CONVERSEI ONTEM À TARDINHA COM NOSSO QUERIDO CARLOS DE SILVIANO SANTIAGO: AS IMAGENS DE LEITOR

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Transcrição:

CONVERSEI ONTEM À TARDINHA COM NOSSO QUERIDO CARLOS DE SILVIANO SANTIAGO: AS IMAGENS DE LEITOR MARTINS, MARIA ELIA GONÇALVES; LIMA, CARLA ALVES Artigo científico desenvolvido na Universidade Federal do Pampa Campus Jaguarão sob a orientação da Profª. Ms. Cátia Dias Goulart. Aluna do 9º semestre do Curso de Letras Português/Espanhol e respectivas literaturas (Unipampa-Jaguarão) mariaeliamartins@hotmail.com MARTINS, Maria Elia Gonçalves; Aluna do 9º semestre do Curso de Letras Português/Espanhol e respectivas literaturas (Unipampa-Jaguarão) karlalima_158@hotmail.com LIMA, Carla Alves. RESUMO: No conto Conversei ontem à tardinha com nosso querido Carlos, de Silviano Santiago, o narrador, convertido em leitor das cartas trocadas entre Mário de Andrade e Carlos Drummond de Andrade, reflete sobre a relação entre os dois escritores e sobre a importância dessa produção na sua própria escritura. Considerando as estratégias compositivas pós-modernistas utilizadas no conto e com base na concepção de leitor de Umberto Eco (1994) realizamos uma leitura crítica dessa narrativa. Palavras-chave: leitor modelo, Silviano Santiago, autor, pós-modernismo. RESUMEN: En el cuento Conversei ontem à tardinha com nosso querido Carlos, de Silviano Santiago, el narrador, convertido en lector de las cartas intercambiadas entre Mário de Andrade y Carlos Drummond de Andrade, reflexiona sobre la relación entre los dos escritores y sobre la importancia de esa producción en su propia escritura. Llevando en cuenta las estrategias de composición post-modernistas utilizadas en el cuento y basadas en el concepto de lector de Umberto Eco (1994) realizamos una lectura crítica de esa narración. Palabras clave: lector modelo, Silviano Santiago, el autor, post-modernismo. ENUNCIADO Através de uma carta dirigida a Mário de Andrade, o narrador que assina-a como Silviano, conta como foi sua conversa com Carlos Drummond

Andrade. A carta menciona diversas obras e escritores; também as relações poéticas e literárias de Mário, Carlos e do próprio narrador. PÓS-MODERNISMO Podemos observar na obra fortes características do pós-modernismo. O hibridismo de gêneros é uma delas, pois Silviano traz um conto com marcas textuais de carta pessoal e de ensaio científico. Temos o título e a narrativa curta caracterizando o gênero conto. Também a dedicatória a John Gledson, que é um reconhecido crítico literário inglês, como marca de um conto literário. Porém, o leitor tem que estar atento a essas armadilhas composicionais, pois logo após o título e dedicatória o texto está formatado como uma carta, começando com data e saudação a Mário de Andrade e termina com uma despedida e assinatura do remetente (Silviano Santiago). Há outras marcas textuais de hibridismo de gênero, por exemplo, a nota de rodapé e as diversas bibliografias citadas e comentadas condizem com um ensaio cientifico a cerca da literatura, além de diversos trechos sobre filosofia. A intertextualidade e uma série de hipotextos, também são marcas do pós-modernismo que aparecem na obra de Silviano. Referi-me atrás a Giles, o escritor francês que transitou por essas bandas. Foi ele que me falou pela primeira vez do sentimento trágico da vida [...] (p.166). A discussão literária que Silviano propõe em todo seu texto leva a metaficcionalidade, ele traça um panorama de suas leituras passando por Guimarães Rosa, Manuel Bandeira, Olavo Bilac, o próprio Mário de Andrade e Carlos Drummond de Andrade, entre outros. Também menciona sua própria escritura, refletindo sobre a autoria textual. Com o seu sim, com o seu não (desculpe a ironia no jogo de palavras), a descoberta que fiz pesa, vale, a incorporo, já é minha e vou fazê-la render nos meus escritos futuros. Ando pensando em escrever um romance que se chamará Uma história de família. Lá v. virará personagem, sob o nome de tio Mário. (p.169) A auto ficção é latente, caracterizando também uma temática pósmodernista. Quando Silviano Santiago assina o texto que está inserido em uma obra ficcional, livro intitulado Histórias mal contadas Contos ; temos então uma estratégia compositiva que propõe um leitor atento e disposto a entrar nesse jogo lançado pelo autor.

