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Transcrição:

ACÓRDÃO Registro: 2012.0000687974 Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento nº 0043290-51.2012.8.26.0000, da Comarca de Sertãozinho, em que é agravante COOPERATIVA DE CRÉDITO DOS PRODUTORES RURAIS E EMPRESÁRIOS DO INTERIOR PAULISTA SICOOB/SP, são agravados DESTILARIA PIGNATA LTDA e PIGNATA AGROPECUÁRIA LTDA. ACORDAM, em 2ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão: "Deram provimento ao recurso. V. U.", de conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores JOSÉ REYNALDO (Presidente sem voto), ROBERTO MAC CRACKEN E ARALDO TELLES. São Paulo, 18 de dezembro de 2012. Ricardo Negrão RELATOR Assinatura Eletrônica

VOTO Nº : 20.742 AGRV. Nº : 0043290-51.2012.8.26.0000 COMARCA : SERTÃOZINHO AGTE. : COOPERATIVA DE CRÉDITO DOS PRODUTORES RURAIS E EMPRESÁRIOS DO INTERIOR PAULISTA SICOOB/SP. AGDO. : DESTILARIA PIGNATA LTDA. E OUTRO INTDO. : CAPITAL CONSULTORIA E ASSESSORIA LTDA. Falência. Impugnação de crédito. Determinação de recolhimento de custas iniciais. Inadmissibilidade. Ausência de previsão de incidência de custas em legislação estadual, não se podendo, mediante interpretação analógica, exigir tributo não previsto. Posição unânime da Câmara. Agravo de instrumento provido. Agravo de instrumento interposto por Cooperativa de Crédito dos Produtores Rurais e Empresários do Interior Paulista Sicoob/SP dirigido à r. decisão interlocutória copiada em fl. 57 proferida pelo Dr. Nemércio Rodrigues Marques, MM. Juiz de Direito da E. 3 a Vara Cível da Comarca de Sertãozinho com o seguinte teor: Vistos. Nos termos do artigo 4º, 8º, da Lei Estadual nº 11.608/2003, no caso de habilitação retardatária de crédito em processo de concordata, a credora recolherá a taxa judiciária na forma prevista nos incisos I e II do artigo 4º, calculada sobre o valor atualizado do crédito, observados os limites estabelecidos no 1º. Referida lei, por analogia, tem aplicação para o caso de habilitação retardatária de crédito em processo de recuperação judicial, haja vista que a concordata foi banida do nosso sistema jurídico com a entrada em vigor da Lei nº 11.101/2005, ressalvados os processos de concordata já ajuizados anteriormente à entrada em vigor da atual legislação. Desse modo, proceda o habilitante ao recolhimento da taxa judiciária, no prazo de 10 dias, sob pena de extinção. Sem prejuízo, proceda o advogado do habilitante ao recolhimento da taxa devida à CPA, no prazo de cinco dias; no silêncio, comunique-se à OAB. Int. 2

Sertãozinho, 19 de dezembro de 2011. NEMÉRCIO RODRIGUES MARQUES Juiz de Direito Inconformada, a agravante interpôs o presente recurso (fl. 2-9). Defende que na habilitação retardatária de crédito, incidente processual na recuperação judicial da agravada, inexiste previsão legal que obrigue o recolhimento das custas iniciais. Sustenta a impossibilidade de aplicação analógica à concordata e, com esses argumentos, pugna pelo provimento do recurso para determinar o prosseguimento da habilitação, declarando-se a desnecessidade do recolhimento das taxas judiciárias. Preparo e porte de retorno em fl. 112-113. O recurso é tempestivo. A r. decisão foi disponibilizada em 16 de fevereiro de 2012 (fl. 98v) e o agravo de instrumento foi interposto aos 2 dias do mês de março do mesmo ano (fl. 2), dentro, pois, do decêndio legal, considerando-se o feriado de carnaval (Provimento CSM n. 1.946/2012). O r. despacho em fl. 115 concedeu o efeito ativo: 1. Vistos. Processe-se. 2. Deixo de solicitar informações ao MM. Juiz de Direito da E. 3ª Vara Cível da Comarca de Sertãozinho, por entender desnecessário (art. 527, IV, do CPC). 3. A cooperativa agravante pleiteia por "antecipação de tutela recursal" para evitar que tenha que recolher a taxa judiciária até final julgamento do presente recurso. 4. Entendo presentes os pressupostos autorizadores da eficácia almejada, especialmente o perigo de lesão grave e de difícil reparação. 5. Destarte, concedo a eficácia pretendida. 6. Cumpra-se o art. 527, V, do CPC, bem como intime-se a administradora judicial nomeada na recuperação judicial, para querendo, apresentar contraminuta. 7. Decorrido o prazo, dê-se vista ao Ministério Público nesta instância. 8. Publique-se e intime-se. 3

São Paulo, 9 de março de 2012. RICARDO NEGRÃO Relator Contrarrazões em fl. 121-133. Manifestação do Exmo. Promotor de Justiça Designado em Segundo Grau Dr. João Carlos de Azevedo Camargo em fl. 136-137 pelo provimento do recurso. É o relatório. No tocante ao pagamento das custas processuais, a matéria encontra-se pacificada nesta Câmara, como se percebe da leitura de inúmeros julgados. Recentemente, em 1º de fevereiro de 2011, o Des. Romeu Ricupero assim decidiu ao julgar o AI n. 0366856-24.2010.8.26.0000, da Comarca de Mogi das Cruzes, em que é agravante Banco Safra S/A sendo agravado Companhia Mogiana De Bebidas (Em Recuperação Judicial): Falência. Habilitação retardatária recebida como impugnação. Determinação de recolhimento de custas iniciais. Inadmissibilidade. Ausência de previsão de incidência de custas em legislação estadual, não se podendo, mediante interpretação analógica, exigir tributo não previsto. Agravo de instrumento provido. O Relator teve oportunidade de anotar a ausência de adaptação das leis estaduais à Lei n. 11.101/2005, embora decorridos mais de sete anos desde a promulgação do novo diploma falimentar (Manual de Direito Comercial e de Empresa, Saraiva: São Paulo, 7ª ed., 2012, p. 103): É de natureza fiscal, incidente na falência e na recuperação, a obrigação de recolher as custas judiciais da ação incidental de habilitação de crédito (art. 10 3 ). Observa-se, contudo, que muitas leis estaduais ainda não adaptaram o disposto na lei falimentar às suas leis de custas. No Estado de São Paulo, por exemplo, o 8 do art. 4 da Lei Estadual n. 11.608, de 29 de dezembro de 2003 dispõe: no caso de habilitação de crédito em processo de concordata, a credora recolherá a taxa judiciária na forma prevista nos incisos I e II do art. 4, calculada sobre o valor atualizado do crédito, observados os limites estabelecidos no 1. Evidente que não se pode dar elasticidade a este dispositivo para incluir as habilitações retardatárias previstas na Lei n. 11.101/2005. 4

Em razão do exposto, dá-se provimento ao recurso para o fim de determinar o processamento da habilitação de crédito promovida pela recorrente sem o recolhimento de custas judiciárias. RICARDO NEGRÃO RELATOR 5