FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAI DE DESENVOLVIMENTO GERENCIAL -FATESG GUIA DE ORIENTAÇÕES AOS REPRESENTANTES DE TURMA Goiânia, 2013
GUIA DE ORIENTAÇÃO DO REPRESENTANTE DE TURMA DA FATESG 2 DEPARTAMENTO REGIONAL DO SENAI GOIÁS Diretor Regional SENAI Paulo Vargas Diretor de Educação e Tecnologia Manoel Pereira da Costa Gerente de Educação Profissional Ítalo de Lima Machado FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAI DE DESENVOLVIMENTO GERENCIAL FATESG Diretor da FATESG João Francisco da Silva Mendes Gerente de Educação e Tecnologia Selva Oliveira de Araújo Almeida Coordenadora Pedagógica Mara Lopes de Araújo Lima Silva Coordenador de Pós-Graduação e Pesquisa Weysller Matuzinhos de Moura Coordenadora dos Cursos de Graduação Ana Flávia Marinho de Lima Garrote Coordenador dos Cursos Técnicos Alessandro Caetano Neves Coordenador de cursos de Aperfeiçoamento e Extensão Giuliano Yudi Matunaga Batista Secretária Acadêmica Herla Cristina Honório de Oliveira
GUIA DE ORIENTAÇÃO DO REPRESENTANTE DE TURMA DA FATESG 3 Elaboração: Núcleo de Apoio ao Discente NAD Revisão: Elaine Pereira
GUIA DE ORIENTAÇÃO DO REPRESENTANTE DE TURMA DA FATESG 4 Prezado (a) Aluno (a), Acreditamos que a sua participação nos processos decisórios do SENAI / FATESG é condição essencial para a sua formação acadêmica. Faça dessa experiência um edificante aprendizado, procure conhecer a estrutura e funcionamento desta Instituição de ensino, questione, sugira, contribua, tome partido nas reivindicações que você e sua turma julgarem justas e necessárias para formação profissional e pessoal. Você foi escolhido (a), pelo seu grupo de colegas, para representá-los. Você terá voz, mas antes de tudo, assumirá compromisso de buscar consenso, e quanto mais você for responsável nas suas representações, mais terá aprendido a defender os interesses do grupo. Lembre-se que: "Liderança e aprendizagem são indispensáveis um ao outro." John F. KENNEDY Núcleo de apoio ao Discente.
GUIA DE ORIENTAÇÃO DO REPRESENTANTE DE TURMA DA FATESG 5 S U M Á R I O 1. O Que é Liderança?... 04 2. Algumas Premissas sobre Liderança... 04 3. O Que é Participação... 05 4. Papel de um Representante de Turma... 07 5. O Perfil do Representante de Turma... 07 6. Funções do Representante de Turma... 07 7. São Atribuições do Representante de Turma... 08 8. Representando a turma... 08 9. A quem recorrer... 09 10. Não obteve sucesso na resolução de um problema?... 09 11. Considerações Finais... 09 12. Referencial Bibliográfico... 10
GUIA DE ORIENTAÇÃO DO REPRESENTANTE DE TURMA DA FATESG 6 1. O que é Liderança? Poucos termos em Comportamento Organizacional inspiram menos concordância de definição quanto liderança. Como diz um especialista: "Existem quase tantas definições de liderança quanto existem pessoas que tentaram definir o conceito." Embora quase todo mundo pareça concordar que liderança envolve um processo de influência, as diferenças tendem a centrar-se em torno de se a liderança deve ser não-coercitiva (o oposto de usar autoridade, recompensas e castigos para exercer influência sobre os seguidores) e se é distinta de gerenciamento. A última questão foi um tópico especialmente aceso em debates nos últimos anos, com a maioria dos especialistas argumentando que liderança e gerenciamento são diferentes. Para Abraham Zaleznik, citado em Robbins (1999) da Harvard Business School, acha que líderes e gerentes são tipos de pessoas muito diferentes. Eles diferem em motivação, história pessoal e no modo de pensar e agir. John Kotter, um colega de Zaleznik em Harvard, também argumenta que liderança é diferente de gerenciamento, mas por outras razões. Gerenciamento, propõe ele, é lidar com complexidade. O bom gerenciamento traz ordem e consistência ao se projetar planos formais, planejar estruturas organizacionais rígidas e acompanhar os resultados dos planos. Dessa forma, definimos liderança como a capacidade de influenciar um grupo em direção à realização de metas. Segundo George R. Terry, citado em Robbins (1999)"liderança é a atividade de influenciar pessoas fazendo-as empenhar-se voluntariamente em objetivos de grupo". É importante notar que essa definição não faz menção a qualquer tipo particular de organização. Em toda situação em que alguém procura influenciar o comportamento de outro indivíduo ou grupo, há liderança. Assim, em um outro momento da vida, todos tentam exercer liderança, quer suas atividades se refiram a uma empresa, a uma instituição educacional, a um hospital, a uma organização política ou à família. 2. Algumas Premissas sobre Liderança A idéia de liderança não é familiar, comum ou facilmente captada pelo senso comum ou pelas ciências sociais. Liderar é um trabalho destinado a preencher as necessidades de uma situação social. É evidente que existem certas pessoas mais dotadas para se tornarem um líder, possuindo qualidades pessoais e capacidade especial. Liderança não equivale a controle ou prestígio, autoridade ou tomada de decisão. Em nada adiantaria identificar liderança com qualquer atividade de pessoas em cargos importantes. A liderança é dispensável. A palavra liderança tem sua própria auréola, convidando à tácita pressuposição que, sendo uma coisa boa, está sempre em ordem. De fato, todos os grupos humanos, através do tempo, têm necessidade de alguma liderança.
