4 ü Notificações ü Atestados ü Relatórios à à à auto x laudo ü Pareceres ü Depoimento oral ü Declaração de óbito NOTIFICAÇÕES ü Comunicações compulsórias feitas pelos médicos às autoridades competentes, acerca de determinado fato profissional. ü Ex.: doenças infecto-contagiosas; doenças do trabalho; morte encefálica. E uso de drogas?? ü Art. 269 do CPB x sigilo médico 5 2

ATESTADO ü Documento particular de declaração pura e simples de um fato médico verídico e suas possíveis consequências, normalmente feito a pedido do paciente ou responsáveis. 6 ATESTADO ü Classificação: - Quanto à finalidade: Administrativo x judiciário x oficioso 6 ATESTADO ü Classificação: - Quanto ao conteúdo: Idôneo x gracioso x imprudente x falso 6 3

ATESTADO ü Art. 302 do CP/1940 ü Revelação do diagnóstico no atestado 6 RELATÓRIO ü Descrição minuciosa de uma perícia médica a fim de responder a autoridade policial ou judiciária. ü Laudo x auto 7 8 RELATÓRIO ü 7 partes: preâmbulo quesitos histórico descrição à discussão conclusão resposta aos quesitos 4

PARECER MÉDICO-LEGAL ü Divergências quanto a interpretação de achados de perícia; ü Solicita-se esclarecimento mais aprofundado; ü Perito ou professor com competência inquestionável e autoridade reconhecida. 9 PARECER MÉDICO-LEGAL ü Componentes do parecer (6 partes): 9 DEPOIMENTO ORAL ü Declaração tomada ou não a termo em audiências de instrução e julgamento sobre fatos obscuros ou conflitantes descritos no relatório da perícia. 10 5

DECLARAÇÃO DE ÓBITO ü Documento base do SIM/MS ü Finalidades: - Confirmar a morte; - Determinar a causa da morte; - Satisfazer interesses de ordem civil, estatística, demográfica e político-sanitária. 11 12 6

Delegado de Polícia Civil do Rio Grande do Sul Medicina Legal AULAS 3 e 4 TRAUMATOLOGIA FORENSE ENERGIAS DE ORDEM MECÂNICA O que é traumatologia ou lesionologia? ü Trauma ü Lesão ü Agentes lesivos à ordem mecânica, física, química, físico-química, bioquímica, etc. Energias de ordem mecânica 1 ü São aquelas capazes de modificar o estado de repouso ou de movimento de um corpo, produzindo lesões em parte ou no todo. ü Objetos: - armas propriamente ditas - armas eventuais - armas naturais - outros 1

Energias de ordem mecânica ü Objeto ou instrumento ü Meio ou ação ü Lesão 2 Lesões produzidas por ação PERFURANTE ü Afastamento das fibras dos tecidos por pressão. ü Ação por meio de uma PONTA. ü Feridas punctórias (pequeno calibre). ü 4 Lesões produzidas por ação PERFURANTE à Instrumentos de médio calibre Formato e direção da lesão: - Primeira Lei de Filhos - Segunda Lei de Filhos - Lei de Langer 5 2

As feridas puntiformes apresentam direções fixas em cada parte do corpo. 6 É possível a determinação certeira do comprimento do objeto perfurante pela profundidade do ferimento? Feridas em sanfona ou em acordeão de Lacassagne 8 Lesões produzidas por ação CORTANTE 9 ü Instrumento age por deslizamento em sentido linear à feridas incisas ü Características: forma linear, bordas e fundo regulares, hemorragia abundante, predomínio do comprimento sobre a profundidade, paredes lisas e regulares, afastamento das bordas (no vivo), ausência de vestígios traumáticos em torno da ferida, cauda de escoriação. ü 3

Lesão produzidas por ação CORTANTE Tipos especiais: - Degola - Esgorjamento - Decapitação - Esquartejamento - Espostejamento 13 Lesões produzidas por ação CONTUNDENTE - Ação por um instrumento de superfície plana. - Pressão, explosão, percussão, deslizamento, compressão, contragolpe...... - Pode ser ativa, passiva ou mista 15 força de choque intensidade e gravidade do trauma 16 4

17 Lesões produzidas por ação CONTUNDENTE - Rubefação - Escoriações - Equimoses - Hematomas - Fraturas, luxações, entorses - Rotura de vísceras internas - Lesões por queda de altura - Ferida contusa Espectro equimótico de Legrand du Saulle COR VERMELHA VIOLÁCEA AZULADA ESVERDEADA AMARELADA DESAPARECIMENTO EVOLUÇÃO 19 Lesões produzidas por ação CONTUNDENTE FERIDA CUTÂNEA CONTUSA Produzida por pressão, compressão, percussão, arrastamento, explosão e tração dos tecidos. 22 5

