Termos de troca milho, soja e leite.

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InfoVer Informativo sobre o Mercado de Leite de Vaca do Campo das Vertentes Universidade Federal de São João delrei UFSJ Campus Santo Antônio Praça Frei Orlando, nº 170 Centro São João delrei MG CEP: 36307904 www.ufsj.edu.br Departamento de Ciências Econômicas DCECO Tel: (32) 33792537 Email: infover@ufsj.edu.br Coord.: Prof. Ívis Bento de Lima Técnico Administrativo: Paulo Afonso Palumbo Graduandos: Alexandre Rodrigues Loures e Jucirlei Nazário

Termos de troca milho, soja e leite. O custo da bovinocultura leiteira, no Campo das Vertentes, no mês de setembro de 2009 apresentou comportamento semelhante para os dois principais insumos (farelo de soja e milho) dessa atividade. Ou seja, para os dois insumos verificouse uma redução na quantidade de litros de leite necessários para adquirir uma saca de cada um dos produtos. Primeiramente, no caso do farelo de soja a redução verificada na quantidade despendida pelos produtores, em litros de leite, para a aquisição de uma saca de 50 kg se comparado ao mesmo período do ano anterior foi de 9,0%. Em setembro de 2008 os produtores precisaram de 68,8 litros de leite para a compra de uma saca de farelo de soja, contudo, em setembro do corrente ano foram necessários 62,6 litros de leite para essa compra. Dessa forma, para adquirir uma saca de soja este ano, em relação ao ano passado, ficou mais barato, em termos de litros de leite, em 6,2 litros de leite. Por sua vez, a quantidade de litros de leite gastos pelos produtores de junho ainda se manteve em setembro). Em setembro do ano passado foram precisos 42,1 litros de leite na aquisição de uma saca de milho de 50 kg, entretanto, em setembro deste ano os produtores necessitaram de 29,1 litros de leite para a compra da Tabela 1 Relação de troca m ilho, soja e leite Farelo de soja Milho Mês 2008 2009 % 2008 2009 % Jan 58,9 96,2 63,3 36,8 46,9 27,3 Fev 56,9 94,5 66,3 36,0 44,6 23,9 Mar 55,0 74,7 35,7 33,7 36,7 8,9 Abr 56,6 75,1 32,6 32,8 37,9 15,5 Mai 52,6 78,2 48,6 33,9 34,8 2,5 Jun 61,2 66,9 9,3 34,5 32,0 7,3 Jul 63,8 58,1 8,9 36,6 26,4 28,0 Ago 59,9 62,0 3,4 36,7 26,9 26,6 Set 68,8 62,6 9,0 42,1 29,1 30,9 Out 76,0 40,8 Nov 74,5 39,7 Dez 78,1 39,5 Saca de farelo de soja 95 85 75 65 Litros de leite necessários para adquirir uma saca de farelo de soja ou uma saca de milho 55 25 set/08 nov/08 jan/09 m ar/09 m ai/09 jul/09 set/09 Soja (50 kg) Milho (50 kg) para a compra de uma saca de milho no mês de setembro deste ano sofreu uma redução de 30,9%. Esse já é o quarto mês consecutivo em que o termo de troca entre litros de leite e saca de milho está favorável ao produtor (a queda que iniciou a partir 50 45 40 35 30 Saca de milho mesma saca de milho. Isso significa que os bovinocultores leiteiros tiveram uma redução de 13,0 litros de leite na quantidade despendida na relação de troca com a saca de milho. No entanto, também, para ambos os insumos, houve aumento na relação de troca se comparado do corrente ano. No caso da saca de soja o aumento verificado em setembro em relação a agosto foi de 0,6 litros de leite despendidos a mais para a aquisição de tal insumo, ou seja, um aumento de 0,97%. Já na relação de troca da saca de milho o aumento foi de 2,2 litros de leite a mais despendidos em setembro em relação ao mês de agosto. Em porcentagem esse aumento é de 8,18%. Tabela 2 Preço médio dos insumos agrícolas em setembro de 2009 Produto kg R$ Produto kg R$ Ração p/vaca 40 28,00 0,90% Ração bezerro 40 28,75 1,77% Sal mineral 30 36,20 6,47% Farelo soja 50 43,90 2,98% Farelo trigo 40 19,30 3,02% Farelo Algodão 50 33,20 4,57% Polpa cítrica 50 19,10 8,39% Milho 50 20,40 3,82%

