Plano de Recuperação Judicial

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Transcrição:

2015 Plano de Recuperação Judicial CAMERA PARTICIPAÇÕES LTDA. CNPJ 09.605.509/0001-32 PROCESSO Nº 028/1.14.0006821-1 Rodovia RS 344 Km 39,5 Sala 07 Santa Rosa (RS) CEP 98.900-000 www.camera.ind.br

PLANO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL CAMERA PARTICIPAÇÕES LTDA. - Em Recuperação Judicial - CNPJ 09.605.509/0001-32 Juízo da 3ª Vara Cível da Comarca de Santa Rosa (RS) (CNJ 0012681-68.2014.8.21.0028) O presente ( Plano ) visa atender ao disposto no Art. 53 da Lei 11.101/2005 ( LRF ), pela CAMERA PARTICIPAÇÕES LTDA., inscrita no CNPJ sob o número 09.605.509/0001-32, estabelecida na Rodovia RS 344 Km 39,5 Sala 07, no Município de Santa Rosa (RS), CEP 98.900-000, doravante designada simplesmente como CAMERA PARTICIPAÇÕES ou Recuperanda. I Considerando que a Recuperanda é empresa de participações criada com o objetivo de organizar e simplificar o controle das ações e a administração das empresas do Grupo Camera, que se encontra em dificuldades econômicas e financeiras e que, por esta razão, ajuizou pedido de recuperação judicial, nos termos da Lei de Recuperação de Empresas e Falências, e deve submeter o Plano à homologação judicial; II Considerando que o pedido foi deferido pelo R. Juiz de Direito da 3ª Vara Cível da Comarca de Santa Rosa (RS), nos autos de nº 028/1.14.0006821-1, publicada em NE nº 608/2014, em 22/10/2014, inicialmente reconhecendo a interdependência financeira das empresas do Grupo Econômico e a possibilidade de apresentação de um Plano de Recuperação em conjunto; IV Considerando que, em razão desta individualização, salvo habilitações posteriores, o Quadro Geral de Credores desta Recuperanda se resumiu a um único credor, detentor de Garantia Real em face da Recuperanda, bem como de Alienação Fiduciária ofertada pelos sócios coobrigados sobre patrimônio próprio; Página 2 de 19

V Considerando que o presente Plano cumpre os requisitos contidos no Art. 53 da Lei de Recuperação de Empresas e Falências, eis que (i) apresenta os meios de recuperação da Recuperanda, (ii) é, na visão da Recuperanda, uma alternativa viável, e (iii) inclui os Laudos de Avaliação de Bens e Ativos e de Viabilidade Econômico-Financeira; e VI Considerando que, por força do Plano, a Recuperanda busca superar sua crise econômico-financeira e reestruturar seus negócios, com o objetivo de (i) preservar a atividade empresarial, (ii) manter-se como fonte de geração de riquezas e (iii) renegociar o pagamento de seus credores de forma sustentável e consoante com o que prevê a Lei de Recuperação de Empresas e Falências; A Recuperanda submete o presente Plano à aprovação da Assembleia de Credores, caso venha a ser convocada nos termos do Art. 56 da Lei de Recuperação de Empresas e Falências, e à homologação judicial, nos termos seguintes. Página 3 de 19

Sumário PARTE I - INTRODUÇÃO... 5 1.1. Apresentação... 5 1.2. Regras de Interpretação... 5 1.3. Definições Glossário... 6 PARTE II CONSIDERAÇÕES GERAIS... 9 2.1. Perfil da Empresa Breve Histórico da Empresa A Empresa em Números... 9 2.2. Composição Societária... 10 2.3. Histórico e Composição do Faturamento... 10 2.4. Causas do Desequilíbrio... 10 PARTE III MEIOS DE RECUPERAÇÃO... 12 3.1. Objetivos do Plano... 12 3.2. Síntese das Medidas de Recuperação... 12 3.3. Viabilidade Econômica do Plano... 12 3.4. Observância da Capacidade de Pagamento... 13 PARTE IV PAGAMENTO DOS CREDORES... 14 4.1. Novação da Dívida... 14 4.2. Forma de Pagamento... 14 4.3. Data do Pagamento... 14 4.4. Valores... 15 4.5. Quitação... 15 4.6. Início dos Pagamentos... 15 4.7. Capacidade de Pagamentos... 15 PARTE V OUTRAS DISPOSIÇÕES... 17 5.1. Da Suspensão das Obrigações... 17 5.2. Possibilidade de Aditamento... 17 5.3. Liberação das Garantias prestadas pelos Garantidores... 17 5.4. Contratos Existentes... 17 5.5. Encerramento da Recuperação Judicial... 17 5.6. Anexos... 17 5.7. Comunicações... 17 5.8. Cessão de Créditos ou Sub-Rogação... 18 5.9. Lei Aplicável... 18 5.10. Eleição de Foro... 18 5.11. Assinaturas dos Responsáveis Legais da Empresa... 18 PARTE VI ANEXOS... 19 Página 4 de 19

