CONTEÚDO DO 3º SEMESTRE DO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO PULSAÇÃO: Quando falamos de pulsação em música devemos nos lembrar do corpo humano. Os batimentos cardíacos são calculados pelo médico em um prazo de 1 minuto. Muitas pessoas usam a expressão bate o ritmo dessa música. Na verdade, estão se referindo à pulsação. O ritmo é o conjunto das figuras e pausas que são organizadas por meio da pulsação, da métrica, do andamento (organização do ritmo), por isso, quando alguém bate palmas para uma canção, significa que estamos marcando a pulsação, que no caso é uma batida repetida e continua (aspecto físico). A pulsação pode ser pensada como se houvessem pontos separados pela mesma distância. Portanto! Os aspectos físicos seriam os batimentos cardíacos, a marcação com as nossas mãos, os pés. Quanto aos aspectos musicais seriam as figuras de notas (símbolos: Semibreve, Mínima, Semínima, Colcheia, Fusa e Semifusa), Compassos, Métrica e Andamentos. MÉTRICA: O Autor Bohumil Med (1996), define Métrica com sendo a técnica musical que trata da estruturação do ritmo e ainda conclui que a métrica é a teoria do Compasso e Ritmo. A métrica está ligada ao compasso. A acentuação periódica na pulsação, evidencia a métrica e nos conduz ao tipo de compasso. A métrica é a medida da intensidade da pulsação. Medimos a intensidade por meio das palavras forte e fraco. Para facilitar forte representaremos agora pela letra Maiúscula F e fraco pela letra minúscula f. A alternância a cada 2 pulsos essa métrica seria binária. A cada 3 pulsos seria ternária. A métrica é também a acentuação da pulsação. As mais comuns são a Binária e a ternária, junto, é claro, com a Quaternária (Desenvolvimento da Binária). O termo quaternário utilizaremos mais especificamente dentro do compasso. Resumindo: Os três(3) tipos de compasso: BINÁRIO, TERNÁRIO E QUATERNÁRIO. Depois de pensarmos sobre métrica, é necessário falarmos um pouco de compasso. A métrica determina a acentuação dos pulsos. O compasso é a divisão de cada música e é determinada pela utilização da barra de compasso. A barra dupla indica o final de um trecho ou da música e a barra simples apenas separa um compasso de outro. Existe também a chamada fórmula de compasso que é uma fração colocada no início da música e determina qual figura será utilizada como referencial de valor, qual será o valor dessa figura na música e qual será a métrica apresentada na peça. O denominador da reação indica qual figura deverá ser utilizadas como referencial e que valerá um tempo. Todo denominador de fração será um dos números e corresponde a uma figura específica. É chamado de unidade de tempo (UT) figura que valerá um tempo dentro do compasso. O numerador da fração indica quantas figuras deverão ser utilizadas para que o compasso seja preenchido. Por meio da progressão geométrica existente entre as figuras, podemos soma-las até que se cheque a uma figura que, sozinha, preencherá todo o compasso o que denominamos de unidade de compasso (UC). ANDAMENTO: Velocidade da Música Para medir exatamente o valor de cada figura e para determinar a velocidade exata da música, existe o andamento, que é a velocidade da música. Devemos pensar no andar da música. Ou você anda lento (devagar) ou corre (rápido). O andamento é um número que aparece no indicar a velocidade de uma obra. Quanto mais rápido o número em BPM(s), maior é a velocidade da pulsação. O andamento também pode ser indicado por um termo em italiano que sugere o BPM. Exemplos: Andamentos lentos (de 40 a 72 bpm) Grave (40) Largo(44-48 bpm)