O tempo é encapsulado e mobiliza que o leitor esteja atento aos hipotextos, lendo a referência autoral do livro, tem-se o ano de nascimento de Silviano (1936) e o tempo da narrativa é 1925, anterior ao nascimento do autor. Além disso, a narrativa traça um panorama da Modernidade e Pósmodernidade, obras que não existiam em 1925 são citadas e comentadas. Ou seja, diversas temporalidades apresentadas umas dentro das outras. A obra se apresenta ao leitor como um quebra-cabeça, o autor propõe um papel ao leitor dentro da obra, e a significação da mesma dependerá do comprometimento e preparação do leitor. O LEITOR MODELO Umberto Eco propõe a idéia de um leitor inscrito no texto e que serve de ponte para o leitor real (empírico). Na perspectiva de Eco (1994), o leitor modelo é definido como um conjunto de condições de sucesso ou de felicidade estabelecidas textualmente, que devem ser satisfeitas para que um texto seja plenamente atualizado no seu conteúdo potencial. Um leitor ativo e produtivo, que ajude no deciframento que a narrativa implica. O leitor modelo segue as pistas do texto e pode inclusive ser levado a fracassos interpretativos, programados pela própria narrativa. Para Eco (1994), existe em qualquer texto um papel proposto para o leitor. Nem sempre é possível distinguir interpretação crítica, que ele chama de interpretação pessoal, da cooperação interpretativa, aquela que é programada pelo texto, logo, comum a todos os leitores. Por isso, Eco aponta que a fronteira entre essas duas atividades é ínfima e deve ser estabelecida em termos de intensidade cooperativa, de clareza e de lucidez na exposição dos resultados de uma cooperação cumprida. Segundo Eco, o sistema narrativo não é autônomo, e deve ser analisado em relação ao leitor. É preciso observar como o leitor reage a esse papel que o texto lhe propõe. Eco interessa-se pelo além do texto, o objeto de suas análises é a concretização realizada pelo leitor. Leitura é uma interação produtiva entre o texto e o leitor. A obra desde sua constituição necessita e mobiliza a participação do destinatário. Todo texto inscreve-se em uma linguagem, uma poética, um estilo, que são para o leitor, sinais para seu trabalho de deciframento. Esses elementos jogam com a expectativa do leitor. NOSSAS CONSIDERAÇÕES

Silviano Santiago utiliza uma estratégia compositiva que promove duas imagens de leitor modelo. Uma é de um leitor empírico, que no tempo atual da sua leitura, penetra na imagem do leitor (Silviano Santiago) que através da intertextualidade nos presenteia com sua bagagem de leitura. Esse leitor empírico tem de ser um bom pesquisador, caso não conheça o arcabouço de leitura do leitor Silviano Santiago, pois este atravessa séculos, indo e vindo na temporalidade, trazendo e suscitado obras e autores que marcaram sua formação como leitor. Dialoga com autores com Guimarães Rosa (p.159), Gregório de Mattos e Afrânio Peixoto (p.166), Bilac (p.158), Manuel bandeira (p.159) etc. Importante ressaltar que essa bagagem de leitura do leitor-narrador perpassa sua formação como escritor e seu próprio texto é atravessado por esses discursos dos autores, como vemos nos trechos: Mário, não me controlei diante da beleza da sua reflexão [...] (p.160). Referi-me atrás a Giles, o escritor francês que transitou por essas bandas. Foi ele que me falou pela primeira vez do sentimento trágico da vida [...] (p.166). Será um abuso da minha parte querer interpretar as poucas palavras que copiei da carta ao Carlos saindo do círculo estreito das suas leituras dos futuristas e de outros vanguardistas europeus? (p.167). Ao final desta carta, já não sei se estive falando de você e do Carlos, ou de mim mesmo todo o tempo. O enigma maior que tentei dramatizar nos meus livros é o mistério da dor inútil. (p.170). Com respeito, inda vos chamo Guia, Mestre e Senhor, Silviano. (p.170). O texto mobiliza que o leitor empírico viaje neste histórico literário, que é constituído em uma estratégia compositiva em que o tempo, o espaço e o próprio discurso são armadilhas que movimentam os conhecimentos e habilidades do leitor para elaborar sua hipótese interpretativa de maneira crítica e coerente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ECO, Umberto. Seis Passos pelos bosques da ficção. (Trad.) Hildegard Feist. São Paulo: Companhia das Letras, 1994. ECO, Umberto. Lector in fábula- a cooperação interpretativa nos textos narrativos. São Paulo: Perspectiva, 2004, 2ª. ed.1ª. Trad. Attílio Cancian. MORICONI, Italo. Problemática do pós-modernismo na literatura brasileira. In:. A Provocação Pós-Moderna. Rio de Janeiro: EdUERJ, 1994. PELEGRINI, Tânia. Ficção brasileira contemporânea. Assimilação ou resistência? In: ANAIS do Simpósio Internacional: 500 anos de Descobertas Literárias, realizado de 29 de março a 2 de abril de 2000 na Universidade de Brasília. SANTIAGO, Silviano. A permanência do discurso da tradição no modernismo. In:. Nas malhas da letra. Rio de Janeiro: Rocco, 2002. SANTIAGO, Silviano. Conversei ontem à tardinha com nosso querido Carlos. In:. Histórias mal contadas: Contos. Rio de Janeiro: Rocco, 2005.