Boletim DIPJ. Manual de Procedimentos. Instruções básicas relativas ao anocalendário de 2009, exercício de 2010

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Transcrição:

Boletim Manual de Procedimentos DIPJ Instruções básicas relativas ao anocalendário de 2009, exercício de 2010 SUMÁRIO 1. Introdução 2. Aprovação do programa 3. Obrigatoriedade de apresentação 4. Pessoas jurídicas desobrigadas de apresentar a DIPJ 5. Proibição de apresentar a DIPJ 6. Prazos de entrega 7. Meio de apresentação 8. Multa por apresentação fora de prazo ou apresentação com incorreções ou omissões 9. Retificação de DIPJ entregue 10. Instruções contidas no programa gerador da DIPJ 11. Estrutura da DIPJ 12. Abertura de nova declaração 13. Preenchimento das fichas 1. INTRODUÇÃO Neste procedimento, focalizamos as instruções básicas que devem ser observadas no preenchimento da Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ) do exercício de 2010, de acordo com os arts. 808 a 835 e 964, I, a, 2 o, II, e 5 o, do RIR/1999, Lei n o 10.426/2002, Instrução Normativa RFB n o 1.028/2010 e Manual de Instruções da DIPJ/2010, da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), e outras fontes citadas. 2. APROVAÇÃO DO PROGRAMA A Instrução Normativa RFB n o 1.028/2010 aprovou a versão do programa para apresentação, no exercício de 2010, da DIPJ relativa ao ano-calendário de 2009 e aos eventos de extinção, cisão, fusão ou incorporação de pessoa jurídica ocorridos no ano-calendário de 2010, o qual é de livre reprodução e está à disposição dos contribuintes no site da RFB (www.receita.fazenda.gov.br). O programa aplica-se às pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, às pessoas jurídicas imunes ou isentas (inclusive àquelas extintas, cindidas parcial ou totalmente, fusionadas ou incorporadas durante o ano-calendário de 2010), bem como àquelas tributadas com base no lucro presumido ou arbitrado. 3. OBRIGATORIEDADE DE APRESENTAÇÃO Todas as pessoas jurídicas, inclusive as equiparadas, deverão apresentar a DIPJ 2010 de forma centralizada pela matriz. A DIPJ 2010 também deverá ser apresentada pelas pessoas jurídicas extintas, cindidas parcial ou totalmente, fusionadas ou incorporadas. Esta obrigatoriedade de entrega não se aplica à incorporadora, nos casos em que as pessoas jurídicas, incorporadora e incorporada, estejam sob o mesmo controle societário desde o ano-calendário anterior ao do evento. s As declarações geradas pelo programa DIPJ 2010 deverão ser apresentadas por meio da Internet, com a utilização do programa de transmissão Receitanet, disponível no site da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) (1) O fundo de investimento imobiliário que aplicar recursos em empreendimento imobiliário que tenha como incorporador construtor ou sócio quotista que possua, isoladamente ou em conjunto com pessoa a ele ligada, mais de 25% das quotas do fundo, por estar sujeito a todas as obrigações das demais pessoas jurídicas, deverá apresentar a DIPJ com o número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) próprio, não devendo ser incluído na declaração da administradora (Lei n o 9.779/1999, art. 2 o, e Ato Declaratório SRF n o 2/2000). (2) No caso de incorporação de sociedade ocorrida desde 1 o.01.2000, a pessoa jurídica incorporadora também deverá apresentar a DIPJ relativa ao evento, exceto se a incorporadora e a incorporada estiverem, desde o ano-calendário anterior ao do evento, sob o mesmo controle societário (Lei n o 9.959/2000, art. 5 o ). (3) Desde 1 o.01.2010, para a transmissão de declarações e demonstrativos pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, no lucro presumido ou no lucro arbitrado, é obrigatória a assinatura digital, efetivada mediante utilização de certificado digital válido (Instrução Normativa RFB n o 969/2009). (Instrução Normativa RFB n o 1.028/2010, art. 1 o ) 4. PESSOAS JURÍDICAS DESOBRIGADAS DE APRESENTAR A DIPJ A obrigatoriedade de apresentação da DIPJ 2010 não se aplica: a) às pessoas jurídicas optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2010 - Fascículo 21 IR/LS 1

de Pequeno Porte (Simples Nacional), de que trata a Lei Complementar n o 123/2006; A pessoa jurídica cuja exclusão do Simples Nacional produziu efeitos dentro do ano-calendário fica obrigada a entregar duas declarações: a Declaração Anual do Simples Nacional (DASN), referente ao período em que esteve enquadrada no Simples Nacional, e a DIPJ, referente ao período restante do ano-calendário. b) aos órgãos públicos, às autarquias e às fundações públicas; e c) às pessoas jurídicas inativas de que trata a Instrução Normativa RFB n o 990/2009. (Instrução Normativa RFB n o 1.028/2010, art. 1 o, 1 o ) 5. PROIBIÇÃO DE APRESENTAR A DIPJ Não devem apresentar a DIPJ, ainda que se encontrem inscritos no CNPJ por exigência legal ou tenham seus atos constitutivos registrados em cartórios ou juntas comerciais: a) o consórcio constituído com a finalidade de concorrer à licitação para contratação de obras e serviços de engenharia, bem como todos aqueles constituídos na forma da Lei n o 6.404/1976, arts. 278 e 279; b) a pessoa física que, individualmente, preste serviços profissionais, mesmo quando possua estabelecimento em que desenvolva suas atividades e empregue auxiliares; c) a pessoa física que explore, individualmente, contratos de empreitada unicamente de mão de obra, sem o concurso de profissionais qualificados ou especializados; d) a pessoa física que individualmente exerça atividade de recepção de apostas da loteria esportiva e da loteria de números (Loto, Sena, Mega-Sena etc.) credenciada pela Caixa Econômica Federal, ainda que, para atender exigência do órgão credenciador, esteja registrada como pessoa jurídica, desde que não explore, no mesmo local, outra atividade comercial; e) o condomínio de edificações; f) os fundos em condomínio e clubes de investimento, exceto os fundos de investimento imobiliário referidos na 1 do item 3; g) a sociedade em conta de participação (SCP), cujo resultado deve estar incluído na declaração da pessoa jurídica do sócio ostensivo; h) as pessoas jurídicas domiciliadas no exterior que possuam no Brasil bens e direitos sujeitos a registro público; i) o representante comercial, corretor, leiloeiro, despachante etc., que exerça exclusivamente a mediação para a realização de negócios mercantis, como definido pela Lei n o 4.886/1965, art. 1 o, desde que não a tenha praticado por conta própria; e j) as pessoas físicas que, individualmente, exerçam as profissões ou explorem atividades, consoante os termos do RIR/1999, art. 150, 2 o, como, por exemplo, serventuário de justiça, tabelião. 