PARTE I - INTRODUÇÃO Camera Participações Ltda. CNPJ 09.605.509/0001-32 1.1. Apresentação O objetivo da Recuperação Judicial é viabilizar a superação da crise econômicofinanceira da Recuperanda. Pretende-se com a Recuperação Judicial, na forma da Lei 11.101/2005, conciliar a manutenção e a continuidade das atividades empresariais da Recuperanda, com o pagamento aos credores, de forma a propiciar o cumprimento de sua função social, conforme prevê o Art. 47 da referida Lei. O presente plano procura projetar o auferimento de receitas provenientes da distribuição de lucro operacional da controlada Camera Negócios e Investimentos S/A adequado e sustentável ao longo dos próximos anos. A viabilidade futura da empresa depende não só do bom desempenho de sua Controlada, mas também da atual situação do endividamento e sujeição às condições de pagamento aqui estabelecidas. 1.2. Regras de Interpretação 1.2.1 Cláusulas e Anexos. Exceto se especificado de forma diversa, todas as Cláusulas e Anexos mencionados no Plano referem-se a Cláusulas e Anexos do próprio Plano. 1.2.2 Títulos. Os títulos dos Capítulos e das Cláusulas deste Plano foram incluídos exclusivamente para referência e não devem afetar o conteúdo de suas previsões. 1.2.3 Abrangência. Os termos incluem, incluindo e termos similares devem ser interpretados como se estivessem acompanhados da frase mas não se limitando a. 1.2.4 Referências. As referências a quaisquer documentos ou instrumentos incluem todos os respectivos aditivos, consolidações e complementações, exceto se de outra forma expressamente previsto. 1.2.5 Disposições Legais. As referências a disposições legais e leis devem ser interpretadas como referências a essas disposições tais como vigentes nesta data ou em data que seja especificamente determinada pelo contexto. 1.2.6 Prazos. Todos os prazos previstos neste Plano serão contados na forma determinada no art. 132 do Código Civil, desprezando-se o dia do começo e se incluindo o dia do vencimento. Quaisquer prazos deste Plano (sejam Página 5 de 19

contados em Dias Úteis ou não) cujo termo inicial ou final caia em um dia que não seja um Dia Útil, serão automaticamente prorrogados para o Dia Útil imediatamente posterior. 1.3. Definições Glossário Os termos utilizados neste Plano têm os significados definidos abaixo, sem prejuízo das demais definições no objeto deste Plano: 1.3.1 Aprovação do Plano : Aprovação do Plano na Assembleia de Credores. Para os efeitos deste Plano, considera-se que a Aprovação do Plano ocorre na data da Assembleia de Credores que votar o Plano, ainda que a homologação do Plano se dê na forma do art. 45 ou do 1º do art. 58 da Lei de Falências. 1.3.2. Assembleia de Credores : Assembleia geral de credores nos termos do Capítulo II, Seção IV, da Lei de Falências. 1.3.3. Controladas : significa as empresas do Grupo Camera com ações representativas do seu capital de propriedade de outras empresas do Grupo, termo que quando utilizado no plural significa Camera Negócios e Investimentos S/A e Camera Agroalimentos S/A. 1.3.4. Controlada Direta : no contexto deste Plano significa somente a Camera Negócios e Investimentos S/A. 1.3.5. Controladora : no singular significa apenas a Recuperanda, no plural significa Camera Participações Ltda., Kist Participações Ltda. e Jasiowka Participações Ltda. 1.3.6. Créditos : Todos os créditos e direitos detidos pelos Credores contra a Recuperanda na data do ajuizamento da Recuperação Judicial, sejam materializados ou contingentes, estejam ou não vencidos, sejam ou não objeto de disputa judicial ou procedimento arbitral, estejam ou não incluídos na Lista de Credores. Os créditos que não estejam sujeitos à Recuperação Judicial em razão de previsão legal ou decisão judicial transitada em julgada não são incluídos na presente definição. 1.3.7. Créditos com Garantia Real : Créditos detidos pelos Credores com Garantia Real, assim definida pelo Código Civil Brasileiro e legislação específica. Página 6 de 19

