O papel das cidades no desenvolvimento O caso de Guimarães 2012

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Transcrição:

O papel das cidades no desenvolvimento O caso de Guimarães 2012 Cristina de Azevedo 8/9/2011 1

Índice Século XXI. O Século das Cidades Evolução do sistema urbano em Portugal Novos desafios A Cidade e a Economia criativa Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura 8/9/2011 2

Século XXI. O século das cidades Em 1910, apenas 10% dos habitantes do planeta vivia em cidades; Em 2007, pela primeira vez, eram mais de 50%; Hoje, no mundo, estima-se que existam 4.000 cidades com mais de cem mil habitantes, 250 cidades com mais de um milhão de habitantes, 40 cidades com mais de 5 milhões de habitantes e 15 cidades com mais de 10 milhões de habitantes; Na Europa, mais de 75% das pessoas vivem em cidades; Na União Europeia, os aglomerados urbanos com mais de um milhão de habitantes, apresentam um nível de rendimento per capita 25% superior à média; O factores que contribuem para esta situação resultam da densidade e qualidade das infra-estruturas e recursos humanos e de um conjunto de vantagens competitivas associadas às economias de aglomeração. 8/9/2011 3

Século XXI. O século das cidades As cidades são os os habitats da excelência da humanidade: São os territórios estratégicos da inovação e da criatividade; Sãooslugaresdaproduçãoedifusãodosaber; São os espaços de encontro e de descoberta; São as plataformas de produção de valor e de troca, na economia do conhecimento. O fracasso ou sucesso das suas cidades tornou-se um factor determinante para o desenvolvimento dos países; As novas centralidades resultam da capacidade para estar em conectividade crescente com redes de cidades; A cidade é, reconhecidamente, a melhor escala para gerir os desequilíbrios que constrangem o mundo contemporâneo. 8/9/2011 4

Evolução do sistema urbano em Portugal O sistema urbano português mudou de forma profunda nas últimas três décadas: Antes de 1974, Portugal constitua-se como um caso singular no contexto europeu: Era o único império colonial ultramarino e o mais longo regime autoritário moderno; Possuía as mais elevadas taxas de analfabetismo e de mortalidade infantil, a mais jovem população, a mais baixa esperança de vida e a mais elevada natalidade; Tinha o mais baixo rendimento por habitante, a menor produtividade por trabalhador, a maior populaçãoagrícolaeamenortaxadeindustrialização,omenornúmerodealunosnoensinobásicoede estudantes no ensino superior. O sistema urbano da época resultava destes factores, configurando um equilíbrio heterogéneo: a aldeia, a vila, a cidade definidos e arrumados. 8/9/2011 5

Evolução do sistema urbano em Portugal No pós 25 de Abril a mudança foi rápida e profunda: Os acontecimentos políticos e a crescente abertura ao exterior constituíram elementos estruturais na mudança das cidades; A economia e a sociedade configuraram o território de modo estruturalmente diverso do passado: A população envelheceu a ritmo superior à dos outros países europeus, aumentou a esperança de vida e verificou-se uma quebra de natalidade; Diminuiu a dimensão da família, cresceram as uniões de facto, o número de famílias monoparentais e o número de divórcios; O país ficou mais homogéneo, fruto da generalização da televisão, da expansão dos serviços de saúde, da segurança social, das redes escolares, postais e bancárias e da integração da população feminina no trabalho; A terciarização foi rápida, reduziu-se a população empregada no sector primário e estabilizou, em perda, o emprego industrial; Emergiu um território activo entre cidades. Perderam-se os limites e a hierarquização tradicionais das cidades e no interior das mesmas. 8/9/2011 6

Evolução do sistema urbano em Portugal Temos hoje um sistema urbano profundamente diverso do que conhecíamos no último quartel do Séc. XX, consequência das mudanças de natureza económica, social e política: O peso crescente da faixa litoral do território nacional (15 NUT s III do litoral têm mais de 80% da população); A concentração demográfica nas áreas metropolitanas, acompanhada pela perda de população nas duas principais cidades: Entre 1991 e 2001, Lisboa perdeu 100.000 habitantes e o Porto 50.000, provocando a desertificação e o envelhecimento dos centros das cidades. Peso crescente dos sistemas de comunicações e transportes e o aumento excepcional da capacidade de consumo e uso do automóvel; A mobilidade acrescida compactou distâncias, a vizinhança deixou de estar na rua para se situar na internet ou em redes sociais com novos formatos; As cidades portuguesas são cada vez mais semelhantes, mercê de persistentes e pesados investimentos públicos em infra-estruturas e equipamentos urbanos; A proximidade física deu origem à facilidade de relação; O centro dá lugar a centros. O núcleo dá lugar à estrutura polinucleada com várias cidades dentro de uma cidade, não se distinguindo o urbano do rural. 8/9/2011 7