Tabela 3 Preço médio por kg dos derivados do leite e do leite longa vida Lt. Produto set/08 out/08 nov/08 dez/08 jan/09 fev/09 mar/09 abr/09 mai/09 jun/09 jul/09 ago/09 set/09 Mussarela 12,23 12,10 11,50 10,45 10,20 10,25 10,05 9,85 11,05 12,79 13,53 13,29 13,99 Queijo Prato 14,10 13,85 12,21 10,60 10,15 10,05 9,76 9,56 10,96 12,75 12,99 11,90 12,89 Minas Frescal 8,46 8,24 7,76 7,36 7,65 7,48 6,95 7,15 6,99 9,25 11,21 8,49 10,90 Leite Longa Vida 1,56 1,55 1,49 1,46 1,49 1,51 1,49 1,49 1,53 2,16 1,98 1,85 1,95 Mercado da bovinocultura leiteira. O preço médio do litro de leite de vaca pasteurizado no mês de setembro de 2009 foi de R$ 1,44; no mercado de São João delrei. Representando uma redução de 11,11% nesse preço em relação ao mês anterior do mesmo ano. Com essa queda do litro de leite de vaca pasteurizado o preço médio retorna a patamares de novembro de 2008, período em que o litro de leite foi vendido a R$ 1,42. Essa foi a maior queda dos últimos 21 meses e a primeira do ano de 2009. Contudo, se deflacionado o preço de setembro de 2008 (R$ 1,51) a redução, em termos reais, do litro do leite de vaca pasteurizado é de 4,02%. No mercado dos derivados de leite todos os quatros produtos (mussarela, queijo prato, minas frescal e leite longa vida) pesquisados pelo DCECO/UFSJ (Departamento de Economia da Universidade Federal de São João delrei) apresentaram aumento no preço em setembro de 2009 em relação ao mês de agosto do mesmo ano. O maior aumento foi do Minas Frescal. Que em setembro do corrente ano foi vendido a R$10,90 representando um aumento de 28,4% em relação a agosto de 2009. O queijo Prato foi a segunda maior alta dos derivados do leite. Com um aumento de 8,3% o queijo prato, em setembro de 2009, foi vendido no mercado de São João delrei a R$ 12,89. Por sua vez, as duas menores altas no mês de setembro do corrente ano foram do leite longa vida e do queijo mussarela. Vendido por R$ 1,95 o litro do leite longa vida apresentou um aumento de 5,4% em relação a agosto/2009. Por último, com um aumento de 5,3% em relação (agosto/2009) o queijo mussarela foi vendida em setembro/2009 a R$ 13,99. Por sua vez, o comportamento do mercado do preço livre médio (ou seja, descontados frete e CESSR, exfunrural) pago aos bovinocultores leiteiros da macrorregião Campo das Vertentes foi o seguinte: a média alcançada na amostragem do tanque próprio ficou em R$ 0,7314; representando uma redução de 3,34% (ou seja, três centavos a menos/litro em relação ). Para a média do tanque comunitário a redução foi pequena, de 0,69% (sendo a menor redução entre as três médias). O que praticamente significou uma média idêntica a do mês anterior (R$ 0,7167), contudo, em centavos houve uma redução de praticamente R$ 0,01/litro. Tabela 4 Preço m édio do litro de leite de vaca pas teurizado Mês/ano R$ Mês/ano R$ jan/08 1,53 0,65% jan/09 1,40 0,00% fev/08 1,54 0,65% fev/09 1,40 0,00% mar/08 1,53 0,65% mar/09 1,40 0,00% abr/08 1,54 0,65% abr/09 1,40 0,00% mai/08 1,54 0,00% mai/09 1,43 2,14% jun/08 1,54 0,00% jun/09 1,52 6,29% jul/08 1,54 0,00% jul/09 1,62 6,58% ago/08 1,54 0,00% ago/09 1,62 0,00% set/08 1,51 1,95% set/09 1,44 11,11% out/08 1,50 0,66% out/09 nov/08 1,42 5,33% nov/09 dez/08 1,40 1,41% dez/09 Por último, a média do latão também acompanhou o movimento de redução das duas outras médias apresentando uma queda de 3,68% (que foi a maior redução entre as três médias), ficando em R$ 0,6280. Representando em centavos uma redução de 0,04/litro.

