RELATO GERENCIAL MUNICÍPIO DE VISTA ALEGRE DO PRATA/RS



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Transcrição:

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL RELATO GERENCIAL MUNICÍPIO DE VISTA ALEGRE DO PRATA/RS 1. Trata o presente Relato dos resultados gerenciais dos exames realizados sobre os 18 Programas de Governo executados na base municipal de Vista Alegre do Prata/RS em decorrência do 16º Evento do Projeto de Fiscalização a partir de Sorteios Públicos. 2. As fiscalizações tiveram como objetivo analisar a aplicação dos recursos federais no Município sob a responsabilidade de órgãos federais, estaduais, municipais ou entidades legalmente habilitadas. 3. Os trabalhos foram realizados in loco no Município, por técnicos da Controladoria- Geral da União CGU, no período de 27/06 a 01/07/2005, sendo utilizados em sua execução as técnicas de inspeções físicas e documentais, realização de entrevistas, aplicação de questionários, registros fotográficos e circularizações. 4. Os Programas de Governo que foram objeto das ações de fiscalização estão apresentados no quadro a seguir, por Ministério Supervisor, discriminando, a quantidade de fiscalizações realizadas e os recursos aproximados aplicados, por Programa. 4.1 Recursos recebidos e quantidade de fiscalizações realizadas Ministério Supervisor Ministério das Comunicações Ministério do Desenvolvimento Agrário Ministério do Desenvolvimento Ação Governamental Fiscalizada Fiscalização da Universalização dos Serviços de Telecomunicações Nacional Fiscalização da Prestação dos Serviços de Telecomunicações Nacional Concessão de Crédito para Aquisição de Imóveis Rurais e Investimentos Básicos Fundo da Terras Financiamento e Equalização de Juros para a Agricultura Familiar Serviços de Proteção Socioassistencial à Pessoa Idosa Quantidade de Fiscalizações Valores envolvidos 01 0,00 01 0,00 03 46.350,00 01 19.488,65 01 874,80 16º Sorteio de Unidades Municipais Vista Alegre do Prata RS

Ministério Supervisor Social e Combate à Fome Ministério da Educação Ação Governamental Fiscalizada Quantidade de Fiscalizações Valores envolvidos Serviços de Proteção Socioassistencial à Criança e ao Adolescente 01 1.320,00 Serviços de Proteção Socioassistencial à Pessoa com Deficiência 01 1.200,00 Transferência de Renda Diretamente às Famílias em Condição de Pobreza e Extrema Pobreza (Lei nº 10.836, de 2004) 01 31.756,00 Funcionamento dos Conselhos e Comissões de Gestão Compartilhada da 01 0,00 Assistência social Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar PNATE 01 7.711,45 Apoio a Alimentação Escolar na Educação Básica PNAE 01 4.734,00 Censo Escolar da Educação Básica 01 0,00 Ministério da Financiamento e Equalização de Juros para Fazenda a Agricultura Familiar PRONAF Pagamento de Aposentadorias/Pagamento Ministério da de Pensões Previdência Social Fiscalização do Recolhimento das Contribuições Previdenciárias Atendimento Assistencial Básico nos Municípios Brasileiros Ministério da Saúde Ministério do Trabalho e Emprego Incentivo Financeiro a Municípios Habilitados à Parte Variável do Piso de Atenção Básica PAB para Assistência Farmacêutica Básica 01 (vide MDA) 02 5.980,00 01 17.518,85 01 26.180,64 01 1.583,04 Gestão e Administração do Programa 01 0,00 TOTAL: 28 164.697,43 5. Os resultados das fiscalizações realizadas, sempre que os trabalhos tenham evidenciado fatos relevantes que indiquem impropriedades/irregularidades na aplicação dos recursos federais examinados, são demonstrados a seguir, em fascículos específicos por Ministério. Assim sendo, não foram preparados fascículos sobre os recursos oriundos dos Ministérios da Previdência Social e do Trabalho e Emprego. 6. Os fascículos a seguir contemplam um detalhamento das seguintes constatações: Ministério das Comunicações: 1.1. Inexistência de posto de atendimento pessoal ao usuário do serviço telefônico fixo comutado. 16º Sorteio de Unidades Municipais Vista Alegre do Prata RS 2

Ministério do Desenvolvimento Agrário: 1.1. Inexistência de placa indicativa do apoio do Banco da Terra em imóvel adquirido; e 2.1. Intempestividade da liberação de recursos em operação financiada pelo PRONAF. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome: 1.1. Inexistência de Coordenação Municipal do Programa Bolsa Família; 1.2. Cartões de beneficiários mantidos sob a responsabilidade de servidor da Prefeitura; 1.3. Beneficiários com sinais exteriores de possuírem renda superior à estabelecida pelo Programa; 1.4. Beneficiários do Bolsa Família com duplicidade cadastral; 1.5. Deficiências nos controles de entrega de cartões magnéticos para saque de benefícios do Programa Bolsa Família, por parte da Caixa Econômica Federal; e 1.6. Beneficiário do Bolsa Família recebendo valor superior ao devido. Ministério da Educação: 1.1. Manutenção de recursos do PNATE em conta corrente sem utilização e sem aplicação no mercado financeiro; 1.2. Impropriedades em contratação de empresa para realização do transporte escolar mediante dispensa de licitação; 2.1. Representante da Administração Municipal sócio de empresa vencedora de certames licitatórios para a aquisição de alimentação escolar; 2.2. Impropriedades na elaboração de edital de licitação modalidade Convite; 2.3. Inexistência do mínimo de três propostas válidas para itens constantes em licitações na modalidade Convite; e 2.4. Inexistência de orientação técnica de profissional habilitado em Nutrição para elaboração de cardápio. Ministério da Fazenda: 1.1. Ausência de assinaturas dos mutuários em declarações de aptidão relativas a operações realizadas ao amparo do PRONAF; 1.2. Ausência de assinatura de responsável pela entidade representativa dos trabalhadores em declaração de aptidão relativa a operação realizada ao amparo do PRONAF; e 1.3. Exigência de reciprocidade por parte do agente financeiro, relativamente a operação realizada ao amparo do PRONAF. Ministério da Saúde: 1.1. Falta de exigência de comprovação da regularidade fiscal junto à Fazenda Nacional em processos licitatórios relacionados ao Piso de Atenção Básica (PAB- Fixo); 16º Sorteio de Unidades Municipais Vista Alegre do Prata RS 3

