ENDIVIDAMENTO PÚBLICO E EXTERNO

Documentos relacionados
GESTÃO DA TESOURARIA E DA DÍVIDA PÚBLICA

NOTAS SOBRE O DESAFIO ORÇAMENTAL

Estatísticas da Dívida Pública

O Financiamento das PME s em tempos de crise

Nota Mensal sobre a Dívida Pública abril de 2018

Balança de Pagamentos e Posição de Investimento Internacional

Estatísticas das Administrações Públicas

Sistema Bancário Português Desenvolvimentos Recentes 3.º trimestre de 2016

GESTÃO DO CUSTO DA DÍVIDA: EXPERIÊNCIA DE MARROCOS

Plataforma para o Crescimento Sustentável. 10 de outubro de 2017

2. FINANCIAMENTO DO ESTADO

Sistema Bancário Português: desenvolvimentos recentes. 2.º trimestre de 2017

Sistema Bancário Português: desenvolvimentos recentes. 3.º trimestre 2017

Nota de Informação Estatística Lisboa, 21 de fevereiro de 2013

Sistema Bancário Português Desenvolvimentos Recentes 2.º trimestre de 2016

1. ECONOMIA E MERCADOS FINANCEIROS

A sustentabilidade da dívida pública

2. FINANCIAMENTO DO ESTADO

Investimento e Comércio Entre Portugal e Brasil

CONJUNTURA ECONÓMICA. - Novembro

Finanças Públicas: Situação e Condicionantes Apresentação à comunicação social 18 de março de 2015

CONSOLIDAÇÃO E CRESCIMENTO

E depois da troika? Viver com o memorando. Fernando Faria de Oliveira. Caixa Geral de Depósitos

INFORMAÇÃO N.º 2/2008 Dívida Pública

Análise do Documento de Estratégia Orçamental junho de 2014

Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública. Vítor Gaspar

1 ENQUADRAMENTO JULHO º Trimestre 2019

4. DÍVIDA DIRETA DO ESTADO E ENCARGOS

Painel de Riscos do Setor Segurador. Junho de

Investimento e Comércio Entre Portugal e Brasil

Série 34 E 35 Relatório de Acompanhamento do CRI 31-jan-14

Overview. Resumo. dossiers. State and Government. Estado e Governo. Estado e Governo. State and Government Overview / Estado e Governo Resumo

ERRATA AO RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO DA TESOURARIA E DA DÍVIDA PÚBLICA 2013

Nota Mensal sobre a Dívida Pública outubro de 2015

O Sistema de Metas de Inflação No Brasil. - Como funciona o sistema de metas e seus resultados no Brasil ( ).

GESTÃO DA TESOURARIA E DA DÍVIDA PÚBLICA

O Orçamento do Estado para 2012 em. IDEFF, 24 de Outubro de 2011

Relatório Anual da Dívida 2008 Plano Anual de Financiamento 2009

Nota Mensal sobre a Dívida Pública setembro de 2017

Investimento e Comércio Entre Portugal e Brasil

4. DÍVIDA DIRETA DO ESTADO E ENCARGOS

Relatório do Conselho de Administração. A economia portuguesa em 2012

5. GESTÃO DE RISCO 5.1. CARATERIZAÇÃO DA CARTEIRA DE DÍVIDA E INDICADORES DE CUSTO. Custo marked-to-market

O potencial analítico da balança de pagamentos para a compreensão da economia portuguesa

Nota Mensal sobre a Dívida Pública julho de 2017

Painel de Riscos do Setor Segurador. Janeiro de

Nota Mensal sobre a Dívida Pública janeiro de 2018

do Banco de Portugal na Assembleia da República

DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE APOSENTADORIA - FORMAÇÃO DE CAPITAL E ESGOTAMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES

Universidade Federal do Piauí UFPI Campus Universitário Ministro Petrônio Portella Centro de Ciências Humanas e Letras CCHL Departamento de Ciências

Sustentabilidade da Dívida Pública. Que Soluções para Portugal? João Leão ISCTE Lisboa, 16 Dezembro de 2014

BANCO DE CABO VERDE DEPARTAMENTO DE ESTUDOS ECONÓMICOS E ESTATISTICAS. Boletim de Indicadores Económicos e Financeiros

