UMA ANÁLISE DO PERFIL, CRESCIMENTO ECONÔMICO E IMPORTÂNCIA DA INDÚSTRIA METAL MECÂNICA CATARINENSE



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Transcrição:

UMA ANÁLISE DO PERFIL, CRESCIMENTO ECONÔMICO E IMPORTÂNCIA DA INDÚSTRIA METAL MECÂNICA CATARINENSE Milene Menezes Rampinelli (UFSC ) milenemr@hotmail.com Igor Nunes Rodrigues (UFSC ) igorrodrigues90@gmail.com Paulo Augusto Cauchick Miguel (UFSC ) cauchick@deps.ufsc.br A diversidade da economia catarinense apresenta polos industriais em diferentes regiões do estado. O setor metal mecânico, em grande parte na região nordeste, compreende um conjunto importante de empresas. Nesse contexto, o objetivo do pressente trabalho é realizar uma análise econômica desse setor com base na economia de Santa Catarina. O trabalho também destaca a origem do setor metal mecânico, sua caracterização, bem como sua representatividade. A fundamentação teórica aborda aspectos tais como o crescimento econômico e a balança comercial, além de um breve histórico do desenvolvimento do setor no estado. Dados secundários foram coletados de diversas fontes institucionais relevantes e analisados com relação ao desempenho em termos de exportações e importações, contribuição para a balança comercial, com o destaque para importância do setor nas exportações e no PIB nacional, que impulsionam o crescimento do estado. Palavras-chaves: economia, Santa Catarina, setor metal mecânico, engenharia de produção

1. Introdução O estado de Santa Catarina apresentou nos últimos anos um crescimento expressivo, baseado na integração competitiva de uma economia que se destaca pela diversificação, sustentada pelo espírito empreendedor, condições sociais e institucionais de alta qualidade e a valorização do capital humano (SEBRAE, 2010). Os setores mais representativos na economia podem ser observados de forma concentrada no território catarinense conforme ilustra a Figura 1. Figura1: Divisões regionais por setores industriais. Fonte: http://benitobonfatti.blogspot.com.br/ O setor metal mecânico abriga grandes empresas de destaque nacional e internacional que impulsionam o crescimento econômico do estado catarinense. De acordo com a FIESC (2011), no Brasil existem cerca de 78 mil estabelecimentos pertencentes ao complexo metal mecânico, o que equivale a 25% do total da indústria de transformação nacional. Além disso, o setor representa um terço do total de segmentos industriais e 35,2% do PIB industrial. Devido a representatividade desse setor, este trabalho objetiva analisar o setor metal mecânico Catarinense sob o ponto de vista econômico, a fim de analisar as condições de crescimento e destacar os pontos de maior importância e contribuição para o estado de Santa Catarina. 2

2. Fundamentação teórica Alguns economistas clássicos e Keynesianos discutem a idéia de crescimento econômico a partir de uma análise na indústria na qual o crescimento econômico é avaliado pela capacidade de gerar riquezas na forma qualitativa e não apenas quantitativa, como era defendido por vários autores no século XX (BORTOLUZZI, 2010). Quantitativamente podese avaliar o crescimento econômico através do aumento da capacidade produtiva da economia pela produção de bens e serviços, indicado pelo índice de crescimento anual do Produto Nacional Bruto (PNB), Produto Interno Bruto (PIB), pelo crescimento da força de trabalho, pela receita nacional e pelo grau de aperfeiçoamento tecnológico, uma vez que o crescimento econômico também está ligado a inovações tecnológicas. O PNB representa a quantidade de bens e serviços produzidos pelas organizações nacionais de um país num dado período de tempo, desconsiderando a produção estrangeira efetuada no território brasileiro. O PIB é um indicador macroeconômico que refere-se à produção efetuada no país, independentemente de ser realizada por empresas nacionais ou estrangeiras. Outro indicador relevante é a balança comercial que representa a diferença entre o valor de exportações e importações de um país considerando o valor conseguido com as vendas (exportações) menos o valor gasto nas compras (importações) de um país (VAZQUEZ, 1994). Existem diversos fatores que influenciam essa política de exportação e importação, tais como as barreiras alfandegárias, impostos sobre produtos importados, protecionismo às empresas nacionais, cotação das principais moedas mundiais, alta ou baixa no preço do produto em questão, dentre outros. 2.1. Instabilidade econômica do país A década de 80 foi considerada por muitos economistas como a década perdida. A instabilidade econômica do país impediu que a economia evoluísse da mesma maneira da década anterior antes. Com a inflação a níveis altos e vários planos econômicos que não resolviam a crise financeira, a indústria em geral não teve crescimento expressivo, e acompanhou a crise nacional, apenas cabendo aos proprietários de fábricas utilizarem estratégias para não fechar as portas de suas empresas. 3