Novos desafios As cidades competitivas serão: As que afirmarem a modernidade; As que souberam crescer em conectividade; As que estimulem a diversidade económica; Asqueseadaptemaomundodigital; As que souberem estimular o empreendedorismo e atrair talento; As que incentivem a democracia participativa; As que promoverem o desenvolvimento sustentável e novos valores de uma ecologia verdadeiramente humana. O desenvolvimento urbano é, hoje, um processo criativo, local e equilibrado, alargado a todas as áreas da administração, em que a cidade é encarada como um conjunto orgânico, possibilitando aos cidadãos escolhas reflectidas que garantam qualidade de vida. 8/9/2011 8

A Cidade Criativa A cidade criativa é um novo contrato social, um novo método de planificação estratégica, examinando o modo como as pessoas podem pensar, planear e agir criativamente no território; A cidade criativa dá um novo enfoque ao papel das infra-estruturas e dos lugares, pensando a cidade como um cluster de criatividade e inovação, onde produção e consumo assumem novos modelos de relacionamento, onde se favorece a experimentação e o risco; A cidade criativa amplifica e liga ciência, arte e tecnologia; A cidade criativa inventa novas soluções para velhos problemas urbanos; A cidade criativa potencia a economia criativa. 8/9/2011 9

A Economia Criativa No período 2000-2005, o comércio internacional de bens e serviços criativos cresceu a uma taxa sem precedentes: 8,7% ao ano; As Indústrias Criativas na Europa representam um volume de negócios de 654 mil milhões de euros, correspondem a 2,6 % do Produto Interno Bruto da União Europeia, estão a crescer 12,3% acima da média da economia e empregam 5,8 milhões de pessoas; O sector cultural e criativo foi responsável, no ano de 2006, por 2,8% de toda a riqueza criada em Portugal e representa um valor superior, por exemplo, ao contributo dado por indústrias tradicionais como a têxtil ou alimentar; No que se refere ao emprego, o sector cultural e criativo em Portugal era responsável, em 2006, por cerca de 127 mil empregos, representando cerca de 2,6% do emprego nacional total. 8/9/2011 10

Capital Europeia da Cultura 46 cidades Capitais Europeias da Cultura entre 1985 e 2012; Mais de 40 cidades competem hoje pelo título (2014 a 2019); O investimento total realizado pelas Capitais Europeias da Cultura ultrapassa 4.500 milhões de euros; A população total das cidades que já foram capitais da cultura é superior a 25 milhões; Cada Capital Europeia da Cultura programa, em média, mais de 500 eventos num ano. 8/9/2011 11

Guimarães Património cultural único e uma paisagem inspiradora; Espírito empreendedor suportado por um forte sentimento de pertença; População de 160.000 uma das mais jovens cidades europeias; Segundo maior município português fora das áreas metropolitanas; Importante pólo exportador; Enfrenta o desafio da regeneração económica e social; Importância estratégica da Universidade como geradora de conhecimento e inovação. 8/9/2011 12

Guimarães 2020 Um lugar onde as pessoas estão primeiro; Um lugar onde o conhecimento e a cultura são para todos; Um lugar onde o passado, presente e futuro estão entrelaçados presentes no quotidiano; Um lugar animado, dinâmico e vibrante; Um lugar onde produção e consumo culturais são interdependentes e inseparáveis. 8/9/2011 13

Guimarães 2012. Estratégia Regeneração Social Capacitar a comunidade local com novos recursos e competências, estimulando o seu activo envolvimento Regeneração Económica Transformar a economia da região numa Economia Criativa, internacionalmente competitiva e geradora de emprego Regeneração Urbana Valorização da qualidade de vida urbana, transformar um espaço de preservação passiva da memória num espaço de permanente oferta de novas e surpreendentes experiências culturais e criativas 8/9/2011 14

Guimarães 2012. Modelo para a Europa Para todas as cidades de média dimensão que acreditam na colaboração; Para as que investem na sustentabilidade, no opensourcee na inovação social; Para as que compreendem a importância da cultura digital e a integram na vida pública; Para as que estimulam a competitividade e o crescimento da sua economia criativa; Para as que procuram novas formas de resolver problemas urbanos. 8/9/2011 15

Guimarães 2012. Pressupostos de programação Grande envolvimento e participação da comunidade; Residências artísticas de artistas nacionais e internacionais; Forte orientação para a educação criativa; Aposta na utilização artística das tecnologias de informação e comunicação; Ênfase nos recursos locais e regionais (património simbólico); Invadir e reimaginar o espaço público. 8/9/2011 16

Guimarães 2012. Clusters de Programação Comunidade Cidade Pensamento Arte 8/9/2011 17

O papel das cidades no desenvolvimento O caso de Guimarães 2012 Cristina de Azevedo 8/9/2011 18