23 Lesões produzidas por ação CONTUNDENTE FERIDA CUTÂNEA CONTUSA Características: Forma estrelada; bordas irregulares, escoriadas e equimosadas; fundo e vertentes irregulares; presença de pontes de tecido íntegro ligando as vertentes; pouco sangrantes; integridade de vasos, nervos e tendões no fundo da ferida. Lesões produzidas por ação MISTA PÉRFURO-CONTUNDENTE - Exemplo clássico: PÉRFURO-CORTANTE - Mecanismo misto à instrumento de ponta e gume: pressão e secção - Costumam ser graves, especialmente as que atingem a cavidade abdominal. - Causa jurídica mais comum: 26 Lesões produzidas por ação MISTA CORTO-CONTUNDENTE Lesões corto-contusas: produzidas por instrumentos que, mesmo sendo portadores de gume, são influenciados pela ação contundente, quer pelo seu próprio peso, quer pela força ativa de quem os maneja. (França) 28 6

Lesões produzidas por ação MISTA CORTO-CONTUNDENTE - Ação por deslizamento e por pressão - Não apresentam cauda de escoriação e nem pontes de tecido íntegro entre as vertentes da ferida - Exemplo: mordedura 29 7

Delegado de Polícia Civil do Rio Grande do Sul Medicina Legal AULA 5 TRAUMATOLOGIA FORENSE LESÕES POR ARMAS DE FOGO Lesões produzidas por ação pérfuro-contundente Avaliar 3 pontos principais nos ferimentos por armas de fogo: 1. Diferenciar ferimentos de entrada e de saída 2. Diferenciar trajeto e trajetória 3. Aferir provável distância do disparo 1 Lesões produzidas por ação pérfuro-contundente Ferimento de entrada Ferimento de saída Tiro encostado Tiro a curta distância e a queima roupa Tiro a distância 2 1

3 Ferimentos de entrada Normalmente regulares, com bordas invertidas, invaginadas, ao contrário dos ferimentos de saída à indicação do possível trajeto. Exceção: 4 Ferimentos de SAÍDA - Forma irregular - Bordas reviradas para fora - Diâmetro maior que o do orifício de entrada - Maior sangramento - Não têm halo de enxugo nem orla de escoriação - Não apresentam os efeitos secundários 5 2

Ferimentos no plano ósseo: entrada x saída Sinal do funil de Bonnet - Ferimento de entrada: lâmina externa: ferimento arredondado e regular; lâmina interna: ferimento irregular, maior que o da lâmina externa, com bisel interno bem definido, em forma de cone com a base voltada para dentro. - Ferimento de saída: exatamente o inverso cone com a base voltada para fora 8 Ferimentos de entrada em TIRO ENCOSTADO Características da lesão: Forma irregular, denteada ou com entalhes gases da explosão penetram no ferimento e refluem ao encontrar resistência no osso. 11 Ferimentos de entrada em TIRO ENCOSTADO Características da lesão: - Sinal de Werkgaertner - Sinal de Benassi - Sinal de Schusskanol 12 3

Ferimentos de entrada em TIRO A CURTA DISTÂNCIA ü Forma arredondada ou ovalada. ü Bordas invertidas ü Há efeitos secundários à residuograma. ü Formam-se halos, orlas ou zonas. ü Queima-roupa à ação do calor, da elevada temperatura dos gases. 15 Ferimentos de entrada em TIRO A CURTA DISTÂNCIA - Halo de enxugo ou orla de Chavigny - Zona de tatuagem - Zona de esfumaçamento (tisnado) - Aréola equimótica - Orla de escoriação ou contusão 16 Ferimentos de entrada em TIRO A DISTÂNCIA ü Apenas o projétil atinge a vítima ü Forma arredondada ou ovalada ü Bordas invertidas ü Diâmetro menor que o do projétil ü Apresenta orla de enxugo e de escoriação e aréola equimótica 20 4

Delegado de Polícia Civil do Rio Grande do Sul Medicina Legal AULA 6 TRAUMATOLOGIA FORENSE ENERGIAS DE ORDEM FÍSICA Energias de ordem física ü Todas as lesões produzidas por uma modalidade de ação capaz de modificar o estado físico dos corpos e de cujo resultado podem surgir ofensa corporal, dano à saúde ou morte. (França) ü Principais: 1 Temperatura (CALOR) Ø Ação direta = Ø Ação difusa = Ø Maioria de origem acidental Ø Critérios para avaliação da gravidade da queimadura: 2 1

Temperatura (CALOR) Classificação de Hoffmann: Ø Primeiro grau: Ø Segundo grau: Ø Terceiro grau: Ø Quarto grau: 3 Regra dos noves de PULASKI 6 à Queimaduras in vida ou post mortem???? Critérios: Temperatura (CALOR) 7 2

ELETRICIDADE ü Eletricidade natural letal/morte à lesão corporal à ü Eletricidade artificial ü Ação da eletricidade 8 ELETRICIDADE ü Lesões típicas: - Sinal de Lichtenberg - Marca elétrica de Jellinek - Queimadura elétrica - Metalização - Amputação de membros e secção corporal 9 ELETRICIDADE ü Mecanismos de morte: - alta tensão (>1200 volts) à - 1200 a 120 volts à - abaixo de 120 volts à 11 3

PRESSÃO ATMOSFÉRICA ü AUMENTO: - Ex à - Mal dos caixões à barotrauma 12 PRESSÃO ATMOSFÉRICA ü DIMINUIÇÃO: - Patologia das altitudes, mal das montanhas (>2500m) 13 ü EXPLOSÕES PRESSÃO ATMOSFÉRICA Explosivo reação química gases ondas de pressão compressão e deslocamento do ar expansão violenta - BLASTS 14 4