1.3.8. Créditos Quirografários : Créditos sem garantias ou com privilégio geral detidos pelos Credores Quirografários. 1.3.9. Credores : pessoas, físicas ou jurídicas, detentoras de Créditos relacionadas na Lista de Credores. As pessoas, físicas ou jurídicas, detentoras de créditos que não estejam sujeitos à Recuperação Judicial em razão de previsão legal ou decisão judicial transitada em julgada não são incluídos na presente definição. 1.3.10. Credores com Garantia Real : Credores cujos Créditos são assegurados por direitos reais de garantia (tal como penhor ou hipoteca), até o limite do valor do respectivo bem, nos termos do art. 41, II, da Lei de Falências. 1.3.11. Credores Quirografários : Credores detentores de créditos quirografários, com privilégio especial, com privilégio geral e subordinados, nos termos do art. 41, III, da Lei de Falências. 1.3.12. Data do Deferimento : A data em que foi deferido o processamento da recuperação judicial do Grupo Camera, ou seja, 22 de outubro de 2014. 1.3.13. Dia Útil : qualquer dia que não um sábado, domingo ou um dia em que os bancos comerciais estão obrigados ou autorizados por lei a permanecer fechados na Cidade de Porto Alegre ou na Cidade de Santa Rosa Estado do Rio Grande do Sul. 1.3.14. Empresa operacional : Camera Agroalimentos S/A. 1.3.15. Garantidores : São todas as pessoas, físicas e/ou jurídicas, que tenham prestado algum tipo de garantia, seja ela de natureza fiduciária, fidejussória e/ou real, aos Credores da Recuperanda, incluindo aos Credores Extraconcursais. 1.3.16. Homologação Judicial do Plano : Decisão judicial que concede a recuperação judicial, nos termos do art. 58, caput e 1º, da Lei de Falências. Para os efeitos deste Plano, considera-se que a Homologação Judicial do Plano ocorre na data da publicação da decisão que concede a recuperação judicial, nos termos do art. 58, caput e 1º, da Lei de Falências, no Diário da Justiça do Rio Grande do Sul, proferida pelo Juízo da Recuperação. 1.3.17. Juízo da Recuperação : O Juízo da 3ª Vara Cível da Comarca de Santa Rosa, Estado do Rio Grande do Sul. Página 7 de 19

1.3.18. Laudo de Avaliação de Bens e Ativos : Laudo de avaliação de bens e ativos, elaborado conforme o art. 53, III da Lei de Falências, conforme Anexo 2. 1.3.19. Lei de Falências ou LRF : Lei 11.101, de 9 de fevereiro de 2005. 1.3.20. Montante Principal : É o montante, em moeda corrente nacional e/ou estrangeira, de Créditos descritos na Lista de Credores. 1.3.21. Plano ou PRJ : Este plano de recuperação judicial. 1.3.22. Receita Líquida : É o faturamento bruto, deduzidas as devoluções, os cancelamentos, os descontos incondicionais e os impostos e contribuições incidentes sobre esse faturamento. Página 8 de 19