Após um período de intensa crise econômica no país, que atingiu a todo, a implantação do Plano Real redirecionou a economia, que veio para aumentar o poder de compra do brasileiro depois de anos de inflações altas. No setor industrial havia ainda uma forte instabilidade devido ao próprio plano: câmbio valorizado e juros altos. Isso fez com que as importações de produtos fossem incentivadas e se tornassem muito maiores do que as exportações, em 4 anos de implantação do plano, as importações aumentaram 143% contra 37% das exportações no mesmo período; isso desequilibrou a balança comercial e nos anos de 1998 e 1999 o Brasil teve que pedir auxilio ao FMI a fim alinhar suas dívidas (BORTOLUZZI, 2010). Com uma dívida externa elevada, foi adotada uma nova política econômica para que aumentassem as exportações de produtos brasileiros, com a desvalorização do real frente a outras moedas. A Tabela 1 apresenta a relação câmbio real/dólar do período de 1995 até 2012. Tabela 1 Taxas de câmbio anuais praticadas no Brasil. Fonte: Banco Central Com a previsão de aquecimento do mercado, investidores passaram a enxergar o Brasil de outra forma e houve uma reestruturação em todos os setores industriais para vender produtos a clientes estrangeiros. Há de se notar que o câmbio real/dólar chegou a R$3,07 no ano de 2003, alavancando as exportações industriais. Já com a economia mais estabilizada, o valor para compra de dólar foi diminuindo. Apesar de hoje estar praticamente na mesma faixa do ano 2000, incentivando as importações, a economia só continuou a crescer até 2008 quando uma crise mundial econômica assolou o mundo. No entanto, o Brasil parecia não sentir as consequências, porém para as empresas exportadoras a crise chegou atrapalhando os planos de exportação. Os indicadores econômicos apresentados, bem como o contexto de instabilidade econômica, notadamente ocorrido mais recentemente em 2008, são importantes para a avaliação dos setores industriais tão como o metal mecânico, foco do presente estudo, destacado a seguir. 4

2.2. O setor metalmecânico Em meados dos anos 50, impulsionado pelo crescimento da indústria em São Paulo as autoridades catarinenses viram uma necessidade de incentivar o crescimento de indústrias de segmentos dinâmicos, tais como a cerâmica e a metal mecânica. Ao contrário dos outros setores, o setor metal mecânico não surgiu só da iniciativa privada. Segundo Bortoluzzi (2010), o governo foi o gestor para que isso ocorresse, financiando e investindo em infraestrutura, pois sem crédito, energia e transporte de qualidade não pode existir a indústria. Com esses auxílios pelo governo, as empresas têm contribuído para o desenvolvimento do estado, aumentando o nível de renda, gerando empregos e divisas internacionais. A consolidação do ramo metal mecânico que ocorreu décadas de 60 e 70. Nesse período ocorreram os maiores investimentos com o projeto nacional de industrialização e da direção administrativa tomada por empresas de pequeno e médio porte. Nessa época, o setor já estava concorrendo com o setor têxtil, que havia se expandido rapidamente na região do Vale do Itajaí. A década de 80 foi marcada pela baixa produtividade devido à crise econômica que se instalou no país. A partir dos anos 90, o ramo metal mecânico se mostrou cada vez mais consolidado, verificando-se um expressivo crescimento a partir de 2001, quando foram criados, de 2001 a 2008, 61.399 empregos (DIEESE, 2009), um aumento de 88,84%, devido à expansão desse segmento no mercado nacional (BORTOLUZZI, 2010). Segundo o SEBRAE (2010), algumas empresas de médio e grande porte do ramo metal mecânico já demonstravam taxas de crescimento mesmo em tempos de crise, mas foi a partir de 2000 que é possível notar que o setor vinha se expandindo até 2009, em função da recessão afetada pela crise financeira internacional. 2.2.1. Caracterização industrial do setor De acordo com Macedo e Campos (2001), um complexo metal mecânico engloba tanto as empresas que se destinam à produção e às transformações de metais, incluindo as empresas de bens e serviços intermediários como exemplo: fundições, forjarias, oficinas de corte, soldagem, etc., quanto os estabelecimentos destinados aos produtos finais tais como: bens de consumo, equipamentos, maquinaria, veículos e material de transporte. Segundo o SEBRAE 5