6. PRAZOS DE ENTREGA 6.1 DIPJ relativa ao ano-calendário de 2009 As declarações geradas pelo programa DIPJ 2010 devem ser apresentadas até as 23h59min59s, horário de Brasília, do dia 30.06.2010. (Instrução Normativa RFB n o 1.028/2010, art. 5 o ) 6.2 DIPJ relativa a encerramento de atividades, cisão, fusão ou incorporação As declarações geradas pelo programa DIPJ 2010 pelas pessoas jurídicas extintas, cindidas parcial ou totalmente, fusionadas, incorporadoras ou incorporadas devem ser apresentadas até as 23h59min59s, horário de Brasília, do dia 30.06.2010, observando-se o disposto na Instrução Normativa RFB n o 946/2009: a) a DIPJ, relativa a evento de extinção, cisão, fusão ou incorporação deve ser apresentada, pela pessoa jurídica extinta, cindida, fusionada, incorporada e incorporadora, até o último dia útil do mês subsequente ao do evento; b) na hipótese de ocorrência do evento entre janeiro e o mês anterior ao do prazo fixado para a entrega da DIPJ relativa ao exercício em curso, deve ser apresentada no mesmo prazo de entrega da DIPJ do exercício; e c) a obrigatoriedade de entrega não se aplica à incorporadora nos casos em que as pessoas jurídicas, incorporadora e incorporada, estejam sob o mesmo controle societário desde o ano-calendário anterior ao do evento. A pessoa jurídica que tiver o seu patrimônio parcial ou totalmente absorvido em virtude de incorporação, fusão ou cisão deve levantar balanço específico para esse fim, no qual os bens e direitos serão avaliados pelo valor contábil ou de mercado, até 30 dias antes do evento. Sem prejuízo do balanço específico para eventos especiais (Lei n o 9.249/1995, art. 21) e da responsabilidade por sucessão, para fins fiscais, os impostos e as contribuições devem ser apurados até a data do evento pela pessoa jurídica incorporadora, incorporada, fusionada ou cindida. Considera-se data do evento aquela em que houver a deliberação que aprovar a incorporação, fusão ou cisão. A DIPJ deve ser preenchida em nome da pessoa jurídica incorporadora, incorporada, fusionada ou cindida, e transmitida pela Internet, até o último dia útil do mês subsequente ao do evento (Lei n o 9.249, de 1995, art. 21, 4 o ). A DIPJ correspondente ao ano-calendário de 2009 que ainda não tenha sido apresentada deve ser entregue juntamente com a da incorporação, fusão ou cisão. No caso de extinção da pessoa jurídica, a DIPJ deve ser apresentada, em nome da empresa extinta, até o último dia útil do mês seguinte ao em que se ultimar a liquidação da pessoa jurídica. 2 IR/LS Manual de Procedimentos - Maio/2010 - Fascículo 21 - Boletim IOB

s (1) A declaração relativa a evento de extinção de pessoa jurídica, ocorrido nos meses de janeiro a abril de 2010, deve ser entregue até 30.06.2010. (2) Para o evento de extinção ocorrido entre maio e dezembro de 2010, a DIPJ deve ser apresentada até o último dia útil do mês subsequente ao do evento. (Instrução Normativa RFB n o 1.028/2010, art. 5 o, parágrafo único) 7. MEIO DE APRESENTAÇÃO 7.1 Transmissão pela Internet As declarações geradas pelo programa DIPJ 2010 deverão ser apresentadas por meio da Internet, com a utilização do programa de transmissão Receitanet, disponível no site da RFB. Para a transmissão da DIPJ 2010, a assinatura digital da declaração, mediante a utilização de certificado digital válido, é obrigatória. (Instrução Normativa RFB n o 1.028/2010, art. 4 o ) 7.2 DIPJ correspondente a extinção, incorporação, fusão ou cisão As declarações relativas aos eventos de extinção, incorporação, fusão ou cisão também devem ser transmitidas pela Internet, por meio do programa Receitanet. 8. MULTA POR APRESENTAÇÃO FORA DE PRAZO OU APRESENTAÇÃO COM INCORREÇÕES OU OMISSÕES A apresentação da declaração após o prazo de entrega, ou a sua apresentação com incorreções ou omissões, sujeita o contribuinte às seguintes multas: a) 2% ao mês-calendário ou fração de mês, incidente sobre o montante do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) informado na DIPJ 2010, ainda que integralmente pago, no caso de falta de entrega desta declaração ou entrega após o prazo, limitada a 20%, observada multa mínima a ser aplicada; b) de R$ 20,00 para cada grupo de 10 informações incorretas ou omitidas. Para efeito de aplicação da multa prevista na letra a, será considerado como termo inicial o dia seguinte ao término do prazo originalmente fixado para a entrega da declaração e como termo final a data da efetiva entrega ou, no caso de não apresentação, da lavratura do auto de infração. Observado o valor mínimo, as multas serão reduzidas: a) a 50%, quando a declaração for apresentada após o prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício; b) a 75%, se houver a apresentação da declaração no prazo fixado em intimação. A multa mínima a ser aplicada será de R$ 500,00. (Instrução Normativa RFB n o 1.028/2010, art. 6 o ) 9. RETIFICAÇÃO DE DIPJ ENTREGUE A DIPJ anteriormente entregue poderá ser retificada, independentemente de autorização da autoridade fiscal, observando-se que (Medida Provisória n o 2.189-49/2001, art. 18, e Instrução Normativa SRF n o 166/1999, arts. 1 o e 2 o ): a) a declaração retificadora terá a mesma natureza da declaração originalmente apresentada, substituindo-a integralmente; b) não será admitida retificação de DIPJ que tenha por objetivo alterar o regime de tributação anteriormente adotado, salvo nos casos determinados pela legislação, para fins de adoção do lucro arbitrado; e c) a pessoa jurídica que entregar DIPJ retificadora que altere valores informados na Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) deverá proceder à mesma alteração de valores na DCTF. 10. INSTRUÇÕES CONTIDAS NO PROGRAMA GERADOR DA DIPJ O programa DIPJ 2010 torna disponível para impressão e consulta no menu Ajuda : a) as instruções detalhadas do preenchimento da declaração; b) as instruções técnicas de utilização do programa (instruções de navegação); c) as instruções de importação da declaração (para importação de dados da escrituração contábil, se a empresa possuir escrituração informatizada). 11. ESTRUTURA DA DIPJ A DIPJ está estruturada sob a forma de pastas, fichas e linhas, observado o seguinte: a) pasta é o conjunto de fichas relativas a um imposto, contribuição ou informações de natureza assemelhada ou afim. As fichas que compõem uma pasta são determinadas de acordo com o perfil da pessoa jurídica; b) ficha é o conjunto de linhas discriminadas verticalmente para ordenar informações, demonstrar dados, apurar resultados. No canto superior esquerdo, consta o número da ficha para facilitar sua identificação; c) linha é o campo identificado por número, título, valor e outras informações componentes da ficha. 12. ABERTURA DE NOVA DECLARAÇÃO Instalado o programa, a abertura de nova declaração será realizada por meio da função Nova do menu Declaração, devendo ser prestadas as informações solicitadas, seguidas as orientações do item 10 das Instruções de Preenchimento contidas no programa, observando-se que: a) as informações prestadas na abertura da declaração são exibidas na Ficha 01 - Dados Iniciais. Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2010 - Fascículo 21 IR/LS 3

