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Transcrição:

Consulta com os Presidentes das Comissões de Saúde & Finanças dos Parlamentos Africanos sobre As Recomendações do Grupo de Trabalho de Alto Nível sobre o Financiamento Internacional Inovador aos Sistemas de Saúde 9 de Setembro de 2009, Centro de Conferências da UNECA, Adis Abeba Relatório Final Introdução... 2 Sessão 1: Análise e Recomendações do Grupo de Trabalho... 2 Grupo de Trabalho 1: Constrangimentos de melhoria e custos... 2 Grupo de Trabalho 2: Mecanismos e Canais de Financiamento Inovadores... 4 Sessão 2: Implementação das Recomendações do Grupo de Trabalho... 5 Anexo 1: Principais Mensagens dos Parlamentares para o Grupo de Trabalho de Alto Nível... 6 Anexo 2: Agenda (3º Dia)... 7 Anexo 4: Lista de Participantes... 8 Anexo 5: Lista de Apresentações (providenciada em separado)... 9 1

Introdução A consulta decorreu no terceiro dia de uma reunião com os Parlamentares do Parlamento Pan-Africano, Órgãos Regionais (EALA, CEDEAO, SADC-PF, SEAPACOH) e os principais IHP+ dos países Africanos 1. A reunião foi organizada pela Aliança Africana de Saúde Pública & pela Campanha 15%+, e pela OMS. Os primeiros dois dias tiveram enfoque sobre o desenvolvimento de um Plano de Acção Parlamentar Africano para implementar uma política e o apoio orçamental ao financiamento e desenvolvimento da saúde. O terceiro dia tinha por objectivo a análise e a revisão das recomendações do Grupo de Trabalho de Alto Nível sobre o Financiamento Internacional Inovador aos Sistemas de Saúde. Os participantes integravam Parlamentares ao nível de África, representantes da União Africana, UNECA, Aliança Africana de Saúde Pública e os membros do Grupo de Trabalho. Sessão 1: Análise e Recomendações do Grupo de Trabalho Descrição Geral do Grupo de Trabalho O Dr Nejmudin Kedir, o Director de Planificação, o Ministério da Saúde da Etiópia, abriram a reunião de consulta em nome do Ministro da Saúde, Dr Tedros Adhanom Ghebreyesus. O Ministro da Saúde, Dr Tedros, é membro do Grupo de Trabalho junto com outros 13 representantes do doador e de governos de países em desenvolvimento, instituições internacionais e sociedade civil. Adicionalmente ao incentivo ao aumento do financiamento interno, foi sugerido que o potencial papel dos Parlamentares na implementação das recomendações do Grupo de Trabalho seria a consciencialização em relação as constatações e ideias, a exploração da viabilidade dos impostos de solidariedade em países individuais, e o envolvimento de actores não-estatais na melhoria da sua contribuição para a saúde. Grupo de Trabalho 1: Constrangimentos de melhoria e custos. Foram realizadas três apresentações antes da discussão Descrição Geral: Kampeta Pitchette Sayingoza, Director da Unidade de Políticas Macroeconómicas, Ministério das Finanças e Planificação Económica, Governo do Ruanda, efectuaram uma apresentação sobre as constatações do Grupo de Trabalho 1, que analisou os custos e os constrangimentos na melhoria do apoio aos sistemas de saúde. Financiamento Interno: Agnes Soucat, Assessor de Liderança para a área de Saúde, Nutrição e População no Banco Mundial Região de África, efectuou uma apresentação sobre o papel do financiamento interno e a importância da mobilização de financiamento interno para a saúde. 1 Lista dos parlamentos, instituições e organizações no final da resolução e das recomendações. Conferência organizada pela Organização Mundial da Saúde e Aliança Africana de Saúde Pública & Campanha 15%+ - em parceria com a Comissão da União Africana, Comissão Económica das NU para África e UNFPA. 2

