TÉCNICAS LABORATORIAIS DE ORTODONTIA : INTEGRAÇÃO ENTRE DISCIPLINA DE ORTODONTIA E ESCOLA TÉCNICA DE SAÚDE

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Transcrição:

TÉCNICAS LABORATORIAIS DE ORTODONTIA : INTEGRAÇÃO ENTRE DISCIPLINA DE ORTODONTIA E ESCOLA TÉCNICA DE SAÚDE ANDRADE¹, Ednara Mércia Fernandes BELTRÃO², Rejane Targino Soares FARIAS¹, Ricardo Lombardi de LIMA¹, Karina Jerônimo Rodrigues Santiago de VILELA³, Raíssa Marçal Centro de Ciências da Saúde - CCS, Departamento de Odontologia Restauradora- DOR, ENEX RESUMO Devido à inexistência em outras Universidades da inter-relação entre a Disciplina de Ortodontia e a Escola Técnica Federal de Saúde, esse projeto de extensão apresenta uma característica inovadora. É explícita a necessidade do conhecimento laboratorial em Ortodontia para os alunos que ingressam nessas Escolas Técnicas de Saúde, tendo além de aulas teóricas, principalmente aulas práticas, com estágios em que possam praticar seus conhecimentos adquiridos. Esse projeto de extensão permite que os alunos da Escola Técnica, se deparem diretamente com o paciente, o alvo do seu trabalho, possibilitando muitas vezes uma auto avaliação e em muitos casos quando necessário a correção imediata após a identificação de erros na confecção. No projeto são realizadas aulas teóricas e laboratoriais, onde os alunos recebem todas as informações da literatura pertinente aos assuntos desenvolvidos, sendo avaliados ao final de cada módulo por meio de um teste. Durante as aulas laboratoriais iniciais, cada aluno recebe uma lista de exercícios práticos de adestramento manual, deixando-os aptos, ao final desses exercícios, para confeccionarem aparelhos ortodônticos de diversos tipos. O módulo final é desenvolvido dentro das Clínicas de Odontopediatria e Clínica Integrada Infantil em que os alunos realizam estágio de 02 meses para aprimoramento da confecção dos aparelhos ortodônticos. A Universidade Federal da Paraíba não dispõe de técnico em Ortodontia, sendo de extrema importância essa atividade de extensão para o bom desempenho dos resultados do tratamento dos pacientes da comunidade, e ao mesmo tempo para permitir uma melhor qualificação dos protéticos que estão em formação. PALAVRAS-CHAVE: Técnicos em Prótese Dentária, Ortodontia, Odontologia.

INTRODUÇÃO Devido à inexistência em outras Universidades desta inter-relação entre a Disciplina de Ortodontia e a Escola Técnica Federal de Saúde, esse projeto de extensão apresenta uma característica inovadora e, como tal, a literatura apresenta-se escassa a respeito deste assunto. Porém, é explícita a necessidade do conhecimento laboratorial em Ortodontia para os alunos que ingressam nessas Escolas Técnicas de Saúde, tendo além de aulas teóricas, principalmente aulas práticas, com estágios em que possam praticar seus conhecimentos adquiridos. Esse projeto atinge um público alvo bem abrangente desde os alunos da Disciplina de Laboratório em Ortodontia, da Escola Técnica em Prótese Dentária, alunos da graduação do 8 e 9 períodos até os pacientes em atendimento nas clínicas. Permite uma melhor qualificação dos protéticos que estão em formação, pois estes recebem orientação tanto laboratorial como presencial por visualizarem a instalação e ajuste dos aparelhos, o que proporciona uma experiência diferenciada além da laboratorial, devido a atuação junto aos alunos da graduação em Odontologia da UFPB. Essa atividade também beneficia os alunos da graduação, mantendo-os em contato facilitador e direto com os técnicos, o que estimula um maior senso crítico na confecção e instalação dos aparelhos ortodônticos. À semelhança de qualquer trabalho humano, o trabalho tecnológico surgiu e se desenvolveu para satisfazer necessidades humanas. Tais necessidades são a razão de ser e dão sentido ao esforço cotidiano de milhares de profissionais em todo o mundo. Ao longo dos séculos o processo de trabalho foi se tornando mais e mais complexo até atingir o estágio atual, que se caracteriza pela acentuada divisão técnica, produto histórico do desenvolvimento científico-técnico. Mudanças nos processos de trabalho vêm determinando mudanças nos sujeitos desses processos, conforme assinalam vários autores entre os quais Pinto (2000) e Moysés & Watt (2000). Durante séculos, o ambiente, as técnicas e o sujeito do trabalho odontológico preservaram algumas características essenciais. Em linguagem contemporânea, pode-se dizer que o operador, ao lado da cadeira, realizava isoladamente procedimentos profissionais e técnicos num ambiente clínico de aproximadamente 10 m 2. A revolução industrial criou, também no campo odontológico, as condições para a rápida transformação do processo de trabalho e do seu sujeito. Logo apareceram diferentes especialistas, dividindo tecnicamente o trabalho em sentido horizontal e também os auxiliares e técnicos, direcionando verticalmente essa divisão. Dentre os auxiliares, o protético e o auxiliar de 2