1.2. Falta de exigência da declaração prevista no art. 1º do Decreto nº 4.358/2002, relativa ao trabalho de menores, em processos licitatórios relacionados ao PAB-Fixo; 1.3. Falta de tempestividade na alimentação do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN); 2.1. Medicamentos adquiridos em desacordo com os pactuados no Plano Estadual de Assistência Farmacêutica; 2.2. Divergência nos quantitativos de medicamentos do sistema de controle de estoque da Unidade Básica de Saúde; 2.3. Falta de exigência da declaração prevista no art. 1º do Decreto nº 4.358/2002, relativa ao trabalho de menores, em processos licitatórios vinculados ao Programa de Assistência Farmacêutica Básica; e 2.4. Ausência de repasses da contrapartida estadual para o Programa de Assistência Farmacêutica Básica nos últimos doze meses. Porto Alegre/RS, 08 de julho de 2005. 16º Sorteio de Unidades Municipais Vista Alegre do Prata RS 4

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 513 MUNICÍPIO DE VISTA ALEGRE DO PRATA - RS MINISTÉRIO DAS COMUNICAÇÕES 16º Sorteio do Projeto de Fiscalização a Partir de Sorteios Públicos Sorteio de Unidades Municipais 09/JUNHO/2005

RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 513 MUNICÍPIO DE VISTA ALEGRE DO PRATA RS Na Fiscalização realizada a partir de Sorteios Públicos de Municípios, dos Programas de Governo financiados com recursos federais e também Programas cujos serviços são prestados em regime de concessão, autorização ou permissão, foram examinadas no período de 27 de junho a 01 de julho de 2005 as seguintes Ações sob responsabilidade e supervisão do Ministério das Comunicações: Fiscalização da Universalização dos Serviços de Telecomunicações. Fiscalização da Prestação dos Serviços de Telecomunicações. Este relatório, de caráter preliminar, destinado aos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, gestores centrais dos programas de execução descentralizada, inclusive sob o regime de concessão, contempla, constatações de campo que apontam o possível descumprimento de dispositivos legais, regulamentares e contratuais estabelecidos para esse tipo de execução. Constatações da Fiscalização 1 Programa: Oferta de Serviços de Telecomunicações. Ação: Fiscalização da Prestação dos Serviços de Telecomunicações. Objetivo da Ação de Governo: Garantir a qualidade na prestação dos serviços de telefonia fixa comutada. Ordem de Serviço: 164437 Objeto Fiscalizado: Existência de atendimento pessoal ao usuário Agente Executor Local: Concessionária do Serviço Telefônico Fixo Comutado na Região do Plano Geral de Outorga na qual se insere o município. Qualificação do Instrumento de Transferência: Não se aplica Montante dos Recursos Financeiros: Não se aplica Extensão dos Exames: Modalidade de atendimento pessoal a usuários. 1.1) Inexistência de posto de atendimento pessoal ao usuário do serviço telefônico fixo comutado. Fato(s): Constatamos que não existe, atualmente, posto de atendimento pessoal ao usuário do serviço de telefonia fixa no município fiscalizado. Em resposta à Solicitação de Fiscalização n 164437/01/CGURS/CGU/PR, o Prefeito Municipal informou que não existe posto de atendimento pessoal aos usuários de serviços telefônicos (fixo), a cargo das empresas concessionárias. Evidência: Resposta da Prefeitura Municipal de Vista Alegre do Prata à Solicitação de Fiscalização n 164437/01/CGURS/CGU/PR. 16º Sorteio de Unidades Municipais Vista Alegre do Prata RS 1

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 513 MUNICÍPIO DE VISTA ALEGRE DO PRATA - RS MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO 16º Sorteio do Projeto de Fiscalização a Partir de Sorteios Públicos Sorteio de Unidades Municipais 09/JUNHO/2005

RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 513 MUNICÍPIO DE VISTA ALEGRE DO PRATA RS Na Fiscalização realizada a partir de Sorteios Públicos de Municípios, dos Programas de Governo financiados com recursos federais, foram examinadas, no período de 27 de junho a 01 de julho de 2005, as seguintes ações sob responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento Agrário: Concessão de Crédito para Aquisição de Imóveis Rurais e Investimentos Básicos Fundo de Terras. Financiamento e Equalização de Juros para a Agricultura Familiar. Este relatório, de caráter preliminar, destinado aos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, gestores centrais dos programas de execução descentralizada, contempla, em princípio, constatações de campo que apontam para o possível descumprimento de dispositivos legais e contratuais estabelecidos para esse tipo de execução. Constatações da Fiscalização 1 Programa: Crédito Fundiário Ação:. Concessão de Crédito para Aquisição de Imóveis Rurais e Investimentos Básicos Fundo de Terras. Objetivo da Ação de Governo: Promover o acesso à terra, por meio de crédito fundiário, necessário à compra da terra e à estruturação das novas unidades produtivas. Ordens de Serviço: 164839, 164846 e 164853. Objeto Fiscalizado: 2 (duas) operações de financiamento para aquisição de imóveis rurais referentes ao programa Banco da Terra, quais sejam, 40/00176-8 e 40/00355-8. Agente Executor Local: Agência Regional do Banco da Terra (Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste - AMESNE). Qualificação do Instrumento de Transferência: Instrumento único por beneficiário que engloba Escritura Pública de Compra e Venda do Imóvel, Contrato de Financiamento e Pacto Adjeto de Hipoteca. Montante de Recursos Financeiros: R$ 46.350,00 (quarenta e seis mil, trezentos e cinqüenta reais). Extensão dos exames: Foi verificada em campo a totalidade das operações amostradas. 1.1) Inexistência de placa indicativa do apoio do Banco da Terra em imóvel adquirido. Verificamos, em relação à operação n.º 40/00355-8, que não havia placa indicativa afixada, referenciando o apoio do Banco da Terra, conforme disposto nas respectivas Escrituras Públicas de Compra e Venda com Pacto Adjeto de Hipoteca, especificamente na alínea e da Cláusula Décima Quarta. 1

