INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA - IFSC DEPARTAMENTO ACEDEMICO DE SAÚDE E SERVIÇO - DASS CURSO TÉCNICO DE METEOROLOGIA PROJETO INTEGRADOR - MODULO I José Rodrigo Tayani Vieira Tayara Tavares Thays Pereira ORIENTADOR: DANIEL CALEARO A INTERPRETAÇÃO DOS TERMOS TÉCNICOS UTILIZADOS NA METEOROLOGIA FLORIANÓPOLIS, NOVEMBRO DE 2012
Dedicamos este trabalho aos nossos familiares que sempre nos apoiaram nos estudos. A nossos colegas de classe, e a todos os professores que contribuíram muito para a formação deste trabalho, em especial nosso orientador Daniel Calearo pela dedicação.
Agradecimentos Agradecemos aos nossos familiares pelo apoio dado. A todos os professores do curso em especial ao professor orientador Daniel Calearo que sempre se dispôs a nos ajudar em seus horários livres, e pela paciência nas orientações podendo ser concluída nossa monografia. A todas as pessoas entrevistadas que se disponibilizaram para responderem nosso questionário.
Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade. Confúcio
RESUMO Para saber se os termos técnicos meteorológicos são bem interpretados pelo público analisaremos um questionário aplicado em Florianópolis com pessoas de várias idades e de graus de instruções diferentes. Nesta análise iremos verificar os termos que são mais ou menos utilizados, se a forma de transmitir as mensagens são claras, se as formas de compreensão são adequadas, além de verificar se foram introduzidos novos termos. Mostraremos como a meteorologia é vista pela população, e como a mídia passa a previsão meteorológica, sendo que para um bom entendimento é preciso de uma boa comunicação. E por fim, a evolução meteorológica no Brasil, que se deu principalmente a partir do El Niño, em 1983. Palavras chave: Meteorologia, público, compreensão, mídia, comunicação.
LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 Importância da previsão do tempo em suas tarefas dia...10 FIGURA 2 Frequência que acompanha a previsão do tempo...11 FIGURA 3 Meio de comunicação em que há melhor compreensão...12 FIGURA 4 Grau de confiança no meio de comunicação...12 FIGURA 5 Entendimento do termo Pancada de Chuva...13 FIGURA 6 Entendimento do termo Frente Fria...14 FIGURA 7 Entendimento do termo Céu parcialmente nublado...15 FIGURA 8 Fenômeno que causa mais medo...15 FIGURA 9 Entendimento do termo Tempo instável...16 FIGURA 10 Entendimento do termo Temperatura Estável...17 FIGURA 11 Primeira providência tomada em caso de emergência...17 FIGURA 12 a- Entendimento de ícone meteorológico... 18 FIGURA 12 b- Entendimento de ícone meteorológico...19 FIGURA 12 c- Entendimento do ícone meteorológico...19 FIGURA 12 d- Entendimento do ícone meteorológico...20
SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 04 1.1 Justificativa... 05 1.2 Objetivos... 05 1.2.1 Objetivo geral... 05 1.2.2 Objetivos específicos... 05 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA... 06 3 METODOLOGIA... 10 4 CONCLUSÃO... 23 5 ANEXO A PESQUISA POPULAR... 24 6 REFERÊNCIAS... 31
1. INTRODUÇÃO As pessoas têm diferentes motivos para buscar informações meteorológicas. Desde uma catadora de lixo a um exportador de produtos agrícolas, que podem fazer uso das previsões meteorológicas, um para poder coletar a matéria prima para reciclar e o outro com vistas no lucro da colheita para seus negócios, isso, por causa da evolução da meteorologia, com a criação e ampliação de centros meteorológicos pelo Brasil, tanto na área privada como em órgãos ligados ao governo, gerando previsões com maior qualidade e maior grau de acerto. Com a evolução da meteorologia, novas ferramentas de trabalho se tornaram disponíveis nestes últimos anos, tanto na área especializada em previsão de tempo, como também produtos gráficos de qualidade muito melhor, o que impulsionou o crescimento da meteorologia na mídia, sendo que nos dias de hoje há meteorologistas e técnicos em meteorologia nas grandes empresas de mídia, o que gera uma confiabilidade do público em relação ao produto apresentado. Nessa linha, os profissionais de meteorologia precisam se qualificar para atuar nos meios de comunicação, tanto que hoje em dia as graduações em meteorologia possuem disciplinas específicas para preparar o futuro profissional para este ramo de atuação. Sendo assim este trabalho é uma atualização do projeto integradormódulo1: (DOMINGOS, Anderson Rodrigues et al. Pesquisa popular sobre termos técnicos da meteorologia, 2006), o qual procura pesquisar as mudanças e evoluções dos termos utilizados para passar as informações meteorológicas nos dias atuais, sendo baseado em um questionário distribuído para 100 pessoas de Florianópolis - Santa Catarina, no qual foram respondidas 12 questões de múltipla escolha, cujo resultado demonstrará o que ainda falta para o público entender as notícias meteorológicas.