PRESSÃO ATMOSFÉRICA ü EXPLOSÕES: - Blast primário: onda de choque à lesa órgãos que contêm ar - Blast secundário: estilhaçamento do material explosivo e objetos - Blast terciário: deslocamento da pessoa pelo vento explosivo - Blast quaternário: lesões não decorrentes das anteriores 15 RADIOATIVIDADE ü Radiodermites ü Lesões nas gônadas 16 5

Delegado de Polícia Civil do Rio Grande do Sul Medicina Legal AULA 7 TRAUMATOLOGIA FORENSE ENERGIAS DE ORDEM QUÍMICA Energias de ordem química ü Todas as substâncias que, por ação físico-química ou biológica, são capazes de, entrando em reação com os tecidos vivos, causar danos à vida ou à saúde. (França) ü Principais: 1 Energias de ordem química ü Cáusticos: ü Venenos: 2 1

Cáusticos ü São substâncias que, por sua natureza química, provocam reações externas com os tecidos e lesões tegumentares potencialmente graves. ü Exemplos: 3 Cáusticos ü Efeitos: - Coagulantes - Liquefaciantes 4 Cáusticos ü Importância da perícia: - Distinção de escaras produzidas em vida e post mortem - Identificar a substância utilizada à - Natureza jurídica: 5 2

Cáusticos Substância Ácido sulfúrico Ácido nítrico Ácido clorídrico Sais Álcalis/bases Aspecto das escaras 6 Venenos Qualquer substância que, introduzida pelas mais diversas vias no organismo, mesmo homeopaticamente, danifica a saúde ou causa a morte. (França) Um veneno é uma substância que, quando introduzida no organismo em quantidades relativamente pequenas e agindo quimicamente, é capaz de produzir lesões graves à saúde, no caso do indivíduo comum e no gozo de relativa saúde. (Peterson) 9 Venenos ü Alguns conceitos importantes! à Mitridatização: à Intolerância: à Sinergismo: 10 3

Venenos ü Algumas observações relevantes! à Qualificação do homicídio à Possibilidade de identificação em exumação à Coleta no cadáver recente 11 Síndrome do body packer ü Body packer x body pusher ü Complicações: 12 4

Delegado de Polícia Civil do Rio Grande do Sul Medicina Legal AULA 8 ASFIXIOLOGIA FORENSE ENERGIAS DE ORDEM FÍSICO-QUÍMICA Energias de ordem físico-química ü São aquelas em que ocorre impedimento físico à passagem do ar pelas vias aéreas, alterando a função respiratória, inibindo a hematose e alterando a composição química do sangue. ü ASFIXIA Síndrome caracterizada pelos efeitos da privação, completa ou incompleta, rápida ou lenta, externa ou interna, do oxigênio. (Genival V. França) 1 Características gerais das asfixias mecânicas ü Não há sinal constante ou patognomônico! ü Sinais externos e internos são numerosos e muito variáveis: cianose à congestão da face e polivisceral sangue escuro e de fluidez aumentada à espuma nas vias aéreas rigidez muscular à petéquias e equimoses petéquias subepicárdicas e subpleurais à 2 1

ASFIXIAS POR SUFOCAÇÃO Sufocação direta Oclusão das vias aéreas em qualquer lugar desde os orifícios naturais até os condutos respiratórios inferiores (traqueia, brônquios), com impedimento mecânico à passagem do ar. Sufocação indireta Casos acidentais ou criminosos, em que há compressão, em grau suficiente, do tórax ou do abdome, impedindo os movimentos respiratórios. Sufocação posicional Posição capaz de impedir ou dificultar seriamente a ventilação pulmonar, após a instalação da fadiga e da falência muscular respiratória. 5 ASFIXIAS POR MODIFICAÇÕES DO AMBIENTE Soterramento 7 Asfixia por monóxido de carbono ü Fixação do CO na hemoglobina = asfixia tissular por carboxiemoglobina ü ü Sinais de grande valor: 8 2

Afogamento Afogamento é um tipo de asfixia mecânica produzido pela penetração de um meio líquido ou semilíquido nas vias respiratórias, impedindo a passagem de ar até os pulmões. (França) Ø Afogados brancos de Parrot ou secos à Ø Afogados azuis verdadeiros 9 Afogamento principais sinais : ü Resfriamento precoce ü Pele anserina ü Maceração séptica ü Mancha verde da putrefação no esterno ou na parte inferior do pescoço ü Cogumelo de espuma ü Manchas de Paltauf ü Hemodiluição e incoagulabilidade do sangue 10 Afogamento crioscopia de Carrara: Ø Quanto maior a concentração molecular de um líquido, mais baixa será a temperatura de congelamento! Ø Ponto crioscópico normal à 12 3

Delegado de Polícia Civil do Rio Grande do Sul Medicina Legal AULA 9 ASFIXIOLOGIA FORENSE CONSTRIÇÕES CERVICAIS TIPOS DE CONSTRIÇÃO CERVICAL: Ø ENFORCAMENTO Ø ESTRANGULAMENTO Ø ESGANADURA 1 ENFORCAMENTO Ø Conceito: Ø Suspensão completa ou típica: Ø Suspensão incompleta ou atípica: 2 1