Andamentos médios (de 7 a 120 bpm) Andante (63-72) Andantino (69-80) Andamentos rápidos (de 120-208 bpm) Allegro (132) Vivace (160) * As demais numerações estarão nas páginas 57 e 58. METRÔNOMO: Aparelho usado para medir o andamento da música. Tipos de Metrônomo Analógicos (antigos): que funcionavam como relógio com ponteiros. Digital: Que são digitados o número em BPM e a métrica desejada o ou o compasso desejado. Os programas de gravação possuem metrônomos embutidos já que é impossível duas ou mais pessoas tocarem separadamente e manterem o mesmo andamento o tempo inteiro. A utilização nas gravações auxilia nas edições de pequenos trechos e correção de notas tocadas que se deseje modificar por algum motivo determinado. Para os instrumentistas que desejam se profissionalizar, a utilização do metrônomo é fundamental para alcançar a velocidade com precisão, o que os músicos chamam de produção de um som limpo. MÉTRICA: Técnica musical que trata da estruturação do ritmo que é a teoria do compasso e ritmo. COMPASSO: Divisão da música em intervalos de tempos iguais e são representados com linhas verticais desenhadas sobre a pauta. O RITMO POSSUI UMA GRANDE IMPORTÂNCIA PARA A MÚSICA, POIS NOS PERMITEM UMA ORGANIZAÇÃO DE FORMA QUE NÃO HAJA ATRASO OU ACELERAÇÃO EM UMA MELODIA. A música na Antiguidade UMA BREVE HISTÓRIA DA MÚSICA PÁGINA 63 Nasce a partir da organização coletiva do trabalho. Os ritmos são criados as partir do bater das mãos e dos pés, utilização de instrumentos rudimentares e utilização da voz. Nasce assim uma música que seria desenvolvida pelas civilizações. Idade Média ( 500 a 1450 ) Foi considerado um período de poderio da igreja. Durante muitos séculos uma fase de trevas. A produção musical era dividida em 2 segmentos: SACRO e a PROFANA SACRA: A serviço da Igreja
PROFANA: Manifestação musical fora da igreja. Uma música produzida pelos menestréis e trovadores e instrumentistas e cantores que entoavam canções sobre a realeza, o amor e a lealdade. A música sacra medieval mais antiga era constituída por uma única linha melódica ( Textura Musical Monofônica ). A música religiosa em sua primeira fase, não tinha nenhum tipo de acompanhamento. Cantochão: Melodias simples, dentro de uma oitava e ritmos irregulares A igreja utilizou o canto para a transmissão oral dos textos bíblicos. Esse canto é conhecido como Canto Gregoriano Uma melodia plana e cantada pelos monges em latim. Era uma melodia e um instrumento de fé que favorecia a concentração religiosa. Esse canto Gregoriano, representou a essência mais pura da religião católica e o início do desenvolvimento da música ocidental. A música profana ( Produzida pelos menestréis e trovadores ) foi uma espécie de registro oral para relatar as guerras e os embates as cruzadas ( as notícias eram levadas de um povoado a outro ) e também para falar das questões proibidas ou não pela igreja: amor entre uma donzela e seu cavaleiro, paixão, honestidade e fidelidade. Os trovadores cantavam acompanhados de instrumentos musicais: ALAÚDE, TAMBORIL, FLAUTA, CISTRE E RABECA. A Música no Renascimento ( 1450 a 1600 ) Página 68 O Renascimento foi um período de grandes descobertas (viagens de descobrimentos que Vasco da Gama, Cabral e Colombo ). Explorações e significativos avanços na ciência. Enquanto na Idade Média Deus era o centro de todas as coisas (teocentrismo), no Renascimento seria o antropocentrismo, ou seja, o homem é o saber de todas os saberes; seria uma fase marcada pelo grande interesse voltado ao saber e à cultura. Podemos ressaltar as características da época, como o naturalismo, o individualismo e o humanismo e relembrar alguns acontecimentos importantes tais como: a Reforma Protestante, a invenção da imprensa e a descoberta do Novo Mundo. O Renascimento é o período do auge da polifonia, principalmente vocal. Os compositores começaram a pensar no sentido vertical da música (harmonia) e as suas peças já apresentavam um desenvolvimento do contraponto. O interesse por parte dos compositores pela música instrumental era percebido. Mas foi para a Igreja que foi criado as melhores qualidades de música conhecido como: polifonia coral, cantadas sem acompanhamento instrumental. A música Renascentista é de estilo polifônico, ou seja, várias melodias tocadas ou cantadas ao mesmo tempo. As formas musicais mais conhecidas eram as missas, o moteto, e os madrigais. A missa era executada normalmente em estilo polifônico coral e dividida em 2 (duas) partes: O ordinário e o próprio. O ordinário seria a parte que nunca mudava (Kyrie, Credo, Sanctus, Glória e