(2010), o setor considera as atividades econômicas de: metalurgia; fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos; fabricação de máquinas e equipamentos; fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias; e a fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores. A Comissão Nacional de Classificação (CONCLA) classifica as atividades nesses subsetores de acordo com a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) como sendo: a) Divisão 24 Metalurgia; b) Divisão 25 Fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos; c) Divisão 28 Fabricação de máquinas e equipamentos; d) Divisão 29 Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias; e) Divisão 30 Fabricação de outros veículos de transporte, exceto veículos automotores. A partir dos indicadores econômicos usados para análise e da caracterização do perfil do setor analisado, o item a seguir apresenta os métodos de pesquisa adotados no presente trabalho. 3. Métodos adotados Conforme Andrade (2005), um trabalho de pesquisa compreende um conjunto de procedimentos sistemáticos, baseado no raciocínio lógico, que tem por objeto encontrar soluções para problemas propostos, mediante a utilização de métodos de pesquisa. Para a realização do presente trabalho, foi conduzida uma fase exploratória sobre a economia de Santa Catarina, origem do setor metalmecânico, bem como sua caracterização e representatividade em Santa Catarina. Um trabalho de caráter exploratório é definida por Andrade (2005) como um dos primeiro passos, que tem por finalidade proporcionar uma maior compreensão sobre o tema tratado e facilitar a sua delimitação, constituindo assim uma fase preliminar ou preparatória. Para a fundamentação teórica, a bibliografia pertinente foi levantada, visando a compreensão do tema e desenvolvimento da análise. Segundo Gil (2002), o levantamento bibliográfico é desenvolvido com base em materiais já elaborados a fim de permitir ao investigador uma gama de opções maior do que ele poderia pesquisar diretamente. O desenvolvimento do trabalho caracteriza-se como descritivo, realizado com base na obtenção de dados secundários relacionados ao setor metal mecânico e economia Catarinense. 6

Neste tipo de abordagem, os fatos são registrados, analisados, classificados e interpretados pelos pesquisadores; quando se tem a finalidade de descrever uma realidade, sem nela interferir, tem-se então uma pesquisa de natureza descritiva (APPOLINÁRIO, 2006). 3.1. Tratamento e análise dos dados Dados secundários foram coletados de diversas fontes, tais como: Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Ministério do Desenvolvimento da Indústria e Comércio (MDIC), Serviço Brasileiro de Apoio às Pequenas e Micro Empresas (SEBRAE), dentre outros. Estes dados apresentam a realidade do setor estudado e o seu comportamento ao longo dos anos. A análise foi realizada por meio de análise de conteúdo, com base na literatura de referência. Esta análise foi realizada conforme a técnica analítico-dedutiva, que se segundo Martins (1994) refere-se a um conjunto de proposições particulares contidas em verdades universais partindo da premissa antecedente, uma verdade universal, e chegando ao conseqüente conhecimento particular. 4. Desenvolvimento da análise e resultados Comparando os dados de exportações e importações apresentados na Tabela 2, no ano de 2010 a balança comercial brasileira obteve um superávit de US$ 20,3 bilhões, com um crescimento de 32% nas exportações e cerca de 42% nas importações. Já em Santa Catarina o incremento nas exportações foi da ordem de 18%, e das importações na ordem de 64% obtendo um incremento mais substancial ante os 42% de acréscimo das importações brasileiras, o que não pode ser considerado como positivo. Tabela 2: Exportações e Importações brasileiras e catarinenses Jan-Dez/10 e Jan-Dez/09. Jan-Dez 2010 Jan-Dez 2009 Variação % Exportações US$ 1.000 FOB(A) US$ 1.000 FOB(B) (A/B) Brasil 201.915.285 152.994.743 31.98 Santa Catarina 7.582.027 6.427.661 17.96 Jan-Dez 2010 Jan-Dez 2009 Variação % Importações US$ 1.000 FOB(A) US$ 1.000 FOB(B) (A/B) Brasil 181.648.676 127.722.343 42.22 7

