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Transcrição:

APELAÇAO CÍVEL. INTERDIÇÃO. INCAPACIDADE PARCIAL DO INTERDITANDO CONSTATADA NA PERÍCIA PSIQUIÁTRICA. CARACTERIZADA HIPÓTESE LEGAL PARA INTERDIÇÃO PARCIAL. PRODIGALIDADE E DEPENDÊNCIA QUÍMICA. PARCIAL PROCEDÊNCIA DA AÇÃO. Cabível a decretação de interdição parcial da pessoa portadora de transtorno de ordem psíquica e dependência química, com características de prodigalidade, que a incapacitem parcialmente para os atos da vida civil, conforme constatado em perícia psiquiátrica realizada nos autos. Hipótese legal contemplada no art. 1.767, incisos III e V, do Código Civil APELAÇÃO DESPROVIDA. APELAÇÃO CÍVEL SÉTIMA CÂMARA CÍVEL COMARCA DE PORTO ALEGRE C.R.N... H.D... APELANTE APELADO A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos os autos. Acordam os Magistrados integrantes da Sétima Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado, à unanimidade, em negar provimento à apelação. Custas na forma da lei. 1

Participaram do julgamento, além do signatário, os eminentes Senhores DES. SÉRGIO FERNANDO DE VASCONCELLOS CHAVES (PRESIDENTE) E DR. ROBERTO CARVALHO FRAGA. Porto Alegre, 24 de agosto de 2011. DES. ANDRÉ LUIZ PLANELLA VILLARINHO, Relator. R E L A T Ó R I O DES. ANDRÉ LUIZ PLANELLA VILLARINHO (RELATOR) Trata-se de apelação interposta por Carlos R. N. à sentença de fls. 161/163, que, nos autos da ação de interdição movida por Helenita D., julgou parcialmente procedente a ação, para decretar a interdição parcial do requerido, limitada aos atos de administração e alienação do patrimônio, nomeando-lhe curadora a autora. Nas razões recursais, o apelante alega que é plenamente capaz para os atos da vida civil e que, mesmo tendo alguns problemas de saúde, vem apresentando progressos. Atribui os transtornos de que é portador têm origem na educação negligente recebida na infância. Ressalta pontos positivos da prova pericial produzida, aduzindo que, com o tratamento a que tem se submetido, há seguras possibilidades de reintegração social. Refere que tem colaborado para a prevenção de maus hábitos e vícios perante os jovens, para quem profere palestras. Insurge-se contra a nomeação da genitora como curadora, referindo que o laudo pericial psiquiátrico sugere que a curadora também seja supervisionada pelos 2

profissionais que acompanham o interditando. Requer o provimento do recurso, com a consequente reforma da sentença. Tribunal. Com as contrarrazões (fls. 174/179), vieram os autos a este O Ministério Público, neste grau, pela eminente Procuradora de Justiça, Dra. Márcia Leal Zanotto Farina, emitiu parecer pelo conhecimento e desprovimento do recurso (fls. 184/188). Registre-se, por fim, que foi cumprido o comando estabelecido pelos artigos 549, 551 e 552, todos do CPC. É o relatório. V O T O S DES. ANDRÉ LUIZ PLANELLA VILLARINHO (RELATOR) Cuida-se de apelação interposta por Carlos R. N. à sentença de fls. 161/163, que, nos autos da ação de interdição movida por Helenita D., julgou parcialmente procedente a ação, para decretar a interdição parcial do requerido, limitada aos atos de administração e alienação do patrimônio, nomeando-lhe curadora a autora. A interdição constitui é medida drástica, tendo em vista que a sentença de procedência da respectiva ação declara a incapacidade da pessoa, que fica impedida de gerir na integralidade sua vida e seus bens, o que será feito pelo Curador. Ou seja, a pessoa não tem mais disponibilidade de seus atos e manifestação exterior. As causas legais para a decretação de interdição estão elencadas no art. 1.767 do CC/02, o qual dispõe: Art. 1.767. Estão sujeitos a curatela: 3