b) depois de confirmada a nova declaração, a mudança dos dados que compõem a Ficha 01 - Dados Iniciais - somente pode ser feita por intermédio da função Nova do menu Declaração, informando o CNPJ da declaração que será alterada; c) a pessoa física equiparada a empresa individual por operações imobiliárias que explore outra atividade pode optar por registro específico no CNPJ para cada atividade. Nesse caso, deve ser entregue uma DIPJ para cada CNPJ. A opção exercida é irrevogável; e d) a pessoa jurídica que for sócia ostensiva de sociedade em conta de participação (SCP) deve informar na DIPJ os valores referentes ao imposto de renda e às contribuições apurados por todas as SCP. 12.1 Campos da ficha Nova Declaração Abaixo, seguem os campos da ficha Nova Declaração com suas respectivas descrições: a) CNPJ Preenche-se este campo com o número de inscrição no CNPJ do declarante. b) Ano-Calendário Assinala-se o ano-calendário a que se refere a DIPJ. O ano-calendário de 2010 somente deve ser assinalado se a DIPJ se referir a situação especial ocorrida neste ano-calendário. b.1) Situação Especial Ao assinalar o ano-calendário 2010, é habilitada uma caixa de combinação, devendo a pessoa jurídica selecionar o tipo do evento, a saber: - extinção; - fusão; - incorporação/incorporada; - incorporação/incorporadora; - cisão total; e - cisão parcial. No campo Data do Evento, a pessoa jurídica deve informar a data da deliberação do evento ou, em caso de extinção da pessoa jurídica, a data em que se ultimou a sua liquidação. c) Declaração Retificadora A pessoa jurídica deve assinalar este campo no caso de declaração retificadora. O campo N o do Recibo da DIPJ a ser Retificada deve ser preenchido com o número constante no recibo de entrega da última DIPJ transmitida. d) Período d.1) Período Inicial Este campo deve ser preenchido com a data inicial do período correspondente ao ano-calendário a que se referir a DIPJ. d.2) Período Final A data correspondente ao período final é 31 de dezembro, no caso de a DIPJ se referir ao ano-calendário de 2009. Nos demais casos, o período final é fornecido automaticamente pelo Programa Gerador da DIPJ (PGD), com base nas informações prestadas nos campos Situação Especial (e Data do Evento ) e Inclusão no Simples Nacional (e Data da Inclusão ). Considera-se período final, nos casos de situação especial, as seguintes datas: a) extinção: a data em que se ultimou a liquidação da pessoa jurídica; b) fusão, incorporação/incorporada, cisão total e cisão parcial: a data da deliberação do evento de incorporação, fusão ou cisão. e) Optante pelo Refis A pessoa jurídica deve assinalar este campo quando for optante pelo Programa de Recuperação Fiscal (Refis). Este campo só deve ser assinalado pela pessoa jurídica optante pelo Refis, instituído pela Lei n o 9.964, de 10.04.2000. A pessoa jurídica que for apenas optante pelo Parcelamento Especial (Paes), de que trata a Lei n o 10.684, de 30.05.2003, não deve assinalar este campo. e.1) Optante pelo Paes A pessoa jurídica deve assinalar este campo quando for optante pelo Paes, de que trata a Lei n o 10.684, de 30.05.2003. f) Forma de Tributação do Lucro A pessoa jurídica deve indicar, por seleção, a forma de tributação adotada no ano-calendário para o IRPJ e consequentemente para a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL). As opções são as seguintes: - lucro real; - lucro presumido; - lucro arbitrado; - lucro real/arbitrado; - lucro presumido/arbitrado; - lucro presumido/real; - lucro presumido/real/arbitrado; - imune ao IRPJ; ou - isenta do IRPJ. A forma de tributação do Imposto de Renda e, consequentemente, da CSLL adotada, indica que a pessoa jurídica: f.1) apurou imposto de renda com base no lucro real; f.2) apurou imposto de renda com base no lucro presumido; 4 IR/LS Manual de Procedimentos - Maio/2010 - Fascículo 21 - Boletim IOB

f.3) f.4) f.5) f.6) apurou imposto de renda com base no lucro arbitrado em todos os trimestres do ano-calendário; apurou imposto de renda com base no lucro real, com arbitramento da base de cálculo em algum trimestre do ano-calendário; apurou imposto de renda com base no lucro presumido, com arbitramento da base de cálculo em algum trimestre do ano-calendário; nas seguintes situações: - optou pelo lucro presumido por força de ingresso no Refis e, no decorrer do anocalendário, foi excluída do programa e passou a ser obrigatoriamente tributada com base no lucro real; - iniciou o ano-calendário pagando o imposto com base no lucro presumido e, em relação ao mesmo ano, incorreu em situação de obrigatoriedade de apuração pelo lucro real por ter auferido lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior; Na hipótese de obrigatoriedade de apuração pelo lucro real por ter auferido lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior, a pessoa jurídica deve apurar o IRPJ e a CSLL sob o regime de apuração pelo lucro real trimestral a partir do trimestre da ocorrência do fato, inclusive. f.7) referida no subitem g.6, além da tributação com base no lucro presumido e no lucro real, foi tributada pelo lucro arbitrado em algum trimestre do ano-calendário; f.8) é imune ao imposto de renda; f.9) é isenta do imposto de renda. g) Apuração do IRPJ e da CSLL ou Apuração do IRPJ e da CSLL por Trimestre g.i) Apuração do IRPJ e da CSLL Esta caixa de combinação é habilitada para a pessoa jurídica que adotar a forma de tributação do lucro. g.i.1) Lucro Real A pessoa jurídica deve selecionar o período de apuração do imposto de renda e da CSLL, a saber: - Anual, se optou pela apuração do IRPJ e da CSLL sobre a base de cálculo estimada, facultada a opção pelo levantamento de balanço ou balancete de suspensão ou redução; - Trimestral, no caso de ter adotado a apuração trimestral do IRPJ e da CSLL. g.i.2) Real/Arbitrado A pessoa jurídica deve selecionar o período de apuração do imposto de renda e da CSLL, se anual ou trimestral, e no quadro Trimestres de Arbitramento marcar o(s) trimestre(s) relativo(s) à apuração do lucro arbitrado. g.ii) Apuração do IRPJ e da CSLL por Trimestre Esta caixa de combinação é habilitada para a pessoa jurídica que adotar a forma de tributação do lucro presumido/real ou lucro presumido/real/arbitrado. A pessoa jurídica que tiver simultaneamente, no ano-calendário, as formas de tributação lucro real e lucro presumido, inclusive com lucro arbitrado, deve selecionar, por trimestre de apuração do imposto de renda e da CSLL, a correspondente forma de tributação, a saber: g.ii.1) Presumido Indica-se esta opção no(s) trimestre(s) em que apurado o imposto de renda com base no lucro presumido. Esta opção não está disponível no quarto trimestre, tendo em vista que a pessoa