AVALIAÇÃO DO ESTADO DE HIDRATAÇÃO E INGESTÃO HÍDRICA EM PRATICANTES DE TRIATLO

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Transcrição:

AVALIAÇÃO DO ESTADO DE HIDRATAÇÃO E INGESTÃO HÍDRICA EM PRATICANTES DE TRIATLO Nome dos autores: TAUANE VECHIATO 1 ; TATIENNE NEDER FIGUEIRA DA COSTA 2. 1 Aluna do Curso de Nutrição; Campus de Palmas; e-mail: tauanevechiato@gmail.com PIBIC/UFT 2 Orientador(a) do Curso de Nutrição; Campus de Palmas; e-mail: tatienneneder@mail.uft.edu.br RESUMO Introdução: O triatlo é composto por natação, ciclismo e corrida. Nesse esporte há uma grande produção de calor, que precisa ser dissipada para o meio externo através da evaporação do suor. Consequentemente, é fundamental uma adequada reposição de fluidos, a fim de assegurar o balanço hídrico dos atletas. Metodologia: A pesquisa foi realizada com cinco triatletas do sexo masculino. O local da pesquisa foi no Km 4,8 do lago de Palmas-Tocantins. Os participantes da pesquisa foram pesados antes e após o final da competição, e a partir a partir do delta da massa corporal foi calculado o grau de desidratação e posterior classificação do estado de hidratação mediante os pontos de corte propostos por CASA, 2000. Foi realizada a quantificação da ingestão de líquidos durante a prova de cada atleta e a taxa de sudorese de cada atleta. Resultados e Discussão: O tempo médio da prova foi de 78 min. Todos os atletas apresentaram uma desidratação mínima. A taxa de sudorese total, expressa em litros, foi de 2.259±0,858 L e a ingestão de líquidos foi de 0,564±0,287 L. Pôde-se concluir que os atletas não se rehidratam adequadamente durante o exercício. Palavras-chave: Triatlo; Estado de Hidratação; Desidratação; Taxa de Sudorese. INTRODUÇÃO O triatlo é uma modalidade esportiva composta por uma atividade ininterrupta e sequencial de natação, ciclismo e corrida. Portanto, para a realização deste esporte, há necessidade de um treinamento intensivo, já que são três modalidades distintas que devem ser praticadas com uma frequência mínima de três vezes por semana (FRIEDLER, 2008). Página 1

Durante uma prova de triatlo há uma grande produção de calor, com consequente elevação da temperatura corporal e que, portanto, precisa ser dissipada para o meio externo através da evaporação do suor (CARVALHO; MARA, 2010). Nesse mecanismo fisiológico há uma concomitante perda de água corporal, podendo ocasionar um quadro de desidratação, com consequente prejuízo ao desempenho (SAWKA, 1992, COYLE, 1992, ARMSTRONG, 1997). Características individuais como peso corporal, estado de aclimatação ao calor, condições ambientais, entre outros, podem influenciar significativamente na taxa de sudorese (ACSM, 2007). Desta forma, é de extrema importância que se avalie individualmente a taxa de produção de suor dos atletas, assim como o estado de hidratação e a ingestão hídrica durante o exercício, a fim de estabelecer estratégias de hidratação mais eficazes. MATERIAL E MÉTODOS Desenho Experimental A pesquisa foi realizada com triatletas pertencentes a uma equipe de triatlo da cidade de Palmas-Tocantins, durante uma simulação de prova do tipo Short. Previamente à experimentação, foi realizado um estudo piloto com 3 indivíduos, passando por todas as etapas da pesquisa. A temperatura ambiental e a umidade relativa do ar foram registradas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Sujeitos A pesquisa foi composta por 5 triatletas amadores, do sexo masculino. Os interessados assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, aprovado pelo Comitê de Ética em Seres Humanos da Universidade Federal do Tocantins (UFT). Local da Pesquisa O local de realização foi no Km 4,8, da ponte do lago de Palmas-Tocantins, onde já ocorrem os treinos habituais. Página 2

Caracterização da amostra A composição corporal foi avaliada ao início do estudo, pela bioimpedância bipolar (Omron body fat analyzer HBF-306), tomando-se os cuidados prévios para a fidedignidade dos resultados (HEYWARD e STOLARCZYK, 2000). Avaliação da Ingestão Hídrica Durante todo o período do exercício, a ingestão de água era ad libitum, a fim de reproduzir os hábitos de hidratação dos esportistas. Para o controle do volume hídrico ingerido, o nome de cada participante foi etiquetado em garrafas de água com volume inicial conhecido. Após o treino, foi contabilizado o volume final e, portanto, a ingestão hídrica individual. Os participantes foram instruídos previamente para não utilizarem a água para se molhar e o ponto de entrega das garrafas de água foi o mesmo dos dias de treino habitual. Durante o ciclismo não houve entrega, uma vez que os participantes comumente levam suas garrafas durante esta modalidade. A taxa de sudorese, expressa em L/h de exercício, foi calculada a partir da massa corporal pré e pós-treino, acrescido do volume de líquido ingerido e o volume urinário ao longo do exercício, de acordo com a equação proposta por HORSWILL (1998). Posteriormente, a produção de suor, em litros, foi multiplicada pelo tempo total de prova, a fim de obter a taxa de sudorese total. Os participantes foram orientados a manter o padrão habitual de refeições préexercício. Avaliação do Estado de Hidratação Inicialmente foi mensurada a massa corporal pré-exercício, em uma balança digital, com capacidade de 150kg, após esvaziamento da bexiga, seguindo os cuidados básicos para pesagem. Imediatamente pós-treino, foi realizado o mesmo procedimento. A partir da diferença entre a massa corporal antes e após o treinamento foi determinado o grau de desidratação (NATA, 2000). Para posterior classificação do estado de hidratação, foi utilizado os pontos de corte propostos por CASA et. al, 2000. Página 3

