ESTUDO EXPERIMENTAL DA EFICÁCIA DE UMA ÓRTESE CASEIRA DE BAIXO CUSTO PARA LOMBALGIA EM GRÁVIDAS. ¹ RESUMO

Documentos relacionados
ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM PACIENTE COM LOMBALGIA DURANTE O PERÍODO GESTACIONAL: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ¹

A INCIDÊNCIA DE DOR LOMBAR EM PUÉRPERAS DE PARTO NORMAL E CESÁREA

IDENTIFICAR AS PATOLOGIAS OSTEOMUSCULARES DE MAIORES PREVALÊNCIAS NO GRUPO DE ATIVIDADE FÍSICA DO NASF DE APUCARANA-PR

INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA ATRAVÉS DA ELETROESTIMULAÇÃO MUSCULAR NA DIÁSTASE ABDOMINAL PÓS GESTAÇÃO

ANÁLISE DA FORÇA DO ASSOALHO PÉLVICO NOS PERÍODOS DO PRÉ E PÓS-PARTO

Relato de atendimentos realizados no projeto de extensão NH no Bairro pelos acadêmicos do Curso de fisioterapia

Qualidade de vida de pacientes idosos com artrite reumatóide: revisão de literatura

PROJETO GESTAR - AÇÕES INTERDISCIPLINARES NA PROMOÇÃO DA SAÚDE GESTACIONAL - PERFIL DAS GESTANTES ATENDIDAS NO NPAS NO PERÍODO DE MARÇO À SETEMBRO DE

TÍTULO: A IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA DURANTE A GESTAÇÃO: ELABORAÇÃO DE MATERIAL EDUCATIVO

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM MULHERES MASTECTOMIZADAS QUALITY OF LIFE ASSESSMENT IN WOMEN MASTECTOMIZED RESUMO

ALTERAÇÕES DO SISTEMA MÚSCULO- ESQUELÉTICO E SUAS IMPLICAÇÕES APOSTILA 04

~ 5 ~ A EFETIVIDADE DAS TÉCNICAS DE ISOSTRETCHING E ALOGAMENTO ESTÁTICO NA LOMBALGIA

ASSISTÊNCIA FISIOTERAPÊUTICA NA GRAVIDEZ DE RISCO. Apostila 07

Ergonomia. Prof. Izonel Fajardo

LINFOMA MULTICÊNTRICO EM CÃO DA RAÇA ROTTWEILER: RELATO DE CASO. Lucas Lopes Faraci¹, Eustáquio Luiz Paiva de Oliveira²

PERFIL DAS MÃES DE RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS DO HOSPITAL MATERNO INFANTIL DA CIDADE DE APUCARANA

FISIOTERAPIA NA ESCOLA: ALTERAÇÃO POSTURAL DA COLUNA VERTEBRAL EM ESCOLARES

AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE GESTANTES ATENDIDAS NOS ESF DO MUNICÍPIO DE SÃO LUDGERO NO ANO DE 2007

Bem estar e produtividade no trabalho

XI Encontro de Iniciação à Docência

Pectoral stretching program for women undergoing radiotherapy for breast cancer: RCT

REABILITAÇÃO ESPORTIVA APLICADA AO MÉTODO PILATES

Os benefícios do método Pilates em indivíduos saudáveis: uma revisão de literatura.

TÍTULO: TRATAMENTO DE ÚLCERA VENOSA: A APLICAÇÃO DA DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL COMO TERAPIA COMPLEMENTAR

A IMPORTÂNCIA DA CINESIOTERAPIA COMO INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NA LOMBALGIA GESTACIONAL: UMA REVISÃO DA LITERATURA

Utilização de órteses na reabilitação de pacientes portadores de osteoporose vertebral

ALTERAÇÕES DAS CURVAS DA COLUNA VERTEBRAL

Alterações. Músculo- esqueléticas

TRATAMENTO DA LOMBALGIA GESTACIONAL ATRAVÉS DO MÉTODO PILATES. Palavras-Chaves: Alterações Biomecânicas. Gestação. Lombalgia. Pilates.

TÍTULO: ESTUDO ERGONÔMICO DA POSTURA SENTADA EM COLABORADORAS DE UMA INDÚSTRIA DE CONFECÇÃO.