PARTE II CONSIDERAÇÕES GERAIS Camera Participações Ltda. CNPJ 09.605.509/0001-32 2.1. Perfil da Empresa Breve Histórico da Empresa A Empresa em Números 2.1.1. Perfil da Empresa: A Recuperanda é uma empresa de capital limitado sediada na cidade de Santa Rosa, Região Noroeste do Estado, cujo objeto social é apenas e tão somente a participação em outras sociedades empresárias como sócia cotista ou acionista. Seu patrimônio, desta forma, está constituído somente de ações representativas de 29,65% do capital social de Camera Negócios e Investimentos S/A, sua Controlada Direta. 2.1.2. Breve Histórico da Empresa: As Controladoras do Grupo Camera foram constituídas em 2008 como forma de organização do controle da Camera Agroalimentos S/A pelos três ramos familiares que detinham as ações desta Controlada, dando agilidade à sua gestão. Em 2010, buscando investidores para viabilizar o projeto de expansão econômica da empresa operacional, o Fundo CRP VII adquiriu 17% das ações da Camera Agroalimentos S/A, o que exigiu a nova readequação de sua estrutura societária, bem como amento de capital. Assim, em 2012 foi constituída a Camera Negócios e Investimentos, principalmente com a integralização nesta as ações que as Controladoras detinham na empresa operacional. A CAMERA PARTICIPAÇÕES, desta forma, atualmente é uma das controladoras diretas da Camera Negócios e Investimentos S/A, que por sua vez é controladora da Camera Agroalimentos S/A. 2.1.3. Da Recuperanda no contexto do Grupo Camera: O Grupo Camera é constituído na forma de pirâmide invertida, ou seja, ao contrário do modelo tradicional em que uma controladora detém participação em várias controladas com operações distintas, a CAMERA PARTICIPAÇÕES participa de um Grupo com várias controladoras e apenas uma empresa operacional, responsável por quase a totalidade do faturamento do Grupo, como se vê no organograma abaixo: Página 9 de 19

2.2. Composição Societária Camera Participações Ltda. CNPJ 09.605.509/0001-32 2.2.1. Composição Societária: O capital social da CAMERA PARTICIPAÇÕES é de R$ 11.049.766,00 (onze milhões, quarenta e nove mil, setecentos e sessenta e seis reais) divididos em 11.049.766 (onze milhões, quarenta e nove mil, setecentos e sessenta e seis) cotas no valor nominal de R$ 1,00 (um real) cada uma, assim distribuídas: OLIVA CAMERA 48,87% GILBERTO CAMERA 14,47% ILCE CAMERA 12,22 % VENILDE JASIOWKA 12,22% SALETE KIST 12,22% 2.3. Histórico e Composição do Faturamento Visualiza-se a evolução do Resultado Líquido da CAMERA PARTICIPAÇÕES nos últimos quatro exercícios sociais no gráfico seguinte, que se dá em função de equivalência patrimonial: 2.4. Causas do Desequilíbrio Em 2012, durante o processo de expansão do Grupo Camera, as controladoras tomaram empréstimos bancários com o intuito de cumprir a exigência de aumento de capital. Especificamente, a CAMERA PARTICIPAÇÕES tomou junto ao Banco Pine S/A mútuo representado pela CCB nº 316/2012, no valor nominal de R$ 22.235.000,00 (vinte e dois milhões, duzentos e trinta e cinco mil reais). Este recurso foi destinado à constituição e integralização do capital social da Camera Negócios e Investimentos S/A, juntamente com as ações que detinha da Camera Agroalimentos S/A e bens imóveis particulares dos sócios. Página 10 de 19

Como empresa sem operação, cujas receitas são constituídas exclusivamente da distribuição de lucros de suas controladas, logo após a tomada deste empréstimo se viu sem condições de pagamento, uma vez que a empresa operacional e responsável pela maior parte do faturamento do Grupo, sofreu forte impacto com a seca e a crise que assolaram o estado do Rio Grande do Sul nos últimos anos. As causas do desequilíbrio econômico da empresa operacional já foram exaustivamente relatadas na inicial do processo de Recuperação Judicial, ao qual se reporta. Página 11 de 19

