Propriedades das rochas Aula 3

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Transcrição:

Propriedades das rochas Aula 3 PMI-1712 Engenharia de Reservatórios I Ricardo Cabral de Azevedo

Sumário da Aula Relação com aulas anteriores Introdução Propriedades das rochas Conclusões Referências sobre essa aula Minas e de Petróleo 2

Relação com aulas anteriores Engenheiro de reservatórios Tópicos de engenharia de reservatórios Análise de fluidos Minas e de Petróleo 3

Introdução Importância Minas e de Petróleo 4

Propriedades das rochas Importância de suas diferentes propriedades físicas A quantidade de fluidos que poderá ser extraída (além de depender das propriedades dos próprios fluidos) depende em grande parte das propriedades básicas da rocha, como Dimensões Porosidade (efetiva) Saturação Permeabilidade (absoluta, efetiva e relativa) Compressibilidade Capilaridade Minas e de Petróleo 5

Porosidade Fundamentos (válidos para rochas sedimentares, em exploração de petróleo) Matriz: toda a parte sólida da rocha, independente de sua origem (diferente do conceito geológico de matriz) Poros: vazios na rocha, que podem ser preenchidos por fluidos De origem primária: poros formados durante a deposição De origem secundária ou subsequente: fraturas e dissoluções de parte da matriz Porosidade ( ): volume poroso/volume total Minas e de Petróleo 6

Porosidade: diagrama resumido Lembrando ainda a dissolução, e outras classificações, de acordo com o tipo de rocha A presença de outros materiais, como argila, nos poros, pode reduzir a porosidade efetiva 7

Porosidade tipos básicos Minas e de Petróleo 8

Porosidade constituintes tipo de porosidade matriz NA (1-porosidade total) água absorvida argila água de argila fluido livre porosidade efetiva porosidade total (medida no perfil) Minas e de Petróleo 9

Porosidade Minas e de Petróleo 10

Permeabilidade Medida da capacidade da rocha permitir fluxo Constante de proporcionalidade característica do meio poroso Minas e de Petróleo 11

Permeabilidade absoluta (k) É característica exclusiva da rocha (e não do fluido!) Unidade: Darcy (mais comumente o md) k = qµl/[a(p 1 -P 2 )] q: vazão através do meio poroso (cm 3 /s) µ: viscosidade (cp) 1 cp = 1. 10-3 dina-segundo/cm 2 L: comprimento do meio poroso (cm) A: área da secção transversal aberta ao fluxo (cm 2 ) P 1 -P 2 : diferencial de pressão (atm) Minas e de Petróleo 12

Permeabilidade absoluta (k) Canais porosos Quando há + estrangulamentos, + estreitos e + tortuosos: Há maior dificuldade de movimento do fluido (< permeabilidade) Quando há poros maiores e mais conectados: Há menor dificuldade de movimento (> permeabilidade) Minas e de Petróleo 13

Permeabilidade absoluta (k) Em um poço Deslocamento radial (meio poroso de forma cilíndrica) Fórmula adaptada (inclui B, para condições de superfície) De: k q L A* ( P1 P2) Para: k q B ln( re / r 2 h( pe p w ) ) w Minas e de Petróleo 14

Permeabilidade absoluta (k) Minas e de Petróleo 15

Permeabilidade efetiva (k x ) Efetiva ao fluido considerado: k o, k g e k a (efetiva ao óleo, ao gás e à água, respectivamente) Facilidade com que cada fluido se move na presença de outro(s) Aparece em reservatórios com 2 ou mais fluidos Depende da molhabilidade dos fluidos Quando o fluido molha preferencialmente a rocha, sua k x tende a ser menor Depende da saturação de cada fluido no meio poroso Conforme curva de permeabilidade efetiva (obtida de ensaios em laboratório) Quando um único fluido satura a rocha, torna-se igual à permeabilidade absoluta Minas e de Petróleo 16

