O USO DE SOFTWARES NO ENSINO DE FUNÇÕES QUADRÁTICAS EM UM PROJETO EDUCACIONAL DE JOVENS E ADULTOS.

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Transcrição:

O USO DE SOFTWARES NO ENSINO DE FUNÇÕES QUADRÁTICAS EM UM PROJETO EDUCACIONAL DE JOVENS E ADULTOS. Vagner Felix dos Santos Prof. Dr. Jaime Sandro da Veiga UNICSUL Universidade Cruzeiro do Sul SP. vagnerfelix@gmail.com jaimedaveiga@yahoo.com.br 1. Introdução. A utilização da Internet e de softwares educacionais em laboratórios de informática vem se transformando em auxílios pedagógicos poderosos, incluindo digitalmente os alunos na sociedade contemporânea e motivando-os ainda mais no processo educacional, dando-lhes - muitas vezes - uma qualificação profissional requerida à atuação no mercado de trabalho. Sabe-se bem que os alunos do projeto Educação de Jovens e Adultos (E.J.A.) não tiveram oportunidades ou acesso à escolaridade e hoje pleiteiam o direito ao conhecimento e a uma possível ascensão social. O uso das TICs tem realmente facilitado a aceleração do processo de ensinoaprendizagem, propiciando melhor desempenho aos alunos ao introduzir visualizações de gráficos de funções e de objetos geométricos em que é possível fazer rotações e reflexões, tornando o processo bastante dinâmico em relação aos livros didáticos, proporcionando um complemento moderno e, até há pouco tempo inimaginado e, até recentemente, não explorado. Quando o computador é usado por professores e alunos transformam-se em um instrumento de aprendizagem que irá desempenhar tarefas e contribuir para um contexto sócio-cultural em que se desenvolvem as relações entre professor e alunos em torno do saber matemático. Tendo em vista a ementa curricular para os alunos do E.J.A., conforme as orientações curriculares (2006) para o ensino médio, que dita o que se segue: Já se pensando na tecnologia para a matemática, há programas de computador (softwares) nos quais os alunos podem explorar e construir diferentes conceitos matemáticos, referidos a seguir como programas de

expressão. Os programas de expressão apresentam recursos que provocam, de forma muito natural, o processo que caracteriza o pensar matematicamente, ou seja, os alunos fazem experimentos, testam hipóteses, esboçam conjecturas, criam estratégias para resolver problemas. (ORIENTAÇÕES CURRICULARES PARA O ENSINO MÉDIO, 2006, p. 90), observa-se que há uma abertura para a introdução de softwares educacionais envolvendo alunos do E.J.A.. Uma nova metodologia pedagógica que faça o uso da informática é bem-vinda, criativa e pertinente para o atual momento político e econômico, político pois o governo tem intensificado e estimulado o uso dos computadores nas escolas, e econômico, devido às facilidades de compra que são oferecidas atualmente no Brasil, através do computador. Os alunos, por intermédio de softwares, terão novas ferramentas para a resolução de problemas e, concomitantemente, entusiasmo para aprender. A Internet oferece possibilidades imensas de busca de informações, além de ter um mecanismo de comunicação que acessa pessoas especialistas nas mais diversas áreas do conhecimento. O uso do computador no processo de ensino-aprendizagem leva a uma mudança de posicionamento do professor frente o aluno, saindo do processo centrado no professor para o centrado no aluno. Agora é o momento apropriado de buscar novas formas de integração do conhecimento, ter um pensamento contemporâneo para compreender os objetos do mundo. Morin (2003) afirma que, compreender inclui, necessariamente, um processo de empatia, de identificação e projeção. Sempre intersubjetiva, a compreensão pede abertura, simpatia e generosidade. (MORIN,2003, p. 95).