PARTE III MEIOS DE RECUPERAÇÃO 3.1. Objetivos do Plano Camera Participações Ltda. CNPJ 09.605.509/0001-32 O presente Plano tem o objetivo de permitir à CAMERA PARTICIPAÇÕES superar a crise econômico-financeira, de forma a conciliar a capacidade de recuperação e geração de caixa livre com os interesses dos Credores, estabelecendo a fonte de recursos e um cronograma de pagamentos. 3.2. Síntese das Medidas de Recuperação Após a análise das projeções de mercado, medidas internas já adotadas pela direção da CAMERA PARTICIPAÇÕES, possibilidades de crescimento, bem como as demais premissas e metas estabelecidas, o presente Plano prevê como principais meios de recuperação os seguintes: Renegociação com Credores de forma a reduzir e alongar o endividamento da CAMERA PARTICIPAÇÕES, com alterações no prazo, encargos e forma de pagamento dos Créditos / Contratos; Possível constituição de sociedade de propósito específico para adjudicar, em pagamento de créditos, determinados ativos da Recuperanda; Dação em pagamento de imóveis dos sócios, com direito à sub-rogação nos direitos creditórios junto à Recuperanda. Este Plano prevê, ainda, a possibilidade de prospecção de investidores e/ou novos sócios com a possível cessão total ou parcial de cotas da Empresa, caso haja interessados. Neste caso a CAMERA PARTICIPAÇÕES poderá submeter à apreciação dos Credores forma alternativa de pagamento antecipado. Além das medidas elencadas, o Plano não dispensa os demais meios previstos no artigo 50 da LRF, os quais poderão ser implementados a qualquer tempo, em razão de necessidade motivada ao Juízo da Recuperação. 3.3. Viabilidade Econômica do Plano A Viabilidade Econômica do presente Plano é demonstrada pala viabilidade econômica da controlada direta, uma vez que a fonte de geração de receitas desta Recuperanda é a distribuição de lucros daquela, por força da natureza jurídica de sua constituição. Assim, além do Laudo contanto do Anexo 1, remete-se à análise da Viabilidade Página 12 de 19

Econômica da Plano de Recuperação Econômica da controlada direta Camera Negócios e Investimentos S/A. 3.4. Observância da Capacidade de Pagamento O pagamento dos Créditos estabelecido no Plano observa o fluxo de caixa projetado da CAMERA PARTICIPAÇÕES conforme previsto nos Demonstrativos Financeiros projetados e está em consonância com a capacidade de pagamento futura. Página 13 de 19

PARTE IV PAGAMENTO DOS CREDORES Camera Participações Ltda. CNPJ 09.605.509/0001-32 4.1. Novação da Dívida Todos os Créditos serão novados por este Plano e seus respectivos Anexos. Mediante a referida novação, todas as obrigações, covenants, índices financeiros, hipóteses de vencimento antecipado, multas, encargos, bem como outras que sejam incompatíveis ou atentem contra os objetivos das condições deste Plano e seus respectivos Anexos deixarão de ser aplicáveis. 4.2. Forma de Pagamento Os créditos oriundos de obrigações assumidas pela Recuperanda na qualidade de devedora principal arrolados no Quadro Geral de Credores, serão pagos com a totalidade dos recursos auferidos através da distribuição de resultados da Camera Negócios e Investimentos S/A, descontados os custos operacionais próprios, anualmente, por meio da transferência direta de recursos à conta bancária de cada credor, por meio de documento de ordem de crédito (DOC), de transferência eletrônica disponível (TED), ou, caso seja de interesse do Credor, mediante entrega de cheque de emissão da própria CAMERA PARTICIPAÇÕES. Os Credores devem informar suas respectivas contas bancárias para os pagamentos por meio de DOC e TED. O prazo total de pagamento é de 10 (dez) anos, contados a partir do exercício social imediatamente posterior ao de homologação do Plano de Recuperação. Ao final do prazo, haverá a remissão do débito. Os créditos eventualmente habilitados no Quadro Geral de Credores homologado pelo juízo, oriundos de obrigações assumidas a título gratuito pela Recuperanda, na qualidade de garantidora da Camera Agroalimentos S.A., também arrolados no Quadro Geral de Credores desta, serão pagos na forma, condições e prazos contidos no seu, ficando aqui suspensos enquanto a obrigação estiver sendo cumprida pela Devedora Principal. 4.3. Data do Pagamento Os pagamentos acima previstos devem ocorrer preferencialmente até o dia 15 (quinze) do mês de maio de cada ano, após a apuração dos resultados do exercício. Na hipótese de qualquer pagamento ou obrigação deste Plano estar prevista para ser realizada ou satisfeita em um dia que não seja considerado um dia útil, o referido pagamento ou obrigação deverá ser realizado ou satisfeita, conforme o caso, no dia útil Página 14 de 19

