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Transcrição:

LÍNGUA PORTUGUESA 01. Considerando que o verbo estar pode ser interpretado como sendo verbo de ligação, se indica apenas um estado, ou verbo intransitivo, se a estada em determinado local, assinale a opção em que, no par de sentenças, o verbo estar seja verbo de ligação na primeira sentença e verbo intransitivo na segunda. a) Astrogildo estava em casa. Ele estava cansado. b) Astrogildo estava cansado. Por isso ele estava em casa. c) Adalgiza está cansada. Ela está doente. d) Publílio está em casa. Ele está em Maceió. e) Epafrodito está no sítio do tio. Ele está em Rio Largo. 02. Assinale a opção em que o verbo da oração recebe a mesma classificação do verbo destacado em: Hoje não colho mais as frutas no quintal. a) O juiz não resistiria a seu apelo. b) O céu de São Paulo vive acinzentado. c) Os fieis atiravam suas oferendas ao mar. d) Todos estavam na casa da mãe. e) O religioso pregou o sermão aos fieis. 03. A opção em que não há correspondência entre cardinal e ordinal é: a) sessenta e dois sexagésimo segundo. b) duzentos e trinta e três ducentésimo trigésimo terceiro. c) oitocentas e uma octingentésima primeira. d) setenta sexagésimo. e) quarenta quadragésimo. 04. Antítese é a figura de linguagem que ocorre quando há uma aproximação de palavras ou expressões de sentidos opostos. Assinale a opção em que há uma antítese. a) «O homem é uma substância vivente, sensitiva, racional. O pó vive? Não. Pois como é pó o vivente? O pó sente? Não. Pois como é pó o sensitivo? O pó entende e discorre? Não. Pois como é pó o racional?» (VIEIRA, Antônio Pe. Sermões, Erechim: Edelbra, 1998, p. 56) b) «Vou-me embora pra Pasárgada / Lá sou amigo do rei / Lá tenho a mulher que eu quero / Na cama que escolherei / Vou-me embora pra Pasárgada.» (Texto extraído do livro Bandeira a Vida Inteira, Rio de Janeiro: Editora Alumbramento, 1986, p. 90) c) «O Trivium explica que a lógica é a arte da dedução. Na qualidade de seres pensantes, sabemos alguma coisa e desse saber podemos deduzir um novo saber, um novo conhecimento.» (MIRIAM, Joseph. O Trivium: as artes liberais da lógica, gramática e retórica: entendendo a natureza e a função da linguagem. Trad.: Henrique Paul Dimyterko. São Paulo: É Realizações, 2008, p. 24) d) «Mas que o homem, pela necessidade de sua natureza, busque não existir, ou mudar de forma, isso é tão impossível quanto criar algo a partir de nada, como todos podem concluir meditando um pouco.» (MARCONDES, Danilo. Textos básicos de ética: de Platão a Foucault. Rio de Janeiro: Zahar, 2007, p. 75) e) «Deve-se reconhecer que muitas proposições mencionam a quantidade mais especificamente do que as proposições de forma típica.» (COPI, Irving. Introdução à Lógica. Trad.: Álvaro Cabral. 2.ª ed. São Paulo: Mestre Jou, 1978, p. 200) 05. «Daí a pouco estaria removido o obstáculo. Camilo fechava os olhos, pensava em outras coisas, mas a voz do marido sussurrava-lhe às orelhas as palavras da carta: Vem, já, já. E ele via as contorções do drama e tremia. A casa olhava para ele. As pernas queriam descer e entrar. Camilo achou-se diante de um longo véu opaco pensou rapidamente no inexplicável de tantas coisas. A voz da mãe repetia-lhe uma porção de casos extraordinários; e a mesma frase do príncipe de Dinamarca reboava-lhe dentro: Há mais coisas no céu e na terra do que sonha a filosofia. (MACHADO DE ASSIS. Obras completas em quatro volumes, volume 2. São Paulo: Editora Nova Aguilar, 2015, p. 438) Considerando a sentença do texto: A casa olhava para ele, assinale a opção em que há perfeita correspondência de figura de linguagem. a) Aliteração: repetição ordenada do mesmo som consonantal. b) Assonância: repetição ordenada do mesmo som vocálico. c) Personificação: atribuir características humanas a não humanos. d) Catacrese: nomear algo com um termo tomado de outra coisa. e) Antítese: aproximação de termos contrários. 