Tabela 5 Leite de agosto pago em SETEMBRO/2009. Preço livre após os descontos. MUNICÍPIO/LOCALIDADE COMPRADOR TANQUE TANQUE PRÓPRIO COMUNITÁRIO LATÃO CORONEL XAVIER CHAVES DEL RIOS 0,80 0,79 COOPERBOM 0,73 CONCEIÇÃO DA BARRA DE MINAS SANTA ROSA 0,71 0,63 LATICINIO VITORIA 0,71 0,63 MADRE DEUS DE MINAS DANONE/QUALIDADE 0,77 RITÁPOLIS TREM DE MINAS 0,69 0,67 0,60 PIEDADE DOS GERAIS RENATA 0,73 0,70 0,56 SÃO SEBASTIÃO DO GIL ITAMBÉ 0,68 0,68 QUELUZITO 5 ESTRELAS 0,74 0,75 0,68 VALO NOVO, ENGENHO DE SERRA E SÃO JOÃO DELREI SÃO JOÃO DELREI LATICÍNIO VITÓRIA DEL RIOS 0,71 0,78 ZUEIRA E SÃO JOÃO DELREI CAARG (QUALIDADE) 0,78 VENDINHA E SÃO JOÃO DELREI DEL RIOS 0,60 TREM DE MIN AS 0,70 EMBOABAS MATOLA 0,71 OURO PRETO VALE DO YPÊ 0,71 MÉDIA 0,7314 0,7167 0,6280 Variação em relação 3,34% 0,69% 3,68% * 25 DE SETEMBRO DE 2009. Pesquisa SindRural Informações fornecidas pelas Associações Variação do preço livre pago ao produtor deflacionado pelo IGPDI 0,80 0,75 0,70 R$/litro 0,65 0,60 0,55 0,50 0,45 s e t/08 nov/08 jan/09 m ar/09 m ai/09 jul/09 s e t/09 Tanque próprio Tanque comunitário Latão

Controle leiteiro: como e por que fazer. Por Rogério Coan* O controle leiteiro é uma ferramenta de aferição da capacidade de produção de leite de uma vaca. Somente por meio dele é que se pode ter uma estimativa segura da produtividade. A melhor maneira de se obter informações sobre as quantidades de leite e seus constituintes produzidos por uma vaca durante a lactação é através de pesagens e amostragens diárias. Isto, entretanto, é impraticável, em virtude dos custos e dos transtornos advindos de um controle diário. O controle de um dia no mês tem sido considerado suficiente para se obter uma estimativa precisa da produção na lactação. Entretanto, alguns cuidados devem ser observados, para se ter segurança de que os controles mensais representam as quantidades médias diárias de leite e dos constituintes, para um período de 24 horas. Além disso, uma equipe treinada e o uso adequado dos equipamentos são também necessários. Finalidades do controle leiteiro. O controle leiteiro tem várias finalidades, mas dentre elas destacamse: 1 O fornecimento de alimentos, principalmente o concentrado, de acordo com a produção de leite. (Conhecendose portanto, o potencial de produção de uma vaca, não estaremos fornecendo alimentos além do necessário para algumas e aquém para outras. Isso resultará em maiores produções e custos reduzidos. Este fornecimento de concentrado pode ser feito individualmente no cocho, ou para facilitar o manejo, em grupos de animais do mesmo nível de produção. O volumoso também pode ser diferenciado, tanto em qualidade como em quantidade, de acordo com o potencial de produção dos animais). 2 O provimento de informações que auxiliem no melhoramento genético animal. Este melhoramento é decorrente do acasalamento dos melhores indivíduos e, para se saber quem são os melhores, é necessário avalialos pela sua produção. O controle leiteiro periódico permite calculara a produção de uma vaca durante toda a lactação, sendo esta produção utilizada para se estimar o valor genético dessa vaca, de seus pais e mesmo de seus irmãos, usandose modelos estatísticos específicos. Conhecendose a produção dos animais e seu valor genético, podesse então selecionar os melhores e usalos intensivamente nos acasalamentos ou então descartar aqueles que não são de interesse. 