seguinte. Atrasos não superiores a 10 (dez) dias da data estabelecida não serão considerados como impontualidade ou inadimplência. 4.4. Valores Os valores considerados para o pagamento dos créditos serão os constantes da Lista de Credores apresentada pelo Administrador Judicial e de suas modificações judiciais eventualmente subsequentes. Esses valores serão corrigidos pela TR Taxa Referencial. 4.5. Quitação Os pagamentos realizados na forma estabelecida neste Plano acarretarão a quitação plena, irrevogável e irretratável, de todos os Créditos de qualquer tipo e natureza contra a CAMERA PARTICIPAÇÕES, inclusive juros, correção monetária, encargos, penalidades, multas e indenizações. Com a ocorrência do pagamento da última parcela prevista neste plano ocorrerá a remissão de eventual saldo devedor, nos termos do artigo 385 do Código Civil Brasileiro. 4.6. Início dos Pagamentos O termo inicial para contagem dos prazos de carência e pagamentos dos Créditos será a data da publicação da decisão/despacho de Homologação Judicial do Plano. 4.7. Capacidade de Pagamentos 4.7.1. Fluxo de Caixa Projetado CAMERA PARTICIPAÇÕES LTDA. CNPJ n 09.605.509/0001-32 FLUXO DE CAIXA PROJETADO 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 SALDO INICIAL - - - - - - - - - - ENTRADAS 313.747 313.703 317.612 317.612 321.382 325.108 328.792 332.436 336.039 339.400 RECEBIMENTO DE DIVIDENDOS 313.747 313.703 317.612 317.612 321.382 325.108 328.792 332.436 336.039 339.400 Da Camera Negócios e Investimentos Ltda. 313.747 313.703 317.612 317.612 321.382 325.108 328.792 332.436 336.039 339.400 SAÍDAS 313.747 313.703 317.612 317.612 321.382 325.108 328.792 332.436 336.039 339.400 TRIBUTOS 7.153 7.152 7.242 7.242 7.328 7.412 7.496 7.580 7.662 7.738 DESPESAS OPERACIONAIS 6.000 14.400 14.400 14.400 14.400 14.400 14.400 14.400 14.400 14.400 Despesas administrativas 6.000 14.400 14.400 14.400 14.400 14.400 14.400 14.400 14.400 14.400 FINANCEIRO - - - - - - - - - - DISTRIBUIÇÃO DE DIVIDENDOS A SÓCIOS - - - - - - - - - - PAGAMENTO A CREDRES DA RJ 300.594 292.151 295.971 295.971 299.655 303.296 306.896 310.456 313.978 317.261 CLASSE II - CREDORES C/ GARANTIA REAL 26.831.084 27.028.856 27.238.944 27.449.086 27.663.176 27.877.534 28.092.210 28.307.250 28.522.703 28.738.615 300.594 292.151 295.971 295.971 299.655 303.296 306.896 310.456 313.978 317.261 IMPACTO LÍQUIDO - - - - - - - - - - SALDO FINAL - - - - - - - - - - Página 15 de 19

4.7.2. Premissas Camera Participações Ltda. CNPJ 09.605.509/0001-32 O quadro acima está baseado nas premissas: O Plano de Recuperação da Camera Agroalimentos S/A prevê a alienação total das ações da Cia. para pagamento dos seus credores, e portanto nenhuma distribuição de lucros indireta por parte desta foi apropriada; A totalidade das receitas da CAMERA PARTICIPAÇÕES se dará em razão da sua participação na Camera Negócios e Investimentos, que por sua vez terá como receitas apenas as parcerias agrícolas e arrendamentos de terras cultiváveis; A CAMERA PARTICIPAÇÕES participa dos resultados da Camera Negócios e Investimentos na proporção de suas ações, equivalente a 29,65% (vinte e nove vírgula sessenta e cinco por cento); Uma taxa de crescimento no índice de produtividade das lavouras de soja no Rio Grande do Sul de 8,3% (oito vírgula três por cento) ao ano (Fonte: CONAB); Uma taxa de crescimento da cotação de soja à razão de 7,6% (sete vírgula seis por cento) no preço em dólar/paranaguá (Fonte: CEPEA/ESALQ/BM&FBovespa). Página 16 de 19