3 ENFORCAMENTO Sinais importantes: Ø Sinal de Amussat: Ø Sinal de Friedberg: Ø Sinal de Dotto: Ø Sinal de Bonnet: Ø Linha argêntica: 5 ENFORCAMENTO 6 2

ESTRANGULAMENTO Ø Conceito: Ø Ex.: 7 8 ESTRANGULAMENTO Características gerais do sulco:o sulco: Ø Profundidade: Ø Localização: Ø Direção: Ø Trespassamento de uma extremidade sobre a outra Ø Estrias ungueais e escoriações nas proximidades do sulco são muito comuns. 9 3

Enforcamento Estrangulamento Força Para cima Variável Sulco Alto, acima da laringe, interrompido no nó, heterogêneo, pergaminhado, direção oblíqua ascendente Baixo, sobre a laringe, contínuo, homogêneo, trespassado, direção horizontal Violência Fraturas Sem outros sinais (suicida típico) Laringe, hióide, ligamentos inter-vertebrais Sinais de violência comuns Mais raras 11 4

Delegado de Polícia Civil do Rio Grande do Sul Medicina Legal AULA 10 SEXOLOGIA FORENSE E PROVAS PERICIAIS ü Conjunção carnal Atos libidinosos ü Atos libidinosos diversos da conjunção carnal 1 ü Objetivos da perícia: Perícia de conjunção carnal 1- Demonstrar a conjunção carnal ou cópula vaginal: 2- Ausência de consentimento: sinais de violência (física ou moral) 3- Se possível, obter provas biológicas que permitam identificar o agressor 2 1

Perícia de conjunção carnal ü Situações: mulher virgem: mulher com vida sexual pregressa: 3 Exame do hímen Ao exame pericial, o hímen pode estar: - íntegro - com rotura completa - com rotura incompleta - com agenesia: - complacente: - reduzido a carúnculas mirtiformes 4 Exame do hímen Cicatrização da ruptura himenal: Dados da literatura extremamente variáveis! Rotura recente (França) à - muito recente: - recente: Rotura antiga ou cicatrizada à 7 2

Conjunção carnal à Exames complementares: prova de ejaculação 1- Fosfatase ácida 2- Glicoproteína P30 (PSA) 3- Presença de espermatozoides 8 Fosfatase ácida prostática (FAP) Ø Enzima normalmente presente em alguns órgãos, tecidos e secreções em teor normal Ø Utilização forense: sua atividade no sêmen é cerca de 500 a 1000 vezes maior que em outros fluidos corpóreos Ø Meia vida vaginal: Ø Achado de altos teores de fosfatase ácida na vagina à 9 PSA Proteína P30 Ø Independe da presença de espermatozoides à Ø Teste confirmatório ou indicativo? 10 3

A perícia na gravidez ü O conceito e o marco inicial da gravidez à controvérsias Para a Medicina Legal à Para o Direito Penal à 11 Sinais de gravidez ao exame ü Sinais de presunção: - hiperemese gravídica - cloasma - tonturas, sonolência - linea nigra 13 Sinais de gravidez ao exame ü Sinais de probabilidade: - amenorreia - cianose vulvo-vaginal - rede venosa mamária - aumento do volume uterino 14 4

Sinais de gravidez ao exame ü Sinais de certeza: - movimentos fetais: ativos e passivos - BCF - sopro dos vasos uterinos - exames complementares 15 Gravidez à à Parto à à Puerpério 16 Perícia médica na mulher grávida ü Sinais de gravidez ü Data da última menstruação ü Altura do fundo do útero (crescimento) = ü Movimentos ativos do feto = ü Batimentos cardíacos fetais = ü Palpação das partes fetais = ü Pontos de ossificação (Rx ou US) 17 5

Delegado de Polícia Civil do Rio Grande do Sul Medicina Legal AULA 11 SEXOLOGIA FORENSE ABORTO E INFANTICÍDIO O crime de aborto Art. 124 Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque; Art. 125 Provocar o aborto sem o consentimento da gestante; Art. 126 Provocar aborto com o consentimento da gestante; 1 Aborto legal Art. 128 Não se pune aborto praticado por médico: I- Se não há outro meio de salvar a vida da gestante; II- Se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante, ou, quando incapaz, de seu representante legal. 2 1

Aborto legal Causas de exclusão de ilicitude: - Aborto necessário ou terapêutico à Requisitos: 1) 2) 3) 4) 3 Aborto nomenclaturas: Ø Aborto espontâneo ou natural Ø Aborto voluntário (provocado, sofrido e consentido) Ø Aborto econômico ou social Ø Aborto necessário ou terapêutico ou profilático Ø Aborto ético, piedoso, moral, sentimental ou humanitário Ø Aborto eugenésico ou eugênico Ø Aborto seletivo ou interrupção seletiva da gestação 4 Aborto e anencefalia ADPF 54 e Resolução CFM 1.989/2012 Ø Aborto = potencialidade de vida extrauterina à Ø Morte legal à Lei 9.434/97 Ø A pedido da gestante, independente de autorização judicial Ø Ultrassom à Ø Dois médicos Ø Direito de interrupção imediata da gravidez 5 2