Ajuda-nos a trabalhar com a ação coletiva, em que podemos melhorar nossos planejamentos, trabalhando com intercâmbios entre os alunos, para avaliar os conhecimentos individuais, estados emocionais e os convívios sociais. 2. Objetivo. Ao realizarmos este estudo enquanto docentes em pleno exercício, vivenciando as experiências em sala de aula e envolvidos por todas as dificuldades que cercam este cenário, nossos anseios apontam para o desenvolvimento de atividades que deixam de privilegiar somente a reprodução mecânica dos meios, em que modelos prontos são rotinas e o raciocínio lógico matemático é esquecido, mas também que favoreçam a situações propícias a escolhas democráticas de temas que sejam relevantes, próximos e realmente necessários ao público-alvo trabalhado. Nesse sentido, destacamos a importância da seqüência didática a ser trabalhada, em que a coleta, a mobilização, a interpretação e a sistematização de dados são integradas. Associamos o computador a esse processo para permitir que o aluno avance com maior eficiência em todas as etapas, possibilitando, para alguns, um primeiro contato com a máquina, para outros, um aprofundamento na familiarização e, para ambos, a possibilidade de apropriação desta, visando a sua utilização com um meio educacional. 3. Justificativa.

Para que o processo de ensino da função quadrática seja executado com melhor adequação, o computador será utilizado para permitir uma melhor visualização e dinamização da tarefa, favorecendo o aluno no desencadeamento de análises e reflexões sobre o processo, além de permitir integrar conhecimentos, generalizar e obter suas conclusões. Esperamos utilizar uma prática para gerir a progressão das aprendizagens, em que o aluno possa superar barreiras produzidas por dispositivos de diferenciação, que passe a valorizar a cooperação e o trabalho coletivo, sabendo dispor das tecnologias, explorando suas potencialidades didáticas de programas com relação aos objetivos dos vários domínios do ensino, visando o estabelecimento de regularidades, definindo estratégias diferenciadas, possibilitando ao professor um papel de facilitador de suas aprendizagens. Lévy (1996) afirma que um ambiente computacional que proporciona aos alunos a produção de hipertexto e ou multimídia interativa, adapta-se às tendências modernas e educacionais da tecnologia voltadas ao ensino, conforme suas palavras: É bem conhecido o papel fundamental do envolvimento pessoal do aluno no processo de aprendizagem. Quanto mais ativamente uma pessoa participar da aquisição de um conhecimento, mais ela irá integrar e reter aquilo que aprender. Ora, a multimídia interativa, graças à sua dimensão reticular ou não linear, favorece uma atitude exploratória, ou mesmo lúdica, face ao material a ser assimilado. É, portanto, um instrumento bem adaptado a uma pedagogia ativa. (LÉVY,1996,p. 40). O momento é propício à busca de novas formas para integrar o conhecimento, com pensamento contemporâneo, para compreender os objetos do mundo. 4. Metodologia.

O computador constitui uma ferramenta fundamental dentre as tecnologias de informação e comunicação (TICs), participando diretamente de processos que envolvem novas abordagens de ensino e aprendizagem por intermédio de ambientes virtuais. O uso de computadores remodela as formas de ensinar matemática com uma proposta pedagógica atualizada, torna-se extremamente importante, por exemplo, para o ensino de funções quadráticas na educação de jovens e adultos, pois entre as TICs, o computador é uma das ferramentas mais utilizadas. Levar os alunos do E.J.A. a salas de informática para a inclusão digital, com acessos a softwares educacionais e Internet como ferramentas pedagógicas é incluir a valorização dos alunos perante a sociedade. O uso das TICs tem realmente facilitado a aceleração do processo ensino-aprendizagem, propiciando melhor desempenho dos alunos, motivando-os a suprir a falta dos conteúdos que, da maneira tradicional de ensino, não lhes é suprida. Após três aulas com uso de livro didático estudando funções quadráticas e equações de segundo grau com exemplos fornecidos pelo professor, os alunos deixaram a sala de aula convencional e foram levados para a sala de informática, onde, por intermédio de softwares, obtiveram muito entusiasmo e cooperação mútua. As aulas foram apresentadas com a utilização do programa Excel (fig. 1), com uma planilha deixada pronta pelo professor sobre funções quadráticas e suas raízes mostrando os valores dos parâmetros a, b e c, mostrando a fórmula de Bhaskara, os valores de (delta), as coordenadas dos vértices x e y (x v e y v ) e construindo o gráfico cartesiano de cada função. Foi-lhes posteriormente apresentado o software Educandus, cuja utilização ampliou a visão do conteúdo abordado em sala de aula. O Educandus (fig. 2 e fig. 3) facilitou a aquisição de um aprendizado mais significativo e atendeu às expectativas do professor em relação ao conteúdo abordado. Dado o caráter universal da Matemática, seu conteúdo é praticamente o mesmo em qualquer parte do planeta, com variantes que podem residir, por exemplo, na estratégia utilizada, como é o caso da utilização de softwares. De acordo com D`ambrosio (2003):