COMPARAÇÃO ENTRE ALONGAMENTO E LIBERAÇÃO MIOFASCIAL EM PACIENTES COM HÉRNIA DE DISCO

Pilates Funcional. Thiago Rizaffi

Licenciada em Matemática. Mestre e Educação nas Ciências pela UNIJUI. Docente DCEEng

26 a 29 de novembro de 2013 Campus de Palmas

Lombalgia Posição do problema Fernando Gonçalves Amaral

PRISCILA DE CARVALHO; SORAYA GARCIA AUDI. UNIFIEO, OSASCO, SP, BRASIL INTRODUÇÃO

BE066 Fisiologia do Exercício. Prof. Sergio Gregorio da Silva. É a habilidade de uma articulação se mover através de sua amplitude articular

XII ENCONTRO DE EXTENSÃO, DOCÊNCIA E INICIAÇÃO CIENTÍFICA (EEDIC)

FATORES DE RISCO PARA TROMBOSE VENOSA PROFUNDA EM PUÉRPERAS: PROJETO CEPP

BENEFÍCIOS DO PILATES EM PACIENTES COM LOMBALGIA1 BENEFITS DO PILATES IN PATIENTS WITH LOMBALGIA1. Jussara Gonçalves Pena1, Andrês Chiapeta2

Pilates e Treinamento Funcional no Tratamento da Cervicalgia

Artigo BENEFÍCIOS DO MÉTODO PILATES APLICADO EM GESTANTES: UM FOCO NAS ALTERAÇÕES POSTURAIS

Subprojeto 1: Análise da Percepção das gestantes sobre a fisioterapia obstétrica Subprojeto 2: Avaliação da qualidade de vida em gestantes

INCIDÊNCIA DE DOR EM TRABALHADORES DA CONSTRUÇÃO CIVIL EM SANTA MARIA, RIO GRANDE DO SUL 1

Ortótese de Boston Ortótese de Milwaukee Corrector Postural

ALGUMAS ALTERAÇÕES. As mamas aumentam e podem causar dores a região escapular. cardíaco tem o pico nesse período. A respiração fica mais acelerada.

movimento & saúde REVISTAINSPIRAR Volume 4 Número 21 novembro/dezembro de 2012

COLUNA: SEGMENTO TORÁCICO

ORTÓTESE DORSOLOMBAR. Dorsotech TECNOLOGIA DE ADAPTAÇÃO ATIVA DESIGN LIGEIRO E DISCRETO ADAPTAÇÃO ANATÓMICA DESIGN ERGONÓMICO

Incidência de dor em funcionárias do setor de Manutenção do Claretiano Centro Universitário

COMPARAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM INDIVÍDUOS PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO E SEDENTÁRIOS ATRAVÉS DO QUESTIONÁRIO SF-36

COMPARAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM INDIVÍDUOS PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO E SEDENTÁRIOS ATRAVÉS DO QUESTIONÁRIO SF-36 RESUMO

O EFEITO DA GINÁSTICA LABORAL NO QUADRO ÁLGICO DE LOMBALGIA RESUMO

BENEFÍCIOS DA HIDROTERAPIA NA LOMBALGIA GESTACIONAL: revisão de literatura

17/11/2010 HIPERTENSÃO ARTERIAL

QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES MASTECTOMIZADAS

LESÕES EM ATLETAS DE BODYBUILDING: COMO PREVENIR E TRATAR?

Fisioterapeuta, especializando em Uroginecologia, pela Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo (Unifesp/EPM).

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE E ÁREAS PROFISSIONAIS DA SAÚDE Resposta aos recursos Fisioterapia

TÍTULO: INCIDÊNCIA DE DOR E ESTRESSE RELACIONADOS AO CONDICIONAMENTO AERÓBIO DOS PROFESSORES DE CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

A influência do método Pilates sobre a dor lombar

TIPOS DE LESÕES. Adaptado de CHAFFIN e ANDERSON (1991) TIPO DE TRAUMA

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE ANOMALIAS CONGÊNITAS: UM ESTUDO DA MACRORREGIÃO SUL DO ESTADO DE SANTA CATARINA