Aborto observações importantes! Ø Início da proteção da vida para fins penais e tipificação do crime de aborto à Ø Perguntas O uso de DIU é uma conduta abortiva??? Ocorre crime de aborto na interrupção de uma gravidez ectópica??? 6 Aborto observações importantes! Ø Início do parto à O início do parto encerra completamente as possibilidades de configuração de aborto? 7 Aborto observações importantes! Ø Outras malformações congênitas além da anencefalia. 8 3

O crime de infanticídio ü Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após. - Conceito de puerpério à - Conceito de estado puerperal à Estado puerperal x Puerpério 9 O crime de infanticídio Estado puerperal x Puerpério - a mulher que está sob influência do estado puerperal tem uma doença psiquiátrica específica e reconhecida? 10 11 4

Provas de vida extrauterina ü Docimásias (dokimos = eu provo ) Docimásia hidrostática pulmonar de Galeno Docimásia diafragmática de Ploquet Docimásia óptica ou visual de Bouchut Docimásia histológica de Balthazard à Docimásia gastrointestinal de Breslau 12 Prova de vida extra-uterina Docimásia hidrostática pulmonar de Galeno Problemas: - Docimásia de Galeno apenas pode ser utilizada até 24 horas após a morte - Tentativas de ressuscitação por médicos 15 5

Delegado de Polícia Civil do Rio Grande do Sul Medicina Legal AULA 12 SEXOLOGIA FORENSE PARAFILIAS E HIMENEOLOGIA Transtornos da sexualidade ü Parafilias: anseios, fantasias ou comportamentos sexuais recorrentes e intensos que envolvem objetos, atividades ou situações incomuns e causam sofrimento clinicamente significativo. ü Variação cultural entre o que é socialmente aceitável. ü Importância médico-legal: - Dificuldade: 1 Diagnóstico de uma parafilia PARAFILIA X uso não patológico de fantasias sexuais ou objetos como estímulo para excitação 2 1

Anafrodisia Frigidez Ausência, perda ou expressiva diminuição do instinto sexual 3 Anorgasmia Ø Impossibilidade do homem alcançar o orgasmo Ø Condição rara Ø Não há redução do desejo sexual 4 Erotismo Ø Tendência abusiva dos atos sexuais Ø Homem = ereções constantes, ejaculações repetidas Ø Mulher = insatisfação com o ato sexual 5 2

Erotomania Ø Mania amorosa, delírio pelo amor sensual Ø Hipérbole do amor platônico e idealizado Ø Ocorre em homens e mulheres Ø Erotômano à 6 Frotteurismo Ø Utilização de ambientes públicos para a prática de atos libidinosos sem o consentimento do outro Ø Ex: aglomerações em transportes coletivos 7 Voyeurismo Ø Observacionismo, mixoscopia, escopofilia Ø Prazer erótico despertado por observar atitudes sexuais de terceiros Ø Comum Ø Ocorre em homens e mulheres 8 3

Fetichismo Ø Prazer com partes do corpo ou objetos inanimados, incluindo vestes. Ø Pés: Pigmalionismo Ø Atração sexual por estátuas. Dolismo Ø Atração sexual por bonecas e manequins 9 Pedofilia Ø Atração sexual por crianças ou menores pré-púberes e de qualquer sexo. Gerontofilia Ø Presbiofilia, crono-inversão Ø Atração sexual obsessiva de indivíduos jovens por pessoas de excessiva idade. 10 Riparofilia Ø Sinônimos: Ø Mais comum em homens Ø Atração sexual obsessiva por indivíduos sujos, desasseados, de muito baixa condição social e higiênica 11 4

Urolagnia Ø Prazer sexual envolvendo a micção do outro. Coprofilia Ø Prazer sexual envolvendo as fezes do outro ou de si mesmo. 12 Bestialismo Ø Sinônimos: Ø Prazer sexual com animais Ø Ocorre em homens e mulheres; comum 13 Vampirismo Ø Forma rara de transtorno da sexualidade Ø Satisfação erótica na presença de sangue ou hemoderivados Ø Ocorre em homens e mulheres 14 5

Necrofilia Ø Prazer sexual com cadáveres ou em locais relacionados a estes Ø O parafílico pode matar para ter acesso ao cadáver Ø Crimes: homicídio; violação de sepultura; destruição, subtração ou ocultação de cadáver; vilipêndio a cadáver 15 Asfixiofilia Ø Sinônimos: Ø Prazer sexual obtido por meio da privação de oxigênio Ø Morte por acidente: AAD à accidental autoerotic death 16 Himeneologia forense Ø Conceito: Ø Impedimentos, causas suspensivas e causas de nulidade do casamento (CC/2002) Ø Aspectos periciais à o casamento é anulável quando: 17 6

Himeneologia forense Art. 1.557. Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge: I - o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa fama, sendo esse erro tal que o seu conhecimento ulterior torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado; II - a ignorância de crime, anterior ao casamento, que, por sua natureza, torne insuportável a vida conjugal; III - a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável que não caracterize deficiência ou de moléstia grave e transmissível, por contágio ou por herança, capaz de por em risco a saúde do outro cônjuge ou de sua descendência; 18 Ø Defeito físico irremediável: - Impotência coeundi Himeneologia forense - Acopulia - Impotências generandi e concipiendi 19 Himeneologia forense Ø Moléstia grave e transmissível 20 7