SESSÃO DE APURAMENTO DE RESULTADOS. Oferta Pública de Subscrição de OTRV AGOSTO de agosto de 2016 REPÚBLICA PORTUGUESA

Gráfico 1: Taxas de juro dos depósitos de curto prazo das IFM e uma taxa de juro de mercado equivalente

Curso de Pós Graduação

PRÓ-TRANSPORTE - MOBILIDADE URBANA - PAC COPA CT /10

PRÓ-TRANSPORTE - MOBILIDADE URBANA - PAC COPA CT /10

Portugal 2011 Vir o Fundo ou ir ao fundo?

Painel de Riscos do Setor Segurador. Abril de

Nota Mensal sobre a Dívida Pública abril de 2017

Relatório Política Monetária. Maio de 2011

Painel de Riscos do Setor Segurador. Setembro de

Apresentação do Relatório Anual do Banco de Portugal na Comissão Parlamentar de Assuntos Económicos. VÍTOR CONSTÂNCIO 12 de Julho de 2005

Instrumentos de Política Macroeconômica

OVERVIEW DO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊS SNAPSHOT

1 ENQUADRAMENTO ABRIL º Trimestre 2019

PORTUGAL - INDICADORES ECONÓMICOS. Evolução Actualizado em Março Unid. Fonte Notas

Portugal - BALANÇA CORRENTE

Março/2012. NEPOM Núcleo de Estudos de Política Monetária do IBMEC/MG

Indicadores Económicos & Financeiros Setembro Banco de Cabo Verde

Prestação de Contas - LRF Banco Central: Objetivos das Políticas Monetária, Creditícia e Cambial e Impacto Fiscal de suas Operações

Material Informativo Confidencial 1/75

RESULTADOS CONSOLIDADOS 30 DE JUNHO DE 2015

Funding da Banca Nacional. Fevereiro de 2011

Nota Mensal sobre a Dívida Pública agosto de 2017

Indicadores Económicos & Financeiros Abril Banco de Cabo Verde

Painel de Riscos do Setor Segurador. Março de

Nota Mensal sobre a Dívida Pública maio de 2018

Indicadores Económicos & Financeiros Outubro Banco de Cabo Verde

Portugal Processo de desalavancagem prossegue a bom ritmo

Sistema Bancário Português: desenvolvimentos recentes. 1.º trimestre 2018

DATA DIA DIAS DO FRAÇÃO DATA DATA HORA DA INÍCIO DO ANO JULIANA SIDERAL T.U. SEMANA DO ANO TRÓPICO

Nota Mensal sobre a Dívida Pública setembro de 2016

Responsabilidade Macroeconômica para o Crescimento. Henrique de Campos Meirelles

Investimento e Comércio Entre Portugal e Brasil

Portugal Balança corrente e de capitais 2016

II Projeções para a economia portuguesa em 2018

Capital e investimento público

NOTAS SOBRE O DESAFIO ORÇAMENTAL

Nota Mensal sobre a Dívida Pública março de 2018

Investimento e Comércio Entre Portugal e Brasil

NOTA TÉCNICA N.º 1/2009

A evolução do crédito e dos depósitos - Portugal no contexto europeu

2005: Cenários para o Mercado de Renda Fixa. Marcello Siniscalchi

Condições dos mercados e evolução da dívida pública: janeiro a setembro de 2018

Indicadores Económicos & Financeiros Julho Banco de Cabo Verde

GPEARI Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais. Boletim Mensal de Economia Portuguesa.