TÍTULO: ENFERMAGEM OBSTETRICA X USO DE METODOS NAO FARMACOLOGICOS: INTERVENÇOES NO TRABALHO DE PARTO NORMAL

CORRELAÇÃO ENTRE ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA DE IDOSOS EM UMA CIDADE DO NORDESTE BRASILEIRO

AUTOR(ES): LUIS FERNANDO ROCHA, ACKTISON WENZEL SOTANA, ANDRÉ LUIS GOMES, CAIO CÉSAR OLIVEIRA DE SOUZA, CLEBER CARLOS SILVA

ERGONOMIA. Prof.ª Rosana Abbud

1 Introdução. Subprojeto de Iniciação Científica. Edital:

Marcos Vinicios da Costa Serrador. Fisioterapeuta /Téc. Segurança do Trabalho Pós graduado em Biomecânica do movimento e Sist. de Gestão Integrada

Exame Físico Ortopédico

UNILUS CENTRO UNIVERSITÁRIO LUSÍADA PLANO ANUAL DE ENSINO ANO 2010

Análise comparativa entre os benefícios da hidroterapia e cinesioterapia como formas de tratamento de lombalgia em gestantes

HIPERTENSÃO ARTERIAL CAUSAS. Éa pressão em que os vasos e artérias são acometidos durante o fluxo sanguíneo. Sistólica / Diastólica

THESSIE ANDRADE HUBNER ORIENTANDA Curso de Fisioterapia Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde

Parecer n. 05-3/2015. Processo de consulta: Ofício nº 60/2015/GAPRE COFFITO Assunto: Reeducação Postural Global - RPG

CONGRESSO BRASILEIRO DE FISIOTERAPIA DERMATO FUNCIONAL 08 a 10 DE NOVEMBRO 2012 RECIFE PE MODALIDADE TEMA LIVRE 1

Escrito por Vipgospel Sex, 06 de Dezembro de :00 - Última atualização Sex, 06 de Dezembro de :05

PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE EXERCÍCIOS FÍSICOS NO PERÍODO GESTACIONAL: ANÁLISE DE PERIÓDICOS ( ) 1

INFLUÊNCIA DO EXCESSO DE PESO NA FORÇA MUSCULAR DE TRONCO DE MULHERES

R e v i s t a C a m p o d o S a b e r I S S N P á g i n a Volume 4 - Número 6 - nov/dez de 2018

ANÁLISE POSTURAL EM UNIVERSITÁRIOS

PERFIL DOS IDOSOS INTERNADOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EM CAMPINA GRANDE

Cuidados com a coluna.

Posições, Movimentos e Respiração no Parto

Dicas de prevenção para Hérnia de Disco

OS BENEFÍCIOS DO MÉTODO PILATES DURANTE A GESTAÇÃO

ESTUDO EXPERIMENTAL DE GRUPO ÚNICO COM AVALIAÇÃO PRÉ E PÓS: ATRAVÉS DA PRÁTICA DO ALONGAMENTO NA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA FEF/UNICAMP

Marcha Normal. José Eduardo Pompeu

L O O K B O O K queimados

EFEITOS DE UM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS EM DUPLA-TAREFA SOBRE O EQUILÍBRIO E A COGNIÇÃO DE MULHERES IDOSAS

PREVALENCIA DE DISTÚRBIOS MUSCULOESQUELÉTICOS EM FISIOTERAPEUTAS: REVISÃO DA LITERATURA

ATUAÇÃO FISIOTERAPEUTICA NO ALÍVIO DA DOR LOMBAR E PÉLVICA EM GESTANTES UTILIZANDO Á HIDROCINESIOTERAPIA.

Gestação na adolescência: qualidade do pré-natal e fatores sociais

ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DOS FATORES DE RISCO PARA DOENÇA CORONARIANA DOS SERVIDORES DO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

ANÁLISE DA DOR E QUALIDADE DE VIDA (QV) EM COSTUREIRAS DE CONFECÇOES DE PEQUENO PORTE NA CIDADE DE ERVÁLIA,

MÉTODO PILATES- UMA OPÇÃO DE TRATAMENTO PARA ALGIAS EM GESTANTES: RELATOS DE EXPERIÊNCIA

CADEIAS MUSCULARES E AVALIAÇÃO POSTURAL

Revista Baiana de Saúde Pública ARTIGO ORIGINAL

Artigo de Revisão O Método Pilates e sua aplicação na diminuição de dores no período gestacional: uma revisão de literatura Resumo Introdução:

A ESTABILIDADE E OS DESEQUILÍBRIOS DA POSTURA EM IDOSOS E SUA RELAÇÃO COM AS QUEDAS E A QUALIDADE DE VIDA

Transcrição:

ESTUDO EXPERIMENTAL DA EFICÁCIA DE UMA ÓRTESE CASEIRA DE BAIXO CUSTO PARA LOMBALGIA EM GRÁVIDAS. ¹ EXPERIMENTAL STUDY OF THE EFFECTIVENESS OF A ORTES CASEIRA LOW COST TO LOMBALGIA IN PREGNANT WOMEN. Juliana Fernandes DIAS², Rômulo Cardoso MARTINS 2, Adam Barros do AMARAL 2, Virgilino COSTA 3 e Cibele CÂMARA 4. RESUMO Objetivo: verificar a eficácia de uma órtese caseira de baixo custo para lombalgia em grávidas. Método: estudo experimental com oito grávidas que fizeram uso da órtese caseira durante um mês, avaliando a dor lombar através de um questionário qualitativo e da E.V.A. Resultados: A media do aparecimento da dor teve media de 5 meses, 100% das grávidas apresentaram melhora significativa da E.V.A. depois do uso da órtese. Conclusões: Apesar de ser uma queixa freqüente das grávidas, a lombalgia no período gestacional é muito pouco explorada. E essas dores influenciam de modo negativo na qualidade de vida das grávidas, e também na qualidade do sono, na disposição física, no desempenho no trabalho, na vida social, na atividade doméstica e no lazer. E provamos que é possível produzir uma órtese de baixo custo com eficiência muito satisfatória, igual, ou melhor, a órtese já comercializada, devido os pequenos furos feitos na parte da frente, que vão servir para circulação de ar. Expondo uma vantagem de circulação de ar, e o velcro preso somente de um lado da órtese permiti que ela seja facilmente colocada pela própria gestante. DESCRITORES: grávidas; lombalgia; órtese; produção. INTRODUÇÃO A lombalgia tem alta incidência em grávidas, tornando-se um problema de saúde publica, que gera gastos enormes para o pais, porém as medidas de prevenção que apresentam custo -beneficio não são devidamente realizadas, referenciando a lombalgia uma fator normal da gravidez.¹. Ainda é desconhecida a causa exata da lombalgia, mas sabe-se que algumas alterações, como as alterações hormonais pela ação da progesterona, estrogênio e relaxina que deixam as articulações mais flexíveis e com uma maior extensibilidade, fazendo também a retenção de liquido são também muito significativas na dor lombar, pois vão ocasionar alterações músculo-esqueléticas², ³. Provocando também com o crescimento das mamas no decorrer da gestação 4. Conforme a barriga vai crescendo no decorrer da gravidez o peso da barriga faz com que a região lombar acentua a sua curvatura com o crescimento uterino frontal, o sacro fica mais horizontalizado em relação à pelve, vai aumentar a cifose torácica, o estiramento dos músculos abdominais, que perdem sua ação estabilizadora da pelve e o tensionamento da musculatura paravertebral. 1 Centro Universitário do Pará- CESUPA 2 Acadêmica do 8 semestre de fisioterapia do CESUPA,membro da LOPPA, Voluntária na Creche Lar Cordeirinho de Deus na área de pediatria 2 Acadêmico do 8 semestre de fisioterapia do CESUPA, monitor voluntário de Ginecologia e obstetrícia. 2 Acadêmico do 8 semestre de fisioterapia do CESUPA, monitor de traumato-ortopedia. 3 Professor do CESUPA e UEPA 4 Professora do CESUPA, UNAMA, UEPA, mestre em Genética e Biologia Molecular pela UFPA,membro da comissão de ética e deontologia da Fisioterapia.