1.1 Justificativa Apesar da meteorologia ter evoluído, ainda se observa uma grande incerteza e certa desconfiança quanto aos produtos meteorológicos, que são disponibilizados ao público. Um dos grandes gargalos neste assunto, trata-se de como e de que forma o público compreende a terminologia usada pelos centros meteorológicos e pelos produtos divulgados na mídia, o que pode resultar em rejeição ao produto previsão de tempo. Nesse intuito, este trabalho se desenvolve com a finalidade de entender se os termos técnicos utilizados para transmitir as notícias meteorológicas estão sendo interpretados de forma correta pelo público. 1.2 Objetivos 1.2.1 Objetivo geral Identificar se os termos técnicos utilizados para transmitir as notícias meteorológicas estão sendo interpretadas de forma correta pelo público. 1.2.2 Objetivos específicos Os objetivos específicos desse trabalho são: a) analisar os termos usados com frequência; b) verificar se as formas de compreensão são adequadas; c) verificar se a forma de transmitir as mensagens são claras; d) verificar se foram introduzidos novos termos.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA As mudanças climáticas, como por exemplo, a mudança de temperatura, tem efeitos significativos para a sociedade, gerando incertezas e desafios para a sustentabilidade do planeta. Isso deve ser observado não só como resultados de dados colhidos ou de observações científicas para se terem registros ou aperfeiçoar conhecimento na área, mas também interagindo com outras áreas, dando destaque à comunicação social. É fundamental ter-se uma mídia capacitada que seja capaz de transmitir à sociedade notícias de uma maneira que seja fácil de todos entenderem. Os órgãos públicos em meteorologia são os principais responsáveis por essas informações científicas sobre as previsões de tempo e clima, essas informações são repassadas para a mídia, que passa para a sociedade. E só a partir do final da década de 1960 que o Brasil começou a fazer previsões meteorológicas, que até hoje são passadas diariamente nos telejornais, além de jornais impressos e internet, por exemplo. No Brasil a meteorologia só ganhou mais espaço depois da ocorrência do El Niño, (DORNELLES, INPE). Esse fenômeno já era conhecido pelos cientistas há mais de 30 anos, mas no Brasil só foi divulgado a partir de 1983. Quando o Brasil começou a se interessar pela meteorologia as previsões eram mais difíceis de serem feitas, pois não tinham ferramentas adequadas como os que se têm hoje, as previsões tinham um grande índice de erro, sendo que hoje pode-se ter previsões de cinco dias ou mais de antecedência, o que no início da atuação da meteorologia no Brasil não se sabia nem ao certo o que poderia acontecer durante um dia inteiro (RAMOS, Mídia e previsão do tempo, p. 8). Com o passar dos anos a meteorologia evoluiu, e hoje existem melhores recursos, melhores equipamentos, imagem satélites, e muitos outros fatores que ajudam a ter uma melhor previsão. Mesmo a meteorologia tendo ampliado seu espaço no Brasil, ainda hoje nas previsões diárias apresentadas pelos telejornais possuem um curto tempo. Às vezes são disponibilizados 30 segundos para dar a previsão para um país inteiro, além de abordar a agrometeorologia, e algum fenômeno que por acaso tenha ocorrido em algum lugar (RAMOS, Mídia e previsão do tempo, p. 8). Talvez pelo pouco tempo para
apresentar a previsão e, ainda ter que dividir esse tempo com outros assuntos, gera-se confusão na hora dos telespectadores interpretarem as informações. Todas essas notícias juntas podem confundir os telespectadores, fazendo com que eles não entendam o que esta sendo noticiado. O que é falado para muitos pode não ser tão comum e tão fácil de entender e ainda em pouquíssimo tempo, fica muito mais confuso. Isso no Brasil, pois em outros países, há um bloco inteiro em telejornais dedicados a meteorologia apresentando-se com mais calma a previsão e abordando melhor as informações, sem contar que são os próprios meteorologistas que dão a previsão. No