Evidências: a) Formulário Banco da Terra Questionário com o Beneficiário referente à verificação realizada por ocasião de visita, em 29/06/2005, à propriedade adquirida. b) Escritura Pública de Compra e Venda, Contrato de Financiamento e Pacto Adjeto de Hipoteca referente à operação de nº 40/00355-8. 2 Programa: Agricultura Familiar - PRONAF Ação: Financiamento e equalização de juros para a agricultura familiar. Objetivo da Ação de Governo: Fortalecer a agricultura familiar, promovendo sua inserção competitiva nos mercados de produtos e fatores. Ordem de Serviço: 165431. Objeto Fiscalizado: Operações de Crédito do PRONAF. Agente Executor Local: Agência 0409-X Nova Prata /RS do Banco do Brasil. Qualificação do Instrumento de Transferência: Nota de Crédito Rural. Montante de Recursos Financeiros: R$ 19.488,65 (dezenove mil, quatrocentos e oitenta e oito reais e sessenta e cinco centavos). Extensão dos exames: Análise dos dossiês referentes a três contratos de financiamento e visitas in loco aos locais de execução dos projetos técnicos referentes aos contratos 20/03095-9, 20/03507-1 e 20/03122-X, que representam 100 % do montante de recursos financeiros. 2.1) Intempestividade da liberação de recursos em operação financiada pelo PRONAF. Em relação à operação identificada pelo número 20/03122-X, houve manifestação, por parte do respectivo mutuário, de que os recursos foram liberados em época não adequada. De acordo com o mesmo, após a aquisição da terra o recurso foi liberado em sessenta dias. Todavia, para realizar o plantio na época adequada, o mutuário teve de obter recursos de terceiros. Evidência: a) Formulário PRONAF Mutuário referente a entrevista com o mutuário de CPF nº 110.476.070-34, realizada em 28/06/2005. 2

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 513 MUNICÍPIO DE VISTA ALEGRE DO PRATA - RS MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME 16º Sorteio do Projeto de Fiscalização a Partir de Sorteios Públicos Sorteio de Unidades Municipais 09/JUNHO/2005

RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 513 MUNICÍPIO DE VISTA ALEGRE DO PRATA RS Na Fiscalização realizada a partir de Sorteios Públicos de Municípios, dos Programas de Governo financiados com recursos federais, foram examinadas, no período de 27/06 a 01/07/2005, as seguintes Ações sob responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome: Serviços de Proteção Socioassistencial à Pessoa Idosa Serviços de Proteção Socioassistencial à Criança e ao Adolescente Serviços de Proteção Socioassistencial à Pessoa com Deficiência Transferência de Renda Diretamente às Famílias em Condição de Pobreza e Extrema Pobreza (Lei nº 10.836, de 2004) Funcionamento dos Conselhos e Comissões de Gestão Compartilhada da Assistência social Este relatório, de caráter preliminar, destinado aos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, gestores centrais dos programas de execução descentralizada, contempla, em princípio, constatações de campo que apontam para o possível descumprimento de dispositivos legais e contratuais estabelecidos para esse tipo de execução. Esclarecemos que os Executores Municipais dos Programas, quanto àqueles sob sua responsabilidade, já foram previamente informados sobre os fatos relatados, tendo se manifestado em 1º/08/2005, cabendo ao Ministério supervisor, nos casos pertinentes, adotar as providências corretivas visando à consecução das políticas públicas, bem como à apuração das responsabilidades. Ressaltamos que o Município sob análise vem cumprindo com o disposto no artigo 2º da Lei n.º 9.452/97, o qual versa sobre a determinação da Prefeitura do Município notificar os Partidos Políticos, os Sindicatos de Trabalhadores e Entidades Empresariais, com sede no município, sobre a liberação de recursos por órgãos e entidades da administração federal direta, autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista. 1 - Programa: Transferência de Renda com Condicionalidades (BOLSA FAMÍLIA). Ação: Transferência de Renda Diretamente às Famílias em Condição de Pobreza e Extrema Pobreza (Lei nº 10.836/2004). Objetivo da Ação de Governo: Melhorar as condições socioeconômicas das famílias pobres e extremamente pobres, por meio da transferência de renda condicionada ao cumprimento, por parte dos beneficiários do programa, de agenda de compromissos na área da saúde e da segurança alimentar, bem como à freqüência escolar das crianças de 6 a 15 anos. 1

Ordem de Serviço: 164578. Objeto Fiscalizado: Controles mantidos pela Prefeitura Municipal de Vista Alegre do Prata/RS para a execução do Bolsa Família, no que diz respeito ao processo de monitoramento do cadastro e do cumprimento das condicionalidades pelas famílias; operacionalização do Programa pela Caixa Econômica Federal e atuação do controle social. Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Vista Alegre do Prata/RS. Qualificação do Instrumento de Transferência: Transferência direta ao Cidadão. Montante de Recursos Financeiros: R$ 31.756,00. Extensão dos exames: Execução do Programa Bolsa Família no período de 01/01/2004 a 30/06/2005, bem como realização de entrevistas com 13 famílias beneficiárias. 1.1) Inexistência de Coordenação Municipal do Programa Bolsa Família. Constatamos que a Coordenação Municipal do Programa Bolsa Família, prevista no inc. I do art. 14 do Decreto nº 5.209/2004, não foi formalmente constituída pelo Poder Executivo Municipal. Consoante o mencionado dispositivo legal, compete ao Município constituir coordenação composta por representantes das áreas da saúde, educação, assistência social e segurança alimentar, quando existentes, que será responsável pelas ações do Programa na esfera municipal. Evidência: a) Registros relativos à operacionalização do Programa Bolsa Família no município, consignados no Formulário Bolsa Família Questionário-Prefeitura. Manifestação do Prefeito Essa Coordenação é realizada pelo Conselho Municipal de Assistência Social, o qual é constituído por integrantes que fazem parte das áreas citadas no artigo 14 do decreto nº 5209/2004, com exceção da segurança alimentar. Análise da Equipe Foi verificado que as atribuições de controle social do Programa Bolsa Família, no município, estão sendo realizadas pelo Conselho Municipal de Assistência Social; contudo não há constituição formal de Coordenação Municipal do Programa. A Coordenação Municipal do Programa Bolsa Família, cuja constituição é responsabilidade do município, conforme previsto no inciso I, art. 14, do Decreto nº 5.209/2004, não se confunde com o órgão de controle social, cuja constituição é mencionada no inciso VI do citado artigo e cuja forma de estruturação é detalhada no artigo 29 do dispositivo legal em questão. Assim, a manifestação apresentada não descaracteriza a impropriedade. 1.2) Cartões de beneficiários mantidos sob a responsabilidade de servidor da Prefeitura. Verificamos que a Secretária Municipal de Educação, Cultura, Desporto, Turismo e Assistência Social do município, inscrita no CPF sob o nº 286.984.010-15, possui sob sua responsabilidade dois cartões de beneficiários do Bolsa Família, inscritos sob o NIS 16352689184-01 e 20062791642-01. Em relação ao primeiro beneficiário foi apresentada procuração, datada de 08/11/2004, constituindo a atual Secretária de Educação como sua procuradora. Cabe ressaltar que o art. 23, 1º, do Decreto nº 5.209/2004 determina que o cartão de pagamento é de uso pessoal e intransferível, assim como não estão sendo atendidos os requisitos previstos no art. 23, 2º do Decreto nº 5.209/2004, referentes à hipótese de impedimento do titular. 2