06. Assinale nas alternativas abaixo aquela em que os vocábulos são acentuados graficamente por serem paroxítonos. a) casa, sapo, carro, mesa, relógio. b) júri, fóssil, hífen, abdômen, oásis. c) livro, fotografia, cachimbo, lápis, régua. d) amável, perpétuo, teodiceia, antologia, bênção. e) história, comentário, ímã, antigo, indústria. Leia o fragmento abaixo e responda às questões 07 a 10. «Não queria arrancar-lhe as ilusões. Também ele, em criança, e ainda depois, foi supersticioso, teve um arsenal inteiro de crendices, que a mãe lhe incutiu e que aos vinte anos desapareceram. No dia em que deixou cair toda essa vegetação parasita, e ficou só o tronco da religião, ele, como tivesse recebido da mãe ambos os ensinos, envolveu-os na mesma dúvida, e logo depois em uma só negação total. Camilo não acreditava em nada. Por quê? Não poderia dizê-lo, não possuía um só argumento; limitava-se a negar tudo. E digo mal, porque negar é ainda afirmar, e ele não formulava incredulidade; diante do mistério, contentou-se em levantar os ombros, e foi andando.» (MACHADO DE ASSIS. Obras completas em quatro volumes, volume 2. São Paulo: Editora Nova Aguilar, 2015, p. 435) 07. Assinale a opção em que não haja correspondência de ideias com a frase: E digo mal, porque negar é ainda afirmar... a) E digo mal, pois que negar é ainda afirmar... b) E digo mal, porquanto negar é ainda afirmar... c) E digo mal, pois negar é ainda afirmar... d) E digo mal, visto que negar é ainda afirmar... e) E digo mal, conquanto negar é ainda afirmar... 08. Camilo, segundo o trecho acima, a) ainda criança, preferiu não acreditar em nada. b) desde criança desprezava superstições. c) diante do desconhecido, preferiu ficar indiferente. d) era crédulo, apesar de negar qualquer fé. e) negava qualquer envolvimento com religião. EXAME DE SELEÇÃO 2018.1 IFAL ENSINO MÉDIO SUBSEQUENTE PÁG. 1

09. Em relação às descrenças de Camilo, há uma opinião do narrador em: a) «diante do mistério, contentou-se em levantar os ombros, e foi andando.» b) «Camilo não acreditava em nada. Por quê? Não poderia dizê-lo (...)» c) «E digo mal, porque negar é ainda afirmar, e ele não formulava a incredulidade.» d) «No dia em que deixou cair toda essa vegetação parasita, e ficou só o tronco da religião.» e) «Também ele, em criança, e ainda depois foi supersticioso.» 10. No dia em que deixou cair toda essa vegetação parasita..., a expressão destacada refere-se a a) fados. b) ensinos. c) ilusões. d) mistério. e) crendices. - Que Rocha? - Não sei: é capaz de ser a assinatura. - Meu irmão não se chama Rocha, essa é boa! - É, mas foi ele que mandou, isso foi. Desliguei, atônito, fui até refrescar o rosto com água, para poder pensar melhor. Só então me lembrei: haviam-me encomendado uma crônica sobre essas frases que os motoristas costumam pintar, como lema, à frente dos caminhões. Meu irmão, que é engenheiro e viaja sempre pelo interior fiscalizando obras, prometera ajudarme, recolhendo em suas andanças farto e variado material. E ele viajou, o tempo passou, acabei me esquecendo completamente o trato, na suposição de que o mesmo lhe acontecera. Agora, o material ali estava, era só fazer a crônica. Deus, eu e o Rocha! Tudo explicado: Rocha era o motorista. Deus era Deus mesmo, e eu, o caminhão. Fonte: Disponível em: <http://www.sitedoescritor.com.br/sitedoescritor_escritores_f0074 _fsabino.html> Acesso em 12/09/2017, às 13h40. Leia o texto abaixo para responder as questões de 11 a 14. Em código Fernando Sabino Fui chamado ao telefone. Era o chefe de escritório de meu irmão: - Recebi de Belo Horizonte um recado dele para o senhor. É uma mensagem meio esquisita, com vários itens, convém tomar nota: o senhor tem um lápis aí? - Tenho. Pode começar. - Então lá vai. Primeiro: minha mãe precisa de uma nora. - Precisa de quê? - De uma nora. - Que história é essa? - Eu estou dizendo ao senhor que é um recado meio esquisito. Posso continuar? - Continue. - Segundo: pobre vive de teimoso. Terceiro: não chora, morena, que eu volto. - Isso é alguma brincadeira. - Não é não, estou repetindo o que ele escreveu. Tem mais. Quarto: sou amarelo, mas não opilado. Tomou nota? - Mas não opilado - repeti, tomando nota. - Que diabo