Brasil, muitas vezes se fala mais no geral, abrangem-se muitos lugares, então, quando o que é previsto não ocorre gera problemas, pois as pessoas começam a deixar de confiar no que é noticiado. Como os instrumentos meteorológicos são muito caros, no Brasil não se tem muitas estações, pois além de não se terem instrumentos é muito difícil de achar um lugar onde se possa instalar as estações meteorológicos. Como não sem tem muitas estações os dados coletados e as previsões feitas não são tão precisas, assim gerando muita desconfiança da população dos dados apresentados nas previsões. Apesar de que a mídia já venha noticiando sobre previsões do tempo há algumas décadas, ainda hoje se tem algumas dificuldades ao passar as previsões ao público, o que mostra a dificuldade que os jornalistas têm ao transmitir informações sobre as quais ele mal conhece. Com a falta do conhecimento adequado em relação a alguns significados dos sistemas meteorológicos atuantes no país, os equívocos ocorrem com mais frequência. Além do jornalista ter que compreender o meteorologista para poder passar isso para as pessoas, é necessário também que o meteorologista ao se comunicar com os repórteres fale de uma forma que ele possa ter melhor entendimento sobre a previsão do tempo feita, pois os dois são responsáveis pela notícia. Como o meteorologista é o especialista sobre a informação meteorológica, cabe a ele a total responsabilidade como fonte jornalística especializada na temática. Sendo indispensável a clareza e a objetividade do meteorologista ao repassar a previsão do tempo ao repórter (TADDEI, Meteorologia e a cidade, 2008). É comum os usuários da previsão do tempo muitas vezes não entenderem o que é dito pelos jornalistas ou meteorologistas, pois a linguagem não é tão comum para eles,
assim não é possível terem-se boas interpretações das informações meteorológicas que são passadas (TADDEI, Meteorologia e a cidade, 2008). Sabe-se que a comunicação dos meteorologistas com os jornalistas não é tão eficaz, os meteorologistas falam de uma maneira mais técnica, com mais informações e detalhes que não precisão ser tido, ou que são mais difíceis de entender, e os repórteres ao passarem essas previsões à sociedade falam com suas próprias palavras, e às vezes mesmo sem querer mudando uma ou outra palavra que o meteorologista falou geram interpretações muito diferente daquilo que o meteorologista diz (TADDEI, Meteorologia e a cidade, 2008). Assim os meteorologistas com uma linguagem mais técnica e por falta de experiência com a comunicação, não conseguem transmitir de uma forma mais clara e compreensiva informações sobre a previsão do tempo para jornalistas e para a população. Essa dificuldade na comunicação é pelo fato de o meteorologista não saber como transformar essas palavras mais técnicas em outras que pode ser entendida pela população, pois eles não aprendem na graduação uma forma de se comunicar com outras pessoas de sobre esse assunto de uma forma que elas possam entender. Dessa forma tendo que ser tarefa do jornalista ler a previsão do meteorologista interpretar e repassar para os telespectadores. O jornalista ao ter que passar essas informações a população pode cometer gafes, pois muitos termos usados em meteorologia ele não sabe o significado, só sabe que tem que ser dito, mas o porque esses fenômenos ocorrem não sabe explicar, então caso precise improvisar ele não terá domínio nesta área. Quem sofre com essas consequências é a população, muitas vezes tendo dificuldade para entender, pois quando se tem domínio do conteúdo, consegue-se atingir melhor o público. Um meteorologista ao ir trabalhar, por exemplo, como gestor das instituições de pesquisa e previsão, sendo que a comunicação social é parte integrante das funções do cargo deste gestor, é obrigado a improvisar e acaba transferindo responsabilidade demais ao assessor de imprensa, na maioria das vezes um jornalista entende bem a mídia, mas não como um usuário poderia entender e nem nos problemas econômicos ligados ao clima.