Quanto à existência de cartões de beneficiários em seu poder, a Prefeitura assim se manifestou: Temos em poder da Secretária da Educação dois (2) cartões: o de [...], cujo NIS 16352689184-01, da qual a Senhora [...] é procuradora, conforme nº 281/20-579, livro nº 160 do Tabelionato de Guaporé e, [...], nº NIS 20062791642-01, a qual só recebe vale-gás. Dispomos do cartão, por ela ser analfabeta e alcoólatra. Com os recursos recebidos é adquirida alimentação. Evidência: a) Documento da Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Desporto, Turismo e Assistência Social, sem numeração, datado de 28/06/2005, em resposta a questionamento efetuado por meio da Solicitação de Fiscalização nº 164578/001/CGURS-PR; e b) Cópia do instrumento de procuração nº 281/20-579, livro nº 160 do Tabelionato de Notas de Guaporé. Manifestação do Prefeito Os cartões, cujos NIS são 16352689184-01 e 20062791642-01 serão entregues as titulares. Os referidos cartões ficaram sob a responsabilidade da Secretária Municipal de Educação, somente para ajudar essas pessoas, que são por nós conhecidas, incapazes de guardar a senha e cartão, por serem alcoólatras e analfabetas. Análise da Equipe A manifestação apresentada corrobora o apontamento realizado, indicando a motivação para a manutenção de cartões sob a responsabilidade de servidor da Prefeitura Municipal, bem como informando que referidos cartões serão entregues aos beneficiários do Programa. 1.3) Beneficiários com sinais exteriores de possuírem renda superior à estabelecida pelo Programa. Fato(s): Constatamos, por meio de inspeção realizada "in loco", que os seguintes beneficiários apresentam sinais exteriores de possuírem renda superior aos limites estabelecidos pela Lei nº 10.836/2004 para participar do Programa: a) NIS nº 163.52742.68-9: A família (quatro pessoas) é proprietária e reside em casa em boas condições, em área de 15 ha, conforme informações colhidas junto à beneficiária. Além disto, verificamos, por meio de relatório de operações por produtor rural, fornecido pela Prefeitura, que entre janeiro/2004 e abril/2005, a família efetuou venda de produção no montante de R$ 9.580,41. b) NIS nº 161.77645.98-5: A beneficiária reside com os pais em casa de alvenaria de boa qualidade. Na residência há seis pessoas, sendo duas crianças e quatro adultos. Conforme informações obtidas junto à beneficiária, todos os adultos têm renda, sendo seus pais aposentados, ela e o marido trabalhadores informais. c) NIS n 161.77597.27-1: A família (quatro pessoas) é proprietária e reside em casa em boas condições, possui veículo próprio. Além disto, verificamos por meio de relatório de operações por produtor rural fornecido pela Prefeitura que entre janeiro/2004 e abril/2005, a família efetuou venda de produção no montante de R$ 5.283,39. Evidência: a) Informações obtidas por ocasião de entrevistas realizadas com os beneficiários, registradas em formulário de entrevistas Bolsa Família Questionário-Famílias ; b) Cópia de relatório de operações por produtor rural fornecido pela Prefeitura; c) Registros fotográficos apresentados a seguir: 3

Foto 01: Residência da família da beneficiária de NIS nº163.52742.68-9 Foto 02: Residência da família da beneficiária de NIS nº163.52742.68-9 Foto 03: Residência da família da beneficiária de NIS nº161.77645.98-5. Foto 04: Residência da família da beneficiária de NIS nº161.77645.98-5. Foto 05: Residência da família da beneficiária de NIS nº161.77597.27-1. Foto 06: Automóvel da família beneficiária de NIS nº 161.77597.27-1 Manifestação do Prefeito 4

Referente a este item, informamos que os NIS 1635274268-9, 1617764598-5 e 1617759727-1 serão excluídos através do próprio programa utilizando-se do aplicativo inconsistência do cadastramento Único, que já está sendo atualizado. Análise da Equipe A manifestação apresentada pelo gestor municipal informa a adoção de providências para a exclusão dos beneficiários apontados com indícios de não serem elegíveis ao Programa Bolsa Família, conforme registrado no campo Fato, corroborando o apontamento realizado. Cabe destacar que não foi indicada a realização de revisão cadastral dos beneficiários em questão, de forma a subsidiar as alterações que por ventura venham a ser realizadas. 1.4) Beneficiários do Bolsa Família com duplicidade cadastral. Fato(s): Nas visitas realizadas às famílias beneficiárias, constatamos caso de beneficiário com mais de um NIS, conforme segue: a) Em visita ao beneficiário constante na amostra cadastrado sob o NIS 120.42820.68-9, o mesmo nos apresentou cartões magnéticos com o NIS citado anteriormente e com o NIS 209.20030.88-7; e Evidência: a) Informações obtidas por ocasião de entrevistas realizadas com os beneficiários, registradas em formulário de entrevistas Bolsa Família Questionário-Famílias. Manifestação do Prefeito a) A beneficiária cadastrada sob NIS 1204282068-9 e 2092003088-7 só recebe benefício pelo primeiro NIS. No segundo a beneficiária não foi localizada por este nº NIS. Análise da Equipe A informação apresentada confirma o apontamento de existência de duplicidade cadastral; quando informado que a beneficiária não recebe benefícios por meio de um dos NIS, fica implícito que a mesma possui dois números de identificação, corroborando a situação registrada em relatório, qual seja, de duplicidade cadastral. Cabe ressaltar que, conforme enfatizado pelo gestor municipal, não foi identificada duplicidade de recebimento pelo beneficiário em questão. Agente Executor Local: Caixa Econômica Federal - Agência em Nova Prata/RS. Qualificação do Instrumento de Transferência: Transferência direta ao Cidadão. Montante de Recursos Financeiros: R$ 31.756,00. Extensão dos exames: Analisados os controles da CAIXA em relação à entrega de 13 cartões magnéticos aos beneficiários do Programa. 1.5) Deficiências nos controles de entrega de cartões magnéticos para saque de benefícios do Programa Bolsa Família, por parte da Caixa Econômica Federal. Fato(s): Constatamos deficiências nos controles de entrega de cartões magnéticos, por parte da Caixa Econômica Federal, conforme segue: a) Para os responsáveis de NIS 16002659928, 16177597271, 16177645985, 12455274936, 16352742689, 12491680736, 12455280006 não constam no controle de entrega a data de entrega do cartão; 5