3 Outra finalidade é o uso das informações do controle leiteiro para propaganda do rebanho, e esta utilização comercial certamente induzirá a uma maior disseminação dos genótipos superiores, principalmente através da venda de tourinhos ou de sêmen de touros provados. Quando ordenhar. a) Observe a regularidade de horários na ordenha. Para se ter o controle de um dia, as ordenhas deverão começar sempre em um mesmo horário; b) Estimule a descida do leite, por prazo não superior a um minuto; atrasos podem reduzir o teor de gordura; c) Efetue a ordenha o mais rápido possível, sem ser excessiva e sem a preocupação em retirar a última gota. Um indicador de fluxo poderá mostrar quando o leite deixa de escora; e d) Ordenhe as vacas na mesma ordem, todos os dias. Pesagem do leite após ordenha. Balança: zere a balança para excluir o peso do recipiente com o leite, registrandose os pesos em quilogramas (kg), com uma casa decimal; Garrafões medidores: leia o peso do leite na escala do próprio garrafão que reterá todo o leite da vaca recémordenhada. É preciso esperar a dissipação da espuma antes da leitura; MISTURA O LEITE, ANTES DA AMOSTRAGEM. O leite, no início da ordenha, é pobre em gordura e, no final, é bastante rico. Para se ter uma amostra representativa, todo o leite deve ser ordenhado e misturado. Balde: misture o leite com movimentos de cima para baixo, evitandose movimentos de rotação que podem separar gordura na superfície do leite;

Garrafões medidores: inverta o fluxo de vácuo, após a ordenha. O leite no garrafão irá borbulhar, homogeneizandose em poucos segundos. Identificação dos frascos para a coleta de amostras. Os frascos são específicos para as amostras e contêm três divisões de mesmo volume, sendo o total de leite de aproximadamente 60 ml. Devese rotular os frascos com etiquetas, identificando a data da amostragem, o nome e o... número da vaca. OBTENHA AMOSTRAS SIGNIFICATIVAS. Quando o sistema de ordenha for com o uso de balde, obtémse a amostra por meio de coletor; Quando for por tubulação, abrese o registro dos garrafões medidores ou desviase o leite para um aparelho (milk meter) que, além de fornecer o peso do leite, possibilita a retirada de amostra de leite para análise. Duas ordenhas: use 2/3 do frasco para amostra do leite da primeira ordenha da manhã e o restante para amostra da ordenha da tarde; e Três ordenhas: use 1/3 do frasco por ordenha. GARANTA QUALIDADE DA AMOSTRA. Cada frasco deverá conter uma pastilha de dicromato de potássio, como conservante do leite. Para se obter a eficiência esperada, a concentração de dicromato na amostra deve ser de 1 mg/ml de leite; Agite levemente o frasco após a adição do leite. A pastilha irá se dissolver em poucos segundos; Cuide para que o tempo entre a coleta e a entrada das amostras no laboratório de análises seja o mínimo, devendose também, se possível, conservalas resfriadas em geladeira, caso não sejam enviadas para o Resultados de pesquisa nos Estados Unidos indicam que os rebanhos participantes do controle leiteiro oficial têm maior produtividade. laboratório no mesmo dia. O prazo máximo entre a coleta e a análise é de sete dias; e Encaminha os frascos ao laboratório de análise em recipientes (caixas de papelão, maletas, etc.) com separações internas, tendose o cuidado de mantêlos nas posição vertical. Como executar o controle leiteiro. 1 O controle leiteiro deve ser feito em duas ou três ordenhas diárias, conforme o sistema adotado na propriedade e, em quaisquer dos casos, recomendase fazer a esgota total na tarde anterior ao dia do controle leiteiro; 2 O controle deve ser feito em todas as vacas em lactação do rebanho, e por controladores credenciados pelas organizações responsáveis pelo Serviço de Controle Leiteiro, para serem oficializados, ou pelo próprio criador, para uso próprio ou em pesquisa; 3 Ao iniciar o controle leiteiro em um rebanho recomendase controlar inicialmente apenas as vacas recémparidas, isto é, com mais de cinco e menos de 45 dias pósparto, que serão controladas até o fim desta lactação. Mensalmente, novas vacas recémparidas entrarão em controle