Agnus dei) e o próprio mudava de acordo com as festas litúrgicas do ano. Ordinário da Missa: são as orações fixas que são rezadas sempre, em quase todas as missas. É o conjunto das partes que não variam de acordo com a Liturgia, sendo sempre as mesmas. São cantos invariáveis em seu texto e constituem o próprio rito. São eles: Kyrie, Glória, Credo, Santo e Cordeiro de Deus (pedem maior respeito e fidelidade para com o conteúdo dos seus textos, embora na música eles admitam variações) Próprio da Missa: também conhecido como parte móvel da missa. São as orações que sofrem variação conforme o dia. É o conjunto das partes que variam de acordo com a Liturgia. São eles:introito, Salmo Responsorial, Aleluia, Ofertório e Comunhão
POLIFONIA: São duas ou mais vozes ou melodias distintas combinadas em uma composição Os motetos eram peças vocais para serem executadas por, no mínimo, quatro vozes e apresentavam textos religiosos. Os madrigais eram canções vocais seculares para serem cantadas por várias vozes e, eventualmente, poderia apresentar acompanhamento instrumental. Os madrigais se caracterizavam por não terem refrão. Observando a partitura abaixo responda as seguintes questões:
1) Qual a quantidade de compassos? 8 2) Qual o nome da primeira figuras de notas? SEMÍNIMA 3) Qual o tipo de compasso? BINÁRIO 4) Qual a quantidade de pausas? 2 Explicação de cada pergunta acima: 1) Os compassos são marcados com uma linha no sentido vertical ( Sendo assim a resposta seria 8 compassos ) 2) A primeira figura de notas seria a SEMÍNIMA 3) Quanto aos tipo de compasso seria BINÁRIO, pois na fração o número na parte de cima 2/4 o dois está na parte superior. Portanto BINÁRIO 4) Temos as pausas de COLCHEIA e SEMÍNIMA Exercícios da Página 59 e 60 Resposta Questão 1 1. C 2. C 3. C 4. C ( As figuras de som na pauta são utilizadas para representar a altura das notas, porém essa peculiaridade depende da posição que figura ocupa na pauta, em relação ao sentido vertical de altura). Questão 2 a. Compasso quaternário b. semibreve c. 1 tempo Questão 3 a. 4 tempos b. 1 tempo c. 8 tempos. Questão 4 Alternativa 4
OBRAS DO PAS OBRA: ÓPERA DO MALANDRO Composição: Chico Buarque de Holanda Interpretação: ------ Temática: A boêmia e o cotidiano de um malandro no Rio de Janeiro na década de 40. Instrumentação: Variada Forma Musical: Musical ou teatro musical Contexto: Criado em 1978, apesar do nome é um musical ou teatro musical propriamente dito. A peça se passa na década de 1940, tendo como pano de fundo a legalidade do jogo, a prostituição e o contrabando. O enredo conta ainda a rivalidade de dois personagens: O contrabandista Max Overseas e o cafetão Duran, este último tenta aniquilar o adversário quando descobre que sua filha Terezinha está apaixonada pelo rival. A disputa pelo poder, dinheiro e a corrupção são o grande enfoque do musical, que discute ainda a decadência do sistema econômico, político e social. A busca dos personagens pelo dinheiro traz ainda a malandragem como saída para todos na sociedade. Estilo musical: Musical OBRA: QUATRO ESTAÇÕES - Primavera Composição: Antônio Vivaldi Interpretação: -------- Temática: Representação dos sentimentos humanos Instrumentação: Cravo e Cordas (Violino, Viola, Violoncelo e Contrabaixo) Forma Musical: Concerto grosso (forma de composição polifônica com destaque para um ou mais instrumento especifico) Contexto: A obra barroca tem sua ênfase na representação musical das quatro estações do ano. São quatro concertos, sendo que cada um possui 3 movimentos (partes). A Primavera é o concerto em Mi maior e sem dúvida é a mais conhecida obra de Vivaldi. Estilo musical: Música de concerto - Barroco Outras informações: Segundo o compositor ele se inspirou em poemas para cada estação do ano. O violino realiza um solo lembrando o canto dos pássaros. Outros trechos lembram as tempestades e chuvas passageiras e depois volta as flores e o canto dos pássaros da primavera. Textura Polifônica. OBSERVAÇÃO: O conteúdo deverá estar no caderno. Não será aceito xérox ou coisas do tipo. Lembrando que valerá 1,0.