Delegado de Polícia Civil do Rio Grande do Sul Medicina Legal AULA 13 EMBRIAGUEZ ALCOÓLICA Embriaguez alcoólica ü Embriaguez alcoólica é o conjunto de manifestações neuropsicossomáticas resultantes da intoxicação etílica aguda, de caráter episódico e passageiro. (França) ü É a intoxicação alcoólica, aguda, imediata e passageira. (Croce) à 1 1- Não acidental: voluntária Embriaguez alcoólica culposa 2- Acidental, proveniente de: caso fortuito força maior 3- Patológica 4- Preordenada 2 1

Modalidades de embriaguez alcoólica Voluntária, não-acidental: - Ocorre quando? - De acordo com o artigo 28 do CP, essa modalidade de embriaguez não exclui a imputabilidade penal, a não ser que a prática do delito era imprevisível e o agente não queria ou não assumiu nenhum risco de produzi-lo. 3 Modalidades de embriaguez alcoólica Culposa, não-acidental: - Ocorre quando? - Neste caso, o agente assumiu o risco de produzir o resultado. Ou seja, se ele tinha consciência de que o resultado poderia ser a ação criminosa, ele é, de acordo com o artigo 28 do CP, imputável. 4 Modalidades de embriaguez alcoólica Acidental à caso fortuito ou força maior: - Ocorre quando? - Ocorrendo embriaguez completa de forma acidental, exclui-se a imputabilidade se comprovado que o agente não tinha nenhuma capacidade de entendimento ou de autodeterminação no momento de cometer o crime. Se incompleta, atenua a pena.. 5 2

Modalidades de embriaguez alcoólica Patológica: - Ocorre quando? - Aplica-se o artigo 26 do CP, podendo o agente ser considerado inimputável (embriaguez completa) ou ter sua pena reduzida (embriaguez incompleta), dependendo de sua capacidade de entender o caráter ilícito da conduta, no momento em que foi cometida. 6 Modalidades de embriaguez alcoólica Preordenada: - Ocorre quando? - De acordo com o artigo 61 do CP, essa modalidade de embriaguez caracteriza uma circunstância agravante. 7 Incompleta: Tipos de embriaguez alcoólica Completa: 8 3

Fases da embriaguez alcoólica Fase da excitação ou da euforia (macaco) Fase da confusão: fase médico-legal (leão) Fase comatosa ou da depressão (porco) 9 Perícia na embriaguez alcoólica Ø Hálito Ø Motricidade: - marcha à - escrita - índex-nariz, índex-índex, calcanhar-joelho - elocução Ø Romberg espontâneo e provocado Ø Aparência geral Ø Atitude à Ø Psiquismo: - consciência - atenção - memória - afetividade - vontade Ø Funções vitais: - pulso - pupila à - sensibilidade 10 Curva alcoolêmica de Calabuig AB = curva de difusão à Pico = nível de manutenção (duração rápida) Curva descendente à 11 4

Aspectos jurídicos Código de Trânsito Brasileiro (Lei n. 9.503/1997) Art. 165 Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência: Infração gravíssima 12 Aspectos jurídicos Código de Trânsito Brasileiro (Lei n. 9.503/1997) Art. 276 Qualquer concentração de álcool por litro de sangue ou de ar alveolar sujeita o condutor às penalidades previstas no art. 165 deste Código. Parágrafo único O Contran disciplinará as margens de tolerância quando a infração for apurada por meio de aparelho de medição, observada a legislação metrológica. 13 Aspectos jurídicos Código de Trânsito Brasileiro (Lei n. 9.503/1997) Art. 306 - Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência: Penas detenção de 6 meses a 3 anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir. 15 5

Aspectos jurídicos Código de Trânsito Brasileiro (Lei n. 9.503/1997) Art. 306 (...) 1º As condutas previstas no caput serão constatadas por: I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar; OU II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade psicomotora. 16 Aspectos jurídicos da embriaguez alcoólica Dolo e culpa: Lei 13.546 de dezembro de 2017: 17 6

Delegado de Polícia Civil do Rio Grande do Sul Medicina Legal AULA 14 TANATOLOGIA FORENSE Perinecroscopia Necropsias Finalidade à - forense (médicos legistas): - clínica (patologistas): Causa médica x causa jurídica da morte 1 Morte encefálica ü É a condição final, irreversível, definitiva de cessação das atividades do tronco encefálico. 2 1

Morte encefálica ü Diagnóstico (Resolução CFM 2.173 de 2017): - Exame neurológico completo - Teste de apneia - Exame complementar 3 Morte encefálica Resolução CFM 2.173/2017 (Art. 3º: duas avaliações clínicas e intervalo de tempo) IDADE 7 dias a 2 meses 2 meses a 2 anos Maior de 2 anos INTERVALO (em horas) 4 1º teste clínico Intervalo 1 24 horas de acordo com idade 2º teste clínico Documentação diagnóstica CFM 2 médicos não envolvidos com equipes de transplante ou remoção Pelo menos um neurologista Decreto 5 Decreto 9.175/2017: dispensa-se o neurologista! Médicos especificamente capacitados 2

