AUTOMAÇÃO DE UNIDADES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA AVANÇO TÉCNOLÓGICO E REDUÇÃO DE GASTOS



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Transcrição:

AUTOMAÇÃO DE UNIDADES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA AVANÇO TÉCNOLÓGICO E REDUÇÃO DE GASTOS ITALIANO, W. L. Secretário Interino de Obras e Serviços Públicos, Engenheiro Civil (DeCiv UFSCar), Mestre em Arquitetura e Urbanismo (EESC USP), cursa especialização em Administração (FUNDACE FEARP/USP). NOZAKI, A. K. Secretário de Finanças da Prefeitura Municipal de Jaboticabal, bacharelando em Ciências Econômicas (FEARP- USP). NOZAKI, V. T.* Presidente do SAAEJ Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Jaboticabal, bacharelando em Ciências Econômicas (FEARP USP). HOJAIJ, A. Biomédico (Faculdade Barão de Mauá), Especialização em Engenharia do Saneamento Básico (DECIV UFSCar). Atua na área de Tratamento de Água. SARGI, J. M. Encarregado do Setor de Recursos Humanos do SAAEJ Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Jaboticabal. Endereço para correspondência: SAAEJ Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Jaboticabal, Rua Monte Alto, 345 bairro Santa Mônica Cidade de Jaboticabal, Estado de São Paulo, CEP 14871-570, e-mail: saaej@saaej.sp.gov.br Palavras-chave: automação, recursos financeiros. Equipamentos para Apresentação: Projetor Multimídia com computador * Apresentador do Trabalho

RESUMO Todo o serviço prestado à população seja da administração pública ou privada sempre busca otimizar as suas atividades, mas também oferecendo serviços de qualidade. Assim, o SAAEJ em busca desses objetivos, realizou a automação de reservatórios, visando um melhor controle técnico e operacional e também uma redução de custos, tendo em vista a não necessidade de funcionários para operá-lo diretamente. INTRODUÇÃO O SAAEJ Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Jaboticabal no ano de 2003 realizou a construção de um reservatório de 2.500 m³ de água e a automação do mesmo e de um outro reservatório de capacidade de 500 m³ no mesmo local (Bairro Alto), tudo isso com recursos do Governo Federal (Programa Morar Melhor). O projeto de automação consistiu basicamente em operar os dois reservatórios, ou seja, uma capacidade total de 3.000 m³ de reservação de água, em todas as suas necessidades e com o maior número possível de informações do Centro de Operação, que fica na ETA - Estação de Tratamento de Água, em uma distância de 10 km. A conexão entre os reservatórios e a ETA (Centro de Operação) é realizada por meio de radio freqüência (antenas), sendo tudo controlado e operado por um micro computador. Foram instalados sensores nos reservatórios que medem nível dos mesmos, vazão de entrada e saída, tempo de utilização do conjunto moto-bomba, situação dos painéis elétricos, bem como sensores de invasão do local. Foi ainda implantado um sistema (software) para a operação dos reservatórios, com isso é possível realizar o desligamento ou ligamento das bombas, abertura ou fechamento de válvulas. O sistema ainda foi desenvolvido de acordo com as necessidades de operação do SAAEJ, contendo as informações mais importantes e difíceis de serem obtidas em um sistema não informatizado. Portanto a composição de todo o sistema resume-se a sensores, transmissores, modem, antenas e um software. Todo o serviço foi executado pela empresa Taquions Nor Automação Industrial Ltda do município de Sertãozinho/SP. OBJETIVOS O objetivo do presente trabalho é apresentar os resultados obtidos com a automação de dois reservatórios de água, com capacidades de 2.500 e 500 m³ no município de Jaboticabal. Demonstrando que há a permanente necessidade de investir em tecnologia para melhorar a qualidade dos serviços públicos prestados para a população. Sendo focalizada a vantagem obtida de redução de gastos com o quadro de pessoal da Autarquia, reduzindo assim gastos com folha de pagamento e também a melhoria da qualidade das informações sobre o comportamento do consumo de água na região atendida pelos reservatórios. METODOLOGIA O SAAEJ Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Jaboticabal no ano de 2003 realizou a construção de um reservatório de 2.500 m³ de água e a automação do mesmo e de um outro reservatório de capacidade de 500 m³ no mesmo local (Bairro Alto), tudo isso com recursos do Governo Federal (Programa Morar Melhor). O projeto de automação consistiu basicamente em operar os dois reservatórios, ou seja, uma capacidade total de 3.000 m³ de reservação de água, em todas as suas necessidades e com o maior número possível de informações do Centro de Operação, que fica na ETA - Estação de Tratamento de Água, em uma distância de 10 km.