GUIA DE ORIENTAÇÃO DO REPRESENTANTE DE TURMA DA FATESG 7 A idéia desenvolvida neste ensaio é de que a liderança não é sempre e igualmente necessária em todas as grandes organizações ou em qualquer uma delas e que a mesma se torna dispensável quando os processos naturais de institucionalização são eliminados ou controlados. Isto fornecerá algumas bases as condições gerais que requerem decisões da liderança. Quando a liderança institucional falha é, em geral, talvez mais por omissão que por erro ou pecado deliberado. Falta liderança quando necessária, e a instituição deriva exposta a pressões, prontamente influenciada por tendências oportunistas. Este defeito e em parte devido a falta de coragem e em parte uma falha na compreensão. Controlar um destino exige sangue frio; exige compreensão para reconhecer e lidar com as origens básicas da vulnerabilidade institucional. A organização bem sucedida tem uma característica principal que a distingue das organizações mal sucedidas: uma liderança dinâmica e eficaz. Peter F. Drucker citado em Fred Fiedler (1981) assinala que os gerentes (líderes empresariais) são o recurso básico e também o mais escasso de qualquer empresa. As estatísticas dos últimos anos tornam esse ponto ainda mais evidente. "De cada cem novas empresas que começam aproximadamente cinqüenta, ou seja, a metade, fecham no prazo de dois anos. Ao cabo de cinco anos, apenas uma Terça parte ainda está em atividade". A maior parte dos malogros pode ser atribuida a uma liderança ineficaz. Se não existe nenhum traço individual capaz de identificar os líderes ou de prever-lhes a eficiência, haverá, quem sabe, algum estilo específico de liderança que torne eficazes os grupos e as organizações? Pôr estilo geralmente entendemos um conjunto de comportamentos de relativa duração, que caracterizem o indivíduo, independentemente da situação. Assim, pois, a expressão "estilo de liderança", tal como é normalmente usada, não chega realmente a distinguir-se de traços de liderança. Ela se distingue principalmente por focalizar o que o líder faz, e não aquilo que ele é. O pressuposto ao fundo disso &endash; de haver um tipo ideal de comportamento de liderança &endash; ainda é, de fato, muito comum. Antes de mais nada, não existem comportamentos exclusivos e específicos de líderes. Os "comportamentos de liderança" típicos, como dirigir, planejar, controlar e supervisionar, também são mantidos, vez por outra, por indivíduos que não ocupam posição de líder. É costume pedir-se a um empregado que prepare um plano de trabalho que ensine o trabalho a outro, que lhe inspecione o serviço, ou mesmo que avalie o trabalho do companheiro. De modo geral, a maioria dos supervisores e seus empregados apenas diferem na freqüência com que se comportam de determinadas formas. O problema de estudar o comportamento de liderança torna-se mais difícil porque comportamentos de liderança decisivos, como, por exemplo, planejar, dirigir e avaliar, ocorrem a intervalos bastantes infreqüêntes, e muitos deles são difíceis de definir. A ordem de um administrados pode ser apresentada sob a forma de pergunta ou sugestão, sua avaliação pode ser expressa por um sorriso ou por um silêncio saliente, e a função do supervisor consiste muitas vezes em passear calado pelo local de trabalho, parando ocasionalmente para indagar dos subordinados como vão as coisas. Definimos a liderança como o processo de influenciar as atividades de indivíduos ou grupos para a consecução de um objetivo numa dada situação. Em essência, a liderança envolve a