b) Para o responsável de NIS 16527808640 não consta no controle de entrega a assinatura do beneficiário. Evidência: a) Registros relacionados à análise da documentação, apresentada pela Caixa Econômica Federal - Agência em Nova Prata, referente à entrega dos cartões magnéticos. 1.6) Beneficiário do Bolsa Família recebendo valor superior ao devido. Fato(s): Verificamos que o beneficiário de NIS 160028.204-27 está recebendo benefício mensal de R$ 38,00 (valor confirmado mediante termo de entrevista). De acordo com a folha de pagamento e cadastro, a beneficiária deveria receber somente o benefício variável e possui apenas um dependente, razão pela qual deveria estar recebendo no máximo R$ 23,00 (R$ 15,00 referente a benefício remanescente do Bolsa Escola e R$ 8,00 referente a benefício remanescente do Auxílio- Gás). Evidências: a) Folhas de pagamento da CAIXA referentes aos meses de abril e maio/2005; b) Informações obtidas por ocasião de entrevista realizada com o beneficiário, registradas em formulário de entrevistas Bolsa Família Questionário-Famílias. c) Resposta à Solicitação de Fiscalização nº 164578/003/CGURS/CGU/PR, enviada por meio de mensagem eletrônica em 08/08/2005, às 16h14min. d) Arquivo contendo cópia das telas de pagamento do Bolsa Família à beneficiária no período de janeiro a maio de 2005. Manifestação da CAIXA Em resposta à Solicitação de Fiscalização nº 164578/003/CGURS/CGU/PR, foi informado: A família migrou para o Programa BFAM em novembro/2004, caso a família migrasse para o Programa Bolsa Família sem o benefício extraordinário passaria a receber somente R$ 15,00 (da criança menor, pois a dependente Tatiana já tinha 16 anos). Assim, o sistema no momento de migrar a beneficiária para o Programa, verificou que a mesma possuia direito a 01 criança R$ 15,00 e o variável de R$ 23,00. Análise da Equipe As informações apresentadas não justificam a situação apontada, haja vista que, para migração, o Sistema deveria adotar os mesmos critérios de idade que adota para pagamento, qual seja idade de 15 anos em janeiro do ano em que ocorrerá a transferência. Ainda, a beneficiária continua a receber R$ 38,00, no exercício de 2005, situação confirmada pelos extratos de pagamento de benefício disponibilizados pela CAIXA em atendimento à mesma Solicitação de Fiscalização nº 164578/003/CGURS/CGU/PR anteriormente citada. Assim, o valor total do benefício pago indevidamente, no exercício de 2005, totalizou R$ 75,00, referente a Benefício remanescente do Bolsa Escola, pago no período de janeiro a maio de 2005, de criança que não faz mais jus ao benefício do bolsa Escola por ter ultrapassado a idade limite estabelecida pelo Programa. 6

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 513 MUNICÍPIO DE VISTA ALEGRE DO PRATA - RS MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 16º Sorteio do Projeto de Fiscalização a Partir de Sorteios Públicos Sorteio de Unidades Municipais 09/JUNHO/2005

RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO Nº 513 MUNICÍPIO DE VISTA ALEGRE DO PRATA RS Na Fiscalização realizada a partir de Sorteios Públicos de Municípios, dos Programas de Governo financiados com recursos federais, foram examinadas, no período de 27/06 a 01/07/2005, as seguintes Ações sob responsabilidade do Ministério da Educação: Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar PNATE Apoio a Alimentação Escolar na Educação Básica PNAE Censo Escolar da Educação Básica Este relatório, de caráter preliminar, destinado aos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, gestores centrais dos programas de execução descentralizada, contempla, em princípio, constatações de campo que apontam para o possível descumprimento de dispositivos legais e contratuais estabelecidos para esse tipo de execução. Esclarecemos que os Executores Municipais dos Programas, quanto àqueles sob sua responsabilidade, já foram previamente informados sobre os fatos relatados, tendo se manifestado em 1º/08/2005, cabendo ao Ministério supervisor, nos casos pertinentes, adotar as providências corretivas visando à consecução das políticas públicas, bem como à apuração das responsabilidades. Ressaltamos que o Município sob análise vem cumprindo com o disposto no artigo 2º da Lei nº 9.452/97, o qual versa sobre a determinação da Prefeitura do Município notificar os Partidos Políticos, os Sindicatos de Trabalhadores e Entidades Empresariais, com sede no município, sobre a liberação de recursos por órgãos e entidades da administração federal direta, autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista. Constatações da Fiscalização 1 Programa: Brasil Escolarizado. Ação: Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar PNATE. Objetivo da Ação de Governo: Garantir a oferta do transporte escolar aos alunos do Ensino Fundamental público, residentes em área rural, por meio de assistência financeira, em caráter suplementar, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios e aos alunos das escolas de Educação Especial mantidas pelas Organizações Não-Governamentais (ONGs). Ordem de Serviço: 164725. Objeto Fiscalizado: Aplicação dos recursos destinados ao apoio ao transporte escolar de alunos do ensino fundamental. Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Vista Alegre do Prata/RS. Qualificação do Instrumento de Transferência: Transferência direta. Montante de Recursos Financeiros: R$ 7.711,45. 1