Santa Catarina 11.974.291 7.288.151 64.30 Fonte: elaborada pelos autores segundo os dados da FIESC (2011). Segundo a FIESC (2011), os números mostrados na Tabela 2 colocam Santa Catarina na décima posição dos maiores estados exportadores no Brasil, com uma participação de 3,76% nas exportações brasileiras em 2010 e o quinto lugar nas importações do mesmo período com a participação de 6,59%. Santa Catarina sempre esteve entre os principais estados participantes da balança comercial brasileira, seja com produtos importados ou exportados, fato que se deve a sua estrutura interna bastante diversificada (FIESC, 2011). A Tabela 3 apresenta o resultado as balança comercial Catarinense entre os anos de 1998 e 2010. Tabela 3: Balança comercial (US$ mil) catarinense de 2000 a 2010. Fonte: elaborada pelos autores segundo os dados do FIESC (2011) De 1998 a 2005 a balança comercial Catarinense apresentou um crescimento gradativo influenciado pela desvalorização cambial ocorrida em 1999. De acordo com Herllein Jr. E Kuhn (2005), o mercado externo desempenha papel relevante na dinâmica de crescimento estadual, que é explicado pela variação cambial. Períodos de câmbio desvalorizado, como ocorreu no início da década, favorecem o crescimento da atividade industrial, a desvalorização cambial, além de impulsionar as exportações contribuiu decisivamente para o aumento da competitividade das empresas regionais no mercado interno. No ano de 2009 o estado apresentou o pior saldo da balança comercial desde 1998 e no ano de 2010 apresentou um resultado imensamente inferior. Isso ocorreu devido ao grande volume de 8

importações que foram favorecidas novamente com a valorização do real frente ao dólar; houve um incremento dos 10 produtos mais comprados por Santa Catarina, entre eles: insumos laminados de ferro e aço (339,4%), policloreto de vinila (235,6%), fios de algodão (138,4%), polipropileno (111,6%), pneus novos (102,8%) e cátodos de cobre refinado (106%), segundo o Diário Catarinense (2012). 4.1. Contribuição metal mecânica na balança comercial nos diferentes setores de SC O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (BRASIL, 2011) apresentou os dados estatísticos da representação das importações e exportações dos quatro principais setores da economia catarinense entre os anos de 2000 e 2010. A Tabela 4 e Tabela 5 mostram uma oscilação na crescente colaboração metal mecânica, respectivamente, nas importações e exportações. Tabela 4: Participação percentual dos quatro principais setores nas importações catarinense. Fonte: elaborada segundo os dados do MDIC (BRASIL, 2011) Tabela 5: Participação percentual dos quatro principais setores nas exportações catarinense. 9

Fonte: elaborada pelos autores segundo os dados do MDIC (BRASIL, 2011) 4.2. Destinos das exportações e origem das importações O relatório anual do SEBRAE (2010) apresenta os principais países de destinos da exportações e origem das importações. Os países com representatividade acima de 1% são mostrados na Tabela 6 (exportações) e Tabela 7 (importações). Tabela 6 - Destino das exportações do setor metal mecânico catarinense - 2005-2009. 10

Fonte: elaborado pelos autores segundo dados do SEBRAE (2010). Tabela 7: Origem das importações catarinenses de produtos metal mecânicos - 2005-2009 Fonte: elaborado pelos autores segundo dados do SEBRAE, (2010). 4.3. A taxa de sobrevivência das empresas 11