Procedimento dos Défices Excessivos (1ª Notificação de 2017)

Fernando Mata. Diretor Financieiro do Grupo (CFO) 8 de março de #SomosMAPFRE

Transcrição:

ENDIVIDAMENTO PÚBLICO E EXTERNO ASSEMBLEIA DA November REPÚBLICA 12 Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa 19 de setembro de 2017

Índice Evolução do Endividamento Público e Externo Página 1) Endividamento externo 3 2) Endividamento público 7 3) Evolução futura 11 4) Gestão da dívida 19 2

1. Endividamento externo 3

1953 1956 1959 1962 1965 1968 1971 1974 1977 1980 1983 1986 1989 1992 1995 1998 2001 2004 2007 2010 2013 2016 1. Endividamento externo A economia portuguesa caracterizou-se historicamente por registar défices externos relativamente elevados BTC e Capacidade/Necessidade de financiamento % PIB % PIB 10,0% Balança Corrente e de Capital 10,0 5,0% 5,0 0,0% 0,0-5,0% -5,0-10,0% -10,0-15,0% -15,0-20,0% -20,0 Balança de Transações Correntes Capacidade/Necessidade de financiamento da economia Fonte: Banco de Portugal e AMECO Bens Serviços Transferências correntes Capital Rendimentos Balança corrente e de capital Fonte: Banco de Portugal 4

mar/96 abr/97 mai/98 jun/99 jul/00 ago/01 set/02 out/03 nov/04 dez/05 jan/07 fev/08 mar/09 abr/10 mai/11 jun/12 jul/13 ago/14 set/15 out/16 dez-97 dez-98 dez-99 dez-00 dez-01 dez-02 dez-03 dez-04 dez-05 dez-06 dez-07 dez-08 dez-09 dez-10 dez-11 dez-12 dez-13 dez-14 dez-15 dez-16-14,9% -24,3% -34,0% -41,5% -49,0% -58,4% -62,4% -66,7% -69,9% -79,3% -88,8% -95,1% -107,9% -104,3% -100,7% -116,5% -116,3% -117,5% -112,2% -104,8% 1. Endividamento externo A partir de meados da década de 90, défices externos próximos de 10% do PIB repercutiram-se numa deterioração acentuada da PII Acumulação de défices externos vs, Posição de investimento internacional % PIB 25,0% 240% Dívida Externa % PIB 5,0% -15,0% -35,0% -55,0% 220% 200% 180% 160% 140% 216,1% -75,0% 120% -95,0% 100% -115,0% 80% 93,6% -135,0% -155,0% 60% 40% 20% 0% Acumulação de outros factores Acumulação de défices balança corrente e de capital PII em dez-96: -13,2% Posição de investimento international -20% Dívida externa bruta Dívida externa líquida Fonte: Banco de Portugal 5

mar/96 abr/97 mai/98 jun/99 jul/00 ago/01 set/02 out/03 nov/04 dez/05 jan/07 fev/08 mar/09 abr/10 mai/11 jun/12 jul/13 ago/14 set/15 out/16 mar/96 abr/97 mai/98 jun/99 jul/00 ago/01 set/02 out/03 nov/04 dez/05 jan/07 fev/08 mar/09 abr/10 mai/11 jun/12 jul/13 ago/14 set/15 out/16 1. Endividamento externo Quando decompomos a dívida externa por setor institucional, verificamos que as AP são o setor que mais contribui para esta situação Dívida Externa Bruta % PIB 240% 190% 140% 90% 40% -10% 140% 120% 100% 80% 60% 40% 20% 0% -20% -40% -60% Dívida Externa Líquida % PIB DEB - Investimento direto DEB - Outros setores DEB - Outras instituições financeiras monetárias DEB - Banco Central DEB - Administrações públicas Dívida externa bruta (DEB) em % PIB DEL - Investimento direto DEL - Outros setores DEL - Outras instituições financeiras monetárias DEL - Banco Central DEL - Administrações públicas Dívida externa líquida (DEL) em % PIB Fonte: Banco de Portugal 6

2. Endividamento público 7

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 59,5% 55,2% 51,8% 51,0% 50,3% 53,4% 56,2% 58,7% 62,0% 67,4% 69,2% 68,4% 71,7% 83,6% 96,2% 111,4% 126,2% 129,0% 130,6% 129,0% 130,3% 2. Endividamento público O aumento da dívida pública, sobretudo a partir do final da década de 2000, foi também o resultado de défices primários significativos 16 Contributo para a variação do stock de dívida % PIB (pp) % PIB Dívida pública e acumulação de défices orçamentais 175% 11 150% 125% 6 100% 75% 1 50% 25% -4 0% -9-25% -50% Ajust. défice-dívida Efeito dinâmico (bola de neve) Saldo Primário (simétrico) Variação da dívida de Maastricht (pp PIB) Fonte: AMECO Acumulação ajust. défice-dívida Acumulação do efeito crescimento Acumulação de défices orçamentais Stock dívida em dez-1996: 59,5% Fonte: AMECO, Eurostat 8