O meteorologista também é responsável pelo resultado final da informação, pois ele deve falar corretamente sobre a ciência utilizando uma linguagem acessível. Apenas o meteorologista é o especialista sobre previsão do tempo, então a responsabilidade total como fonte jornalística especializada na temática é dele. Mas assim como o meteorologista ao se comunicar com os repórteres tem como função passar a informação de maneira compreensível; os jornalistas tem a função de elaborar os textos, evitando distorções sobre a previsão do tempo, pois um usuário, que recebe uma informação que não é entendida é a mesma coisa que não receber informação. A comunicação vale lembrar, é bastante complexa. Um indicador dessa complexidade é a quantidade de departamentos e programas de pesquisa que estudam a comunicação em uma universidade de grande porte: além do jornalismo, da linguística e da semiótica, há estudos de comunicação em psicologia, em educação, em propaganda, em antropologia, em sociologia, em filosofia, e em engenharia. O que se pode deduzir disso é que a comunicação não é algo trivial, e por isso merece uma atenção especial. O processo de comunicação tem um emissor e um receptor. Como o processo de comunicação é interativo, emissor e receptor estão, a todo o momento, trocando de papéis (TADDEI, Meteorologia e a cidade, 2008). No caso da comunicação meteorológica, em geral o emissor é quem produz e inicia o processo de disseminação da informação climática, e o receptor é quem recebe essa informação - mídia, agências do governo, comunidades rurais, publico em geral.
3 METODOLOGIA Para alcançarem o objetivo de identificar quanto às pessoas sabem da Meteorologia, aplicou-se um questionário com perguntas diretas, fechadas e objetivas (anexo A). Os resultados foram analisados e podem ser visualizados nas figuras que serão apresentadas ao longo deste capítulo. Esses resultados analisados serão comparados com o projeto integrador de 2006, tentando atualizar suas pesquisas. Resultados Qual a importância da previsão do tempo em suas tarefas diárias? Figura 1 Importância da previsão do tempo em suas tarefas diárias A pergunta Qual a importância do tempo nas suas atividades diárias? aponta que 45% afirma que depende do dia (figura 1), isso leva a conclusão de que só se importam com a previsão para os finais de semana, com 31% temos quem considera a previsão do tempo muito importante no seu dia-a-dia, durante a execução do questionário alguns entrevistados nos falaram que antes de sair de casa sempre conferem quanto
graus está e como será o dia para escolherem a roupa ou saber se devem sair com um guarda-chuva, 16% consideram de pouca importância e apenas 7% não acompanha. Confirmando a pesquisa realizada por DOMINGOS et al, (2006), não se registrou resposta de que a meteorologia não tivesse nenhuma importância, mesmo pouca ou dependendo do dia. Comparando com o questionário base de nossa pesquisa, podemos perceber que no primeiro a maioria considerou a previsão do tempo em suas atividades diárias de grande importância, já no questionário que realizamos, a maioria afirmou que dependo do dia. Figura 2 Frequência que acompanha a previsão do tempo Em resposta à Com que frequência você acompanha a previsão do tempo?, 49% dos entrevistados acompanham diariamente, 24% apenas nos finais de semana, acredita-se em casos de acompanhar somente para programar o lazer durante o final de semana, 23% raramente e 7% não acompanha. Comparando com o questionário, podemos observar que obtivemos o aumento dos que acompanham somente nos finais de semana (figura 2).