Imposto sobre o Tabaco; Ayda Yurekli da Organização Mundial da Saúde (OMS) efectuou uma apresentação sobre o motivo pelo qual o imposto sobre o tabaco poderia ser benéfico para a saúde pública e ser um rendimento elevado e sustentável para os governos e em grande medida reduzir os níveis de consumo. O Grupo de Trabalho recomendou que os Impostos sobre o Tabaco fossem explorados como uma fonte de rendimento adicional para suplementar o financiamento aos sistemas de saúde. Discussão: resumo sobre os principais intercâmbios Dr James Avedzi do Gana orientou a discussão apontando alguns dos principais constrangimentos tais como infra-estruturas e financiamentos inadequados, com grande parte da força de trabalho a optar por procurar empregos melhor remunerados. Geralmente os serviços secundários e terciários recebem mais fundos do que os cuidados primários, e os orçamentos dos governos são inadequados em áreas de vital importância. Os pontos específicos discutidos incluíram: Governação e prestação de contas: A afectação de 15% do orçamento para a saúde será difícil de alcançar e os governos devem agir no sentido de aumentar os rendimentos provenientes de impostos e reduzir a corrupção. Os Ministérios das Finanças e da Planificação Económica são menos movidos por declarações sobre níveis de mortalidade ou prestação de serviço desigual (uma vez que estes argumentos muitas vezes se aplicam a vários sectores) e necessitam de evidências de bom uso dos fundos e optimização dos recursos. Taxas de Utilizador: Procurou-se esclarecimento sobre posições oficiais em relação as taxas de utilizador dado que a OMS e outros enfatizam a importância de planos de pré-pagamento (tais como seguro social). O principal argumento para a introdução de taxas de utilizador foi o aumento do acesso a serviços mas na realidade isto não aconteceu, embora a qualidade dos serviços e as remunerações localmente determinadas possam melhorar. Agora a ênfase recai sobre o ser financeiramente responsável e procurar soluções de financiamento a longo prazo. Papel do Banco Mundial no financiamento: Isto envolve principalmente fundos da Associação de Desenvolvimento Internacional (IDA) que são alocados aos países de acordo com vários critérios incluindo os níveis de pobreza e desempenho. O governo escolhe como usar os fundos e se estes são usados como apoio ao orçamento ou para projectos específicos, sendo os mais comuns na área de agricultura e infra-estruturas. A meta de Abuja de afectação de 15% do orçamento para a saúde: resultou de uma análise aos dados dos países para encontrar uma referência onde o desempenho é visto como estando a melhorar drasticamente. Contudo, esta não é uma ciência perfeita e existem vários exemplos de países com alto e baixo desempenho, enfatizando a importância de ter mais saúde para o dinheiro ". Investimento Hospitalar: Este geralmente não é um bom investimento para os países: geralmente são provedores ineficientes, muitas vezes forçados a providenciar serviços de cuidados primários devido ao investimento inadequado; a análise mostra que estes são desproporcionalmente usados pelos ricos nas zonas urbanas; e geralmente estes enfrentam uma grande escassez de financiamento em África porque a provisão de um grande serviço é bastante dispendiosa. Dado que os fundos do governo devem ter por objectivo a provisão de serviços aos pobres, existem geralmente melhores formas de investir os fundos. 3