Permeabilidade efetiva (k x ) Curva de permeabilidade efetiva (obtida de ensaios em laboratório) Pode variar muito em cada caso, podendo até inverter a concavidade Minas e de Petróleo 17

Permeabilidade efetiva (k x ) Experiências de injeção contínua de óleo (ou água) em meio poroso cilíndrico 100% saturado de água (ou óleo) Injeção se processa em uma base do cilindro Fluidos produzidos na face oposta (óleo e água) São ensaios bem lentos (podem levar meses), mas são muito importantes e frequentes, para se analisar k x em cada reservatório Minas e de Petróleo 18

Permeabilidade efetiva (k x ) Experiência A: injeção contínua de óleo em meio poroso cilíndrico 100% saturado de água 1: Enquanto o volume de óleo injetado é pequeno, ele não forma fase contínua e não consegue fluir (k o nula; teoria do movimento do óleo na presença de areia) Nesse momento só água é produzida 2: Saturação de óleo aumenta até S o crítica Óleo começa a fluir (fluxo bifásico) 3: Saturação de água cai até S a irredutível (k a = 0) Minas e de Petróleo 19

Permeabilidade efetiva (k x ) Experiência B - Processo inverso: S o inicial = 100% 1: Injeção contínua de água Nesse momento só óleo é produzido 2: Atinge-se S a irredutível Água começa a fluir 3: S o decresce até parar de fluir (k o = 0, S or ) Minas e de Petróleo 20

Permeabilidade relativa (k rx ) É uma permeabilidade normalizada Em estudos de reservatórios, utiliza-se permeabilidades normalizadas (divisão por um valor base): adimensionais Valor base mais comum: permeabilidade absoluta k rx = k x /k Varia de 0 a 1 Desde inexistência de fluxo (S = 0) até permeabilidade absoluta (S = 100%) Minas e de Petróleo 21

Saturação (S) % do volume poroso ocupado por cada fluido (supondo, nesse caso, que haja apenas fluidos) S x = V x / V p x: o (óleo), g (gás) ou a (água) S o + S g + S a = 1 (seria diferente havendo argila) S ao : saturação de água original (água que já havia no reservatório, antes do óleo ter migrado; é também chamada de água conata) S or : saturação de óleo residual (óleo restante no reservatório, que não se consegue produzir) Minas e de Petróleo 22

Compressibilidade (C) C = (ΔV / V) / ΔP ΔV / V: Variação fracional em volume Compressibilidade efetiva (C e ) Poros cheios de fluidos: o fluido gera pressão sobre as paredes dos poros (ou seja, sobre os grãos) Volume dos poros é função dessa pressão (pressão interna) Quanto menos fluido, menos pressão e menor volume de poros C e = (ΔV p / V p ) / ΔP p: poros Tem papel importante na produção do reservatório Minas e de Petróleo 23

Capilaridade Ocorre no interior dos meios porosos dos reservatórios de petróleo Ocorre porque em geral as jazidas contêm 2 ou mais fluidos imiscíveis (água, gás e óleo), ou seja: Não formam mistura homogênea Há uma superfície de separação Observação: a miscibilidade depende das composições e condições de temperatura e pressão dos fluidos Minas e de Petróleo 24

Capilaridade Minas e de Petróleo 25

Capilaridade Tensão superficial, ou interfacial ( ): força que impede o rompimento da superfície, por unidade de comprimento Pressão capilar (p c ): força (chamada de força capilar) que tende a puxar uma superfície para o centro (F c ), dividida pela área da superfície É também a diferença de pressão entre 2 fluidos imiscíveis em contato (ou seja, na interface) Minas e de Petróleo 26

Capilaridade Força capilar X Tensão superficial Minas e de Petróleo 27

Capilaridade Força capilar X Tensão superficial Demonstra-se que, para uma superfície esférica: p c = 2 /R, sendo R o raio da esfera Minas e de Petróleo 28

Molhabilidade Ângulo de contato ( ): é o ângulo (de 0 a 180 ) medido no líquido mais denso, como na figura abaixo: Minas e de Petróleo 29