jurídica passou a ser tributada, no decorrer do ano-calendário, com base no lucro real. g.ii.2) Real - Trimestral Indica-se esta opção no(s) trimestre(s) em que efetuada a apuração do IRPJ pelo Lucro Real. Esta opção não está disponível no primeiro trimestre, tendo em vista que a pessoa jurídica iniciou o ano-calendário sendo tributada com base no lucro presumido ou arbitrado, conforme o caso, passando a ser tributada pelo lucro real. g.ii.3) Arbitrado Indica-se esta opção no(s) trimestre(s) em que apurado o imposto de renda com base no lucro arbitrado. g.iii) Trimestres de Arbitramento Esta caixa de combinação é habilitada para a pessoa jurídica que adotar a forma de tributação do lucro real/arbitrado ou lucro presumido/arbitrado. Indica(m)-se o(s) trimestre(s) sujeito(s) à tributação com base no lucro arbitrado. h) Qualificação da Pessoa Jurídica/Tipo de Entidade A caixa de combinação apresenta as qualificações, em consonância com a forma de tributação adotada pela pessoa jurídica ou entidade, conforme a seguir: h.1) Pessoa Jurídica Tributada pelo Lucro Real, Real/ Arbitrado, ou Arbitrado - pessoa jurídica em geral; - pessoa jurídica componente do sistema financeiro; Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2010 - Fascículo 21 IR/LS 5

- sociedade seguradora, de capitalização ou entidade aberta de previdência privada complementar. h.2) Pessoa Jurídica Tributada pelo Lucro Presumido, Presumido/Arbitrado, Lucro Presumido/ Real, Presumido/Real/Arbitrado: - pessoa jurídica em geral. h.3) Entidade Imune: - assistência social; - educacional; - sindicato de trabalhadores; - outras. h.4) Entidade Isenta: - associação civil; - cultural; - entidade aberta de previdência complementar (sem fins lucrativos); - entidade fechada de previdência complementar; - associação de poupança e empréstimo; - filantrópica; - sindicato; - recreativa; - científica; - outras. h.i) Desenquadramento em 2009 Este campo é habilitado somente para as pessoas jurídicas imunes e isentas, devendo ser assinalado na hipótese de suspensão do gozo da imunidade ou da isenção no curso do ano-calendário. Nessa hipótese, deve ser informada a data de início dessa suspensão e devem ser apresentadas duas DIPJ: h.i.1) h.i.2) uma, na condição de imune ou isenta, correspondente ao período compreendido entre o início do anocalendário e o dia anterior à data de início da suspensão da imunidade ou isenção; outra correspondente ao período compreendido entre a data de início da suspensão da imunidade ou isenção e o final do ano-calendário, indicando a forma de tributação da pessoa jurídica nesse período. Como será utilizado o mesmo PGD para gerar as duas declarações, é necessária a gravação da primeira para poder ser gerada a segunda. h.ii) Apuração da CSLL Esta caixa de combinação é habilitada para as pessoas jurídicas imunes e isentas de IRPJ. A pessoa jurídica deve selecionar: - Anual, se optou pela apuração da CSLL sobre a base de cálculo estimada, facultada a opção pelo levantamento de balanço ou balancete de suspensão ou redução; - Trimestral, no caso de ter adotado a apuração trimestral da CSLL; - Desobrigada, na hipótese de pessoa jurídica imune ou isenta da CSLL. s (1) As entidades sem fins lucrativos de que trata o inciso I do art. 12 do Decreto n o 3.048, de 06.05.1999, que não se enquadram na imunidade e isenção da Lei n o 9.532, de 10.12.1997, estão sujeitas à CSLL, devendo apurar a base de cálculo e a contribuição devida nos termos da legislação comercial. (2) As associações de poupança e empréstimo devem apurar a CSLL. (3) São isentas da CSLL as entidades fechadas de previdência complementar, relativamente aos fatos geradores ocorridos a partir de 1 o.01.2002. (4) As entidades sujeitas à planificação contábil própria apuram a CSLL de acordo com essa planificação. i) PJ Sujeita à Alíquota da CSLL de 15% Sim/Não Deve ser assinalado Sim no caso de pessoa jurídica de seguros privados, de pessoa jurídica de capitalização e de pessoa jurídica referida nos incisos I a VII, IX e X do 1 o do art. 1 o da Lei Complementar n o 105, de 10.01.2001, e Não pelas demais. i.1) Optante pelo RTT Sim/Não Deve ser assinalado Sim pela pessoa jurídica que optou pelo Regime Tributário de Transição (RTT), previsto na Lei n o 11.941/2009, e Não pela que não optou. A pessoa jurídica que iniciou atividade no ano-calendário de 2009 deverá manifestar sua opção na DIPJ 2010. s (1) Para assinalar Sim neste campo, é necessário que a pessoa jurídica tenha manifestado sua opção pelo RTT (marcado Sim na DIPJ 2009) de forma irretratável para todos os trimestres do biênio 2008 e 2009, vedada a aplicação do regime em apenas um desses anos-calendário, exceto para a pessoa jurídica que tenha iniciado atividade no ano-calendário de 2009. (2) Caso a pessoa jurídica tenha marcado Não na DIPJ 2009 (não tenha optado), mas queira optar pelo RTT, deve retificar a DIPJ 2009 e marcar Sim (manifestando a opção) para então preencher este campo na DIPJ 2010 também com o Sim. i.2) Inclusão no Simples Nacional Este campo deve ser assinalado na hipótese de inclusão no Simples Nacional no curso do ano-calendário. Nessa hipótese, deve ser informada a data de início dessa inclusão, e devem ser apresentadas duas declarações: i.2.1) uma DIPJ, correspondente ao período compreendido entre o início do 6 IR/LS Manual de Procedimentos - Maio/2010 - Fascículo 21 - Boletim IOB

ano-calendário e o dia anterior à data de início da inclusão no Simples Nacional; i.2.2) uma declaração do Simples Nacional, correspondente ao período compreendido entre a data de início da inclusão e o final do ano-calendário. j) Administradora de Fundos e Clubes de Investimentos A pessoa jurídica que for administradora de fundos e clubes de investimentos deve assinalar este campo. j.1) Participações em Consórcios de Empresas A pessoa jurídica participante de consórcio constituído nos termos do disposto nos arts. 278 e 279 da Lei n o 6.404, de 15.12.1976, deve assinalar este campo. Ao assinalar este campo, é disponibilizada a Ficha 64 - Participações em Consórcios de Empresas. k) Operações com o Exterior A pessoa jurídica, inclusive instituição financeira ou companhia seguradora, conforme relacionadas no 1 o do art. 22 da Lei n o 8.212, de 1991, e no inciso II do art. 14 da Lei n o 9.718, de 1998, que realizou exportação/importação de bens, serviços ou direitos ou auferiu receitas financeiras ou incorreu em despesas financeiras em operações efetuadas com pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior, ainda que essas operações não tenham sido realizadas com pessoa vinculada, residente ou domiciliada em país ou dependência com tributação favorecida ou cuja legislação interna oponha sigilo relativo à composição societária de pessoas jurídicas ou a sua titularidade (subitem 20.2), deve assinalar este campo. Deve também