GUIA DE ORIENTAÇÃO DO REPRESENTANTE DE TURMA DA FATESG 8 realização de objetivos com e através de pessoas. Consequentemente, um líder precisa preocupar-se com tarefas e relações humanas. Embora usando uma terminologia diferente, Chester I. Barnard identificou essas mesmas preocupações da liderança na sua obra clássica The Functions of the Executive, no fim da década de 30. Essas preocupações da liderança parecem ser um reflexo de duas das primeiras escolas de teoria organizacional: administração científica e relações humanas. Os líderes cujo comportamento se situa na extremidade autoritária do contínuo tendem a orientar-se para tarefas e a usar seu poder para influenciar seus subordinados. Os líderes cujo comportamento se encontra na ponta democrática tendem a orientar-se para o grupo e dão considerável liberdade aos seus liderados no trabalho. As vezes esse contínuo se estende além do comportamento do líder democrático até incluir um estilo laissez-faire. Cada um fica por sua própria conta e responsabilidade. Ninguém procura influenciar os outros. Como se vê, esse estilo não está incluindo no contínuo do comportamento de líder. Isso ocorre porque, na realidade, um clima de laissez-faire representa ausência de liderança formal. Houve uma abdicação do papel de liderança formal e, consequentemente, qualquer liderança exercida será informal e emergente. O reconhecimento dos dois estilos de liderança, um enfatizando as tarefas e o outro as relações humanas, foi confirmado em diversos estudos sobre liderança. 3. O que é participação? A participação precisa ser entendida como uma necessidade fundamental do ser humano, assim como o são, por exemplo, o ato de se alimentar e dormir. É pois, uma necessidade humana universal ( BODERNAVE, 1994; CARAMURU 1996, DALLARI, 1984, DEMO 1999). Bordenave (1994) defende a participação como sendo uma característica própria da natureza social do homem e, assim sendo, ela o acompanha no processo de sua evolução desde a tribo e o clã até os dias de hoje, nas associações, empresas, partidos políticos e outras. Caramuru (1996) reforça a afirmação de Bordenave ao falar que sem a participação o homem social não existe, visto que ela sempre existiu na vida social deste. Na visão de Souza (2004), a conscientização como elemento do processo pedagógico e participação, é um processo de ultrapassagem da consciência individual para a consciência social dos problemas coletivos. Visto isso se entende que para participar conscientemente das decisões que afetam um grupo é preciso que o indivíduo atue com a perspectiva de que os interesses da sociedade devem prevalecer sobre os seus. Para Weber (1972), isso é o que descreve o sentimento de pertencer ao coletivo.
GUIA DE ORIENTAÇÃO DO REPRESENTANTE DE TURMA DA FATESG 9 4. Papel de um Representante de Turma Representante é o principal elo entre a turma e a Instituição. É o responsável pelo diálogo ético e eficaz com sua turma, auxiliando na administração de conflitos, coletando informações e sugestões. E o responsável por promover a integração do grupo, possibilitando a participação de todos nos assuntos de interesse da turma. O Representante é, ainda, o multiplicador das inúmeras informações institucionais, transmitidas pelos vários órgãos da FATESG. 5. Perfil do Representante de Turma Responsável Valoriza a Cidadania Tem espírito de liderança Bom moderador Pratica a criatividade Pro ativo Comprometido com as atividades propostas Conhece e divulga as normas da Instituição; Tem conduta adequada aos princípios da Instituição; Tem respeito pela opinião do outro, ainda que não concorde; É um bom moderador e sabe escutar; Estimula a participação; É sensível e solidário; É ético e imparcial. 6. Funções do Representante de Turma Estimular a interação entre todos os alunos da turma. Saber ouvir os colegas em suas necessidades. Identificar as necessidades da turma. Realizar a análise crítica dos pontos colocados em relevo. Mostrar-se sempre responsável e aberto ao diálogo. Promover reflexão da turma frente ao curso. Gerar a integração com Representantes de outros semestres/ cursos. Buscar a opinião consensual do grupo e representá-la em situações decisórias. Participar dos dois eventos semestrais de Capacitação de Representantes. Participar das reuniões de Representantes de Turma marcadas diretamente pelo Coordenador com os Representantes para tratar de assuntos acadêmicos. O Vice-representante irá auxiliar na execução das funções cotidianas e deverá sempre substituir o Representante de turma, em qualquer reunião ou evento nos quais o titular não possa estar presente.