Análise Estatística Os dados antropométricos, de ingestão hídrica, taxa de sudorese e estado de hidratação durante o treino foram analisados mediante estatística descritiva. Todos os resultados foram expressos em média, desvio padrão e valores mínimo e máximo, empregando-se o programa estatístico BioStat 5.3 RESULTADOS e DISCUSSÃO O total de indivíduos avaliados foi 5, os quais apresentaram: idade 41±7 anos, peso corporal 77±8 Kg, altura 1,70±0,06m, IMC 26,66±2,8 Kg/m 2, percentual de gordura corporal 21,78±11,66%. A temperatura ambiental mínima e máxima no dia da pesquisa foi, respectivamente, 21,1ºC e 29,5ºC e a umidade relativa do ar se encontrava em 66% Ao final da prova os atletas apresentaram uma perda de massa corporal de 2,2±0,7%, classificada como desidratação mínima. Shirreffs, et al, 2005, avaliaram 26 jogadores profissionais de futebol em uma sessão de 90 min e segundo os autores, o percentual de perda de peso encontrado foi de 1,59±0,61%, valor inferior ao verificado em nosso estudo, mesmo com a duração do exercício sendo maior que a encontrada no presente trabalho (~78 min). Uma possível explicação para tal achado deve-se ao fato das diferentes condições climáticas entre os dois estudos (Temperatura 32ºC e umidade relativa do ar em 20%). A duração total da prova foi de 78±7,7 min, portanto, a taxa de sudorese foi de 2.259±0,858 L, com variação mínima de 1.344 L e máxima de 3.219 L. O volume de líquido ingerido neste período foi de 0,564±0,287 L, com variação mínima de 0,320 L e máxima de 1.050 L. Esses valores corroboraram com o estudo de Godois et al, 2013, que encontrou uma taxa de sudorese de 2,5±0.44L, ao avaliar 17 jogadores profissionais de futebol. Em contrapartida, outros estudos têm encontrado valores bastante distintos, como o estudo de Rossi, 2012, com praticantes de Triatlo, que encontrou uma média da taxa de produção de suor de 1,2L. Essas diferenças possivelmente se devem à diversidade de fatores capazes de influenciar a taxa de produção de suor, como estado de treinamento, duração e Página 4

intensidade do exercício, condições ambientais, tipo de roupa usada, equipamento utilizado, predisposição genética e estado de aclimação (ACSM, 2007). A ampla variabilidade interindividual pôde ser claramente observada no presente estudo, ao encontrarmos taxa de sudorese mínima de 1,3L e máxima de 3,2L. Por esta razão, é desejável que cada atleta realize a reposição hídrica baseada em sua taxa de sudorese e não em valores pré-estabelecidos por diretrizes. LITERATURA CITADA ARMATRONG LE, MARESH CM, GABAREE CV, HOFFMAN JR, KAVOURAS SA, KENEFICK RW, et al. Thermal and circulatory responses during exercise: effects of hypohydration, dehydration, and water intake. J Appl Physiol. Vo. 82, nº6. pág. 2038-35, 1997. American College of Sports Medicine (ACSM). Position Stand: Exercise and Fluid Replacement. Medicine & Science in Sports & Exercise, p. 377-390, 2007. CASA, D. J. National Athletic Trainers Association Position Statement: Fluid Replacement for Athletes. Journal of Athletic Training, v. 35, n. 02, p. 212-224, 2000. CARVALHO, T., MARA, L. S. Hidratação e Nutrição no Esporte. Rev. Bras. Med. Esporte. Florianópolis, SC. Vol. 16. n. 2. Pág. 144-148. Mar/Abr, 2010. COYLE EF, MONTAIN SJ. Benefits of fluid replacement with carbohydrate during exercise. Med Sci Sports Exerc. Vol. 24 (9 Suppl), pág. 324-330, 1992 FLIEDER, G. P. Triatlo. In: HIRSCHBRUCH, M. D., CARVALHO, J. R. Nutrição Esportiva Uma Visão Prática. Barueri, SP. Editora Manole, 2008. Ed. 2º. Pág. 264-287. HEYWARD, V. H.; STOLARCZYK, L. M. Avaliação da Composição Corporal Aplicada. São Paulo: Manole, p. 47-60, 2000. SHIRREFFS SM, ARAGON-VARGAS LF, CHAMORRO M, MAUGHAN RJ, SERRATOSA L, ZACHWIEJA JJ. The sweat-ing response of elite professional soccer players to training in the heat. Int J Sports Med. Vol. 26. n. 2. pág 90-95. 2005. AGRADECIMENTOS Agradeço a todos que de alguma forma contribuirão para a construção e realização deste estudo. O presente trabalho foi realizado com o apoio da UFT. Página 5