A conexão entre os reservatórios e a ETA (Centro de Operação) é realizada por meio de radio freqüência (antenas), sendo tudo controlado e operado por um micro computador. Foram instalados sensores nos reservatórios que medem nível dos mesmos, vazão de entrada e saída, tempo de utilização do conjunto moto-bomba, situação dos painéis elétricos, bem como sensores de invasão do local. Foi ainda implantado um sistema (software) para a operação dos reservatórios, com isso é possível realizar o desligamento ou ligamento das bombas, abertura ou fechamento de válvulas. O sistema ainda foi desenvolvido de acordo com as necessidades de operação do SAAEJ, contendo as informações mais importantes e difíceis de serem obtidas em um sistema não informatizado. Portanto a composição de todo o sistema resume-se a sensores, transmissores, modem, antenas e um software. RESULTADOS Os resultados obtidos com a automação dos reservatórios podem ser resumidos em dois pontos, um relacionado com a melhoria técnica, que permitiu a Autarquia o levantamento de importantes informações sobre as características do sistema de abastecimento de água na região estudada, possibilitando a sua otimização e outra financeira, que promoveu uma redução de gasto com folha de pagamento. 1 Melhoria Técnica Com a automação dos reservatórios todas as ações que os envolve, são agora realizadas pelo micro computador, sendo tudo registrado e controlado da forma mais precisa possível. Com isso, muitas análises que eram anteriormente realizadas por uma suposição do pessoal de manutenção, agora são apontadas pelo software que opera os reservatórios. Esse software foi desenvolvido especialmente para as necessidades de operação do SAAEJ, contando com uma gama variada de informações de alta precisão, como controle de nível dos reservatórios, vazão da entrada e saída dos reservatórios, tempo de utilização dos conjuntos moto-bomba, situação do conjunto elétrico, segurança do local (quanto a possíveis invasores na área dos reservatórios) dentre outros, tudo isso é acompanhado 24 (vinte e quatro) horas por dia, o ano todo. É possível a operação automática dos reservatórios, ou seja, o software comanda tudo, desde o momento ideal para acionamento das bombas, fechamento ou abertura de válvulas (para redirecionamento de água para uma determinada região), tudo de acordo com a demanda de água na região que os reservatórios abastecem, sendo as operações registradas no programa, para analise posteriores dos técnicos de tratamento. Quando ocorre alguma anomalia no sistema, o mesmo informa imediatamente os operadores da ETA através de um sinal visual e sonoro, sendo também registrado para segurança das informações, demonstrando ainda, como o operador solucionou o problema. Em casos em alguns casos, os operadores podem operá-los manualmente pelo computador, ou em casos extremos, uma equipe é descolada aos reservatórios e toda a operação passa a ser manual realmente, o que dificilmente ocorre. Com essa gama imensa de informações foi possível correções de erros na operação dos reservatórios, pois hoje é possível auferir o consumo real imediato de água na região, dimensionando a quantidade de água necessária de reservação e o tempo ideal e horário para acionamento dos conjuntos moto-bomba, visando uma redução de consumo de energia.

