Sondagem conjuntural da indústria de transformação aspectos metodológicos e analíticos



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Transcrição:

Sondagem conjuntural da indústria de transformação aspectos metodológicos e analíticos Salomão L. Quadros da Silva Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas SEMINARIO SOBRE INDICADORES LÍDERES Y ENCUESTAS DE EXPECTATIVAS IPEA - CEPAL - OECD Río de Janeiro, 4-5 de diciembre de 2

al da Indústria de Transformação ASPECT PECTOS METODOLÓG DOLÓGIC ICOS E ANALÍT ALÍTIC ICOS Salomão L. Quadr adros da Silva Chefe do Centro de Estatís tístic ticas e Análises Econômic onômicas Instit titut uto o Brasileir sileiro o de Econo onomia Fund undação Getulio Var arga gas Rio de Janeiro Brasil sil Texto apresentado no Seminário Internacional Indicadores Antecedentes e Pesquisas de Expectativas CEPAL - OECD - IPEA Rio de Janeiro 4-5 dezembro 2 I

4-5 de dezembro de 2 Sumário E X E C U T I V O 1. A Sondagem C é uma pesquisa qualitativa. É realizada, trimestralmente, desde 1966, nos meses de janeiro, abril, julho e outubro. 2. Atualmente, a pesquisa vem sendo respondida, em média por 1.5 empresas industriais que têm, em conjunto, os seguintes indicadores, referentes a 1999: Vendas (R$ bilhões) - 2 Pessoal ocupado (mil) - 95 Exportações/vendas (%) - 18,5 Das 1.5, aproximadamente 65 têm até 99 pessoas ocupadas. Este grupo, além de participar da apuração geral, dá origem à Sondagem das micro e pequenas industrias. Seus resultados consolidados referentes a 1999 são: Vendas (R$ bilhões) - 2,5 Pessoal ocupado (mil) - 23 Exportações/vendas (%) - 6,5 3. A FGV identifica, em cada empresa, um responsável pelo preenchimento dos questionários, em nível de diretoria ou gerência, que tenha uma visão integrada dos diversos negócios. O conjunto de empresas é em parte um painel, em parte uma amostra. Algumas empresas respondem há mais de 2 anos, outras há menos de dois. Como a FGV não é órgão oficial, a adesão à pesquisa é voluntária. Por isto, há sempre uma taxa de renovação de informantes. 4. A pesquisa tem um conjunto fixo de 22 perguntas, a maioria repetida trimestralmente desde a primeira edição. Há também quesitos regulares, aplicados uma vez por ano. Finalmente, há temas de interesse em determinados momentos que geram perguntas que, todavia, não se incorporam em definitivo à pesquisa. 5. As perguntas se dividem em dois níveis: Empresa (1 a 7): emprego, capacidade e limitações à produção; Produto (8 a 22): produção, demanda, estoques, pedidos em carteira, preços e situação dos negócios. Cada empresa pode cadastrar até oito produtos. 6. Com relação ao período de referência, as perguntas são de três tipos: Previsões para o trimestre que se inicia no mês da pesquisa. São perguntas feitas a respeito de emprego, produção, demanda e preços. As opções de respostas são: maior/ melhor; igual ou menor/pior. Resultado observado no trimestre anterior ao da pesquisa. Estas perguntas se referem a emprego, produção, demanda, estoques e capacidade. As opções de respostas são as mesmas do item anterior. Avaliação sobre o nível da variável no instante da pesquisa. A avaliação é feita com respeito a demanda (forte/normal/ fraca), estoques (insuficientes/normais/excessivos), situação atual dos negócios (boa/normal/fraca) e situação dos negócios ao longo dos próximos seis meses (melhor/ igual/pior). 7. Embora qualitativa, a pesquisa tem duas perguntas de natureza quantitativa: O nível de utilização da capacidade instalada, informado segundo faixas com 1 pontos percentuais de extensão e referente ao início do mês de aplicação da pesquisa (janeiro/ abril/julho/outubro); Pedidos em carteira, pergunta respondida pelas empresas que adotam este sistema. A resposta é dada em número de semanas para o atendimento, em regime normal de produção. 8. Todas as perguntas que se baseiam em comparações tomam o trimestre anterior como referência. Com isto, os dados tornam-se fortemente influenciados pela sazonalidade. Este procedimento, entretanto, assegura maior fidelidade das respostas uma vez que a pesquisa, sendo qualitativa, se funda, em boa parte, na memória do informante. A única exceção a este princípio geral fica por conta da pergunta sobre a situação dos negócios nos seis meses seguintes. Neste caso, a comparação é com o mesmo período do ano anterior. 9. As respostas individuais são ponderadas segundo pessoal e vendas, conforme o esquema a seguir: II