A taxa de sobrevivência das empresas do setor metal mecânico pode ser observada pela consulta no relatório anual do Ministério do Trabalho e Emprego (BRASIL, 2009) que apresenta o número de empresas do setor, ao longo dos anos de 2000 a 2008, distribuído pelo tamanho das empresas. O critério para a classificação do tamanho das empresas se refere ao número de funcionários que a mesma possui. A Tabela 8 apresenta os dados das empresas entre 2000 e 2008. Tabela 8: Tamanho das empresas (por número de funcionários) em SC - período 2000-2008. Fonte: Elaborada segundo os dados obtidos do RAIS/MTE (BRASIL, 2009). 4.3. Evolução dos postos de trabalho Por meio da Tabela 8 também é possível verificar a quantidade dos postos de trabalho do setor ao longo dos anos. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (BRASIL, 2008), em relação ao setor de alimentos, têxtil e cerâmico, os dados mostram que nenhum destes segmentos apresentou comportamento decrescente e o setor metalmecânico se manteve, desde o ano 2000 o segundo maior empregador. A Tabela 9 apresenta o tamanho das empresas por setor industrial a partir do número de funcionários, mostrando que o metal mecânico fica abaixo apenas do setor têxtil. Tabela 9: Número de funcionários por setor em SC - período 2000-2008. 12

Fonte: elaborada pelos autores segundo os dados obtidos do RAIS/tem (BRASIL, 2009). A Tabela 10, elaborada a partir de dados do SEBRAE (2010), apresenta o saldo de admissões e desligamentos do setor metalmecânico entre os anos de 2007 e 2009. O setor metalmecânico indicado na tabela compreende: metalurgia e a fabricação de produtos de metal, fabricação de máquinas e equipamentos, fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias e fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores excluindo o subsetor de fabricação de máquinas, equipamentos e materiais elétricos. Tabela 10: Saldo de admissões e desligamentos do setor metal mecânico catarinense. Fonte: Elaborado a partir de dados do SEBRAE (2010) 4.4. Remuneração setorial A Tabela 11 apresenta a remuneração média e a comparação entre os anos de 2010 e 2011. Segundo o recorte setorial, verifica-se que, dentre os oito setores de atividade econômica, todos registraram aumentos reais nas remunerações médias em 2011. Tabela 11: Remunerações (em reais) médias por setor e subsetor. 13

Fonte: elaborada pelos autores segundo dados de Bortoluzzi (2010). 4.5. Capacitação visando o impulsionamento tecnológico No ano de 2010, o SEBRAE de Santa Catarina realizou o levantamento da oferta de cursos de formação de mão de obra sinérgicos ao setor avaliou a disponibilidade de cursos presenciais de graduação e técnicos profissionalizantes. Segundo dados do Ministério da Educação (BRASIL, 2010), Santa Catarina conta com 84 cursos presenciais de graduação e 75 cursos técnicos sinérgicos ao metal mecânico. 4.6. Participação no PIB Segundo a FIESC (2011), o Brasil tem aproximadamente 5.600 cidades e as 100 maiores são responsáveis por cerca de 55% do PIB nacional. No que diz respeito ao PIB industrial per capita, Santa Catarina apresenta um valor ligeiramente superior a grandes estados brasileiros como São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro, isso será mostrado no Figura 1 para o ano de 2008. 14

Figura 1: Estados com maiores PIB industriais per capita (2008). Fonte: FIESC (2011). De acordo com a FIESC (2011), o que alavancou o PIB de 2008 foram as cidades que se encontram na região na região nordeste além da capital, o que pode ser demonstrado pelos dados apresentados na Tabela 12 no qual indica o município de Joinville com o maior PIB do estado, ou seja, é a que mais produz bens e serviços através das grandes empresas industriais que estão instaladas na cidade. Tabela 12: Municípios catarinenses com maiores valores de PIB total em 2007 e 2008. Fonte: FIESC (2011). 15