Extensão dos Exames: Analisada a aplicação dos recursos repassados à Prefeitura Municipal de Vista Alegre do Prata/RS nos exercícios de 2004 e 2005. 1.1) Manutenção de recursos do PNATE em conta corrente sem utilização e sem aplicação no mercado financeiro. Verificamos que os recursos do PNATE permaneceram em conta corrente do Banco do Brasil sem aplicação financeira, durante todo o exercício de 2004, contrariando a determinação contida no art. 4º, incisos III e IV, da Resolução CD/FNDE n.º 18/2004. Evidência: a) Extratos bancários da conta corrente n.º 12118-5, Agência 0409 do Banco do Brasil, referentes aos exercícios de 2004 e 2005. Manifestação do Prefeito Com referência a aplicação dos recursos de que trata este item, informamos que não houve aplicação financeira no exercício de 2004, pelo fato dos repasses serem feitos em pequenos valores, ou seja, R$ 675,56 mensais, a contar do mês de maio de 2004, com exceção do mês de dezembro de 2004, onde o Município recebeu dois repasses, sendo um no valor de R$ 675,56 e outro no valor de R$ 584,76, sendo que os mesmos foram utilizados no pagamento do Transporte Escolar, tão logo foram recebidos pelo Município. Esclarecemos ainda, que no exercício de 2005, os recursos estão sendo aplicados no mercado financeiro, conforme demonstramos através do extrato de contas do Banco do Brasil Agência 409-X, Conta 12118-5, em anexo DOC 01. Análise da Equipe A manifestação apresentada corrobora integralmente o apontamento realizado, qual seja, que os recursos do PNATE, referentes ao exercício de 2004, não foram aplicados, contrariando o disposto no art. 4º, incisos III e IV, da Resolução CD/FNDE n.º 18/2004. É apresentada, ainda, a motivação para a ausência de aplicação dos recursos, o que, contudo, não afasta a impropriedade registrada. 1.2) Impropriedades em contratação de empresa para realização do transporte escolar mediante dispensa de licitação. A Prefeitura contratou para o exercício de 2005, por meio do processo nº 016/2005, empresa para realização de transporte escolar mediante dispensa de licitação. Constatamos as seguintes impropriedades: a) A contratação foi fundamentada no Art.24, inciso IV da Lei nº 8.666/93, que prevê a dispensa da licitação nos casos de emergência ou de calamidade pública. Constou no processo somente informação de que contratação emergencial fez-se necessária tendo em vista o processo licitatório não estar concluído às vésperas do início do ano letivo. Todavia, através de adequado processo de planejamento de aquisição, os serviços poderiam ter sido contratados mediante regular processo de licitação, vez que, por se tratar de um serviço continuado, a administração teve conhecimento do término do contrato anterior, não se justificando a ocorrência de contratação emergencial; b) A justificativa da opção pela empresa contratada (Art. 26, único, Inciso II da Lei nº 8.666/93), constante do processo, refere que a mesma foi a única que se dispôs a realizar o serviço, não 2

havendo, entretanto, comprovantes de que outras empresas foram contatadas para apresentar proposta para a realização do serviço; c) Com relação à justificativa de preço apresentada (Art. 26, único, Inciso III da Lei nº 8.666/93), não foram anexados documentos que comprovem a situação descrita no processo, qual seja a de que após pesquisa realizada junto a empresas do ramo, é o preço que está sendo em média praticado. Evidência: a) Registros da análise do Processo de Dispensa de Licitação nº 016/2005; e b) Cópia do contrato de Transporte Escolar n 026/2005. Manifestação do Prefeito: Questionado a respeito das situações descritas nos itens b e c, por ocasião dos trabalhos de campo, o Gestor Municipal assim se manifestou: Com relação ao item b : Referente a empresa contratada, conforme contrato nº 026/2005, foi adotado como justificativa por tratar-se de uma empresa com sede no Município, onde existem apenas outras duas empresas atuando no ramo, as quais demonstraram interesse em realizar outros trajetos. Por oportuno, deve ser ressaltado que devido a falta de acesso pavimentado ao Município, inclusive por diversas vezes as empresas de outros Municípios, não tem demonstrado interesse em realizar o transporte, especialmente por um período temporário e condicional, até o momento em que se concretizasse a licitação em andamento. Com relação ao item c : O preço contratado foi calculado, tomando-se como base as planilhas de custos elaboradas pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura, referente ao custo do transporte escolar, tendo sido feito uma média de preços para cada tipo de veículo, média esta encontrada somando-se os preços da planilha, dividindo-se pelo número de trajetos, e que, inclusive para elaboração das planilhas foi feito uma pesquisa de preços informal junto à empresas que atuam no ramo, a fim de apurar custos. Em resposta ao Informativo encaminhado ao Prefeito, contendo os resultados da fiscalização, foram apresentadas, por meio do Of. 068/2005, de 29/07/2005, as seguintes justificativas: a) o Município fez a contratação de empresas para o transporte escolar, mediante dispensa de licitação, conforme processo nº 016/2005, em virtude da revogação do processo licitatório realizado através do Edital de Tomada de Preços de nº 003/2005, cópia em anexo DOC 02. A Revogação ocorreu em data de 24 de fevereiro de 2005, ou seja, na data de início do ano letivo, não restando outra alternativa à Administração Municipal. Cabe ressaltar, que a cada ano letivo, os trajetos do transporte escolar são revistos e alterados, adequando-os a necessidade, levando-se em conta os trechos a serem percorridos, bem como o número de alunos transportados em cada trajeto. b) Com relação a justificativa da opção pelas empresas contratadas, constantes no processo nº 016/2005, foi adotado como justificativa por tratar-se de empresas com sede no Município, as quais se dispuseram a realizar os serviços pelo tempo e preço contratado, esclarecendo que existem três empresas atuando no Município no ramo do transporte escolar, e que todas elas foram contratadas conforme consta no processo nº 016/2005, em anexo DOC 03. c) Conforme já informado a esta Controladoria, em data de 05 de julho do corrente, a justificativa do preço contratado, referente aos contratos do processo nº 016/2005, foi calculado, tomando-se como base as planilhas de custos do transporte escolar, tendo sido feito uma média de preços para cada tipo de veículo, média esta encontrada somando-se os preços da planilha, dividindo-se pelo 3