Em conseqüência vai alterar o centro de gravidade da grávida, e para buscar melhor estabilidade a mulher vai fazer adaptações para compensar essas modificações músculoesqueléticas, ocasionando a lombalgia 5. Não só causa conseqüências posturais, como também reflete no rendimento no trabalho, lazer e atividades diárias, pois essas dores são constantes e deixam a mulher com sensação de não ter fim 6, em geral na qualidade de vida da gestante. Como já se sabe através de estudos a partir do 5º mês de gestação, as chances de se adquiri uma lombalgia em decorrência da gravidez é maior. Pois o feto aumenta o seu peso com mais freqüência, e aquela estabilidade que a mulher tinha de se manter estável esta comprometida, além do aumento da retenção de liquido nas pernas 7. OBJETIVO Fazer um estudo experimental de uma órtese com produção caseira com o objetivo de reduzir a lombalgia, e viabilizando principalmente às grávidas de baixa renda. MÉTODO O estudo experimental financiado pelos próprios autores, com aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa do CESUPA sob o número de 0036.0.323.000-09 em agosto de 2009. A casuística estudada foi de 8 grávidas com idade entre 23 a 36 anos.utilizando um questionário próprio de avaliação, a Escala Visual Analógica da Dor, a E.V.A., durante o mês de setembro e outubro do ano de 2009. Foi aplicada a análise estatística do tipo comparativo, sendo utilizado o BioEstat versão 5.0, e também o teste t de Student. Para a formatação das tabelas e texto, o Software Excel e Word versão 2007. A produção da órtese teve como referencial a biomecânica lesional da lombalgia e baseando na Órtese Abdominal Para Gestante Mercur Body Care da marca MERCU. O critério de inclusão foram as mulheres grávidas, apartir do 4 mês de gestação, que relataram lombalgia gestacional, qualquer faixa etária, em acompanhamento de pré-natal, sem gravidez de risco. Os critérios de exclusão são grávidas que não relataram dores na lombar, restrições médicas aos exercícios, e a não assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido TCLE. O material utilizado para fabricar uma órtese consiste em 1m de Faixa elástica (N35) no valor de R$ 0,50, 2 esponjas de lavar louça (110x75x20mm) no valor de R$ 0,25, 0,70 cm de Velcro (50mm) no valor de R$ 2,10, 1m de Elástico (N80) no valor de R$ 2,90, 70 cm de E.V.A. no valor de R$ 0,60, a mão-de-obra no valor de R$ 2,00 se ela fosse cobrar. Três etapas consistiam o estudo. A primeira etapa foi de perguntas abertas sobre a idade, profissão. período gestacional, peso, altura, sintomas referentes a dores devido a gestação, tempo de aparecimento dessas algias, responderão a Escala Analógico Visual da Dor. Segunda etapa constou da reavaliação da Escala de Dor nas grávidas após uso da ortese, e ao questionário fechado sobre as dores lombares e da coluna, impressão da dor relacionada ao uso da órtese se sim ou não. RESULTADOS Tabela 1 Estatísticas Descritivas da variável Idade das participantes da pesquisa sobre Lombalgia feita (LOCAL) em 2009. Média 23 DP 3.5 Minimo 18 Máximo 29 Tabela 2 Estatísticas Descritivas da variável Período Gestacional das participantes da pesquisa sobre Lombalgia feita (LOCAL) em 2009. Média 6.0 DP 1.0 Minimo 5 Máximo 7 Tabela 4 Estatísticas Descritivas da variável Aparecimento da Dor das