consultório foram e são ainda hoje unanimemente aceitos. Nos dias atuais, contudo, novos tipos de pessoal odontológico vêm sendo utilizados em diferentes países e também no Brasil. O fato de a prática odontológica poder se realizar para além dos limites do consultório (KRIGER, 2002), através, por exemplo, das ações coletivas em saúde bucal, tem implicado mudanças no sujeito do trabalho odontológico. O cirurgiãodentista (CD) trabalhando isoladamente vem cedendo lugar à equipe de saúde bucal, tendo ainda o suporte técnico e laboratorial (BOTAZZO et al., 1989). DESENVOLVIMENTO Esse projeto de extensão permite que os alunos da Escola Técnica, se deparem diretamente com o paciente, o alvo do seu trabalho, possibilitando muitas vezes uma auto avaliação e em muitos casos quando necessário a correção imediata após a identificação de erros na confecção. Esse contato beneficia não apenas o técnico por estar acompanhando a instalação dos seus próprios aparelhos, pelos alunos da graduação, como também o próprio aluno da graduação, que além de poder contar com o técnico de forma imediata para eventual problema durante a instalação do aparelho, estabelece através desse contato as limitações dessa inter-relação, observando até aonde o técnico e o profissional devem atuar, estabelecendo desde a graduação a responsabilidade de cada parte (PINTO, 2000; MOYSÉS & WATT, 2000). Essa inter-relação auxilia ainda de forma direta o paciente que muitas vezes vem de cidades do interior da Paraíba, transportados em ambulâncias da prefeitura, tornando-se inviável o envio dos modelos para um laboratório particular, pela demora na captação do modelo de gesso, confecção do aparelho e entrega. Em alguns casos quando esse processo ocorre leva um tempo tão dispendioso que o período encerra e quando o paciente retorna no outro período para instalação o aparelho não mais adapta em decorrência de alterações no arco em consequência do crescimento. Dessa forma a atuação do técnico, como estagiário, dentro da clínica de Ortodontia, acelera o serviço, favorecendo a todos que trabalham neste setor, além de enriquecer o ensino e a aprendizagem entre todas as partes, o professor, o aluno de graduação, o aluno da escola técnica e o paciente (BOTAZZO et al., 1989). No projeto são realizadas aulas teóricas e laboratoriais, onde os alunos recebem todas as informações da literatura pertinente aos assuntos desenvolvidos, sendo avaliados ao final de cada módulo por meio de um teste. Durante as aulas laboratoriais iniciais, cada aluno recebe uma lista de exercícios práticos de adestramento manual, 3

deixando-os aptos, ao final desses exercícios, para confeccionarem aparelhos ortodônticos de diversos tipos. O módulo final é desenvolvido dentro das Clínicas de Odontopediatria e Clínica Integrada Infantil em que os alunos realizam estágio de 02 meses para aprimoramento da confecção dos aparelhos ortodônticos (dentro do laboratório das clínicas) além de visualizarem as instalações desses aparelhos nos pacientes, pelos alunos da graduação, possibilitando assim uma interação entre os novos técnicos e os alunos da graduação de Odontologia, de grande importância para ambos. CONSIDERAÇÕES FINAIS A Universidade Federal da Paraíba não dispõe de técnico em Ortodontia, sendo de extrema importância essa atividade de extensão para o bom desempenho dos resultados do tratamento dos pacientes da comunidade, e ao mesmo tempo para permitir uma melhor qualificação dos protéticos que estão em formação, pois estes recebem orientação tanto laboratorial como presencial por visualizarem a instalação e ajuste dos aparelhos, o que proporciona uma experiência diferenciada além da laboratorial. Essa atividade também beneficia os alunos da graduação, mantendo-os em contato facilitador e direto com os técnicos, o que estimula um maior senso crítico na confecção e instalação dos aparelhos ortodônticos. Torna-se também importante afirmar que a Escola Técnica não possui um professor de Ortodontia contratado para este fim, sendo necessária a continuidade desse projeto, principalmente para aqueles que possuam interesse e habilidades manuais, em realizar tal técnica, podendo depois, serem inseridos no mercado de trabalho com muito mais aceitação e facilidade. REFERÊNCIAS BOTAZZO, C.; MANFREDINI, M.A.; NARVAI, P.C. Força de trabalho em saúde bucal. Saúde em Debate, 24: 74-7, 1989. KRIGER, L. PREFÁCIO. In: MOYSÉS SJ (coord.). Os dizeres da boca em Curitiba: boca maldita, Boqueirão, bocas saudáveis. Rio de Janeiro: CEBES-SMS Curitiba, 2002 MOYSÉS, S.T.; WATT, R. Promoção de saúde bucal: definições. In: Buischi YP. Promoção de saúde bucal na clínica odontológica. São Paulo: Artes Médicas-APCD, 2000. 4

PINTO, V.G. Saúde bucal coletiva. São Paulo: Santos, 2000. ¹ Universidade Federal da Paraíba, Professor colaborador, ednaramfa@hotmail.com, karina-lima@uol.com.br, lorto@uol.com.br ² Universidade Federal da Paraíba, Professor Coordenador, rejanetsb@uol.com.br ³ Universidade Federal da Paraíba, Extensionista Bolsista, raissa_vilela@hotmai.com 5