número de trajetos, e que foi feito uma pesquisa informal junto às empresas que atuam no ramo, a fim de apurar os custos. DOC 04. Análise da Equipe: A justificativa apresentada para a contratação de empresa para realização de transporte escolar, por meio de dispensa de licitação, baseia-se na revogação de processo licitatório, na modalidade de Tomada de Preços, iniciado em 25/01/2005, conforme evidenciado na documentação disponibilizada e citada na manifestação do gestor municipal. O início do ano letivo,em 24/02/2005, teria ensejado tal contratação haja vista que a revogação do processo licitatório ocorreu em tal data, bem como a contratação por meio de dispensa de licitação. Cabe destacar ainda, que a contratação em tela, por meio do Contrato nº 26/2005, foi realizada com período de vigência de 60 dias, constando em contrato que o mesmo poderia findar antes, em decorrência de contratação de empresa por meio do devido processo licitatório; contudo, não evidenciamos a instauração de procedimento licitatório com tal fim até a data de encerramento dos trabalhos de campo, em 1º/07/2005, 127 dias após a contratação inicial, tendo ocorrido nova dispensa de licitação, por meio do Processo nº 026/2005, para a contratação dos mesmos serviços. Os argumentos apresentados não descaracterizam a situação de inexistência de adequado planejamento do processo de aquisição, haja vista que o processo licitatório foi iniciado 1 mês antes da data de início do ano letivo, de forma que os prazos a serem cumpridos eram exíguos. Ainda, a não instauração de novo procedimento licitatório para a realização do serviço anteriormente contratado por meio de dispensa de licitação indica a inexistência de providências efetivas com o intuito de realizar contratação dos serviços por meio de processo que garanta a economicidade da contratação. Em relação aos fatos apontados nos itens b e c, as justificativas apresentadas não elidem as falhas apontadas, vez que os documentos hábeis a subsidiar a seleção das empresas contratadas, bem como os preços a serem praticados, não constavam do processo, em desacordo com previsão do único do art. 26 da Lei nº 8.666/93. 2 Programa: Brasil Escolarizado. Ação: Apoio à Alimentação Escolar na Educação Básica - PNAE. Objetivo da Ação de Governo: Suprir parcialmente as necessidades nutricionais dos alunos, com vistas a contribuir para a melhoria do desempenho escolar, para a redução da evasão e da repetência, e, para formar bons hábitos alimentares. Ordem de Serviço: 164879. Objeto Fiscalizado: Aquisição de gêneros alimentícios para as escolas, movimentação da conta bancária específica do programa, fornecimento de merenda aos alunos e condições físicas oferecidas pelas escolas para o preparo da alimentação escolar. Agente Executor Local: Prefeitura Municipal de Vista Alegre do Prata/RS. Qualificação do Instrumento de Transferência: Transferência direta. Montante de Recursos Financeiros: R$ 4.734,00. Extensão dos exames: Analisada a aplicação dos recursos repassados à Prefeitura Municipal de Vista Alegre do Prata/RS referente aos exercícios de 2004 e de 2005, os controles vigentes no Município para a operacionalização do Programa, a atuação do Conselho de Alimentação Escolar e a execução do Programa na Escola Municipal Giuseppe Tônus. 2.1) Representante da Administração Municipal sócio de empresa vencedora de certames licitatórios para a aquisição de alimentação escolar. Verificamos que o Vice-Prefeito Municipal, vinculado à Administração 2001-2004, inscrito no CPF sob o nº 297.434.000-87, é sócio da empresa inscrita no CNPJ sob o nº 4

05.031.080/0001-66, uma das licitantes vencedoras dos certames licitatórios relativos aos editais modalidade Convite nº 026/2004, 038/2004 e 039/2004. Estas contratações totalizaram vendas à Prefeitura no montante de R$ 891,00 em 2004. Estes fatos vão de encontro aos princípios constitucionais da impessoalidade, da igualdade e da moralidade, consubstanciados no caput do art. 37 da Constituição Federal/1988, e, também, ao disposto no inciso III, art. 9º da Lei n.º 8.666/1993. Evidência: a) Registros da análise dos processos licitatórios referentes aos Convites nº 008/2004, 022/2004, 026/2004, 032/2004, 038/2004, 039/2004 e 050/2004; b) Informações obtidas por meio de pesquisa efetuada no sistema CNPJ da Secretaria da Receita Federal, em 05/07/2005. Manifestação do Prefeito Cabe esclarecer em primeiro lugar, que a Empresa Manfi Comércio e Representações Ltda, inscrita no CNPJ sob nº 05.031.080/0001-66, é a única padaria com sede no Município, tendo participado das licitações na modalidade de Carta-Convite de nºs 026/2004, 038/2004 e 039/2004, e tendo sido a vencedora entre as convidadas para o fornecimento de pães nos três processos licitatórios acima mencionados. Cabe esclarecer ainda, que para a Carta-Convite de nº 026/2004, foram convidadas três empresas, para a Carta-Convite de nº 038/2004, foram convidadas quatro empresas e para a Carta- Convite de nº 039/2004, foram convidadas cinco empresas, conforme se comprova através dos processos licitatórios acima citados, cópia anexa. DOC 05. Esclarecemos também que o Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, através do parecer coletivo 03/94, conforme cópia anexa, DOC 06, assim se manifestou: Entende-se existir impedimento a que pessoa jurídica da qual o titular do poder Executivo ou o Vice-Prefeito seja sócio ou partícipe de licitação e contrate com o Poder Público, ressalvados os casos em que o contrato obedecer cláusulas predispostas e uniformes, as quais dá-se a adesão do contratante. Neste contexto, salientamos que todas as empresas participantes dos processos licitatórios receberam propostas idênticas, ou seja, sem diferenças que pudessem beneficiar esta ou aquela empresa. Análise da Equipe Em que pesem as justificativas apresentadas e o parecer do Tribunal de Contas do Estado, cuja cópia foi apensada à manifestação e extrato foi reproduzido, os esclarecimentos não descaracterizam a impropriedade apontada. A vedação à participação do Vice-Prefeito Municipal está disposta no art. 9º, inciso III, da Lei nº 8.666/93, a seguir reproduzido: Art. 9º Não poderá participar direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles necessários: (...) III servidor ou dirigente de órgão ou entidade contratante ou responsável pela licitação. (...) 2.2) Impropriedades na elaboração de edital de licitação modalidade Convite. Verificamos que nos editais referentes aos Convites nº 008/2004, 022/2004, 026/2004, 032/2004, 038/2004, 039/2004, 050/2004, 018/2005 e 025/2005 relativos à aquisição de alimentação escolar, não constou exigência de apresentação, por parte dos licitantes, de certidão 5