PARTE V OUTRAS DISPOSIÇÕES 5.1. Da Suspensão das Obrigações Camera Participações Ltda. CNPJ 09.605.509/0001-32 A aprovação do da Camera Agroalimentos S.A. acarretará na suspensão das ações e execuções de quaisquer débitos contra a CAMERA PARTICIPAÇÕES em razão de obrigações contraídas na condição de coobrigada daquela, enquanto aquele Plano estiver sendo cumprido. 5.2. Possibilidade de Aditamento O Plano poderá ser alterado independentemente de seu cumprimento, em AGC convocada para esta finalidade, observados os critérios previstos no artigo 35 e seguintes C/C artigo 45 da LRF, deduzidos os pagamentos já realizados na sua forma original. 5.3. Liberação das Garantias prestadas pelos Garantidores Ocorrido o cumprimento deste Plano, bem como do Plano da Camera Agroalimentos S.A, ocorrerá a imediata liberação de todas as garantias prestadas pela Recuperanda. 5.4. Contratos Existentes Na hipótese de conflito entre as disposições deste Plano e as obrigações previstas nos contratos celebrados com qualquer Credor anteriormente à Data do Pedido, o Plano prevalecerá, observado o disposto no art. 61, 1º e 2º da Lei de Falências. 5.5. Encerramento da Recuperação Judicial Cumpridas as obrigações previstas no Plano que se vencerem até 2 (dois) anos depois da Data da Homologação Judicial, o juízo decretará por sentença o encerramento da recuperação judicial, nos termos do art. 63 da Lei de Falências. 5.6. Anexos Todos os Anexos a este Plano são a ele incorporados e constituem parte integrante do Plano. 5.7. Comunicações Todas as notificações, requerimentos, pedidos e outras comunicações a CAMERA Página 17 de 19

PARTICIPAÇÕES requeridas ou permitidas por este Plano, para serem eficazes, devem ser feitas por escrito e serão consideradas realizadas quando enviadas por correspondência registrada, com aviso de recebimento, ou por courier, e efetivamente entregues. Todas as comunicações devem ser endereçadas da seguinte forma: CAMERA PARTICIPAÇÕES LTDA. Rodovia RS 344 Km 39,5 Sala 07 CEP 98.900-000 SANTA ROSA RS A/C: Administração 5.8. Cessão de Créditos ou Sub-Rogação Os Credores poderão ceder seus Créditos a outros Credores ou a terceiros, e a cessão produzirá efeitos à CAMERA PARTICIPAÇÕES, desde que devidamente notificada e informada nos autos da Recuperação Judicial. Créditos relativos ao direito de regresso contra a CAMERA PARTICIPAÇÕES, e que sejam decorrentes do pagamento, a qualquer tempo, por terceiros, de créditos e/ou obrigações de qualquer natureza existentes, na Data de Publicação do Deferimento do Pedido de Recuperação Judicial, serão pagos nos termos estabelecidos neste Plano para os referidos Credores. 5.9. Lei Aplicável Os direitos, deveres e obrigações decorrentes deste Plano deverão ser regidos, interpretados e executados de acordo com as leis vigentes na República Federativa do Brasil. 5.10. Eleição de Foro Todas as controvérsias ou disputas que surgirem ou estiverem relacionadas a este Plano e aos Créditos serão resolvidas (i) pelo Juízo da Recuperação, até o encerramento do processo de recuperação judicial; e (ii) pelo Foro da Comarca de Santa Rosa, Estado do Rio Grande do Sul, com a expressa renúncia de qualquer outro por mais privilegiado que seja. 5.11. Assinaturas dos Responsáveis Legais da Empresa O Plano é firmado pelos representantes legais devidamente constituídos da CAMERA PARTICIPAÇÕES, que se responsabilizam pelo seu conteúdo e obrigações ora assumidas. GILBERTO LUIZ CAMERA Sócio Administrador Página 18 de 19

PARTE VI ANEXOS Camera Participações Ltda. CNPJ 09.605.509/0001-32 Anexo 1 - LAUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA Anexo 2 LAUDO DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL Página 19 de 19