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Transcrição:

Referência: Pregão Eletrônico nº 078/2012 Processo: 1.00.000.003557/2012-99 Fase: Habilitação Objeto: Contratação de empresas especializadas na prestação de serviços de manutenção preventiva e corretiva, com fornecimento de peças, mediante ressarcimento, nos equipamentos médicos-hospitalares e nos equipamentos de esterilização, utilizados pela SSI/Saúde da Procuradoria Geral da República. A Empresa SUPORTE MEDICAL, COMÉRCIO DE EQUIPAMENTOS LTDA-ME, interpõe recurso administrativo contra a decisão que habilitou a empresa CONFITECH ASSINTÊNCIA TÉCNICA HOSPITALAR LTDA/ME, pelos motivos e fatos resumidos a seguir: 1 DAS RAZÕES RECURSAIS RESUMIDAS SUPORTE MEDICAL LTDA, pessoa jurídica de direito privado inscrita no CNPJ sob o nº 10.949.993/0001-04 e CF/DF 07.523.662/001-24, regularmente estabelecida na CNC 05 lote 05 loja subsolo, Taguatinga/DF, CEP: 72.115-555 neste ato representada por seu sócio ANTONIO DEMONTIEZ RAMOS DOS SANTOS vem, inconformada, à presença de V. Exa., interpor RECURSO ADMINISTRATIVO em desfavor da decisão proferida pelo(a) ilustre Pregoeiro(a), que rejeitou a intenção recursal tempestivamente apresentada para impugnar a habilitação do concorrente ora habilitado no r. certame, nos termos previstos no item 13.3, do edital, pelas razões de fato e de direito que passa a delinear para ao final requerer o acolhimento e provimento dos pedidos: I. Dos requisitos de admissibilidade do recurso Requer seja o presente recurso acolhido, visto ser tempestiva sua propositura nos termos dispostos no item 13.1 do edital convocatório e no art. 4º da lei 8.666/93, regular sua apresentação, já que a recorrente é parte legítima para questionar em sede recursal os atos integrantes do referido pregão nos termos dos referidos dispositivos legais e normativos: Art. 4o da lei 8.666: Todos quantos participem de licitação promovida pelos órgãos ou entidades a que se refere o art. 1o têm direito público subjetivo à fiel observância do pertinente procedimento estabelecido nesta lei, podendo qualquer cidadão acompanhar o seu desenvolvimento, desde que não interfira de modo a perturbar ou impedir a realização dos trabalhos. Parágrafo único. O procedimento licitatório previsto nesta lei caracteriza ato administrativo formal, seja ele praticado em qualquer esfera da Administração Pública. Item 13.1 do edital: Declarada a vencedora, qualquer licitante poderá manifestar, imediata e motivadamente, em campo próprio do sistema, intenção de recorrer, sendo, em caso de deferimento, concedido-lhe o prazo de 3 (três) dias para a apresentação das razões do recurso. Requer ainda que seja o presente recurso recebido em seu efeito suspensivo e devolutivo, para análise e emissão de juízo de retratação da autoridade competente, nos termos do art. 109 da lei 8.666/93: Art. 109. Dos atos da Administração decorrentes da aplicação desta Lei cabem: I recurso, no prazo de 5 (cinco) dias úteis a contar da intimação do ato ou da lavratura da ata, nos casos de: a) habilitação ou inabilitação do licitante; (...)