ele pretende com isso? - Não sei não, senhor. Mandou transmitir o recado, estou transmitindo. - Mas você há de concordar comigo que é um recado meio esquisito. - Foi o que eu preveni ao senhor. E tem mais. Quinto: não sou colgate, mas ando na boca de muita gente. Sexto: poeira é minha penicilina. Sétimo: carona, só de saia. Oitavo... - Chega! - protestei estupefato. - Não vou ficar aqui tomando nota disso, feito idiota. - Deve ser carta em código ou coisa parecida - e ele vacilou: - Estou dizendo ao senhor que também não entendi, mas enfim...posso continuar? - Continua. Falta muito? - Não, está acabando: são doze. Oitavo: vou, mas volto. Nono: chega à janela, morena. Décimo: quem fala de mim tem mágoa. Décimo primeiro: não sou pipoca, mas também dou meus pulinhos. - Não tem dúvida, ficou maluco. - Maluco não digo, mas como o senhor mesmo disse, a gente até fica com ar meio idiota...está acabando, só falta um. Décimo segundo: Deus, eu e o Rocha. 11. Analisando a tipologia textual predominante nesse texto, podemos dizer que a mais saliente é a) Narração. b) Descrição. c) Exposição. d) Diálogo. e) Injunção. 12. Na passagem protestei estupefato, podemos inferir que o interlocutor 2 demonstrou estar a) assustado. b) revoltado. c) condolente. d) irritado. e) entusiasmado. 13. Quando o interlocutor 2 se faz valer do seguinte discurso: - Mas você há de concordar comigo que é um recado meio esquisito., ele visa a que o interlocutor 1 a) despreze o recado transmitido ao telefone. b) estabeleça uma adesão com aquilo que está sendo transmitido. c) desligue o telefone visando à descontinuidade do diálogo. d) conceba aquela fala como algo irrelevante. e) prepare-se para nada fazer sentido até fim do diálogo. 14. Na passagem: Maluco não digo, mas como o senhor mesmo disse, a gente até fica com ar meio idiota., ao usar um adjetivo por outro, o interlocutor 1 se faz valer de qual figura de linguagem? a) Hipérbole. b) Ironia. c) Eufemismo. d) Personificação. e) Silogismo. 15. Os anúncios publicitários, em linhas gerais, têm como propósito estabelecer, no imaginário social, um desejo inconsciente pelo consumo de um produto. Em muitos casos, há uma nítida falta de preocupação entre o que está sendo divulgado e a norma culta da língua, já que esses exemplares de textos circulam em várias instâncias públicas, a exemplo deste, disposto no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, em set. de 2017. Assim, podemos verificar que a violação gramatical se deu no plano do(a): EXAME DE SELEÇÃO 2018.1 IFAL ENSINO MÉDIO SUBSEQUENTE PÁG. 2

Fonte: Domínio público. a) Segmentação de palavras. b) Sentido estabelecido entre as partes e o todo. c) Ambiguidade entre termos. d)_polissemia entre palavras homônimas e parônimas. e) Desrespeito ao Novo Acordo Ortográfico. 16. Ainda sobre esse anúncio publicitário, o mecanismo usado linguisticamente na seguinte passagem: LEVE UMA DE BROTINHO BANANA! está inserido no plano do(a) a) coesão referencial pelo uso de elipse. b) coesão sequencial pelo uso de conectores. c) coesão referencial pelo uso de pronomes. d) coesão referencial pelo uso de sinonímia. e) coesão sequencial pelo emprego de pontuação. 17. Nos estudos que inter-relacionam o gráfico e o fonético, dispomos dos dígrafos. Nesse sentido, assinale a alternativa em que os dígrafos estão dispostos pela mesma razão. a) folha ninho carro bolha caminho. b) migalha nascimento massacre adivinhação assombração. c) reminiscência carrapato piscicultura florescente cassação. d) carinho manhã ferro passeata corrupção. e) fascinação velhice bolha assunção descida. Leia o texto abaixo para responder as questões de 18 a 20. A GRAMA DO VIZINHO Martha Medeiros Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco. Há no ar certo queixume sem razões muito claras. Converso com mulheres que estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem. De onde vem isso? Anos atrás, a cantora Marina Lima compôs com o seu irmão, o poeta Antonio Cícero, uma música que dizia: Eu espero/ acontecimentos/ só que quando anoitece/ é festa no outro apartamento. Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite. É uma das características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são, ou aparentam ser. Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho. As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada por falsos holofotes, falsos sorrisos e falsas notícias. Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, revelam pouco suas aflições, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando na verdade a festa lá fora não está tão animada assim. Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma. Estamos todos no mesmo barco, com motivos pra dançar pela sala e também motivos pra se refugiar no escuro, alternadamente. Só que os motivos pra se refugiar no escuro raramente são divulgados. Pra consumo externo, todos são belos, sexys, lúcidos, íntegros, ricos, sedutores. Nunca conheci quem tivesse levado porrada/ todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo. Fernando Pessoa também já se sentiu abafado pela perfeição alheia, e olha que na época em que ele escreveu estes versos não havia esta overdose de revistas que há hoje, vendendo um mundo de faz-deconta. Nesta era de exaltação de celebridades reais e inventadas fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça. Mas, tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia. Ou será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a todos os produtos dos patrocinadores? Compensa passar a vida comendo alface para ter o corpo que a profissão de modelo exige? Será tão gratificante ter um paparazzo na sua cola cada vez que você sai de casa? Estarão mesmo todos realizando um milhão de coisas interessantes enquanto só você está sentada no sofá pintando as unhas do pé? Favor não confundir uma vida sensacional com uma vida sensacionalista. As melhores festas acontecem dentro do nosso próprio apartamento. Fonte: Disponível em: http://www.refletirpararefletir.com.br/4-cronicas-de-marthamedeiros Acesso em 12/09/2017, às 15h13. 18. Segundo a estrutura composicional do texto A grama do vizinho, podemos afirmar que temos o seguinte gênero: a) Editorial. b) Artigo de opinião. c) Crônica. d) Parábola. e) Anedota. 19. A autora, ao mencionar a cantora brasileira Marina Lima e o poeta português Fernando Pessoa, se faz valer de uma estratégia de escrita. Nesse sentido, podemos verificar a presença de a) Polissemia. b) Ambiguidade. c) Paronímia. EXAME DE SELEÇÃO 2018.1 IFAL ENSINO MÉDIO SUBSEQUENTE PÁG. 3

d) Intertextualidade. e) Paradoxo. ESPAÇO PARA CÁLCULOS 20. O texto traz questões intimistas tratadas pela autora. Em gêneros dessa natureza, é comum os autores disporem de passagens metafóricas, relacionadas às trivialidades da vida. No trecho: As melhores festas acontecem dentro do nosso próprio apartamento., podese inferir que a autora utiliza uma linguagem a) denotativa para se referir à sua casa. b) figurada para tratar sobre a sua terra natal. c) denotativa para demonstrar que o apartamento dela não é próprio. d) conotativa para se mostrar perdida em seu lar. e) conotativa para se referir à sua introspecção, ao seu interior. MATEMÁTICA 21. Certa lanchonete possui 5 funcionários para atender os clientes durante os dias da semana. Em cada dia, pode trabalhar, no mínimo, 1 funcionário até todos os funcionários. Dentro desse princípio, quantos grupos de trabalho diário podem ser formados? a) 5. b) 15. c) 16. d) 31. e) 32. 22. Certo fabricante, segundo levantamentos estatísticos, percebe que seus clientes não têm comprado mais de 100 de seus produtos por compras. Para incentivar as compras em maior quantidade, ele estabelece um preço unitário p por produto dado pela função p(x) = 400 x, onde x é a quantidade de produtos comprados, considerando uma compra de, no máximo, 300 produtos. Sabendo-se que a receita de uma empresa é o valor arrecadado com a venda de uma certa quantidade de produtos, qual a receita máxima que essa empresa pode ter quando fechar uma venda com um determinado cliente, na moeda corrente no Brasil? a) R$ 200,00. b) R$ 400,00. c) R$ 20.000,00. d) R$ 40.000,00. e) R$ 80.000,00. 