2. Endividamento público A evolução da despesa pública (em Portugal como em outros países avançados) caracteriza-se por um aumento sustentado das prestações sociais Despesa pública % PIB 3,0% 5,1% 1,2% 4,7% 4,2% 1,9% 2,4% 0,6% 5,7% 11,3% 13,7% 12,9% 18,9% 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Prestações sociais Remunerações dos empregados Consumo intermédio Subsídios Outras despesas correntes FBCF Juros Fonte: Banco de Portugal 9

17% 17% 22% 35% 37% 42% 42% 38% 37% 42% 25% 24% 26% 45% 36% 33% 33% 32% 29% 29% 32% 34% 0% 0% 10% 0% 52% 55% 14% 14% 12% 9% 13% 7% 62% 18% 20% 20% 11% 12% 11% 9% 10% 14% 15% 0% 51% 37% 42% 45% 39% 36% 18% 35% 34% 30% 33% 31% 75% 76% 41% 74% 28% 26% 53% 34% 33% 39% 39% 34% 33% 37% 27% 26% 30% 31% 26% 25% 2. Endividamento público Atualmente, cerca de 40% da dívida pública é detida pelo setor oficial, tendo a % detida por outros não residentes diminuído substancialmente em 2010-11 Detentores da dívida de Maastricht por geografia Detentores da dívida de Maastricht por geografia % do PIB % do Total 140% 100% 120% 80% 100% 80% 60% 60% 40% 40% 20% 20% 0% 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Não residentes excl PAEF & BCE / Non-residents excl EU-IMF & ECB PAEF / EU-IMF BdP+BCE / BoP+ECB (SMP+PSPP) Residentes excl BdP / Residents excl BoP 2017 Jun Fonte: Banco de Portugal 0% 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Não residentes excl PAEF & BCE / Non-residents excl EU-IMF & ECB PAEF / EU-IMF BdP+BCE / BoP+ECB (SMP+PSPP) Residentes excl BdP / Residents excl BoP 2017 Jun Fonte: Banco de Portugal 10

3. Evolução futura 11

3. Evolução futura De acordo com o cenário proposto no Programa de Estabilidade, a dívida reduzir-se-á para cerca de 110% do PIB no final de 2021 Tendência descendente da Dívida Pública [% PIB] 129,0 130,6 129,0 130,4 127,9 124,2 10,2 7,4 9,3 10,6 6,9 120,0 6,0 117,6 5,3 7,2 120,4 121,6 121,1 121,0 118,4 118,2 114,7 110,4 109,4 4,2 105,3 suportada por excedentes primários e pela redução da despesa com juros Desagregação da dinâmica da dívida pública [pp PIB] Ano 2015 2016 2017 P Pressupostos para a dinâmica da dívida pública Ano 2015 2016 2017 P 2018-21 P (cumulativo) Dívida Maastricht (% PIB) 129,0 130,4 127,9 109,4 Variação (pp PIB) -1,6 1,4-2,5-18,4 Efeito saldo primário -0,2-2,2-2,7-15,8 Efeito dinâmico (bola de neve) -0,1 0,5 0,1-1,8 Taxa de juro 4,6 4,2 4,2 15,3 PIB nominal -4,7-3,8-4,1-17,1 Outros ajust, défice-dívida -1,3 3,1 0,1-0,9 2018-21 P (média) Crescimento real do PIB (vh%) 1,6 1,4 1,8 2,1 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 Depósitos da Adm. Central Dívida líquida de depósitos da Adm. Central Dívida Pública bruta, % PIB (ótica Maastricht) Deflator do PIB (vh%) 2,1 1,6 1,4 1,6 Saldo orçamental (%PIB) -4,4-2,0-1,5 0,1 Saldo primário (%PIB) 0,2 2,2 2,7 4,0 Encargos com juros (%PIB) 4,6 4,2 4,2 3,8 Taxa de juro implícita (%Dívida t-1) 3,6 3,4 3,3 3,2 Fonte: Ministério das Finanças

3. Evolução futura De acordo com o cenário proposto pelo FMI, a dívida reduzir-se-á para cerca de 114% do PIB no final de 2022 Cenário base de evolução da dívida pública segundo o FMI [% PIB] Fonte: FMI (Artigo IV, Set 2017).