2o O recurso previsto nas alíneas a e b do inciso I deste artigo terá efeito suspensivo, podendo a autoridade competente, motivadamente e presentes razões de interesse público, atribuir ao recurso interposto eficácia suspensiva aos demais recursos. 4o O recurso será dirigido à autoridade superior, por intermédio da que praticou o ato recorrido, a qual poderá reconsiderar sua decisão, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, ou, nesse mesmo prazo, fazê-lo subir, devidamente informado, devendo, neste caso, a decisão ser proferida dentro do prazo de 5 (cinco) dias úteis, contado do recebimento do recurso, sob pena de responsabilidade. ( ) omissis. Breve relato fático A ora recorrida iniciou licitação na modalidade menor preço, por pregão eletrônico, tendo a fase de habilitação e encaminhamento de propostas transcorrido em conformidade com o disposto em lei e no edital convocatório. No pregão a empresa CONFITECH ASSISTÊNCIA TÉCNICA HOSPITALAR LTDA/ME, pela propositura da oferta de menor preço, foi a arrematante do objeto. Ocorre que na fase de habilitação, a r. empresa deixou de encaminhar via sistema COMPRASNET a proposta adequada aos termos do lance oferecido no pregão e sua planilha de preços, incorrendo assim em descumprimento de requisito para habilitação, conquanto o edital expressamente previa que o envio se daria pelo referido meio para assegurar a publicidade, não elegendo meio diverso, o que, de início, indica ser tal meio numerus clausus. Sendo assim, a conduta do arrematante descumpre a norma editalícia e o procedimento de habilitação nela disposto, configurando como ilegitimidade a adjudicação do objeto à referida empresa. Com o objetivo de informar ao Pregoeiro a ilegalidade cometida, a recorrente interpôs intenção de recurso em 29 de outubro de 2012 antes das 13 horas. No entanto foi surpreendida com a rejeição do recurso pelo ilustre pregoeiro sob a alegação de que a arrematante teria enviado tal documentação por fax, o que tornou necessária a interposição do presente recurso, para submeter tal decisão a nova avaliação da autoridade pública competente sob pena de ilegalidade, vez que a adjudicação do objeto à arrematante que claramente descumpre ato normativo do certame turba direito líquido e certo da Recorrente tornando o ato da autoridade pública impugnável ilegal e consequentemente impugnável pelo writ constitucional adequado. Do Direito No procedimento administrativo de propositura da referida licitação o Pregoeiro veiculou o edital 078/2012, que nos termos da lei 8.666/93, vincula as partes, fazendo lei entre elas. A licitação não deve ser realizada de qualquer forma, pois se sujeita a conjunto significativo de princípios e normas jurídicos, com o propósito de evitar desvios, favorecimentos e permitir que os recursos públicos sejam adequadamente empregados, respeitando a isonomia de tratamento entre os concorrentes, como apreende-se de doutrina jurídica especializada nesta temática: "Existe uma espécie de 'presunção' jurídica. Presume-se que a observância das formalidades inerentes à licitação acarretará a mais adequada e satisfatória realização dos fins buscados pelo Direito O edital é taxativo ao dispor no item 1.2 que em caso de discordância entre as especificações do objeto contidas no COMPRASNET e as constantes neste Edital, prevalecerão as constantes neste edital, ratificando assim a vinculação ao referido instrumento, que efetivamente faz lei entre as partes e que, respeitadas as disposições específicas de leis federais, infraconstitucionais e constitucionais, deve ser aplicado in totum, sob pena de ilegalidade e a consequente impugnação. A seção VII do edital, ao tratar da proposta e do encaminhamento assim dispõe: 7.1. O licitante deverá encaminhar a proposta de preços, exclusivamente por meio do sistema eletrônico,

