ID:1403 QUALIDADE DE VIDA NOS PORTADORES DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA E CARDIOPATIA CHAGÁSICA. Barros Correia, Cassandra; Silva, Fernando Leonel; Martins martins, Ivani; Matos Matos, Patricia; Urbano Urbano, Jéssica; Soares Siqueira, Renata et al. Brasil RESUMO A insuficiência cardíaca (IC) é uma das principais causas de morbimortalidade em todo o mundo, Ela é definida como disfunção cardíaca que ocasiona inadequado suprimento sanguíneo e a doença de chagas é causada pelo Trypanossoma Cruzi, transmitido para humanos pelo inseto triatomídeo, transfusão de sangue, contaminação oral ou de forma congênita. A Organização Mundial da Saúde define a qualidade de vida como a percepção que o indivíduo tem da sua vida, considerando seu contexto cultural, seus valores e seus sentimentos, expectativas e necessidades. Submetido e aprovado pelo comitê de ética em pesquisa com seres humanos, realiza atividades ambulatoriais e oficinas mensais supervisionadas no PROCAP- Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco UPE, com pacientes atendidos no Ambulatório de doença de Chagas e Insuficiência cardíaca. Onde os acadêmicos de fisioterapia e enfermagem participam do atendimento ambulatorial e de oficinas mensais, que visam preparar melhor os pacientes e alunos à lidar com os desafios da enfermidade limitante. Aumento da participação dos pacientes nas reuniões, melhoria no auto cuidado, aumento do nível de conhecimento dos pacientes a respeito da sua patologia, capacitação do corpo discente no sentido de ver o outro como um ser inteiro, conscientização, mudança do estilo de vida, o resgate do bem estar (físico e psíquico) e do estímulo às práticas saudáveis que é fundamental para melhoria da qualidade de vida e resgate da cidadania. INTRODUÇÃO O Projeto Saúde Integral estimula práticas saudáveis como alimentação adequada, equilibro emocional no ambiente familiar, social e profissional, a prática atividade física supervisionada e, sobretudo, a valorização do sistema de crenças estimulando o envolvimento espiritual com respeito às diferenças. Integrar os cuidados ambulatoriais às percepções psicoemocionais é o desafio proposto, buscando assim compreender o papel da espiritualidade como fator relacionado à qualidade de vida em indivíduos submetidos a um programa de intervenção humanística e global.
OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Desenvolver um programa de análise e intervenção a saúde visando melhorar qualidade de vida e avaliar do impacto da espiritualidade sobre a saúde. 2.2 OBJETIV OS ESPECÍFICOS Promover ações em grupo que estimulem práticas saudáveis para redução do risco cardiovascular; Realizar atividades ambulatoriais supervisionadas ampliando os conteúdos sobre cardiopatia chagásica e insuficiência cardíaca; Realizar atividades ambulatoriais supervisionadas sobre o manejo clínico, tratamento medicamentoso e não medicamentoso; Realizar estudo piloto sobre o impacto da espiritualidade sobre o portador de cardiopatia; METODOLOGIA As atividades são desenvolvidas em dois momentos: o primeiro no ambulatório de doença de Chagas e Insuficiência Cardíaca onde os estagiários acompanham o atendimento e, o segundo durante as oficinas mensais onde são partilhados temas abrangentes de promoção à saúde. Os facilitadores são os integrantes do projeto e palestrantes convidados; A pesquisa será aplicada através de questionário após a aprovação no comitê de ética em pesquisa; RESULTADOS ALCANÇADOS ATÉ O MOMENTO As atividades desenvolvidas neste semestre foram elaboradas na premissa da visão integrativa da medicina e da multidisciplinaridade, para tanto, desde a seleção dos estagiários dos cursos de enfermagem e fisioterapia, percebemos a importância do comprometimento com o projeto, estimulamos os candidatos ao estágio à participação nas atividades de assistência e elaboração das oficinas. Após a seleção da equipe realizamos a apresentação do projeto do Ambulatório de Doença de Chagas, existente há 28 anos, resgatando a memória, compartilhando os desafios, conquistas, produção científica e acervo humano. Através do contato com os pacientes durante os atendimentos e oficinas observamos o desempenho desta nova equipe junto aos pacientes, onde são realizadas orientações supervisionadas sobre o tratamento não medicamentoso para doença de Chagas e Insuficiência Cardíaca. Neste aspecto, o projeto cresce, pois há uma interação proveitosa entre a equipe e o grupo de pacientes.