assinalar este campo a pessoa jurídica, inclusive instituição financeira ou companhia seguradora, que realizar as operações referidas por intermédio de interposta pessoa. Ao assinalar este campo, é disponibilizado o campo Operações com Pessoa Vinculada/Interposta Pessoa/País com Tributação Favorecida. k.1) Operações com Pessoa Vinculada/Interposta Pessoa/País com Tributação Favorecida Deve assinalar este campo a pessoa jurídica, inclusive instituição financeira ou companhia seguradora, conforme relacionadas no 1 o do art. 22 da Lei n o 8.212/1991 e no inciso II do art. 14 da Lei n o 9.718/1998, que realizou exportação/importação de bens, serviços ou direitos ou auferiu receitas financeiras ou incorreu em despesas financeiras em operações efetuadas com pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior, considerada vinculada ou que seja residente ou domiciliada em países com tributação favorecida ou cuja legislação interna oponha sigilo (subitem 20.2). Deve também assinalar este campo a pessoa jurídica, inclusive instituição financeira ou companhia seguradora, que realizar as operações referidas por intermédio de interposta pessoa. l) Participações no Exterior A pessoa jurídica, domiciliada no Brasil, que possuir participações no exterior deve assinalar este campo. Ao assinalar este campo, são disponibilizadas a Ficha 34 - Participações no Exterior e a Ficha 35 - Participações no Exterior - Resultado do Período de Apuração. l.1) Doações a Campanhas Eleitorais A pessoa jurídica deve assinalar este campo caso tenha efetuado, durante o ano-calendário, doações a candidatos, comitês financeiros e partidos políticos, ainda que na forma de fornecimento de mercadorias ou prestação de serviços para campanhas eleitorais. l.2) Isenção e Redução do Imposto A pessoa jurídica tributada pelo lucro presumido e optante pelo Refis deve assinalar este campo caso usufrua benefícios fiscais relativos a isenção ou redução do imposto de renda. Ao assinalar este campo, é disponibilizada a Ficha 13 - Demonstração das Receitas Incentivadas - Lucro Presumido. l.3) Finor/Finam/Funres Este campo deve ser assinalado pelas pessoas jurídicas ou grupos de empresas coligadas de que trata o art. 9 o da Lei n o 8.167/1991, alterado pela Medida Provisória n o 2.199-14, de 24.08.2001, titulares de empreendimento de setor da economia considerado, em ato do Poder Executivo, prioritário para o desenvolvimento regional, aprovado ou protocolizado até 2 de maio de 2001 nas áreas da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) ou do Grupo Executivo para Recuperação Econômica do Estado do Espírito Santo (Geres) (Medidas Provisórias n o s 2.199-14, de 2001, art. 4 o, e 2.145, de 02.05.2001, art. 50, XX, atuais Medidas Provisórias n o s 2.156-5/2001, art. 32, XVIII, e 2.157-5/2001, art. 32, IV). Ao assinalar este campo, é disponibilizada a Ficha 27 - Aplicações em Incentivos Fiscais. l.4) Lucro da Exploração Este campo deve ser assinalado pelas pessoas jurídicas que adotam a forma de tributação pelo lucro real, inclusive se optantes pelo Refis, que gozem de benefícios fiscais calculados com base no lucro da exploração. Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2010 - Fascículo 21 IR/LS 7

Ao assinalar este campo, são disponibilizadas a Ficha 28 - Atividades Incentivadas e a Ficha 08 - Demonstração do Lucro da Exploração. A Ficha 13 - Demonstração das Receitas Incentivadas - Lucro Presumido, é disponibilizada para optantes pelo Refis e tributadas também pelo Lucro Presumido. l.5) Atividade Rural A pessoa jurídica deve assinalar este campo, caso explore atividade rural. m) Apuração e Informações de IPI no Período A pessoa jurídica que tiver qualquer estabelecimento industrial ou a este equiparado e for sujeita à apuração do IPI deve assinalar este campo, ainda que somente tenha dado saída a produto isento, tributado à alíquota zero ou com suspensão, ou que tenha somente informações relativas ao saldo credor de IPI referente ao ano-calendário anterior. Este campo deve ser assinalado ainda que haja somente informações relativas a saídas de produtos imunes ou não tributados. A pessoa jurídica que não tiver informações relativas às operações mencionadas no ano-calendário ou relativas a saldo credor de ano-calendário anterior não deve assinalar este campo. m.1) Ativos no Exterior A pessoa jurídica cujo valor contábil dos ativos no exterior a declarar, convertido para reais no final do período abrangido pela DIPJ, for igual ou superior a R$ 10.000,00 deve assinalar este campo. m.2) Participação Permanente em Coligadas ou Controladas A pessoa jurídica domiciliada no Brasil que teve participações permanentes, no ano-calendário, em capital de pessoa jurídica domiciliada no Brasil ou no exterior, considerada, pela legislação brasileira, como empresa coligada ou controlada, deve assinalar este campo. m.3) PJ Comercial Exportadora Este campo deve ser assinalado pela empresa comercial exportadora que comprou produtos com o fim específico de exportação ou exportou, no ano-calendário, produtos adquiridos com esta finalidade. m.4) PJ Efetuou Vendas a Empresa Comercial Exportadora com Fim Específico de Exportação Este campo deve ser assinalado pela pessoa jurídica que efetuou vendas, no ano-calendário, a empresas comerciais exportadoras. m.5) Rendimentos Recebidos do Exterior ou de Não Residentes Deve assinalar este campo a pessoa jurídica que recebeu, durante o ano-calendário, de pessoas físicas ou jurídicas, residentes ou domiciliadas no exterior ou de não residentes: - quaisquer valores mediante operações de câmbio de qualquer natureza; - quaisquer valores por intermédio de Transferências Internacionais em Reais (TIR), ou seja, provenientes de conta bancária em reais (R$) titulada por não residente; - valores iguais ou superiores a R$ 120.000,00, equivalentes a R$ 10.000,00 por mês, por intermédio de cartões de crédito; - quaisquer valores por intermédio de depósitos em contas bancárias mantidas no exterior. m.6) Pagamentos ao Exterior ou a Não Residentes Deve assinalar este campo, a pessoa jurídica que tiver pagado, creditado, entregado, empregado ou remetido, durante o anocalendário, a pessoas físicas ou jurídicas, residentes ou domiciliadas no exterior ou a não residentes: - quaisquer valores mediante operações de câmbio de qualquer natureza; - quaisquer valores por intermédio de TIR, ou seja, pela utilização de reais (R$) para crédito de conta bancária titulada por não residentes; - valores iguais ou superiores a R$ 120.000,00, equivalentes a R$ 10.000,00 por mês, por intermédio de cartões de crédito; - quaisquer valores mediante a utilização de recursos mantidos no exterior. n) Informações Econômicas n.1) Comércio Eletrônico e Tecnologia da Informação A pessoa jurídica que efetuou durante o ano-calendário vendas de bens (tangíveis ou intangíveis) ou prestou serviços, por meio da Internet, para pessoas físicas e jurídicas, residentes ou domiciliadas no Brasil ou no exterior, deve assinalar este campo. Ao assinalar este campo, são disponibilizadas as Ficha 40 - Comércio Eletrônico e Tecnologia da Informação e Ficha 41 - Comércio Eletrônico. n.2) Royalties Recebidos do Brasil e do Exterior Deve assinalar este campo a pessoa jurídica que tiver recebido, durante o ano-calendário, de pessoas físicas ou jurídicas, residentes ou domiciliadas no Brasil ou no exterior, rendimentos a título de royalties relativos a: exploração econômica dos direitos patrimoniais do autor, de marcas, de patentes e de desenho industrial; exploração de knowhow; exploração de franquias; exploração dos direitos relativos à propriedade intelectual referente a cultivares. 8 IR/LS Manual de Procedimentos - Maio/2010 - Fascículo 21 - Boletim IOB