Além disso, foi possível também, promover um plano cronológico ideal de manutenção dos equipamentos, pois sabe-se o tempo verdadeiro de funcionamento dos mesmos, evitando desgastes prematuros, o que evita gastos demasiados e problemas de abastecimento. Os investimentos para a automação dos reservatórios no ano de 2003, contabilizando tudo o que foi necessário, desde equipamentos como sensores, modem de comunicação, antenas, micro computador, softwares, alterações no painel elétrico, válvulas especiais, mão-de-obra técnica especializada e treinamento para os operadores da estação de tratamento de água foram da ordem de R$74.500,00. 2 Financeira: Com a automação dos dois reservatórios, foi possível um remanejamento de funcionários pelo Setor de Recursos Humanos da Autarquia, em detrimento de contratação de novos funcionários, o que oneraria mais ainda a folha de pagamento, pois, ocorreu à aposentadoria de vários funcionários, além da implantação de um novo sistema de captação de água (poço) que demandou recursos humanos para a sua operação. Dessa forma o SAAEJ após a automação remanejou 5 (cinco) funcionários que trabalhavam no reservatório do Bairro Alto, para outras funções ou locais de trabalho. O trabalho anteriormente realizado pelos operadores era de certa forma simples, porém de fundamental importância para o bom desempenho do sistema de abastecimento de água. Eles ficavam em comunicação com a ETA através de radio amador ou telefone e realizavam todas as operações que hoje são realizadas pelo novo sistema de automação de forma manual, ou seja, liga e desliga das bombas, abertura e fechamento de válvulas e marcação de forma manual do comportamento ao longo do dia dos reservatórios. Como a operação dos reservatórios era realizada durante 24 (vinte e quatro) horas por dia, durante o ano todo, os funcionários trabalhavam em regime de escala, o que para eles é desagradável e também a um custo financeiro elevado para a Autarquia. Para exemplo de ilustração, o custo dos doze meses anteriores à automação dos reservatórios foi de R$72.953,31, incluído todos os benefícios que os funcionários receberam. CONCLUSÕES Após a experiência da automação realizada com êxito pelo SAAEJ, foi possível verificar e comprovar a necessidade de que o projeto seja estendido à todas as demais unidades de abastecimento de água da Autarquia, como aos demais reservatórios, poços artesianos, bombas de recalque, drenos e até mesmo a captação de água do Córrego Rico. Isso porque, as vantagens técnicas de operação dos reservatórios automatizados são enormes, com informações precisas, de forma imediata e de difícil obtenção em um sistema convencional, o que possibilita uma rápida tomada de decisão em momentos críticos. Outra enorme vantagem da automação é retratada em redução de gastos com folha de pagamento, que hoje, vem sendo uma constante busca não só por serviços autônomos, mas em toda a máquina pública (em virtude da Lei de Responsabilidade Fiscal), assim, podemos apurar que os vencimentos dos funcionários durante doze meses anteriores à automação, seriam tecnicamente suficientes para financiar o projeto de automação no SAAEJ.

Porém no caso do SAAEJ os funcionários foram remanejados para outros locais de trabalho que demandavam mão-de-obra, o que foi evitado foi a realização de novas contratações. O SAAEJ já encaminhou vários projetos de automação das outras unidades de abastecimento que possui ao Ministério das Cidades, aguardando apenas a liberação de recursos para colocá-los em prática. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BORSOI, Zilda Maria Ferrão. Serviços de Saneamento Básico Níveis de Atendimento. Informe Infra-Estrutura. Rio de Janeiro: BNDES/Área de Projetos de Infra-Estrutura, n. 8, mar. 1996. Setor de Saneamento Rumos Adotados. Informe Infra-Estrutura. Rio de Janeiro: BNDES/Área de Projetos de Infra-Estrutura, n. 20, jun. 1998. Saneamento: O Objetivo é a Eficiência. Informe Infra-Estrutura. Rio de Janeiro: BNDES/Área de Projetos de Infra-Estrutura, n. 23, jun. 1998. Fotografia da Participação Privada no Setor de Saneamento (JUN/99). Informe Infra-Estrutura. Rio de Janeiro: BNDES/Área de Projetos de Infra-Estrutura, n. 32, jun. 1999. Lei Complementar nº 101 Lei de Responsabilidade Fiscal. MOREIRA, Terezinha. Saneamento Básico: Desafios e Oportunidades. Revista do BNDES. Rio de Janeiro: dez. 1996. A hora e a vez do saneamento. Revista do BNDES. Rio de Janeiro: dez. 1998 BNDES 50 anos Histórias Setoriais: a Infra-Estrutura Urbana. Revista do BNDES. Rio de Janeiro: dez. 2002. TAQUIONS NOR AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL, Manual de Operação, Rua Silo Simões, 373 Vila Industrial, Sertãozinho/SP. TUROLLA, Frederico A. Política de Saneamento Básico: Avanços Recentes e Opções Futuras de Políticas Públicas. IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão. Brasília: dez. 2002. ANEXO A - REGISTRO FOTOGRÁFICO Foto 1 Centro de Controle da Automação

Foto 2 - Fachada do Reservatório Foto 3 - Fachada do Novo Reservatório (2.500m³) Foto 4 - Fachada do Antigo Reservatório (500m³) ANEXO B SISTEMA DE OPERAÇÃO

Ilustração 1 Aparência Geral do Sistema