Alguns aspectos da Lei dos Transplantes ü Lei n. 9.434 de 1997 - Disposição de órgãos e tecidos deve ser GRATUITA. - Consentimento para doação post mortem: 6 Alguns aspectos da Lei dos Transplantes ü Lei n. 9.434 de 1997 Art. 4º. A retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo de pessoas falecidas para transplantes ou outra finalidade terapêutica, dependerá da autorização do cônjuge ou parente, maior de idade, obedecida a linha sucessória, reta ou colateral, até o segundo grau inclusive, firmada em documento subscrito por duas testemunhas presentes à verificação da morte. (redação dada pela Lei 10.211 de 2001) 7 Doação post mortem consentimento Decreto 9.175/2017: cônjuge ou companheiro! Consentimento informado: cônjuge ou familiar até 2º grau e duas testemunhas - se juridicamente incapaz: ambos pais se vivos ou os responsáveis legais - pessoas não identificadas: não podem ser doadoras Ø 9 3

Doação EM VIDA consentimento Pessoa juridicamente capaz pode dispor gratuitamente de T/O/PCH para fins terapêuticos: - em cônjuges ou parentes consanguíneos até o 4º grau, inclusive, ou - em qualquer outra pessoa, mediante autorização judicial (exceto para medula óssea). 10 Doação EM VIDA consentimento Atenção! Pode haver doação em vida de órgãos de incapazes? Pacientes grávidas podem doar órgãos em vida? 11 Doação EM VIDA consentimento ü Só é permitida a doação de órgãos duplos ou de partes de órgãos cuja retirada não cause ao doador comprometimento de suas funções. ü A doação poderá ser revogada pelo doador a qualquer momento, antes de iniciado o procedimento. 12 4

Ordem de inscrição ü Não se admite a inscrição de receptores em mais de uma Central Estadual, para o mesmo órgão ou tecido. ü A ordem de inscrição nas filas pode deixar de ser observada: 13 ü Importância ü Fundamento à ü Reações vitais à Lesões pré e post mortem ü Sinal de Donné à 14 5

Delegado de Polícia Civil do Rio Grande do Sul Medicina Legal AULA 15 CRONOTANATOGNOSE Cronotanatognose Fenômenos cadavéricos (segundo Borri): ü Abióticos, avitais ou vitais negativos: - Imediatos - Consecutivos ou mediatos ü Transformativos: - Destrutivos - Conservadores 1 Fenômenos abióticos imediatos Ø Perda da consciência Ø Perda da sensibilidade Ø Abolição da motilidade e do tônus muscular Ø Parada cardiorrespiratória Ø Ausência de atividade cerebral 2 1

Fenômenos abióticos consecutivos Ø Evaporação cadavérica: perda de peso, pergaminhamento da pele, dessecamento das mucosas, modificações nos bulbos oculares. Ø Esfriamento cadavérico (algor mortis): tendência a igualar a temperatura com a do meio ambiente. Ø Manchas de hipostase (livor mortis) Ø Rigidez cadavérica (rigor mortis) à progressão 3 Resfriamento cadavérico Ø Algor mortis Ø Perda de cerca de 1,5 ºC por hora Ø Tempo de morte = Ø Tendência ao equilíbrio com o meio ambiente, progressivo e não uniforme. 6 Hipostase e livores cadavéricos 7 2

Hipostase não fixas: menos de 12 horas Importância da avaliação: Ø Ø Sinal de certeza de morte Cronotanatognose Ø Ø Manipulação do cadáver (após 12 horas) Tonalidade à causa 9 Rigidez cadavérica Ø Etiologia da rigidez: multifatorial! Evaporação, supressão de oxigênio celular, acidificação dos tecidos pela falta de oxigênio e produção de íons H+, coagulação da miosina nas fibras musculares. Ø Lei de Nysten: progressão crânio-caudal! 10 Fenômenos transformativos Destrutivos Autólise Putrefação Maceração Conservadores Mumificação Saponificação Calcificação Corificação 11 3

Putrefação Ø Decomposição fermentativa da matéria orgânica por germes Ø Mais rápida à crianças, recém-nascidos, obesos, vítimas de graves infecções e grandes mutilações. Ø Influência do meio ambiente onde se encontra o cadáver (calor, frio, umidade,...) Ø Adultos à primeiro sinal à mancha verde em outros locais à Ø Coloração: sulfometa-hemoglobina 12 Fenômenos transformativos destrutivos Ø PUTREFAÇÃO: - Período cromático (de coloração); - Período gasoso (enfisematoso); - Período coliquativo (de liquefação); - Período de esqueletização. 13 Fase de coloração mancha verde abdominal: cerca de 24 horas de morte 14 4

Fase gasosa Ø Gases da putrefação à enfisema putrefativo Ø Duração: Ø Características externas do cadáver: - Aspecto gigantesco: face, abdome e órgãos genitais ( pseudo-ereção ) - Posição de lutador - Projeção dos olhos e da língua - Circulação póstuma de Brouardel - Distensão de alças intestinais 16 Fase coliquativa Ø Dissolução pútrida do cadáver Ø Duração muito variável Ø Estudos da fauna cadavérica (entomologia): 18 Exames laboratoriais Ø Alteração do ponto crioscópico: Ø Cristais no sangue putrefeito: Westenhoffer- Rocha-Valverde: 19 5