participantes da pesquisa sobre Lombalgia feita (LOCAL) em 2009. Média 4.0 DP 0.8 Minimo 3 Máximo 5 TESTE ESTATÍSTICO Variáveis em Teste Teste Utilizado Estatística do Teste p valor Análise EVA: Antes e Depois t 11.5292 < 0.0001 Altamente Significativo DISCUSSÃO No Brasil, encontraram que o risco relativo das gestantes em apresentar dores nas costas é quase 14 vezes maior que o de mulheres não grávidas. Destacaram a importância de oferecer mais atenção a este tipo de queixa, para maior conforto e bem-estar das pacientes¹. A maioria dos estudos de prevalência evidência que as dores nas costas durante a gestação são queixa importante, tanto pela alta freqüência de mulheres acometidas, quanto pela intensidade da dor e desconforto provocado, além de influenciar de modo negativo a qualidade do sono, disposição física, desempenho no trabalho, vida social, atividades domésticas e lazer 7,8. Neste estudo a média do aparecimento da dor é no final do 4º mês, com desvio padrão de 0.8, confirmando que o aparecimento da lombalgia gestacional tem relação com a idade gestacional. Em uma pesquisa realizada observou-se que o pico de maior prevalência ocorreu a partir do 5 mês de gestação. Com base nessa informação a indicação da órtese é a partir do 5 mês ou quando iniciar a dor lombar 1,2,6. O resultado do aparecimento da dor confirma também o começo das alterações posturais que ocorrem na gestação no final do 4º mês e no inicio do 5 º mês 4. Neste estudo observou-se que a órtese teve um resultado bastante significativo em vários aspectos, no âmbito socioeconômico foi o mais significativo apresentando uma redução de custo de R$ 49,50 para R$9,10, usando somente pouco menos que 20 % do valor da ortese da Mercur Body Care da marca MERCU 10. Apresentando um diferencial sobre a órtese usada como referencial, sendo estes, os pequenos furos feitos no E.V.A na parte anterior, para favorecer a entrada e saída de ar, melhorando a circulação com esse material que fica justamente em contato com a barriga da gestante, que já tem uma tendência a suar mais que o normal nessa condição. Uma vez que a órtese comparada não apresenta. A órtese possui um sistema de tração para os ombros, que diminui assim a cifose torácica que esta aumentada nessa fase devido ao aumento das mamas e ao peso da barriga com o crescimento do feto. Essa faixa elástica de número 35 tem 1 (um) de comprimento e faz um X nas costas e esta acoplada ao elástico da barriga, facilitando a sustentação da barriga. O teste T de student usado para fazer a correlação da EVA antes e depois do uso da órtese verificou alta significância na diminuição da dor, confirmando assim a eficácia da órtese caseira produzida e confeccionada pelos autores. Confirmando a proposta implicada por Stephenson (2004) que relata que muitas medicações e analgésicos são considerados perigosos para as gestantes, por esse motivo as pacientes devem ser orientadas a utilizar métodos alternativos como suporte para as costas associados com repousos e posições de conforto, calor e exercícios com a finalidade de estabilização lombar e automobilidade da pelve. CONCLUSÃO A lombalgia no período gestacional por ser uma queixa muito freqüente e quase sempre quando não patológica, é encaminhada para a fisioterapia, e por isso deve ser de inteiro conhecimento do profissional fisioterapeuta a biomecânica lesional. Inclusive a órtese pode ser facilmente produzida por este profissional e de baixo custo

A importância de tornar viável para todas as classes os aparelhos que podem servir como amenizadores da dor é uma questão de humanização do tratamento. Pois essas órtese muitas das vezes são caras e inacessíveis ao público de classe baixa, e comprovado o total beneficio que a órtese elaborada pelo trabalho obteve com as grávidas gerou duplo ganho para as grávidas, o baixo custo e a eficácia da órtese. A gestação provoca frouxidão ligamentar na coluna e resulta em uma maior mobilidade nas articulações costovertebrais. Com isso ocorre o aumento do diâmetro transversal da caixa torácica em aproximadamente dois centímetros. Devido essa expansão surge uma relação alterada com o diafragma, originando quadro de dispnéia leve. Há uma acentuação normal da lordose lombar, atribuída ao aumento peso fetal e a ação da relaxina que atua nos ligamentos espinhais. Todavia ainda não foram quantificados os valores de normalidades da acentuação. Além disso, o aumento do peso fetal causa uma inclinação para frente na pelve, e os músculos ilipsoas sofrem sobrecargas. Uma vez que partem do plexo lombar se localiza dentro do músculo psoas, o esforço excessivo nesta região pode causar irritação dos nervos sensitivos. A órtese caseira apresenta uma faixa elástica mais cômoda, por ser menor e menos rígida que a MERCUR, evitando assim um atrito intenso contra a barriga da gestante e tornando a órtese mais delicada. Conclui-se que a importância de um tratamento para a lombalgia em gestante com a ortese, previne possíveis complicações como edema em MMII, aumento da cifose torácica, alterações na biomecânica da grávida, alterações posturais que podem se agravar pelo uso de adaptações corporais viciosas, que a grávida faz para compensar as dores sentidas no intuído de amenizar essas dores, e pó sua permanecem no pós-parto se não forem devidamente corrigida Sugere-se com esse trabalho que pegue um numero maior de grávidas e faça o controle com um grupo de grávidas que não usaram a órtese, para confirmar ou não a eficácia da órtese e mensurar quanto seria essa eficácia. SUMARY EXPERIMENTAL STUDY OF THE EFFECTIVENESS OF A ORTES CASEIRA LOW COST TO LOMBALGIA IN PREGNANT WOMEN. ¹ Juliana FERNANDES DIAS, Rômulo CARDOSO MARTINS, Adam BARROS AMARAL.. Objective: To verify the effectiveness of a stent homemade low cost for low back pain in pregnant women. Method: an experimental study with eight pregnant women who used orthesis home for a month, assessing pain a questionnaire, and EVA Results: The mean onset of pain rating was 5 months, 100% of pregnant women showed significant improvement in EVA after bracing. Conclusions: Despite being a frequent complaint of pregnant women, low back pain during pregnancy is very little explored. And those pains affect negatively the quality of life of pregnant women, and also the quality of sleep, physical layout, performance at work, social life, domestic activity and leisure. And we prove that it is possible to produce a low cost orthosis with very satisfactory performance, like, or better, the stent already committed, because the small holes made in the front, which will be used for air circulation. Exposing an advantage of air circulation, and the Velcro stuck on only one side of the stent allowed it to be easily placed by the very pregnant. KEY WORDS: pregnant, low back, orthese, make. REFERÊNCIAS 1. CECIN HA, Bichuetti JAN, Daguer MK, Pustrelo MN. Lombalgia e gravidez. Rev Bras Reumatol 1992; 32(2):45-50.