Nas reuniões para estudo de caso clínico temos a oportunidade de realizar um momento para estudo teórico e, posteriormente, a apresentação do paciente para a equipe integrando a prática ao estudo teórico na perspectiva da humanização. A avaliação da equipe é feita semanalmente, considerando assiduidade, estudo, comprometimento e a iniciativa. Introduzimos temas como humanização em saúde, espiritualidade e saúde, promovendo uma verdadeira revolução nos encontros com os pacientes e na elaboração de projetos transversais com a equipe. Todos os participantes receberam aulas sobre insuficiência cardíaca e Doença de Chagas, temos uma sala que reflete o projeto na clinica-escola da ESTÁCIO - Recife para os atendimentos, discussão e entrevistas. O projeto Saúde Integral renova-se a cada semestre ampliando o leque de conteúdos e contextualizando-os aos acontecimentos contemporâneos para serem vivenciados pela equipe, contamos com um site moderno e participativo (memoriasdocoracao.com). Finalizamos o relatório como se o tivéssemos iniciando, pois estamos em movimento contínuo agregando novas parcerias ao projeto. PRINCIPAIS DIFICULDADES ENCONTRADAS PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO Literatura restrita relacionada à proposta construída. O trabalho é praticamente piloto do ponto de vista científico; Dificuldade na adequação da entre agenda dos docentes e as atividades acadêmicas do corpo discente. As atividades são realizadas a partir de critérios e protocolos, A maioria dos integrantes participou das aulas, oficinas, contribuindo para organização das oficinas satisfatoriamente. As estagiárias participam das atividades no PROCAPE obedecendo a rodízio semanal demonstrando interesse e envolvimento estando supervisionadas pela coordenação do projeto.
Equipe discente do projeto Saúde Integral 2014 Segunda oficina, tema: O poder da comunicação em Saúde.
Oficina da Saúde Integral facilitada por Julieta Cris tina tendo como te ma O poder da palavra na comunicação e m Saúde Equipe do Projeto Saúde Integral com a presença de Luzinete Car valho, primeira presidente da Associação dos Portadores de Doença de Chagas e Insuficiência Cardíaca - APDCIM Primeira oficina de 2014 do Projeto Saúde Integral c om os portadores de Doença de Chagas e Insuficiência Cardíaca no HUO C.
Memori as do coração.com (Site do Projeto) Site do projeto CONCLUSÃO Através do acompanhamento dos pacientes, percebemos que o enfrentamento da cronicidade e suas repercussões através de um programa de assistência integral ao portador de cardiopatia chagásica crônica e/ou insuficiência cardíaca através da conscientização, da mudança do estilo de vida, do resgate do bem estar (físico e psíquico) e do estímulo às práticas saudáveis é fundamental para melhoria da qualidade de vida e resgate da cidadania. Quando consideramos o tratamento não farmacológico observamos a importância da preparação do profissional de saúde a fim de reduzir o impacto de enfermidade repercutindo na redução das internações frequentes e agravamento do se quadro clínico. Concluímos que esta experiência é transformadora para mudança do paradigma junto ao corpo discente de enfermagem e fisioterapia. REFERÊNCIAS 1. Van Tol BAFV, Huijsmans RJ, Kroon DW, Schothorst M, Kwakkel G. Effects of exercise training on cardiac performance, exercise capacity and quality of life in patients with heart failure: a meta-analysis Eur J Heart Fail. 2006; 8 (8): 841-50.
2. Curtis LH, Whellan DJ, Hammill BG, Hernandez AF, Anstrom KJ, Shea AM, et al. Incidence and prevalence of heart failure in elderly persons, 1994-2003. Arch Intern Med. 2008; 168 (4): 418-24. 3. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA: Atualização das diretriz Brasileira de insuficiência cardíaca crônica.issn-0066-782x Volume 98, Nº 1, Supl.1, Janeiro 2012 4. The World Health Organization Quality of Life assessment (WHOQOL): position paper from the World Health Organization. Soc Sci Med. 1995; 41(10): 1403-9. 5. Krumholz HM, Amatruda J, Smith GL, Mattera JA, Roumanis SA, Radford MJ, et al. Randomized trial of an education and support intervention to prevent readmission of patients with heart failure. J Am Coll Cardiol 2002;39:83-9.