Imposto sobre o Tabaco: Existem agora fortes evidências de que o aumento dos impostos vai gerar mais rendimentos, mesmo que o consume de tabaco diminua. A advocacia da OMS para reduzir a produção de tabaco é também uma política que pode coexistir dado que a produção excessiva reduz o preço do tabaco. A longo prazo, serão necessárias culturas alternativas. Grupo de Trabalho 2: Mecanismos e Canais de Financiamento Inovadores Descrição Geral: Susan McAdams do Banco Mundial efectuou uma apresentação sobre o trabalho do Grupo de Trabalho 2, que reviu cerca de 100 mecanismos de financiamento inovadores com potencial para angariar recursos adicionais para os sistemas de saúde. O Grupo de Trabalho também analisou questões de previsibilidade e canalização de fundos. Sector Privado: Gavin McGillivray, Director de Fundos Internacionais e do Departamento de DFI, o Departamento do Reino Unido para o Desenvolvimento Internacional (DFID) efectuaram uma apresentação sobre a recomendação do Grupo de Trabalho no sentido de fortalecer a capacidade dos governos para garantir um melhor desempenho e investimento do sector privado e de outros actores naoestatais no sector da saúde. Os actores privados e nao-estatais incluem os actores com fins lucrativos e nao-lucrativos. Fundo Global de combate ao SIDA, Tuberculose e Malária: Johannes Hunger do Fundo Global de combate ao SIDA, Tuberculose e Malária (Fundo Global) efectuou uma apresentação sobre o Fundo Global. O Fundo Global está actualmente envolvido em discussões com a Aliança GAVI e o Banco Mundial para estabelecer uma plataforma de financiamento conjunto para o fortalecimento dos sistemas de saúde, que estará operacional até 2010. O Fundo Global também introduziu um novo processo da estratégia nacional de candidatura a fundos, que irá permitir que os países usem as estratégias nacionais do SIDA, Tuberculose e Malária para se candidatarem aos fundos. Discussão: resumo dos principais intercâmbios: O Dr Ouali Diawara do Mali orientou a discussão em nome dos Parlamentares, resumindo as principais mensagens contidas no principal relatório do Grupo de Trabalho e as oportunidades de financiamento inovador para ajudar a angariar fundos para solucionar os enormes problemas que ainda existem, por exemplo a falta de serviços para as mulheres grávidas, a necessidade de expandir o financiamento público a saúde e de obter mais do sector informal nao-estatal. Foi sugerido que os parlamentares agissem nos seus países para iniciarem uma campanha de comunicação para mobilizarem apoio para as recomendações do Grupo de Trabalho e para advogarem a favor de legislação, onde for adequado, tal como do imposto para solidariedade nas viagens aéreas. Os pontos específicos discutidos incluem: Sector não-estatal: Uma área que necessita de maior discussão em vários países. É importante que os países e os doadores garantam que seja melhorado o acesso ao investimento para os mais pobres e que os Actores Nao-estatais (NSAs) sejam encorajados a seguir a política do governo. Na Etiópia estes requisitos estão incluídos no compacto com os parceiros de desenvolvimento. No Fundo Global, o Conselho de Administração concordou com uma política bipolar de apoio aos 4

sectores estatais e nao-estatais nos países. A capacidade do Governo para lidar com o sector nao-estatal é geralmente fraca e necessita de mais atenção. Previsibilidade dos fundos para a saúde: Esta é uma preocupação de nível nacional, onde, por exemplo, o Fundo Global também necessita de financiamento a longo prazo previsível, conforme recentemente providenciado pelo Reino Unido. Contudo, para muitos governos doadores isto é difícil de alcançar. A plataforma HSS conjunta (Banco Mundial, GAVI, Fundo Global): É necessária mais informação sobre esta circulação nos países. Os objectivos específicos e as vantagens comparativas presumivelmente não deverão ser comprometidos. Esta união de esforços por parte das agências é bem vinda embora cada país individualmente necessite de determinar a forma de obter os melhores resultados para este esforço conjunto. Fundo Global: Muita coisa está a acontecer e a comunicação com os países deve ser acelerada para que todos sejam mantidos informados. Em alguns países a sustentabilidade do tratamento com ARVs constitui uma preocupação, dada a necessidade de fundos do Fundo Global, e isto é tomado em consideração quando propostas são consideradas pelo Fundo Global. A Estratégia Nacional de Candidatura aos Fundos irá obviamente envolver uma forte liderança do governo, mas o papel dos actores nao-estatais vai permanecer importante no CCM ou em grupos relacionados dada a importância dos seus pontos de vista a serem tomados em consideração. Monitoria dos orçamentos: Uma quantia considerável de fundos internacionais agora chegam a um país em forma de apoio orçamental, antes de chegarem ao Ministério da Saúde. Continua a ser importante para os doadores internacionais e para os intervenientes nacionais monitorar os orçamentos e verificar até que ponto estes são bem geridos e para avaliar até que ponto os fundos chegam as comunidades. Sessão 2: Implementação das Recomendações do Grupo de Trabalho Robert Fryatt (OMS) apresentou um resumo sobre o progresso na implementação de todas as recomendações do Grupo de Trabalho. Helena Lindborg (DFID) efectuou uma apresentação sobre o evento saúde Investigando o Nosso Futuro Comum: Mulher Saudável, Criança Saudável a margem da Assembleia Geral das NU a 23 de Setembro. Este evento especial, co-organizado pelo Primeiro Ministro do Reino Unido e pelo Presidente do Banco Mundial, vai destacar as formas em que recursos adicionais, junto com o elevado nível de apoio político, estão a ser transformados em melhores serviços de saúde para os pobres. O evento irá incluir anúncios de novos financiamentos de apoio as recomendações do Grupo de Trabalho e políticas de anúncio sobre a expansão do acesso a serviços de saúde grátis e de qualidade. Mensagens dos Parlamentares para o Grupo de Trabalho Lydia Wanyoto do Assembleia Legislativa da África Oriental orientou uma discussão sobre as principais mensagens a serem apresentadas por este grupo de delegados do Grupo de Trabalho. Estas foram acordadas por todos os parlamentares e são apresentadas no Anexo 1. 5