2. MARTINS, Roseny Flávia; SILVA, João Luiz Pinto e. Prevalência de dores nas costas na gestação. Rev. Assoc. Med. Bras., São Paulo, v. 51, n. 3, 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s0104-42302005000300014&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 13 junho 2009. 3..BARACHO E. Fisioterapia aplicada à obstetrícia: aspectos de ginecologia e neonatologia. Rio de Janeiro: Editora Médica e Científica Ltda; 2002. 4. STEPHENSON R. Fisioterapia aplicada a ginecologia e obstetrícia. Barueri., vol. 2, p. 235-238. SP. Manole: 2004. 5. NOVAES, Flavia Silva; SHIMO, Antonieta Keiko Kakuda y LOPES, Maria Helena Baena de Moraes. Lombalgia na gestação. Rev. Latino-Am. Enfermagem [online]. 2006, vol.14, n.4, pp. 620-624. ISSN 0104-1169. doi: 10. 1590/S0104-11692006000400022. 6. MARTINS, R. F. Algias posturais na gestação prevalência e tratamento. 2002. 122F. Tese de Mestrado. São Paulo: Universidade Estadual de Campinas. 7. PORTAL FISIOTERAPIA.Tratamento a lombalgia gestacional. Disponível em http://www.portalfisioterapia.com.br/fisioterapia/principal/conteudo.asp?id=3736. Acesso em 11 de junho de 2009, às 22:00h. 8. MARTINS, R. F. ; SILVA, J.L.P. Tratamento da Lombalgia e dor pélvica posterior na gestação por um método de exercícios. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v27, p.275-282, 2005 9. CONTI, M. H. S. ; CALDERON, I. M. P. ; CONSONNI, E. B. et al. Efeito da técnicas fisioterápicas sobre os desconfortos músculo-esqueléticos da gestação. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v25, 2003 10..CORPO PERFEITO. Ortese abdominal para gestante. http://www.corpoperfeito.com.br/produto/?p=3847. Acesso em 11 de junho de 2009. 11. HOSPITAL SANTA LÚCIA. Exercício para grávidas. Disponível em: http://www.santalucia.com.br/maternidade/exercicios-p.htm. Acesso em: 03 de junho de 2009 às 00:39 h. 12. VIEIRA, SÔNIA & HOSSNE, WILLIAN SAAD, Metodologia científica para a área de saúde, Rio de Janeiro RJ, Editora Campus, 4ª Edição, 2001. 13. AYRES, M; AYRES JR., M; AYRES D.L. e SANTOS, A.S. BioEstat 5.0: Aplicações estatísticas nas área de Ciências Biológicas e Médicas. Belém: Sociedade Civil Mamirauá, MCT CNPq, Conservation International, 2007. Endereço para correspondência: Juliana Fernandes Dias Conjunto do Basa, av. Tavares bastos, 163-Souza Belém- Pará CEP 66613140 Fone: (91) 32310573 Email: only_juh@hotmail.com