Comparando os questionários, observamos que ambos tiveram a maioria dos entrevistados que acompanham diariamente a previsão. Qual meio de comunicação que apresenta a previsão do tempo de uma forma que você entende melhor? Figura 3 Meio de comunicação onde melhor entende a previsão Para a pergunta Qual meio de comunicação apresenta a previsão do tempo de uma forma que você entende melhor? (figura 3), o telejornal é o favorito para 46% dos entrevistados, isso se deve, talvez, pela forma como é transmitida a informação com cores, com animações e até mesmo a linguagem utilizada, além de ser mais acessível à população. Para 40% dos entrevistados a internet é o melhor meio. Essa opção cresceu muito em relação à pesquisa de 2006, o que talvez deva-se ao fato de terem surgido muitos sites especializados na área de meteorologia. Ainda 4% acompanham pelo rádio e 2% pelo jornal impresso. Comparando os questionários, observamos que a maioria em ambos prefere ao telejornal.
Figura 4 Grau de confiança no meio de comunicação Relacionada com a pergunta sobre qual meio de comunicação que apresenta a previsão do tempo de uma forma que você entende melhor, temos a seguinte pergunta O quanto você confia neste meio de comunicação?, pois independente de qual meio de comunicação as pessoas se atualizam sobre a meteorologia precisa-se confiar, e com 36% temos quem confia às vezes, quanto a esse resultado podemos entender que confiam às vezes pois algumas vezes a previsão não se confirma, 33% confia sempre no meio de comunicação que utiliza, 30% confia pouco e 1% não confia. Como já mencionado, a Meteorologia cresce a cada dia, mas podemos observar com as respostas da questão 4 que 30% ainda confia pouco nas informações meteorológicas. Comparando, obtemos a maioria das respostas em quem confia às vezes. Pancadas de chuva significa:
Figura 5 Entendimento do termo pancada de chuva A questão relacionada com a figura 5 é Pancada de chuva significa:, cujas respostas apontam que 80% acredita que se trata de chuva em curto período de tempo, 11% de uma chuva de verão, 5% de uma chuva em longo período de tempo e apenas 2% não souberam responder. De acordo com o 1º questionário comparamos que a maioria sabe do que se trata a pancada de chuva. Comparando os questionário, observamos que nos dois questionários realizados há bom entendimento sobre pancada de chuva mas no 2º questionário obtivemos 80% do total das respostas. Frente fria é:
Figura 6 Entendimento do termo Frente fria A figura 6 revela o entendimento do público em relação ao que significa frente fria, 83% dos entrevistados respondendo ser uma mudança que esfria e traz o vento sul, 15% acredita que pode chover e vem vento sul, 1% não sabem, 1% não respondeu e não tivemos nenhuma resposta na questão vai esquentar e vem o vento sul. Tanto no 1º como no 2º questionário pode-se perceber que os entrevistados veem uma ligação entre o vento sul e a diminuição da temperatura. Na comparação dos questionário, observamos que tanto no 1 como no 2 questionários, a maioria compreendia bem o termo frente fria. Céu parcialmente nublado acontece quando:
Figura 7 Entendimento de Céu parcialmente nublado A questão 7 (figura 7) trata do entendimento quanto ao céu parcialmente nublado para qual 70% das respostas indicarem que são as nuvens que cobrem todo o céu como maioria de respostas quando na verdade a correta é quando temos algumas nuvens no céu, essa com 28% das respostas, 2% não souberam responder. No 1º questionário a maioria respondeu corretamente. Comparando os questionário, observamos que no 1 a maioria com 74% sabe corretamento o que é o céu parcialmente nublado, já no 2, a maioria respondeu equivocadamente se tratar de um céu todo coberto por nuvens. Qual desses fenômenos causa mais medo em você?