observados data e horário limite estabelecidos. (...) 7.6. O licitante classificado provisoriamente em primeiro lugar deverá encaminhar, no prazo estipulado pelo pregoeiro, contado da solicitação do Pregoeiro a proposta de preço adequada ao último lance. (grifo nosso) Ora Sr(a). Pregoeiro(a), resta incontroversamente claro que o envio de toda a documentação prevista para habilitação do arrematante deveria se dar pelo meio elegido no edital, a saber, o sistema. Ainda prevê a seção VII do edital que: 7.18. A simples participação neste certame implica em: 7.18.1. Aceitação de todas as condições estabelecidas neste Pregão; Corroborando tal entendimento a seção VIII do edital assim dispõe: 8.3. A comunicação entre o Pregoeiro e as licitantes ocorrerá exclusivamente mediante troca de mensagens, em campo próprio do sistema eletrônico. Ora, o edital é claro ao estabelecer os termos que devem ser seguidos ao longo de todo o procedimento, erigindo como única exceção à comunicação e envio de documentos pelo sistema, como se constata no fragmento editalício abaixo, os casos de diligências, o que por óbvio não é a hipótese de envio dos documentos em questão, visto tal ato ser anterior a realização de qualquer diligência de habilitação e posterior a diligências de propositura: 7.7. Em caráter de diligência, os documentos remetidos poderão ser solicitados em original ou por cópia autenticada a qualquer momento. Nesse caso, os documentos deverão ser encaminhados, no prazo estabelecido pelo Pregoeiro, para CPL/PGR, situada a SAF sul, Quadra 4, Conjunto C, Bloco B, sala 202, Brasília-DF.exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle. ( ) omissis 7.8. O licitante que abandona o certame, deixando de enviar a documentação indicada nesta cláusula, será desclassificado e sujeitar-se-á às sanções previstas neste Edital. Ora, não há como não impugnar o ato do pregoeiro, vez que tal ato, além de arbitrário e ilegal, culmina na premiação pela adjudicação do objeto aquele que usou meio ilegítimo (já que contrário ao disposto no edital), para envio de documentação. Ato este que torna a habilitação nula pela mácula da ilegalidade, e, pela nulidade, inexistente, configurando assim o previsto no item supracitado, apenado com desclassificação. ( ) omissis 10.2. Para fins de aceite da proposta, serão exigidos do licitante classificado em 1º lugar: 10.2.2. O envio via sistema da nova proposta atualizada, acompanhada de planilha detalhada na forma do anexo I, Item VII para cada item cotado, no prazo estipulado pelo Pregoeiro 10.2.3. o envio via sistema dos Anexo II e III devidamente preenchidos e assinados. 10.2.4. o envio dos documentos de habilitação após solicitação do pregoeiro, no prazo estipulado. 10.3. Se a proposta ou o lance de menor valor não for aceitável, o pregoeiro examinará a proposta ou o lance subsequente, até a apuração de uma proposta ou lance que atenda o edital. (...) 10.5. Constatado o atendimento às exigências fixadas no Edital, o objeto será adjudicado ao autor da proposta ou lance de menor preço, que será declarado vencedor. Da leitura dos itens do edital apreende-se que os documentos de que trata o item 10.2.4 poderiam ter sido enviados por meio diverso ao sistema, qual seja, fax, mas os documentos com controvérsia de envio referem-se ao disposto no item 10.2.2 e neste item fica evidente que o envio deve se dar via sistema e não por outro meio de comunicação.

Ora, outro entendimento não é possível que não seja pela nulidade, por ter sido o documento enviado via fax, contrariando o previsto no item 10.2.2 do edital para envio deste tipo de documento, categoricamente envio via sistema e no prazo previsto. Neste sentido, nos ilumina a inteligência do disposto na lei 8.666/93: Art. 48. Serão desclassificadas: I as propostas que não atendam às exigências do ato convocatório da licitação; Portanto o envio via fax não atende o requisito e automaticamente configura a falta de envio no prazo previsto, visto que até as 18h do dia final do prazo, 29 de outubro de 2012, os documentos necessários não foram inseridos no sistema, configurando assim o arrematante em mora em relação ao instrumento convocatório e, por isto, sujeito a inabilitação, nos termos da seção XI do presente edital, que assim dispõe: ( ) omissis Do pedido 13. Em face do exposto requer o acolhimento do presente recurso em todos os seus efeitos e o deferimento do pedido para que