Anexo 1: Principais Mensagens dos Parlamentares para o Grupo de Trabalho de Alto Nível Os delegados a reunião dos Parlamentares Africanos para o financiamento a saúde e ao desenvolvimento reuniram-se a 9 de Setembro de 2009 e discutiram as recomendações do Grupo de Trabalho de Alto Nível sobre o Financiamento Internacional Inovador aos Sistemas de Saúde. Concordaram com as seguintes principais mensagens como feedback para o Grupo de Trabalho: 1. Os parlamentares reconheceram as recomendações do Grupo de Trabalho e vão fazer consultas ao nível do país para envolverem os parlamentares e outros intervenientes. 2. Os parlamentares vão fazer lobbies em prol de uma legislação que introduza novos impostos, conforme for adequado, tais como impostos de solidariedade sobre as passagens aéreas, e aumento nos impostos sobre o tabaco para angariar financiamento interno adicional para a saúde. 3. Os parlamentares vão trabalhar com os Parceiros de Desenvolvimento para encorajarem um financiamento a saúde mais sustentável e a longo prazo. Isto poderia também incluir envolvimento com os parlamentares nos países doadores para desenvolverem uma confiança mútua e uma compreensão da necessidade de angariar e usar recursos para alcançar os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio para a saúde. 4. Os parlamentares vão trabalhar com agências internacionais e parceiros de desenvolvimento para apoiarem no intercâmbio de boas práticas na elaboração e implementação de seguro de saúde para os pobres nos seus países. 5. Os parlamentares notam a intenção do Fundo Global, do GAVI e do Banco Mundial de desenvolver uma plataforma conjunta de financiamento aos sistemas de saúde e encorajam as três agências a garantirem a sua implementação de uma forma compatível com os planos e sistemas dos países Africanos. 6. Os parlamentares estão comprometidos com uma maior optimização de recursos no financiamento a saúde. Necessitam de instrumentos e abordagens para fazerem o acompanhamento dos recursos orçamentados e garantir que os recursos internacionais e internos cheguem as comunidades e produzam os resultados pretendidos. 7. Os parlamentares vão convocar reuniões dos Presidentes das Comissões de Saúde, Desenvolvimento Social, Finanças e Planificação Económica para explorar estratégias para aumentar e implementar os compromissos e garantir a optimização de recursos para alcançar os ODMs para a saúde. 8. Os parlamentares recorrem aos parceiros de desenvolvimento, em consulta com os Ministérios das Finanças e da Planificação Económica, para garantir que todos os acordos e compromissos com os países doadores sejam partilhados com os Membros do Parlamento para permitir que estes possam monitorar a alocação e o uso adequado dos fundos. UNECA, Addis Abeba, 9 de Setembro de 2009 6