GUIA DE ORIENTAÇÃO DO REPRESENTANTE DE TURMA DA FATESG 10 Divulgar para a turma o que foi abordado nas reuniões, assim como os eventos programados pela faculdade, estimulando a participação de todos. Ser participante ativo no atendimento ao aluno. Estimular os colegas a elaborar o planejamento de estudos e leitura do guia de Como estudar Orientar os colegas nas suas dúvidas; Observar se equipamentos, mobiliário, sala de aula, laboratórios estão apropriados para o uso; O papel dos Representantes é fundamental, pois facilitará o processo de melhorias contínuas por meio de críticas, sugestões e elogios. 7. São Atribuições do Representante de Turma: a) participar das reuniões de representante de turma e das capacitações propostas pela Instituição; b) zelar pelo cumprimento e multiplicação dos documentos acadêmicos, principalmente pelo Regimento (Art. 71) e pelo Manual do Discente da FATESG; c) auxiliar na postura ética e comprometida de seus colegas de turma; d) promover o diálogo eficaz com a turma, corpo docente e coordenações de curso e pedagógica; e) estimular a participação dos colegas nos assuntos de interesses comuns da turma, visando à integração e à reflexão crítica frente ao curso; f) ouvir os seus pares e identificar as suas necessidades; g) buscar a opinião consensual e representá-la, de forma imparcial, em situações decisórias; h) multiplicar as informações institucionais transmitidas por todos os segmentos da instituição e órgãos externos desde que devidamente autorizados. i) Dar assistência ao professor sempre que solicitado; j) Incentivar a disciplina em sala de aula e o respeito pela escola e por todos os seus componentes (alunos, professores, diretoria, equipe pedagógica e funcionários); k) Ser assíduo e ter um bom desempenho e participação nos diversos componentes curriculares; 8. Representando a Turma Estabeleça uma forma de comunicação permanente com a turma ( email, caixa de elogios, críticas, sugestões, seja criativo!); Tente resolver as demandas da turma na medida em que elas forem surgindo. Não acumule as reclamações! Seja claro e objetivo nas suas colocações; Quando estiver falando em nome do grupo, evite usar expressões como: eu penso, eu acho, eu vi. Lembre-se você está falando em nome da turma; Não crie constrangimentos expondo em público os seus professores, técnicos administrativos ou colegas. Tente primeiro, de forma educada, resolver as questões com eles;
GUIA DE ORIENTAÇÃO DO REPRESENTANTE DE TURMA DA FATESG 11 Não seja agressivo com as pessoas. Quando usamos deste recurso, estaremos sempre sem razão. 9. A quem recorrer? No primeiro momento, você deve procurar resolver a questão com quem está provocando-a. Por exemplo: se você recebeu uma reclamação sobre os atrasos sucessivos de um professor, antes de tomar uma atitude, procure saber dele se está com dificuldades para chegar no horário e se é uma situação passageira. Sempre que você sentir impossibilitado de resolver alguma questão, não hesite e procure ajuda! 10. Não obteve sucesso na resolução de um problema? Está difícil solucionar uma questão? Procure a coordenação do seu curso, pois depois de você, ela é a próxima instância a ser acionada. Se ainda assim a situação persistir, procure ajuda no Núcleo de Apoio ao Discente (Coordenadoras Pedagógicas e Psicólogos), Secretaria Acadêmica, Portal do Aluno, e por fim, na Diretoria da Instituição. Não se esqueça de apresentar as solicitações em formulário próprio¹, datar e colher assinatura de todos os envolvidos. Canais de comunicação da FATESG Portal do aluno fale com o Diretor www.senaigo.com.br/portaldoaluno Ouvidoria ouvidoria.fatesg@senaigo.com.br NAD Núcleo de Apoio ao Discente nad.fatesg@sistemafieg.org.br Coordenações de curso CPA curso tecnólogo Avaliação de reação Caixa de sugestões espalhadas pela unidade Avaliação SAPES Sistema de avaliação permanente do Egresso ao SENAI
GUIA DE ORIENTAÇÃO DO REPRESENTANTE DE TURMA DA FATESG 12 Considerações finais O Objetivo deste guia é o de orientar o Representante de turma no desempenho de sua função. REFERÊNCIAL BIBLIOGRÁFICO BORDANAVE, Diaz Juan E. O que é Participação? São Paulo, SP, Brasiliense, 1994. CARAMURU, Fernando. Participação na e da Escola: Mito, participação ou apenas aspiração? In: Dois Pontos. Teoria e Prática em Educação. Vol. 3 Nº 28, p. 113-121, Set/Out./96. DALLARI, Dalmo de Abreu. O que é participação política. (Coleção primeiros passos). São Paulo, Brasiliense, 1984, 99p. DEMO, Pedro. Participação é conquista: noções de política social participativa. São Paulo, Cortez, 1999, 176p. CHIAVENATO, Idalberto. Administração Teoria e Prática. São Paulo, 1999. SOUZA, Maria Luiza de. Desenvolvimento de Comunidade e Participação. São Paulo, Cortez, 1993. WEBER, Max. Ensaios de Sociologia. Rio de Janeiro, Zahar, 1972. Documento de Referência Manual dos Representantes e Vice-representantes de Turmas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia - IFRO Cartilha do Representante de Turma do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Campus Camaçari Bahia/ 2010
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