I - aqueles que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para os atos da vida civil; II - aqueles que, por outra causa duradoura, não puderem exprimir a sua vontade; III - os deficientes mentais, os ébrios habituais e os viciados em tóxicos; IV - os excepcionais sem completo desenvolvimento mental; V - os pródigos. Conforme tal disposição legal, a contrario sensu não está sujeito a interdição quem, possuindo capacidade e discernimento mental, tão-somente apresenta transtorno de ordem psíquica não incapacitante. No caso, foi decretada a interdição parcial do requerido, limitada aos atos de administração e gestão do seu patrimônio. A prova dos autos é conclusiva no sentido de que Carlos é portador de transtorno mental e de comportamento decorrente do uso de canabinóides e de cocaína (e sua forma de crack) (CID-10, F12.20, F14.20); F07.0 (transtorno orgânico de personalidade); F40.9 (Transtorno fóbico-ansioso, não especificado). Cabem, ainda, as seguintes hipóteses diagnósticas: F60.31 (Transtorno de personalidade emocionalmente instável, tipo borderline (limítrofe); F60.2 (Transtorno de personalidade anti-social); F60.0 (Transtorno de personalidade paranóide), F31 (Transtorno afetivo bipolar). (fls. 79/80). Embora haja nos autos atestado expedido por médico que acompanha o requerido (fl. 81), dando conta de que Carlos, naquele momento, apresentava plenas condições para reger-se, assim como a seus bens, de forma adequada, a prova pericial produzida, assim como os estudos sociais presentes nos autos, prevalecem no sentido de atestar a incapacidade parcial do demandado. Vale ressaltar que, seis meses antes da expedição desse atestado, o mesmo médico psiquiatra atestou que Carlos era incapaz total e definitivamente para o trabalho (fls. 08/09). 4

Tal documento vem ao encontro da avaliação psiquiátrica, que concluiu pela incapacidade relativa e temporária para os atos da vida civil, sugerindo que o requerido se submeta a um plano terapêutico prolongado, com exigência de que se abstenha de forma absoluta do uso de drogas (...) sob a orientação de seu Curador (...), pelo período de três anos. Os estudos sociais de fls. 109/115 e 154/156, realizados em 08/10/2009 e 11/06/2010, respectivamente, embora tenham constatado problemas de relacionamento entre Carlos e a sua família, que perduram desde a infância do requerido, foram unânimes em recomendar a nomeação da genitora como sua curadora, pois já o vem atendendo em suas necessidades, auxiliando-o na administração dos medicamentos necessários ao controle das enfermidades. A pretensão da autora justifica-se, tendo em vista que o quadro de dependência química, ainda que temporariamente controlado, enseja o risco da prodigalidade. A interdição configura-se como mecanismo de proteção do incapaz, objetivando atender suas necessidades, as quais não possui condições de prover por si só, ainda que momentaneamente ou parcialmente, como no caso dos autos. Tendo a prova dos autos demonstrado que as condições de saúde mental do requerido enquadram-se nas hipóteses previstas no art. 1.767, incisos III e V, do Código Civil, pois que se apresenta parcialmente incapacitado de gerir seu patrimônio, em razão dos transtornos de ordem psíquica e dependência química, com risco de prodigalidade, cabe confirmar a sentença que concluiu pela interdição parcial do requerido, nomeando-lhe curadora a genitora. Isto posto, nego provimento à apelação. 5

DR. ROBERTO CARVALHO FRAGA (REVISOR) - De acordo com o Relator. DES. SÉRGIO FERNANDO DE VASCONCELLOS CHAVES (PRESIDENTE) - De acordo com o Relator. DES. SÉRGIO FERNANDO DE VASCONCELLOS CHAVES - Presidente - Apelação Cível nº 70041257833, Comarca de Porto Alegre: "NEGARAM PROVIMENTO À APELAÇÃO. UNÂNIME." Julgadora de 1º Grau: DRA CATARINA RITA KRIEGER MARTINS 6