Figura 8 Fenômeno que causa mais medo Quanto a pergunta Qual desses fenômenos causa mais medo em você (figura 8) 50% das respostas destacaram o furacão, 27% o tornado, 17% a trovoada, 16% a tempestade e o ciclone, empatadas e o 11% vendaval. Como com o 1º, temos o Furacão como o causador de mais medo. Você sabe o que acontece com o tempo quando ele está instável? Figura 9 Entendimento do termo Tempo instável
A questão 9 (figura 9) quer saber sobre a instabilidade do tempo e 83% das respostas indicaram temos muitas nuvens com possibilidade de chuva. Tal compreensão talvez se dê pela confiança que os entrevistados têm na previsão do tempo apresentada pelos telejornais, 21% respondeu que se trata de um dia ensolarado com poucas nuvens e sem condições de chuva e apenas 4% não souberam responder. De acordo com o 1º gráfico podemos afirmar que os entrevistados da primeira e segunda pesquisa souberam o que é instabilidade. O que você entende por temperatura estável? Figura 10 Entendimento do termo Temperatura estável De acordo com 77% dos entrevistados o termo Temperatura estável (figura 10) representa, temperatura igual durante todo o dia, 19% a temperatura que fica sem mudar de um dia para o outro, 2% temperatura alta e 2% não souberam responder. Comparando com o 1º questionário, percebe-se que a maioria também optou pela temperatura igual durante todo o dia. Qual é a sua primeira providência em relação ao tempo em caso de emergência?
Figura 11 Primeira providência tomada em caso de emergência A primeira providência tomada pela maioria dos entrevistados em caso de emergência, de acordo com a questão 11 (figura 11) é ligar para os Bombeiros com 39%, 24% liga para a Defesa Civil, 13% procura um meio de comunicação para se informar,12% nenhuma das alternativas, 6% liga para o Centro de Meteorologia e 3% não respondeu. Foram acrescentados ao questionário 4 ícones encontrados nos jornais impressos, telejornais e internet, cujos significados os entrevistados deveriam identificar (figura 12). Diferente do 1º questionário em que havia questões abertas ao público, fizemos 4 questões fechadas com 4 opções de resposta. De acordo com a figura, o que você acha que está acontecendo com o tempo.
Figura 12 a Entendimento de ícone meteorológico Na figura 12a, 70% responderam que se trata de um ícone do sol com algumas nuvens, 17% encoberto, 10% nublado e 3% chuvoso. FIGURA 12b - Entendimento de ícone meteorológico
Figura 12c Entendimento do ícone meteorológico Mostrando um bom entendimento, 75% das respostas foram para nublado, 17% encoberto,6% parcialmente nublado, 1% chuvoso e 1% não respondeu.
Figura 12d Entendimento do ícone meteorológico Na figura 12c, 99% dos entrevistados responderam que consideram esse ícone do tempo chuvoso, mostrando um bom entendimento e apenas 1% não soube responder.
CONCLUSÃO De acordo com as diversas pesquisas e com o questionário aplicado, percebeu-se que varia entre dependendo do dia e muito importante o grau de importância da previsão do tempo no dia-a-dia dos entrevistados e que a maioria assiste ou lê a previsão diariamente, as mídias mais utilizadas para essa verificação da previsão é o Telejornal e a Internet, quanto à confiança nessas mídias as respostas ficaram quase que empatadas entre muito, pouco e às vezes. Questionamos alguns fenômenos, como a frente fria, céu parcialmente nublado e pancada de chuva e tivemos resultados positivos quanto ao entendimento. Em caso de emergência, tivemos respostas bem variadas comprovando que as pessoas não sabem a quem recorrer em casos de emergências quanto e por último os ícones e seu entendimento, como essa última questão é vista diariamente na mídia podemos concluir que o tivemos um bom resultado. Então percebeu-se que nesses seis anos em que se passaram muita coisa mudou, tanto non interesse das pessoas pela previsão do tempo, como os meios de comunicação em que se transmitem as previsões. Muita coisa mudou, as pessoas começaram a se interessar mais pela meteorologia, a internet avançou bastante e hoje em dia muitos tem fácil acesso a ela, tornando mais fácil de estar por dentro das previsões do tempo. Com a evolução da internet varias empresas de previsão meteorológicas de vários lugares do mundo podem ser visitadas através dos sites. Assim é muito mais fácil e cômodo para as pessoas verem as previsões, procurarem sobre o significado dos termos, e ícones.