seja declarada a inabilitação e desclassificação da arrematante do presente pregão pela afronta aos requisitos do edital. Por fim requer que seja reconhecida a segunda colocada como arrematante do referido pregão, e com o cumprimento das fases subsequentes prevista no edital, seja o objeto da licitação adjudicando a mesma. II - DA RESPOSTA DA INSTITUIÇÃO A recorrente utiliza-se da alegação de descumprimento de norma editalícia no que se refere à maneira do envio de documentos solicitados pelo pregoeiro. O edital de licitação nº 78/2012 previu que a licitante classificada em 1º lugar deverá encaminhar, no prazo estabelecido pelo pregoeiro, a proposta atualizada adequada ou último lance oferecido, verbis: 7.6. O licitante classificado provisoriamente em primeiro lugar deverá encaminhar, no prazo estipulado pelo pregoeiro, contado da solicitação do Pregoeiro a proposta de preço adequada ao último lance. A simples leitura do comando editalício demonstra que a licitante deverá enviar a proposta atualizada, mais não indica a forma de envio. Na SEÇÃO X DA ETAPA DE JULGAMENTO/ACEITE, subitem 10.2.2. consta que para aceite da proposta, será necessário o envio via sistema de proposta atualizada. A SEÇÃO XII-DO ENVIO DA DOCUMENTAÇÃO, subitem 10.2.2, também consta que os documentos remetidos pela opção enviar anexo do Comprasnet, por meio de e-mail ou pelo fax, poderão ser solicitados originais ou cópias autenticadas, em prazo a ser estabelecido pelo pregoeiro, in litteris: 10.2.2. O envio via sistema da nova proposta atualizada, acompanhada de planilha detalhada na forma do anexo I, Item VII para cada item cotado, no prazo estipulado pelo Pregoeiro. 12.1. Os documentos remetidos por meio da opção Enviar Anexo do sistema Comprasnet, para o e-mail licitacao@pgr.mpf.gov.br, ou pelo fax (61) 31056766, poderão ser

solicitados em original ou por cópia autenticada a qualquer momento, em prazo a ser estabelecido pelo Pregoeiro. Diante dos enunciados acima, pergunta-se, qual é a forma de envio dos documentos? A forma mais célere possível de envio, como as previstas no edital. O importante é a disponibilidade de tais documentos para o conhecimento de todos, ressalte-se que os documentos estiveram e estão disponíveis para consulta na página da Instituição na rede mundial de computadores, www.pgr.mpf.gov.br. A disponibilidade dos documentos na internet cumpre o princípio fundamental da publicidade, tornando-os públicos a todos os cidadãos independentemente daqueles que eventualmente acessam o sistema Comprasnet. Assim a empresa licitante classificada em 1º lugar, diante de passageira impossibilidade de enviar sua proposta via sistema, enviou via fax, que de imediato foi escaneada por este pregoeiro e incluída na página da Internet (transparência), com o fito de dar conhecimento geral. Como é do conhecimento da recorrente, quando a Lei 8.666/1993 foi promulgada ainda não estava em uso a chamada teia mundial, noutras palavras, Internet. Nos dias de hoje a maioria dos documentos habilitatórios podem ser consultados via sites de órgãos ou entidades emissoras de certidões, declarações e outras, (CREA, Receita Federal, INSS, Fundo de Garantia, etc.), para tanto o edital de licitação em tela, prevê, no subitem 11.2.10, que a verificação nos sítios oficiais constitui meio legal de prova, verbis: 11.2.10. Para fins de habilitação, a verificação de documentos habilitatórios pelo órgão promotor do certame nos sítios oficiais de órgãos e entidades emissores de certidões constitui meio legal de prova. Não seria razoável, por uma questão meramente formal, a administração agir com formalismo excessivo, até porque, esse tem sido o posicionamento das Cortes de Justiça de nosso País. Não apenas das Cortes de Justiça, o Egrégio Tribunal de Contas da União repudia veemente o rigor desmensurado. A jurisprudência pátria é clara sobre a inaplicabilidade de formalismo excessivo nos procedimentos licitatórios, em desfavor do interesse público: Formalismo inabilitação incorreta. TJ/MA decidiu: desclassificação de concorrente por mero vício de ordem formalística. Impossibilidade. A administração