3. Evolução futura De acordo com a análise de sensibilidade realizada pelo FMI, a estabilização da dívida apresenta-se bem ancorada Evolução da dívida pública segundo o FMI cenários alternativos [% PIB] Fonte: FMI (Artigo IV, Set 2017).

3. Evolução futura S&P subiu a notação financeira para grau de investimento e Moody s melhorou as perspetivas 01-09-2017 Outlook sobe para positivo Fitch Moody's S&P DBRS Rating atual Data Ação Outlook BB+ / Outlook estável Ba1 / Outlook estável BB+ / Outlook estável BBB (low) / Trend estável 16-06-2017 Outlook sobe para Positivo Positivo 16-02-2017 BB+ rating affirmed Estável 04-03-2016 Outlook desce para Estável Estável 11-04-2014 Outlook sobe para Positivo Positivo 24-11-2011 Rating downgraded para BB+ Negativo 25-07-2014 Rating upgraded para Ba1 Estável 09-05-2014 Rating upgraded para Ba2 Sob revisão para upgrade 08-11-2013 Outlook sobe para Estável Estável 13-02-2012 Rating downgraded para Ba3 Negativo 17-03-2017 Rating BB+ confirmado Estável 18-09-2015 Rating upgraded para BB+ Estável 19-03-2015 Outlook sobe para Positivo Positivo 07-05-2014 Outlook sobe para Estável Estável 17-01-2014 BB Rating confirmado Negativo 18-09-2013 Rating BB sob CreditWatch Negative On watch negative 05-07-2013 Outlook desce para Negativo Negativo 07-03-2013 Outlook sobe para Estável Estável 13-01-2012 Rating downgraded para BB Negativo 21-04-2017 Rating BBB (low) confirmado Estável 21-05-2014 Trend sobe para Estável Estável 30-11-2012 Rating BBB (low) confirmado Negativo 22-05-2012 Rating BBB (low) sob revisão negativa RuR, trend negative 30-01-2012 Rating downgraded para BBB (low) Negativo 15-09-2017 Rating upgraded para BBB- Fonte: DBRS, Fitch, Moody s e S&P 15

3. Evolução futura Uma Variáveis estrutura macroeconómicas de financiamento fundamentais robusta constitui com evolução um importante favorável fator à de estabilização/queda estabilidade e resiliência do stock de dívida Evolução recente do PIB real [%, t.v.h.] 6% Andamento do saldo primário [% do PIB] 6 4% 2% Portugal 3,0% 2,8% 2,3% 1,2% 4 2 2.2 Portugal 0% 0-2% -2-4% -4-6% -6-8 -8% -10 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014 2016e 2018f Euro area Italy Portugal Spain Euro area Spain Italy Portugal Fonte: Eurostat, Fonte: Comissão Europeia. 14

3. Evolução futura Taxas de juro, em queda suave, convergem para níveis dos pares e suportam a viabilidade da dívida Taxas de juros no mercado secundário de Portugal, Itália e Espanha [%] Fonte: Bloomberg, 17

3. Evolução futura Uma estrutura de financiamento robusta constitui um importante fator de estabilidade e resiliência Custo de financiamento da dívida direta do Estado [%] 6 5,8 9 5 8 4 3 4,5 3,5 Juros / PIB (Dir) 4,1 Custo do stock da dívida 4,2 3,9 Custo da dívida emitida 4,4 3,7 3,6 3,6 3,4 2,7 3,2 2,8 7 6 5 2 4 1 3,8 4,2 4,2 4,4 4,3 4,0 3 0 2,8 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2 Fonte: IGCP 14