n.3) Royalties Pagos a Beneficiários do Brasil e do Exterior Deve assinalar este campo a pessoa jurídica que tiver efetuado pagamento ou remessa, durante o ano-calendário, a pessoas físicas ou jurídicas, residentes ou domiciliadas no Brasil ou no exterior, a título de royalties relativos a: exploração econômica dos direitos patrimoniais do autor, de marcas, de patentes e de desenho industrial; exploração de know-how; exploração de franquias; exploração dos direitos relativos à propriedade intelectual referente a cultivares. n.4) Rendimentos Relativos a Serviços, Juros e Dividendos Recebidos do Brasil e do Exterior Deve assinalar este campo a pessoa jurídica que tiver recebido, durante o ano-calendário, de pessoas físicas ou jurídicas, residentes ou domiciliadas no Brasil ou no exterior, rendimentos relativos a: serviços de assistência técnica, científica, administrativa e semelhantes que impliquem transferência de tecnologia; serviços técnicos e de assistência que não impliquem transferência de tecnologia; juros sobre capital próprio, bem como juros decorrentes de contratos de mútuo entre empresas ligadas e juros decorrentes de contratos de financiamento; dividendos decorrentes de participações em outras empresas. n.5) Pagamentos ou Remessas a Título de Serviços, Juros e Dividendos a Beneficiários do Brasil e do Exterior Deve assinalar este campo a pessoa jurídica que tiver pagado ou remetido, durante o ano-calendário, a pessoas físicas ou jurídicas, residentes ou domiciliadas no Brasil ou no exterior, valores relativos a: serviços de assistência técnica, científica, administrativa e semelhantes que impliquem transferência de tecnologia; serviços técnicos e de assistência que não impliquem transferência de tecnologia; juros sobre capital próprio, bem como juros decorrentes de contratos de mútuo entre empresas ligadas e juros decorrentes de contratos de financiamento; dividendos decorrentes de participações em outras empresas. n.6) Inovação Tecnológica e Desenvolvimento Tecnológico Deve assinalar este campo a pessoa jurídica beneficiária de incentivos fiscais relativos às atividades de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica de que tratam os arts. 17 a 26 da Lei n o 11.196, de 21.11.2005, ou a pessoa jurídica executora dos programas de desenvolvimento tecnológico industrial ou agropecuário (PDTI/PDTA) de que trata a Lei n o 8.661/1993, aprovados até 31 de dezembro de 2005, que não tenha migrado para o regime estabelecido nos arts. 17 a 26 da Lei n o 11.196/2005. n.7) Capacitação de Informática e Inclusão Digital Deve assinalar este campo a pessoa jurídica que tiver investido em atividades de pesquisa e desenvolvimento em tecnologia da informação no âmbito dos programas de capacitação e competitividade dos setores de informática e automação e tecnologias da informação de que trata a Lei n o 8.248, de 23.10.1991, a Lei n o 10.176, de 11.01.2001, e a Lei n o 11.077, de 30.12.2004, regulamentadas pelo Decreto n o 5.906, de 26.09.2006, ou tiver efetuado venda a varejo nos termos dos arts. 28 a 30 da Lei n o 11.196/2005, que dispõem sobre o programa de inclusão digital. n.8) PJ Habilitada no Repes, Recap, Padis, PA- TVD ou Reidi Deve assinalar este campo a pessoa jurídica habilitada no Regime Especial de Tributação para a Plataforma de Exportação de Serviços de Tecnologia da Informação (Repes) ou no Regime Especial de Aquisição de Bens de Capital para Empresas Exportadoras (Recap), instituídos pela Lei n o 11.196/2005, regulamentados pelos Decretos n o s 5.712, de 02.03.2006, e 5.649, de 29.12.2005, respectivamente. Também deve assinalar este campo a pessoa jurídica executora de projeto aprovado no âmbito do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis) ou do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Equipamentos para TV Digital (PATVD), instituídos pela Lei n o 11.484/2007. Este campo deve também ser assinalado pela pessoa jurídica habilitada ou coabilitada no Regime Especial de Incentivos e Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi), instituído pela Lei n o 11.488, de 15.06.2007, e regulamentado pelo Decreto n o 6.144, de 03.07.2007, com alterações introduzidas pelo Decreto n o 6.167, de 24.07.2007. n.9) Polo Industrial de Manaus e Amazônia Ocidental Deve assinalar este campo a pessoa jurídica que estiver localizada na área de atuação da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), que seja beneficiária dos incentivos de que trata o Decreto-lei n o 288, de 28.02.1967, e alterações posteriores; a Lei n o 8.387, de 30.12.1991, e alterações posteriores; ou o Decreto-lei n o 356, de 15.08.1968, e alterações posteriores (Amazônia Ocidental). n.10) Zonas de Processamento de Exportação Deve assinalar este campo a pessoa jurídica autorizada a operar em Zonas de Processamento de Exportação, voltadas para a produção de bens a serem comercializados no Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2010 - Fascículo 21 IR/LS 9