23. Em um determinado momento, um estacionamento possui 50 veículos, entre carros, motos e triciclos. Um garoto curioso sai contando o total de rodas em contato com o chão no estacionamento e encontra o valor 165, percebendo também que a quantidade de rodas dos carros era o quádruplo do número de rodas das motos. Considerando as informações como corretas, podemos dizer que o estacionamento possui a) 30 motos. b) 15 carros. c) 15 triciclos. d) o número de carros igual ao dobro de triciclos. e) o número de motos igual ao triplo de triciclos. EXAME DE SELEÇÃO 2018.1 IFAL ENSINO MÉDIO SUBSEQUENTE PÁG. 4

24. Em um grupo de 10 crianças, certo número de bombons foi distribuído para cada uma, em uma progressão aritmética crescente, da criança de menor estatura para a de maior estatura. Se colocarmos as crianças nessa ordem, perceberemos que a terceira criança ganhou 7 bombons e a oitava ganhou 17. Quantos bombons foram distribuídos? a) 100. b) 110. c) 120. d) 130. e) 140. ESPAÇO PARA CÁLCULOS 25. O valor de x na expressão = a) 0. b) 1. c) 2 3. d) 3 2. e) 2. é: 26. Um triângulo equilátero e um hexágono regular estão inscritos na mesma circunferência. Qual a razão entre a área do triângulo equilátero e do hexágono regular? a) 1. b). c). d). e). 27. Certo tanque de combustível tem o formato de um cone invertido com profundidade de 5 metros e com raio máximo de 4 metros. Quantos litros de combustível cabem, aproximadamente, nesse tanque? Considere = 3,14. a) 20.000 l. b) 50.240 l. c) 83.733,33 l. d) 104666,67 l. e) 150.000 l. 28. Em uma civilização antiga, o alfabeto tinha apenas três letras. Na linguagem dessa civilização, as palavras tinham de uma a quatro letras. Quantas palavras existiam na linguagem dessa civilização? a) 4. b) 12. c) 16. d) 40. e) 120. 29. A equação da circunferência que tem um dos diâmetros com extremidades nos pontos A(-1,3) e B(3,-5) é dada por: a) (x 1) 2 + (y + 1) 2 = 20. b) (x + 1) 2 + (y 1) 2 = 20. c) (x 2) 2 + (y + 4) 2 = 80. d) (x 1) 2 + (y + 1) 2 = 80. e) (x + 2) 2 + (y 4) 2 = 20. EXAME DE SELEÇÃO 2018.1 IFAL ENSINO MÉDIO SUBSEQUENTE PÁG. 5

30. Sabe-se que 1 i é uma das raízes complexas do polinômio x 3 4x 2 + 6x 4. Podemos dizer que essa equação a) apenas 1 como raiz real. b) apenas 2 como raiz real. c) tem 1 e 2 como raízes reais. d) tem -1 e -2 como raízes reais. e) não tem raízes reais. 31. Sobre a Teoria dos Conjuntos, assinale a alternativa INCORRETA. Se um número é Natural, ele também é a) Inteiro. b) Racional. c) Irracional. d) Real. e) Complexo. 32. Sendo x 1 e x 2 as raízes da equação x 2 x 12 = 0, o resultado da soma x 1 + x 2 é a) 1. b) 3. c) 4. d) 7. e) 12. 33. Qual o valor de c na equação x 2 +2x + c = 0, para que a equação tenha uma única solução Real? a) -2. b) -1. c) 0. d) 1. e) 2. 37. A soma de dois números naturais é 13 e a diferença entre eles é 3. Qual o produto entre esses números? a) 30. b) 36. c) 39. d) 40. e) 42. 38. Determine o valor do log 9 (243). a) ½. b) 1. c) 3/2. d) 2. e) 5/2. 39. O quociente entre os números complexos Z 1 = 1 + i e Z 2 = 1 - i é a) 1. b) i. c) 0. d) 2. e) 2i. 40. Determine o valor da expressão: y = cos (π/3) tg(π/4) + sen (π/6). a) -2. b) -1. c) 0. d) 1. e) 2. ESPAÇO PARA CÁLCULOS 34. Em uma pesquisa realizada com estudantes do IFAL, verificou-se que 100 alunos gostam de estudar português, 150 alunos gostam de estudar matemática, 20 alunos gostam de estudar as duas disciplinas e 110 não gostam de nenhuma das duas. Quantos foram os estudantes entrevistados? a) 330. b) 340. c) 350. d) 360. e) 380. 35. Determine o 2017º termo da Progressão Aritmética cujo 1º termo é 4 e cuja razão é 2. a) 4032. b) 4034. c) 4036. d) 4038. e) 4040. 36. Em uma das salas de aula do IFAL com 50 estudantes, sendo 28 do sexo masculino e 22 do sexo feminino, foi sorteado, aleatoriamente, um estudante para ser o representante da turma. Qual a probabilidade de o estudante sorteado ser do sexo feminino? a) 2%. b) 22%. c) 28%. d) 44%. e) 56%. EXAME DE SELEÇÃO 2018.1 IFAL ENSINO MÉDIO SUBSEQUENTE PÁG. 6