negativa de débito junto à Fazenda Nacional, em desacordo com a jurisprudência do Tribunal de Contas da União, emitida por meio dos seguintes julgados: Decisão nº 705/94 Plenário, Decisão nº 246/97 Plenário e Decisão nº 841/99 Plenário. O art. 195, 3, da CF/1988, dispõe acerca da impossibilidade de contratação com empresa em débito com a seguridade social, sendo que as contribuições sociais que formam a receita da Seguridade Social são administradas tanto pelo INSS quanto pela Secretaria da Receita Federal (PIS e COFINS), razão pela qual devem ser exigidas, na fase de habilitação das licitações, a respectiva comprovação de regularidade junto à Fazenda Nacional, seja a Certidão de Quitação de Tributos e Contribuições Federais seja a Certidão de Quitação da Dívida Ativa da União emitida pela Procuradoria da Fazenda Nacional. Evidência: a) Registros relacionados aos processos licitatórios relativos aos Convites n.º 008/2004, 022/2004, 026/2004, 032/2004, 038/2004, 039/2004, 050/2004, 018/2005 e 025/2005. Manifestação do Prefeito Foi verificado pela equipe de auditoria, que os convites nº 008/2004, 022/2004, 026/2004, 032/2004, 038/2004, 039/2004, 050/2004, 018/2005 e 025/2005, relativa a aquisição de Merenda escolar, não consta a exigência de apresentação, por parte dos licitantes, de Certidão Negativa de Débito junto a Fazenda Nacional, em desacordo com a jurisprudência do Tribunal de Contas da União. Cabe ressaltar que a Lei 8666/93 em seu artigo 32 1º, assim dispõe: 1º - A documentação de que tratam os artigos 28 a 31 desta Lei poderá ser dispensada, no todo ou em parte, nos casos de Convite, Concurso, fornecimento de bens para pronta entrega e Leilão. Esclarecemos, que mesmo assim, em todos os processos licitatórios de que trata este item, foram solicitadas as Certidões Negativas relativas ao INSS e FGTS. Análise da Equipe As justificativas apresentadas pelo gestor municipal não descaracterizam as impropriedades apontadas, vez que a jurisprudência do Tribunal de Contas da União, consubstanciada nas Decisões anteriormente referidas, indica a necessidade de comprovação de inexistência de débito com a seguridade social, para contratação com o poder público, por força de dispositivo constitucional. Como parte da receita da Seguridade Social é arrecadada pela Secretaria da Receita Federal, torna-se necessária a exigência de comprovação de inexistência de débitos junto à Fazenda Nacional. 2.3) Inexistência do mínimo de três propostas válidas para itens constantes em licitações na modalidade Convite. Fato(s): Em análise efetuada nos processos de licitação na modalidade Convite, para a aquisição de gêneros alimentícios referentes à merenda escolar, constatamos a inexistência do mínimo de três propostas válidas em relação a itens dos convites 008/2004, 026/2004, 032/2004, 038/2004, 050/2004 e 018/2005, em desacordo com a jurisprudência do Tribunal de Contas da União, consignada, por exemplo, nos Acórdãos n.º 31/2000 Plenário, 39/2004 Primeira Câmara e 901/2004 Plenário, e na Decisão nº 608/2002 Plenário, referentes a auditorias realizadas na aplicação de recursos públicos federais gerenciados por prefeituras. Cumpre registrar que não consta, nos processos disponibilizados pelo Município, a formalização de justificativas para a não obtenção do número mínimo de propostas exigidas, tampouco houve a repetição dos convites ( 7º do art. 22 da Lei nº 8.666/1993). 6

Evidência: a) Registros referentes às análises dos processos administrativos relativos aos Convites n.º 008/2004, 026/2004, 032/2004, 038/2004, 050/2004 e 018/2005. Manifestação do Prefeito Quanto ao item em tela, esclarecemos o seguinte: Não é compatível com a Lei o entendimento de que o número mínimo de três deverá ser apurado em relação às propostas válidas. Alguns têm afirmado que, inexistindo número igual ou superior a três propostas válidas, a licitação deverá ser repetida. Ou seja, problema não seria de dirigir o convite para três licitantes, mas de ser por eles atendido. Em primeiro lugar, não é possível subordinar a validade da licitação à escolha, totalmente subjetiva e arbitrária, dos particulares a quem foi dirigido o convite. Se os particulares não desejarem apresentar proposta ou se o fizerem em termos inadequados, não se pode atribuir a consequência da automática invalidação do certame. Depois, a interpretação sistemática evidencia a improcedência do raciocínio. Trata-se de conjugar o art. 22, 3º, com o art. 48, 3º. Este último dispositivo estabelece que, desclassificadas todas as propostas, poderá abrir-se prazo para os licitantes renovarem-nas, escoimando-as de seus defeitos. A aplicação do dispositivo põe o intérprete diante de uma situação absurda. Suponha-se que três propostas sejam apresentadas e, no curso do convite, uma delas seja desclassificada. Aplicando-se a interpretação ora combatida para o art. 22, 3º, o resultado seria a necessidade de repetir a licitação; afinal, haveria apenas duas propostas válidas e consideráveis. Imagine-se, porém, que todas as três propostas fossem inválidas. Por força do art. 48, 3º, bastaria reabrir prazo para renovação das propostas. Ou seja, a Lei teria tratado mais beneficamente a existência de três propostas defeituosas. Seria mais eficiente que todas as propostas fossem deficientes do que existir duas propostas válidas. Em suma, a expressa referência à figura do convite, contida no art. 48, 3º, impõe o raciocínio de que a licitação deverá continuar normalmente quando existir pelo menos uma proposta válida e formalmente aceitável. Análise da Equipe A manifestação do gestor municipal não elide a constatação apontada, vez que inexistem, nos processos, justificativas para a não repetição do procedimento licitatório, seja por inexistência de interessados, seja por limitações de mercado. De acordo com o entendimento do Tribunal de Contas da União, no convite são necessárias pelo menos três propostas válidas, isto é que atendam todas as exigências do ato convocatório. Não é suficiente a apresentação de três propostas, é preciso que as três sejam válidas. Se isso não ocorrer, a Administração deve repetir o convite, enquanto existirem cadastrados não convidados nas últimas licitações. Ainda, de acordo com o 7 do art. 22 da Lei n.º 8.666/93, nos casos de limitação no mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, que impossibilite a obtenção do número de três propostas válidas, tais circunstâncias devem ser devidamente justificadas no processo de licitação, sob pena de repetição do convite, o que não se verificou nos processos em questão. 2.4) Inexistência de orientação técnica de profissional habilitado em Nutrição para elaboração de cardápio. Constatamos que não há registro formal de existência de orientação técnica de profissional habilitado em Nutrição para a elaboração e composição de cardápio a ser utilizado na escola atendida pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (Escola Municipal Giuseppe Tônus), em desacordo com o art. 10 das Resoluções FNDE n.º 35, de 01/10/2003, e 38, de 23/08/2004. 7