exterior, de acordo com o estabelecido pela Lei n o 11.508, de 20.07.2007, e pela Lei n o 11.732, de 30.06.2008. n.11) Áreas de Livre Comércio Deve assinalar este campo a pessoa jurídica autorizada a operar nas Áreas de Livre Comércio de Boa Vista, Bonfim, Tabatinga, Macapá e Santana, Brasileia, Cruzeiro do Sul ou Guajará-Mirim, beneficiárias dos incentivos de que tratam a Lei n o 8.256, de 25.11.1991, a Lei n o 11.732, de 30.06.2008, a Lei n o 7.965, de 22.12.1989, a Lei n o 8.387, de 30.12.1991, o Decreto n o 517, de 08.05.1992, a Lei n o 8.857, de 08.03.1994, e a Lei n o 8.210, de 19.07.1991, e alterações posteriores. 13. PREENCHIMENTO DAS FICHAS O programa habilita as fichas que a pessoa jurídica deverá preencher conforme seu perfil de declaração cadastrado na abertura da nova declaração. Entidades imunes ou isentas (sem finalidade lucrativa) - Instruções básicas relativas ao ano-calendário de 2009, exercício de 2010 SUMÁRIO 1. Aprovação do programa 2. Obrigatoriedade de entrega da DIPJ pela pessoa jurídica imune ou isenta 3. Prazo para apresentação 4. Meio de apresentação 5. Pessoa jurídica imune ao Imposto de Renda 6. Pessoa jurídica isenta do Imposto de Renda 7. Contribuição Social sobre o Lucro 8. Desenquadramento da imunidade ou da isenção 9. Preenchimento da DIPJ 10. Multa por apresentação fora de prazo ou apresentação com incorreções ou omissões 1. APROVAÇÃO DO PROGRAMA A Instrução Normativa RFB n o 1.028/2010 aprovou o programa gerador e as instruções de preenchimento da Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ) relativa ao ano-calendário de 2009, exercício de 2010. O programa, de livre reprodução, está à disposição dos contribuintes na Internet, no site da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) (www.receita.fazenda.gov.br). 2. OBRIGATORIEDADE DE ENTREGA DA DIPJ PELA PESSOA JURÍDICA IMUNE OU ISENTA As pessoas jurídicas imunes ou isentas do Imposto de Renda também estão obrigadas a entregar a DIPJ, conforme Instrução Normativa RFB n o 1.028/2010. É obrigatória a assinatura digital efetivada mediante utilização de certificado digital válido, para a apresentação da DIPJ, por todas as pessoas jurídicas, exceto as optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional) (Instrução Normativa RFB n o 969/2009, alterada pela Instrução Normativa RFB n o 995/2010). 3. PRAZO PARA APRESENTAÇÃO A entrega da DIPJ relativa ao ano-calendário de 2009, exercício 2010, deverá ser efetuada até as 23h59min59s (horário de Brasília) do dia 30.06.2010. 4. MEIO DE APRESENTAÇÃO 4.1 Transmissão pela Internet A DIPJ deve ser transmitida pela Internet, com a utilização do programa Receitanet, disponível no site da RFB (www.receita.fazenda.gov.br). Para a transmissão da DIPJ, é obrigatória a assinatura digital, efetivada mediante utilização de certificado digital válido, por todas as pessoas jurídicas. Nesse caso, deverá ser aguardada a gravação do recibo de entrega no disquete de envio ou no disco rígido, que poderá ser impresso. (Instrução Normativa RFB n o 969/2009) 4.2 DIPJ correspondente a extinção, incorporação, fusão ou cisão As declarações relativas aos eventos de extinção, incorporação, fusão ou cisão também devem ser transmitidas pela Internet, por meio do programa Receitanet. A pessoa jurídica que tiver de apresentar DIPJ relativa a ano-calendário anterior a 2009 deverá utilizar o programa gerador aprovado para o ano-calendário a que se referir a declaração, disponibilizado no site da RFB. 5. PESSOA JURÍDICA IMUNE AO IMPOSTO DE RENDA 5.1 Imunidade constitucional São imunes ao Imposto de Renda (Constituição Federal, art. 150, VI, b e c, e Código Tributário Nacional (CTN), art. 9 o, IV, b e c, e art. 14, com a alteração introduzida pela Lei Complementar n o 104/2001): a) os templos de qualquer culto; b) os partidos políticos, inclusive suas fundações, e as entidades sindicais de trabalhadores, sem fins lucrativos, desde que: 10 IR/LS Manual de Procedimentos - Maio/2010 - Fascículo 21 - Boletim IOB

b.1) não distribuam nenhuma parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; b.2) apliquem seus recursos integralmente no Brasil, na manutenção de seus objetivos institucionais; b.3) mantenham escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão; c) as instituições de educação e as de assistência social, sem fins lucrativos, observadas as normas informadas neste item. A imunidade concedida a essas entidades: a) restringe-se aos resultados relacionados com as suas finalidades essenciais (Constituição Federal, art. 150, 4 o ); e b) não as exime da responsabilidade legal pelo imposto que lhes caiba reter na fonte sobre rendimentos que pagarem a terceiros e não as dispensa da prática de atos, previstos em lei, assecuratórios do cumprimento de obrigações tributárias por terceiros, podendo a autoridade competente suspender a imunidade no caso de inobservância dessas normas (CTN, art. 14, e RIR/1999, arts. 167 e 169, 1 o e 2 o ). 5.2 Disposições legais sobre a imunidade das instituições de educação e de assistência social De acordo com a Lei n o 9.532/1997, art. 12, com alteração introduzida pela Lei n o 9.718/1998, art. 10 (incorporados no RIR/1999, art. 170): a) considera-se imune a instituição de educação ou de assistência social que preste os serviços para os quais houver sido instituída e os coloque à disposição da população em geral, em caráter complementar às atividades do Estado, sem fins lucrativos; b) considera-se entidade sem fins lucrativos a instituição de educação ou de assistência social que não apresente superávit em suas contas ou, caso o apresente em determinado exercício, destine o referido resultado integralmente à manutenção e ao desenvolvimento dos seus objetivos sociais; c) para o gozo da imunidade, essas instituições estão obrigadas a atender aos seguintes requisitos: c.1) não remunerar, por qualquer forma, seus dirigentes pelos serviços prestados; c.2) aplicar integralmente seus recursos na manutenção e no desenvolvimento dos seus objetivos sociais; c.3) manter escrituração completa de suas receitas e despesas em livros revestidos das formalidades que assegurem a respectiva exatidão; c.4) conservar em boa ordem, pelo prazo de 5 anos, contado da data da emissão, os documentos que comprovem a origem de suas receitas e a efetivação de suas despesas, bem como a realização de quaisquer outros atos ou operações que venham a modificar sua situação patrimonial; c.5) apresentar, anualmente, a DIPJ, em conformidade com o disposto em ato da RFB; s c.6) recolher os tributos retidos sobre os rendimentos por elas pagos ou creditados e a contribuição para a seguridade social relativa aos empregados, bem como cumprir as obrigações acessórias daí decorrentes (veja 1 ao final deste subitem); c.7) assegurar a destinação de seu patrimônio a outra instituição que atenda às condições para gozo da imunidade, no caso de incorporação, fusão, cisão ou encerramento de atividades, ou a órgão público; c.8) outros requisitos, estabelecidos em lei específica, relacionados com o seu funcionamento. (1) O Supremo Tribunal Federal (STF), na Ação Direta de Inconstitucionalidade n o 1.802-3, deferiu medida cautelar que suspende, até a decisão final, a aplicação da alínea f do 2 o do art. 12 da Lei n o 9.532/1997, na qual está contemplado o cumprimento do requisito da letra c.6 deste subitem como condição para o gozo da imunidade. (2) A Lei n o 9.532/1997, art. 12, 1 o (incorporado no RIR/1999, art. 171, 1 o ), dispõe, também, que não estão abrangidos pela imunidade os rendimentos e os ganhos de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou variável pelas instituições de educação ou de assistência social. Todavia, o STF, na Ação Direta de Inconstitucionalidade n o 1.802-3, deferiu medida cautelar que suspende, até a decisão final da ação, a aplicação desse dispositivo legal. 