Fenômenos transformativos conservadores Ø MUMIFICAÇÃO: clima quente e seco e exposição do cadáver ao ar. Ø SAPONIFICAÇÃO: solo argiloso, úmido e com pouco acesso ao ar atmosférico. Ø CORIFICAÇÃO: urnas metálicas de zinco, hermeticamente fechadas. Ø CALCIFICAÇÃO: litopédio. 21 6

Delegado de Polícia Civil do Rio Grande do Sul Medicina Legal AULA 16 RESOLUÇÕES DO CFM EMISSÃO DA DECLARAÇÃO DE ÓBITO Declaração de óbito à Finalidades: - Confirmar a morte; - Determinar a causa da morte; - Satisfazer interesses de ordem civil, estatística, demográfica e político-sanitária. 1 Declaração de óbito à Lei 6126/1975: Nenhum sepultamento ou cremação serão feitos sem certidão de oficial de registro do local de falecimento, extraída após lavratura do assento de óbito, em vista de atestado médico, se houver no lugar, ou, em caso contrário, de duas pessoas qualificadas que tiverem presenciado ou verificado a morte. 2 1

Responsabilidade de atestar o óbito à RESOLUÇÃO CFM 1779/2005 Art. 1º. O preenchimento dos dados constantes na Declaração de Óbito é da responsabilidade do médico que atestou a morte. Art. 2º. Os médicos, quando do preenchimento da Declaração de Óbito, obedecerão as seguintes normas: 3 4 5 2

1) Morte natural: Resolução CFM 1.779/2005 I. Morte natural sem assistência médica: a) Nas localidades com Serviço de Verificação de Óbitos (SVO): A Declaração de Óbito deverá ser fornecida pelos médicos do SVO; Obs: encaminhar ao IML: 6 Resolução CFM 1.779/2005 I. Morte natural sem assistência médica: b) Nas localidades sem SVO : A Declaração de Óbito deverá ser fornecida pelos médicos do serviço público de saúde mais próximo do local onde ocorreu o evento; na sua ausência, por qualquer médico da localidade. Deverá constar que a morte ocorreu sem assistência médica. 7 Resolução CFM 1.779/2005 II. Morte natural com assistência médica: a) A Declaração de Óbito deverá ser fornecida, sempre que possível, pelo médico que vinha prestando assistência ao paciente. b) A Declaração de Óbito do paciente internado sob regime hospitalar deverá ser fornecida pelo médico assistente e, na sua falta, por médico substituto pertencente à instituição. 8 3

Resolução CFM 1.779/2005 II. Morte natural com assistência médica: c) A declaração de óbito do paciente em tratamento sob regime ambulatorial deverá ser fornecida por médico designado pela instituição que prestava assistência, ou pelo SVO; 9 Resolução CFM 1.779/2005 II. Morte natural com assistência médica: d) A Declaração de Óbito do paciente em tratamento sob regime domiciliar (Programa Saúde da Família, internação domiciliar e outros) deverá ser fornecida pelo médico pertencente ao programa ao qual o paciente estava cadastrado, ou pelo SVO, caso o médico não consiga correlacionar o óbito com o quadro clínico concernente ao acompanhamento do paciente. 10 Resolução CFM 1.779/2005 2) Morte fetal (paciente natimorto natural ) Em caso de morte fetal, os médicos que prestaram assistência à mãe ficam obrigados a fornecer a Declaração de Óbito quando a gestação tiver duração igual ou superior a 20 semanas ou o feto tiver peso corporal igual ou superior a 500 (quinhentos) gramas e/ou estatura igual ou superior a 25 cm. 11 4

Resolução CFM 1.779/2005 3) Mortes violentas ou não naturais (ou suspeitas): A Declaração de Óbito deverá, obrigatoriamente, ser fornecida pelos serviços médico-legais. Parágrafo único. Nas localidades onde existir apenas 1 (um) médico, este é o responsável pelo fornecimento da Declaração de Óbito. 12 Responsabilidade de atestar o óbito à Óbito em ambulância sem médico? à Óbito em ambulância com médico, após um acidente? 13 14 5

Responsabilidade de atestar o óbito à Pode o juiz, em localidade sem IML ou posto médico-legal, solicitar ao médico que emita a DO para vítima de acidente? à De quem é a competência para atestar a morte decorrente de ingestão exagerada de etanol, do patologista do SVO ou do médico legista? 15 Responsabilidade de atestar o óbito à De quem é a responsabilidade de atestar a morte em caso de complicação (pneumonia, embolia gordurosa) decorrente de cirurgia corretiva de fratura após queda? O acidente deve ser considerado como causa básica da morte? Trata-se de morte por causa externa ou natural? 16 Responsabilidade de atestar o óbito à O óbito decorrente de picada de animal peçonhento corresponde a que tipo de morte? Quem deve atestar esse óbito? à Pode o médico patologista atestar uma morte decorrente de hematoma subdural traumático encontrado durante a realização de exame cadavérico? 17 6

Responsabilidade de atestar o óbito à E em caso de parto ocorrido em residência, sem assistência médica (ou com presença de profissional não médico) com morte do RN? à E em caso de RN encontrado morto, dormindo entre os pais, pouco tempo após o nascimento? 18 7