Molhabilidade Quando < 90 : líquido mais denso molha preferencialmente o sólido Quando > 90 : líquido menos denso molha preferencialmente o sólido Relação entre e : cos wo = ( so sw ) / wo Minas e de Petróleo 30

Molhabilidade Reservatório molhado pela água (mais comum): Reservatório molhado pelo óleo: Minas e de Petróleo 31

Relação entre propriedades das rochas e dos fluidos Mobilidade (λ) Relação entre permeabilidade efetiva e viscosidade λ x = k x /μ x Depende da saturação (pois k x depende de S) Razão de mobilidades: R=λ a /λ o Quanto maior o R, menor a eficiência de deslocamento de óleo (fluido injetado tende a furar o banco de óleo, criando caminhos preferenciais entre poços injetores e produtores) Minas e de Petróleo 32

Fluxo de líquidos e gases em meios porosos As propriedades vistas até aqui são fundamentais para a geração de Modelos Estáticos do reservatório, para refletir sua situação inicial Entretanto, na Engenharia de Reservatórios, também é necessária a geração de Modelos Dinâmicos, para se analisar o fluxo dos fluidos ao longo do tempo Minas e de Petróleo 33

Fluxo de líquidos e gases em meios porosos q: Vazão de produção (m 3 /dia) Nas condições de temperatura e pressão do reservatório: q = 2π k h (p e - p w )/ [μ B ln(r e /r w )], ou q = 52,54 k h (p e - p w )/ [μ B ln(r e /r w )] nas unidades abaixo k (darcy) h (m) p (kgf/cm 2 ) μ (cp) B (fator volume de formação; adimensional) r e /r w (adimensional) 52,54 k h IP q / p B ln( r e/ r w) 34

Fluxo de líquidos e gases em meios porosos: indicadores Histórico de produção: registro, acompanhamento e análise de Pressões Vazões RGO (razão gás / óleo) RAO (razão água / óleo) Corte (cut) de água: água / (óleo+água) BSW (basic sediments and water) BSW = q sed+água / q total Produções acumuladas de cada fluido Minas e de Petróleo 35

Fluxo de líquidos e gases em meios porosos: indicadores Histórico de produção Usado para o acompanhamento e verificação do acerto das decisões tomadas no desenvolvimento do reservatório Sua maior importância, entretanto, está em fornecer os melhores subsídios para a previsão do comportamento do reservatório Minas e de Petróleo 36

Exercício 3: porosidade Ler páginas 91 a 95 do livro-texto: ROSA, A.; CARVALHO, R.; XAVIER, D. Engenharia de Reservatórios de Petróleo. Editora Interciência, Rio de Janeiro, 2006. Resolver o exercício do exemplo 2.1 (página 95) Resolver o seguinte exercício: Nesse exemplo, se a segunda câmara não tivesse sido completamente evacuada, mas tivesse permanecido com uma pressão de 11,2 mm de Hg, qual seria a porosidade obtida? Prazo de entrega: conforme orientação em sala Minas e de Petróleo 37

Conclusões Considerações finais Minas e de Petróleo 38

Referências sobre essa aula COSSÉ, R. Basics of Reservoir Engineering, Gulf Publishing Company, Houston, 1993. FANCHI, J.R. Principles of Applied Reservoir Simulation, Gulf Publishing Company, Houston, 1997. ROSA, A.; CARVALHO, R.; XAVIER, D. Engenharia de Reservatórios de Petróleo. Editora Interciência, Rio de Janeiro, 2006. (livro-texto) THOMAS, J.E. Fundamentos de Engenharia de Petróleo, Editora Interciência, Rio de Janeiro, 2001. Minas e de Petróleo 39

Sumário da aula Relação com aulas anteriores Introdução Propriedades das rochas Conclusões Referências sobre essa aula Próxima Aula Geoestatística Dúvidas: rcazevedo@usp.br Minas e de Petróleo 40