4. Gestão da dívida 19

4. Gestão da dívida Alongamento da duração/vida média da dívida direta do Estado reduz risco de refinanciamento do Estado Maturidade média residual e duração em Abr2012 [anos] Maturidade da dívida direta do Estado [anos] 5,0 7,5 14 4,5 7,0 12 12,1 4,0 3,5 3,0 2,5 6,5 6,0 5,5 5,0 4,5 10 8 6 7,3 9,6 8,2 8,2 6,9 6,0 5,3 5,5 5,1 8,8 6,7 8,8 8,3 6,5 2,0 Modified duration (LHS) Average residual term - years (RHS) 4,0 4 2 0 4,0 3,0 Maturidade média residual Maturidade média residual excl. empréstimos do PAEF Maturidade média da dívida de MLP emitida em cada ano Fonte: IGCP Fonte: IGCP 20

3) 4. Gestão Evolução da futura dívidae possíveis soluções No entanto, tendo em consideração o valor ainda elevado, importa manter uma estratégia de minimização do risco de refinanciamento 63% do empréstimo do FMI já foi reembolsado [Reembolsos do empréstimo do FMI] Alisamento do perfil de maturidade da dívida [Calendário de amort. de dívida de MLP; Set-17 + rollover EFSM; EUR mil milhões] 21 Other medium and long term debt Financial Assistance Programme 24 21 EFSF EFSM EFSM (maturidade final a confirmar) 18 18 FMI Outra dívida de MLP 15 15 12 12 9 9 6 6 3 3 0 2012 2016 2020 2024 2028 2032 2036 2040 0 2017 2021 2025 2029 2033 2037 2041 2045 Fonte: IGCP (*) A data exata final de maturidade de cada tranche do empréstimo do EFSM será definida quando a tranche original for estendida (simulação realizada pelo IGCP a cor-de-laranja), mas não é expectável que Portugal tenha de reembolsar qualquer tranche do empréstimo do EFSM até 2016. Fonte: IGCP 21

4. Gestão da dívida A diversificação da base de investidores promove a existência de uma base estável de detentores de dívida pública Conposição mais variada do stock de dívida [EUR mm e % da dívida total do Estado] Posições de não-residentes alinhadas com pares [% of do total de dívida do Estado titulada] 240 200 160 120 80 40 0 118 15% 11% 13% 13% 11% 13% 21% 7% 7% 32% 35% 36% 6% 6% 8% 9% 9% 7% 69% 69% 70% 59% 48% 45% 43% Dec 2008 133 Dec 2009 152 Dec 2010 175 Dec 2011 194 Dec 2012 204 217 226 Dec 2013 Dec 2014 32% 9% 7% 10% 6% 46% 47% Dec 2015 236 244 30% 26% Dec 2016 11% 6% 49% Jul 2017 85 75 65 55 45 35 25 PGB Tbills Retail Other non-tradable Other MLT Other ST EU-IMF TOTAL Fonte: IGCP Portugal Spain Italy Fonte: IGCP 22

4. Gestão da dívida A diversificação da base de investidores é outro fator fundamental para reduzir a vulnerabilidade da dívida a choques Distribuição por geografia Distribuição por tipo de investidor [Sindicatos de dívida a 10 anos entre 2010 e 2017] [Sindicatos de dívida a 10 anos entre 2010 e 2017] 2017 2013 2010 2010 2013 2017 Asia France Germany/Austria/Switzerland North America Other EU Nordics Other Portugal Asset Managers Official Institutions Banks Hedge Funds Spain UK Insurance / Pension Funds Others Fonte: IGCP Fonte: IGCP 23

EUR milhões 4. Gestão da dívida bem como a manutenção de saldos de Tesouraria confortáveis, que permitam flexibilidade na execução do programa de financiamento Disponibilidade da Tesouraria Central do Estado (incl, contas-margem) % PIB 30 000,00 25 000,00 Banca comercial Banco de Portugal 20 000,00 15 000,00 10 000,00 5 000,00 0,00 Fonte: Banco de Portugal 24

4. Gestão da dívida Outras propostas para reduzir vulnerabilidade a choques Instrumentos alternativos que têm sido discutidos entre gestores de dívida e investidores Green bonds Infrastructure bonds Obrigações Sukuk ou Panda Instrumentos com maturidade extra-longa como centenários Instrumentos indexados ao crescimento do PIB Eurobonds ou ESBies 25

MUITO OBRIGADA