ANEXO A- PESQUISA POPULAR IFSC - INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA UNIDADE DE FLORIANÓPOLIS DASS0-I=III Idade: Grau de instrução: Principal atividade: 1- Qual a importância da previsão do tempo em suas tarefas diárias? ( )Muita importância ( )Nenhuma importância ( )Pouca importância ( )Não acompanho a previsão do tempo ( )Depende do dia 2-Com que frequência você acompanha a previsão do tempo? ( )Diariamente ( )Raramente ( )Apenas nos finais de semana ( )Não acompanho 3-Qual o meio de comunicação que apresenta a previsão do tempo de uma forma que você melhor entende? ( )Jornal impresso ( )Rádio ( )Telejornal ( )Nenhum deles ( )Internet 4-Quanto você confia nesse meio de comunicação? ( )Confio pouco ( )Eu nunca confio ( )Confio sempre ( )Confio às vezes 5- Pancada de chuva significa: ( )Chuva em curto período de tempo ( )Chuva de verão ( )Chuva em longo período de tempo ( )Não sei 6-Frente fria é: ( )Vai esfriar e vem vento sul ( )Vai esquentar e vem vento sul ( )Pode chover e vem vento sul ( )Não sei o que é 7-Céu parcialmente nublado acontece quando: ( )As nuvens cobrem todo o céu ( )Está chovendo ( )Tem algumas nuvens no céu ( ) Não sei
8-Qual desses fenômenos causa mais medo em você? ( )Trovoada ( )Tempestade ( )Furacão ( )Ciclone ( )Tornado ( )Vendaval 9-Você sabe o que acontece com o tempo quando ele está instável? ( )Muitas nuvens com possibilidade de chuva ( )Dia ensolarado, poucas nuvens e sem condições de chuva ( )Não sei 10-O que você entende por temperatura estável? ( )Temperatura igual durante todo o dia ( )Temperatura alta ( )Temperatura que fica sem mudar de um dia para o outro ( )Não sei 11-Qual é a sua primeira providência em relação ao tempo em caso de emergência? ( )Liga para a Defesa Civil ( )Liga para os Bombeiros ( )Liga para um Centro de Meteorologia ( )Procura um meio de comunicação para se informar. Qual? ( )Nenhuma das alternativas 12-De acordo com a figura, o que você acha que está acontecendo com o tempo? (Essa questão também será de múltipla escolha) ()Encoberto ()Nublado ()Chuvoso ()Sol com algumas nuvens
()Encoberto ()Nublado ()Ensolarado ()Sol com algumas nuvens ()Nublado ()Parcialmente nublado ()Encoberto ()Sol com algumas nuvens ()Encoberto ()Nublado ()Chuvoso ()Sol com algumas nuvens
REFERÊNCIAS UFPE é premiada no 17ª Congresso Nacional de Meteorologia Agência de Notícias, outubro 2012. Disponível em <https://docs.google.com/presentation/d/1j3loqfkxffs_ibogcglgrhbie3 Yp7La_QrTgQ9-3zXE/edit#slide=id.g312ec0d9_5_10>, Acesso em 26 10 12 ZUZA,Erika dos Santos; DE JESUS,Antonio Carlos. No ar a meteorologia além da previsão do tempo: um breve histórico das notícias climáticas no telejornalismo e perspectivas com a TV digital no Brasil. agosto 2009. Disponível em: <http://paginas.ufrgs.br/alcar/encontros-nacionais-1/7o- encontro- 20091/No%20ar%20a%20meteorologia%20alem%20da%20previsao%20 do%20tempo.pdf>, Acesso em 26 10 12 RAMOS,Roberto;ZAMBERLAN,Liége.Mídia e revisão do tempo: uma questão de interpretação.julho dezembro 2005.Intexto n.13 2005 Disponível em:http://seer.ufrgs.br/intexto/article/view/4208 Acesso em26 10 12 TADDEI Ranzo, Meteorologia e a cidade.boletim da Sociedade Brasileira de Meteorologia,vol.32, agosto dezembro 2008. Disponível em: http://www.sbmet.org.br/portal2011/publisher/uploads/publicacoes/4_2008 Volume_32_No_2_e_3.pdf Acesso em 26 10 12
DOMINGOS, Anderson Rodrigues et al. Pesquisa popular sobre termos técnicos da meteorologia. Monografia. Curso Técnico em Meteorologia. Instituto Federal de Santa Catarina, Florianópolis, julho de 2006