A única disciplina que chegou, nos sistemas educacionais, a atingir um caráter de universalidade foi a Matemática. Ela é ensinada em todo mundo, com algumas variantes que são bem mais estratégias para atingir conteúdo universalmente acordado, como devendo ser a bagagem de toda a criança que passa por um sistema escolar. A Matemática é a única disciplina que é ensinada da mesma maneira e com o mesmo conteúdo para todas as crianças do mundo. (p. 7). Procuramos possibilitar uma experimentação evidenciada no processo, para que sejam possíveis as observações potencialmente importantes à análise dos resultados obtidos. Como exemplo, apresentaremos a seguir uma tela típica da proposta com o software Excel.

fig. 1 e com o software Educandus:

fig. 3 Com a visão curricular de formar cidadãos com conhecimentos e preparo para o mercado de trabalho, essa nova metodologia de ensino com softwares educacionais auxiliando o professor e os alunos poderão fomentar a aceleração da aquisição do conhecimento. Tendo que é amplo o conteúdo e escasso é o tempo para aprendê-lo, o laboratório de informática trará educações contínuas, incentivadoras e diferenciadas. A formação do professor e o modo como o computador será integrado aos demais trabalhos escolares são alguns dos aspectos importantes envolvidos na implantação da Informática na Educação, mas há muitos outros fatores que concorrem para a realização do trabalho. Com o mapa conceitual a seguir mostraremos a forma de trabalhar com os alunos no projeto: Fig. 4

A Informática na Educação tem uma história que pode ser analisada criticamente por aqueles que nela vislumbram uma possibilidade de incrementar as atividades pedagógicas em sala de aula. O respeito às diferenças dos alunos é de suma importância para o professor, pois é assim que ele consegue ajudá-los a progredir. A carência de maior contextualização no ensino da Matemática em sala de aula clama por mudanças nas estratégias e metodologias, modernizando o ensino, aproveitando as novas tecnologias, diminuindo as diferenças e tornando a aprendizagem mais significativa com visualizações e apresentações de problemas de ordem prática que, sem auxílio de computadores modernos, não seriam facilmente resolvidos. 5. Conclusão. Este trabalho nos mostrou que podemos atuar em aulas tradicionais de Matemática para a educação de jovens e adultos com um casamento bastante dosado com aulas em laboratórios de informática trabalhando o mesmo contexto e conteúdo. Como são alunos com idade um pouco avançada, que sempre estudaram com aulas da forma tradicional, ainda resistem às aulas com novas tecnologias e encaram tais aulas como aulas diferentes, aulas de informática. Mas chegam a ter satisfação ao dominar a resolução de algum problema em um computador. A pesquisa ainda está em andamento e resultados estatísticos ainda serão coletados. 6. Referencias bibliográfica Ciências da natureza, matemática e suas tecnologias / Secretaria de Educação Básica. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006. 135 p. (Orientações Curriculares para o Ensino Médio; volume 2). D AMBROSIO, U. Educação matemática: uma visão do estado da arte. Pró-posições, v.4, n.1, p. 7-17, 1993. LÉVY, P. As Tecnologias da Inteligência: O futuro do Pensamento na Era da Informática. Trad. Carlos Irineu Costa. Rio de Janeiro: Editora 34, 1996.

MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários para a Educação do futuro, São Paulo, Cortez, 8ª ed. 2003.