Anexo 2: Agenda (3º Dia) 9 Set 2009 Consulta sobre o Grupo de Trabalho de Alto Nível e suas Facilitador: Bob Fryatt, OMS recomendações Sessão 1: Análise & Recomendações do Grupo de Trabalho Presidente: Malick Sawadogo - O8.45-10.30 Parlamento Pan-Africano Grupo de Trabalho de Alto Nível: descrição geral Ministro da Saúde, Etiópia, Dr Tedros Adhanom Ghebreyesus Discussão 2 Grupo de Trabalho 1: Constrangimentos de expansão e custos - Descrição Geral Kampeta Sayinzoga Director da Unidade de Políticas Macroeconómicas, Ruanda - Financiamento a Saúde Agnes Soucat, Assessor para Saúde, Nutrição e População, África (Banco Mundial) - Imposto sobre o Tabaco Ayda Yurekli, Economista Sénior, Iniciativa Livre do Tabaco (OMS) Discussão: Constrangimentos do sistema de saúde e política de financiamento a saúde 10.30 Intervalo 11.00-12.30 Grupo de Trabalho 2: Mecanismos e canais de financiamento inovadores - Descrição Geral Orador Principal: Dr James Avedzi Parlamento Gana Presidente: Dr David Parirenytwa - Rede das Comissões Parlamentares da África Austral e Oriental para a Saúde (SEAPACOH), Zimbabwe Susan McAdams, Directora, Financiamento Multilateral e Inovador, (Banco Mundial) - Melhoria do desempenho dos actores nao-estatais Gavin McGillivray, Director do Departamento de Fundos Globais & Instituições de Financiamento ao Desenvolvimento (DFID) - Papel do Fundo Global Johannes Hunger, Assessor para a Estratégia, (Fundo Global) Discussão: Financiamento inovador e melhor uso dos recursos Orador Principal: Ouali Diawara - Parlamento Mali 12.30 Almoço 14.00-15.00 Sessão 2: Implementação das Recomendações do Grupo de Trabalho Implementação das recomendações do Grupo de Trabalho - Actualização sobre a implementação - Evento do Grupo de Trabalho durante o UNGA - Implicações para as acções ao nível do país Discussão: Principais mensagens para o Grupo de Trabalho 15.00 - Intervalo 15.30 16.30 Sessão de Encerramento: Parte 1: Comissões Parlamentares Africanas: documento de resultados Parte 2: Principais mensagens para o Grupo de Trabalho Presidente: Lydia Wanyoto - Assembleia Legislativa da África Oriental Bob Fryatt, (OMS), Secretariado do Grupo de Trabalho Helena Lindborg, (DFID), Secretariado do Grupo de Trabalho Agnes Soucat em nome da Harmonização para a Saúde em África (Banco Mundial) Comentários iniciais do presidente Presidente: Malick Sawadogo - Parlamento Pan-Africano APHA Secretariado do Grupo de Trabalho Comentários finais Presidente 2 Perguntas e respostas sobre o papel do Grupo de Trabalho de acordo com a disponibilidade do Ministro 7

Anexo 4: Lista de Participantes Comissões Parlamentares de Saúde, Género, Finanças e ODMs: (Parlamentos e Redes Continentais e Regionais) Parlamento Pan Africano Assembleia Legislativa da África Oriental Parlamento dos CEDEAO Fórum Parlamentar da SADC Rede das Comissões Parlamentares da África Austral e Oriental para a Saúde (SEAPACOH) Coligação dos Parlamentares Africanos contra o HIV (CAPAH) (e Parlamentos Nacionais) Angola Benin Burkina Faso Burundi Camarões Egipto Etiópia Gâmbia Gana Quénia Mali Moçambique Nigéria Uganda Zâmbia Zimbabwe (Organizações, Agências Intergovernamentais e Parceiros de Desenvolvimento) Comissão da União Africana Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA) Organização Mundial da Saúde (OMS) Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) Campanha das Nações Unidas do Milénio (UNMC) Fundo Global de combate ao SIDA, Tuberculose e Malária Banco Mundial Departamento para o Desenvolvimento Internacional (Dfid) Aliança Africana de Saúde Pública e Campanha 15%+ Secretariado para a Facilitação, Rede de Parlamentares Africanos para o Desenvolvimento e Financiamento a Saúde 8

Anexo 5: Lista de Apresentações (providenciada em separado) 1a Descrição Geral do Grupo de Trabalho: Dr Nejmuddin Kedir, Ministro Federal da Saúde, Etiópia 1b Grupo de Trabalho 1: Constrangimentos de melhoria e custos Descrição Geral Kampeta Sayinzoga, Director da Unidade Macroeconómica, Ruanda 1c Uso de Fundos Públicos para a Saúde: Problemas e Desafios Agnes Soucat, Assessor para a Saúde, Nutrição e População, Banco Mundial 1d Imposto sobre o Tabaco Ayda Yurekli, Economista Sénior, OMS 1e Grupo de Trabalho 2: Mecanismos e Canais de Financiamento Inovadores - Descrição Geral Susan McAdams, Director de Financiamento Multilateral & Inovador, Banco Mundial 1f Melhoria do desempenho dos actores nao-estatais no sector da saúde Gavin McGillivray, Director dos Fundos Globais & das Instituições de Financiamento ao Desenvolvimento, DFID 1g Nível Envolvimento do Fundo Global no IHP e Grupo de Trabalho de Alto Johannes Hunger, Assessor para a Estratégia, Fundo Global 9