5.3 Obrigações tributárias das instituições de educação As instituições de educação estão obrigadas à observância, entre outras, das seguintes normas (Instrução Normativa SRF n o 113/1998): a) para gozo da imunidade, não podem remunerar, por qualquer forma, seus dirigentes pelos serviços prestados, observando-se que: a.1) se considera dirigente a pessoa física que exerça função ou cargo de direção na pessoa jurídica, com competência para adquirir direitos e assumir obrigações em nome dessa, interna ou externamente, ainda que em conjunto com outra pessoa, nos atos em que a instituição seja parte; a.2) não se considera dirigente a pessoa física que exerça função ou cargo de gerência ou de chefia interna na pessoa jurídica, podendo ser atribuída remuneração a essa pessoa, tanto em relação à função ou ao cargo de gerência quanto a outros serviços prestados à instituição; b) a instituição imune deve: b.1) manter escrituração completa de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades que assegurem a respectiva exatidão, para comprovação perante a RFB, observando-se que: b.1.1) a escrituração completa impõe a obrigatoriedade de manutenção dos livros Diário e Razão devidamente escriturados, com base em documen- Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2010 - Fascículo 21 IR/LS 11

tação hábil e idônea, observada a cronologia dos registros; b.1.2) essa escrituração poderá ser efetuada manualmente ou por meio mecânico ou eletrônico, e, na hipótese de utilização de meio eletrônico, a documentação técnica completa deverá ser mantida e atualizada no sistema; b.2) conservar em boa ordem, pelo prazo de 5 anos, contado do 1 o dia do ano-calendário subsequente ao de sua emissão, os documentos que comprovem a origem de suas receitas e a efetivação de suas despesas, bem como a realização de quaisquer outros atos ou operações que venham a modificar sua situação patrimonial; c) as instituições imunes, mantenedoras de instituições de ensino superior, sem finalidade lucrativa, devem observar, ainda, os seguintes requisitos: c.1) elaborar e publicar, em cada exercício social, demonstrações financeiras certificadas por auditores independentes, com o parecer do conselho fiscal ou órgão similar; c.2) submeter-se, a qualquer tempo, à auditoria pelo Poder Público; c.3) comprovar, sempre que solicitado: c.3.1) a aplicação de seus excedentes financeiros nos fins da instituição de ensino mantida; c.3.2) não haver remunerado ou concedido nenhuma vantagem ou benefício, por qualquer forma ou título, a seus instituidores, dirigentes, sócios, conselheiros ou equivalentes; c.3.3) a destinação, para as despesas com pessoal docente e técnico-administrativo, incluídos os encargos e benefícios sociais, de pelo menos 60% da receita das mensalidades escolares proveniente da instituição mantida; c.4) para efeito do limite mínimo de destinação da receita, referido em c.3.3, a receita das mensalidades escolares deve ser considerada pelo valor efetivamente auferido, não computados os valores correspondentes às reduções e aos descontos ou às bolsas de estudo concedidas; c.5) na determinação do montante destinado às despesas com pessoal docente, não serão computados os gastos com pessoal, encargos e benefícios sociais dos hospitais universitários. 6. PESSOA JURÍDICA ISENTA DO IMPOSTO DE RENDA Consideram-se isentas do Imposto de Renda as instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural e científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais houverem sido instituídas e as coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam, sem fins lucrativos, observando-se o seguinte (Lei n o 9.532/1997, art. 15, incorporado ao RIR/1999, art. 174): a) para caracterizar a ausência de fins lucrativos, essas entidades precisam se enquadrar nas condições descritas na letra b do subitem 5.2; b) a isenção aplica-se, exclusivamente, ao Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e à Contribuição Social sobre o Lucro (CSL), não alcançando o imposto incidente na fonte sobre rendimentos e ganhos de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou de renda variável (o qual é considerado tributação exclusivamente na fonte); De acordo com o Manual de Instruções da DIPJ/2010, também não estão abrangidos pela isenção do Imposto de Renda os juros de capital distribuídos (entende-se que se trata de juros remuneratórios sobre o capital próprio, distribuídos por pessoa jurídica da qual a entidade participe). c) para o gozo da isenção, essas instituições estão obrigadas a atender aos seguintes requisitos: c.1) não remunerar, por qualquer forma, seus dirigentes pelos serviços prestados (veja 1, letra b, ao final deste item); c.2) aplicar integralmente seus recursos na manutenção e no desenvolvimento dos seus objetivos sociais; c.3) manter escrituração completa de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades que assegurem a respectiva exatidão; c.4) conservar em boa ordem, pelo prazo de 5 anos, contado da data da emissão, os documentos que comprovem a origem de suas receitas e a efetivação de suas despesas, bem como a realização de quaisquer outros atos ou operações que venham a modificar sua situação patrimonial; c.5) apresentar, anualmente, DIPJ, em conformidade com o disposto em ato da RFB. s (1) As entidades de previdência privada fechadas e as sem fins lucrativos são isentas do IRPJ, observado o seguinte (RIR/1999, art. 175): a) a isenção não se aplica ao Imposto de Renda incidente na fonte sobre dividendos (ressalvada a isenção geral sobre lucros ou dividendos apurados, na empresa distribuidora, a partir de 1 o.01.1996), juros e demais rendimentos de capital recebidos pela entidade (esse imposto será considerado devido exclusivamente na fonte); b) a isenção do IRPJ independe da condição de a entidade não remunerar seus diretores e membros de conselhos consultivos, deliberativos, fiscais e assemelhados, desde que: b.1) o resultado do exercício, satisfeitas todas as condições legais e regulamentares no que se refere aos benefícios, seja destinado à constituição de uma reserva de contingência de benefícios e, se ainda houver sobra, a programas culturais e de assistência aos participantes, aprovados pelo órgão normativo do Sistema Nacional de Seguros Privados; b.2) no caso de acumulação de funções, a remuneração das pessoas referidas na letra b desta nota caiba a apenas uma delas, por opção. (2) No Manual de Instruções da DIPJ/2010 consta que, no caso de incorporação, fusão, cisão ou encerramento de atividades, as instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural e científico deverão assegurar a destinação de seu patrimônio a outra instituição que atenda às condições para gozo da isenção ou a órgão público. 12 IR/LS Manual de Procedimentos - Maio/2010 - Fascículo 21 - Boletim IOB