O principal indicador de que o setor metal mecânico é relevante para a economia do estado é o de análise da balança comercial. A Figura 2 confronta o número de importações e exportações. Figura 2 Comportamento das importações e exportações catarinenses nos anos 2000 a 2010. Fonte: elaborado pelos autores segundo dados do FIESC (2010). O volume de importações vem ultrapassando o de exportações desde o ano de 2009, Mantendo-se as políticas cambiais e políticas externas, sua tendência é de aumentar, a não ser que o país consiga produzir seus próprios insumos para a produção em futuro distante. No momento, o setor ainda apresenta-se dependente dos países mais industrializados. Pode-se comparar o gráfico 2 da Figura 2 com o valores apresentados na Figura 3 sobre o setor metal mecânico nos períodos de 2005 a 2009. Figura 3 Comportamento das exportações e importações do setor metal mecânico. 16

Fonte: elaborado pelos autores segundo dados do SEBRAE (2010). Mesmo considerando que os gráficos das Figuras 2 e 3 estejam com escalas temporais, é possível constatar que o setor é de fato relevante para a balança comercial do estado, tomando como exemplo o ano de 2008. O nível de exportações daquele ano foi pouco mais de US$ 8 milhões. Para o mesmo ano, o setor metalmecânico exportou quase US$ 2 milhões, o que representa 22,5%, dadas as variadas vertentes econômicas que Santa Catarina possui. Outros fatores que beneficiaram as importações principalmente depois de 2007, foram as taxas de juros elevadas, que tinham como objetivo o controle da inflação, e, a entrada de capital externo através de IED (Investimento Estrangeiro Direto), isso determinou a valorização do real perante o dólar, fazendo com que as importações fossem maiores que as exportações. Observando o comportamento das exportações dos últimos anos, antes da crise de 2008, podese afirmar que a tendência das exportações é crescente a medida que a economia internacional se recupera, dados os investimentos que empresas de grande porte estão aplicando para aumento da capacidade produtiva. Segundo o SEBRAE (2010), em 2009, os Estados Unidos, a Argentina e o México foram os principais países de destino das exportações dos produtos metais mecânicos de Santa Catarina. Juntos, estes países representaram 39,4% do volume das exportações do setor. No mesmo ano, a China com 43,2% foi o principal país de origem das importações do setor, seguido pelos Estados Unidos 8,8% e pela Alemanha com 8,6%. 5. Conclusões 17

Ao longo do período analisado o segmento apresentou comportamento decrescente apenas no período de recessão causado pela crise financeira de 2008, o que é um fator positivo, pois o crescimento da economia é de suma importância para a sociedade, com a distribuição de renda acompanhando o crescimento da economia a qualidade de vida das pessoas tende a aumentar. O desafio é dar suporte para que a economia cresça a longo prazo, que consiste em investir em infra-estrutura, facilitar as regras do ambiente de negócios e distribuir renda. A engenharia de produção exerce um papel importante nesse contexto. Com relação aos efeitos da valorização do real nas exportações, as empresas relatam que a valorização ocorrida em 2010 repercutiu em suas exportações. Para muitas dessas empresas, a consequência mais grave com a desvalorização do dólar foi a redução da competitividade em mercados externos assim como a obrigação de aumentar o preço das exportações e repassar os custos da situação cambial desfavorável para seus clientes. Este fato repercutiu no setor industrial estudado. Quanto a participação no PIB, os números mostram que o setor vem tendo uma participação importante e tem contribuído mesmo em tempos de crise. Cabe ressaltar que outros setores da economia catarinense têm apresentado crescimento como, por exemplo, o setor moveleiro. Como trabalho futuro uma análise desse setor será realizada. REFERÊNCIAS ANDRADE, M.M. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico: Elaboração de Trabalhos na Graduação. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2005. APPOLINARIO, F. Metodologia da Ciência: Filosofia e Prática da Pesquisa. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006. BORTOLUZZI, C.A. O Comportamento da Indústria Catarinense a partir dos Resultados da Balança Comercial entre 2000-2008. Monografia Universidade Comunitária da Região de Chapecó -UNOCHAPECÓ, Chapecó, SC, 2010. BRASIL. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Secretaria de Comércio Exterior. Balança Comercial Brasileira municípios, 2011. Disponível em <http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/index.php?area=5>. Acesso em 10/12/12. BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. PIB dos Municípios, 2009. Disponível em <http://www.ibge.gov.br/servidor_arquivos_est/>. Acesso em 10/12/12. 18

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