pública não deve agir com exacerbado formalismo, inabilitando licitantes ou desclassificando propostas, acaso as irregularidades constatadas na documentação não lhe acarretem qualquer prejuízo, pois o fim eminentemente típico de uma licitação é permitir a escolha da proposta mais vantajosa, dentre aquelas apresentadas por uma maior gama possível de interessados. Vale dizer que quanto mais participantes o certame contar, maior será a possibilidade de encontrar preços competitivos. Segurança concedida. Fonte: TJ/MA. MS nº 4252001. Câmaras Cíveis Reunidas. DJ 27 abr.2001. Formalismo inabilitação de licitante por descumprimento de exigência editalícia. Certo que a Administração, em tema de licitação, está vinculada às normas e condições estabelecidas no Edital (Lei nº 8.666/93, art. 41) e, especialmente, ao princípio da legalidade estrita, não deve, contudo(em homenagem ao princípio da razoabilidade), prestigiar de forma tão exacerbada

o rigor formal, a ponto de prejudicar o interesse público que, no caso, afere-se pela proposta mais vantajosa. Fonte: TRF 1a. Região 6a. Turma. REO nº 200036000034481/MT. DJU 19 abr. 2002. p.211. STJ decidiu:... A interpretação soldada ao rigor tecnicista deve sofrer temperamentos lógicos, diante da inafastáveis realidades, sob pena de configuração de revolta contra a razão do certame licitatório. Fonte: STJ 1ª Seção. MS nº 5784/DF Registro nº199800277021 DJ 29 mar. 1999, p.00058 Pelos motivos acima expostos, entendo que não houve nenhuma irregularidade no procedimento licitatório, posto que os atos praticados visaram atender todas as regras definidas no instrumento convocatório e o julgamento foi realizado de acordo com os critérios previamente fixados. Reforçando os argumentos contidos na referida resposta, cabe ressaltar que esta Instituição buscou atender o interesse público, não permitindo que seus atos fossem inquinados por um formalismo exacerbado. Frise-se que, no entender deste Pregoeiro, o formalismo é necessário haja vista ser uma cautela que deve nortear os atos administrativos, sempre sopesando a finalidade pública que é anterior ao formalismo de que se reveste o ato. Não se contradiz a necessidade de observância às formalidades da licitação. Bem ao contrário, a lei valida a forma. No entanto, é defeso à Administração Pública privilegiar o excesso de formalismo, pois desprestigia o interesse público, que deve ser protegido. No caso específico, não existe descumprimento de regra editalícia, deve-se interpretar que a empresa classificada em primeiro lugar e adjudicatária do objeto, cumpriu todas as exigências do edital. À luz de todo o exposto, informo que este Pregoeiro conheceu do recurso, para sugerir a V.Sa. negar-lhe provimento, visto que não foi apresentado por parte da recorrente nenhum fato ou ocorrência que justifique a alteração do julgamento. Brasília, 09 de novembro de 2012 FRANCISCO DE JESUS DA S. ARAUJO Pregoeiro/PGR

DO MPF REFERÊNCIA: Processo PGR nº 1.00.000.003557/2012-99 ASSUNTO: Pregão Eletrônico PGR nº 078/2012 INTERESSADO: SUPORTE MEDICAL, COMÉRCIO DE EQUIPAMENTOS LTDA-ME DESPACHO Trata-se de recurso interposto pela empresa SUPORTE MEDICAL, COMÉRCIO DE EQUIPAMENTOS LTDA-ME. participante de procedimento licitatório do tipo Pregão Eletrônico nº 078/2012, cujo objeto é Contratação de empresas especializadas na prestação de serviços de manutenção preventiva e corretiva, com fornecimento de peças, mediante ressarcimento, nos equipamentos médicos-hospitalares e nos equipamentos de esterilização, utilizados pela SSI/Saúde da Procuradoria Geral da República. Analisado o recurso e baseado na justificação do Pregoeiro da Procuradoria Geral da República/MPF, que incorporo como fundamento de decisão, e nos termos do edital do Pregão Eletrônico acima referenciado, e conforme o disposto no parágrafo 4º do artigo 109 da Lei 8.666/1993, obedecido ainda o interesse público, conheço do recurso, para, no mérito ratificar a decisão do Sr. Pregoeiro desta Instituição. Cumpra-se. Dê-se ciência da decisão à interessada. Brasília-DF, 09 de novembro de 2012 CASSIO AMÉRICO DA SILVA Secretário de Administração