e, ao final de aproximadamente um ano, todas as vacas já estarão sob controle leiteiro; 4 Todos os animais devem ser bem identificados, fazendose uso de tatuagens, de brinco na orelha, ou marcação a ferro etc., para que as anotações sejam precisas; 5 Como a produção é medida em 24 horas, recomendase, dentro do possível, um intervalo próximo a 12 horas entre as duas ordenhas e oito horas entre as três ordenhas, para melhor padronização dos dados; 6 Recomendase como ideal que, tanto na ordenha de esgota como nas ordenhas do controle leiteiro, as vacas sejam ordenhadas aleatoriamente, isto é, sem nenhuma preferência para determinadas vacas serem ordenhadas no início ou fim da ordenha;

7 As ordenhas devem ser completadas, ou seja, retirar todo o leite possível, não deixando nada para o bezerro no caso de ordenhas com bezerros ao pé. Trabalhos experimentais comprovam que o jejum de um dia por mês não prejudica, nem interfere na criação de bezerros; 8 As produções de leite em cada ordenha (em kg, com um decimal), assim como o sistema de alimentação e ocorrências diversas observadas no intervalo de um controle com o anterior (assim como parto, secagem, venda, doença, aborto, etc.) devem ser anotadas individualmente, em formulário ou livro próprio; e 9 Sempre que possível, coletar amostra individual de leite para determinação de gordura, proteína ou outro tipo de análise, como por exemplo, a contagem de células somáticas. Devese utilizar frascos apropriados, limpos, previamente marcados com as proporções de leite a serem coletadas em cada ordenha (2/3 pela manhã e 1/3 à tarde), e devidamente etiquetados para identificação dos animais, e enviados para análise no laboratório, cooperativa mais próxima ou na própria fazenda. Data e causa da secagem dos animais. Assim como a data do parto, quando se inicia a lactação é importante anotar a data e causa da secagem, o que define a duração e a normalidade ou não daquela lactação. Entre as principais causas de secagem, podemos citar: Secagem por estar próximo ao parto (60 dias para o próximo parto); Secagem por baixa produção (produzindo pouco, de acordo com a raça ou critérios do produtor; secou sozinha; secou normal; secou naturalmente; vaca não deu leite etc.); Aborto após o nono mês de lactação ou sétimo mês de gestação, com início de nova lactação; Morte ou separação do bezerro; Doença, morte ou venda da vaca; Parto subseqüente, sem período seco; e Peitos perdidos por mastite, etc. No Brasil, poucas são as fazendas que realizam o controle leiteiro, enquanto nos países desenvolvidos a maioria delas o faz rotineiramente. É necessário que o controle seja implementado no maior número possível de fazendas, independentemente da raça ou grau de sangue do animal, devido à sua grande importância para o melhoramento animal e gerência das fazendas. Para obtenção higiênica do leite e manutenção da saúde do úbere da vaca, a linha de ordenha e a completa higiene das tetas e dos utensílios utilizados são condições indispensáveis, pois reduzem os índices de infecção nos rebanhos e possibilitam obter leite de boa qualidade. A ocorrência de mastite será diretamente ligada ao manejo correto da ordenha. Os cuidados higiênicos necessários só poderão ser tomados mediante participação efetiva de ordenhadores capacitados. Resultados de pesquisa nos Estados Unidos indicam que os rebanhos participantes do controle leiteiro oficial têm maior produtividade por vaca do que aqueles que não o executam, certamente devido ao retorno em informações que lhes possibilitam aplicar as vantagens do controle leiteiro. (Fonte: www.scotconsultoria.com.br) *Rogério Coan é zootecnista doutor em produção animal diretor da Coan Consultoria e coordenador da divisão técnica da Scot Consultoria.