4-5 de dezembro de 2 Questões relativ elativas as à empresa: esa: Emprego - total de pessoal ocupado na empresa Capacidade - vendas totais da empresa Limites à produção - vendas totais da empresa Questões relativ elativas as aos produtos: Produção Demanda Estoques Preços Situação dos negócios Pedidos em carteira Demanda externa - vendas externas do produto i Demanda interna - vendas internas do produto i Os dados necessários aos cálculos destas ponderações fazem parte do cadastro das empresas informantes e são atualizados anualmente. 1. A Sondagem utiliza o sistema CAE (classificação de atividades econômicas). Além do dado apresentado para o total da indústria de transformação, os resultados se desdobram em: 4 setores (1 dígito) 21 gêneros (2 dígitos) 121 ramos (3 dígitos - até 9 ramos por gênero) A Sondagem prevê também a consolidação de resultados segundo: Estados (27) Regiões Geoeconômicas (5) Brasil 11. A divulgação da Sondagem tem início dentro do próprio mês de realização, por meio de um relatório com os resultados agregados. Nesta fase, já se tem mais de 8% do número de empresas apuradas que representam mais de 9% do volume de vendas. O relatório é divulgado através de: Vendas totais do produto i - E-mail para lista de cadastrados. O cadastramento é livre e deve ser solicitado pelo endereço: sondagem@fgv.br As séries completas fazem parte do Banco de Dados da FGV, que pode ser acessado pelo site: http://fgvdados.fgv.br As consultas estão disponíveis apenas para assinantes. Resultados setoriais são divulgados aproximadamente 2 dias após a divulgação dos dados gerais, também por meio de coletiva, embora não haja um formato padrão de relatório. 12. O processo de coleta de dados é feito através de questionários em papel e pela Internet. Neste segundo caso, há um site específico dentro do site geral da FGV, cujo acesso exige código e senha. A pesquisa pela Internet foi iniciada este ano e conta no momento com a adesão de 35 empresas. 13. Embora as perguntas tenham, geralmente, três opções de proposta, usa-se o saldo, isto é, a diferença em pontos percentuais entre as opções extremas (maior/menor, melhor/pior, forte/fraca, etc...) como indicador de tendência. 14. Na preparação dos relatórios são feitas algumas opções analíticas: A análise geralmente se desenvolve ao longo das peculiaridades de cada variável. Não são usadas agregações de variáveis como índices de confiança, de expectativas ou de sentimento empresariais. Por analogia, a Sondagem é como uma bateria de exames, que permite várias combinações de resultados. Já foram feitos, sem muito sucesso, exercícios com o objetivo de usar dados qualitativos para a previsão de séries quantitativas. Ao invés de insistir, ao menos por ora, neste caminho, parece mais indicado estabelecer um canal direto com o policy maker ou o executivo do setor privado, potenciais usuários, de modo a que incluam resultados qualitativos em seus modelos de decisão. - Entrevista coletiva à imprensa - Site na Internet: http://www.fgv.br/ibre/ceae/arq/indtrans.pdf III

4 a 5 de dezembro de 2 15. Exemplos de resultados Emprego Em julho de 1999, as previsões acerca do nível de emprego indicavam estabilidade, após quatro anos seguidos de intenções líquidas de demissão que sempre se verificaram. Esta mudança de tendência foi posteriormente confirmada pelas estatísticas. 12 Saldo das Respostas (p.p.) Aumento -12-24 Redução -36 1ºTrim/1995 4ºTrim/1996 3ºTrim/1998 2ºTrim/2 Fonte:FGV Observ ado Prev isto Situação dos Negócios e Produção Industrial Antes mesmo da mudança no emprego se materializar, os empresários já emitiam sinais de melhoria no clima dos negócios em abril de 1999. Ao final do trimestre abril-junho, a redução no ritmo de queda na produção industrial validava a mudança de expectativa entre os empresários, captada através da variável situação dos negócios em seis meses. 7 35-35 -7 p.p. Situação dos Negócios - 6 meses Produção Industrial - IBGE 1ºTrim/1998 2ºTrim/1999 3ºTrim/2 % a.a. 1 5 (5) (1) Nota : Escala Direita : Produção Industrial : Variação em relação ao mesmo trimestre do ano anterior Fonte:FGV O atual ciclo de fortalecimento da demanda, quando comparado a episódios anteriores, se diferencia pelo maior gradualismo e, em consequência, maior sustentabilidade. Forte Fraca 6 4 2-2 -4-6 Nível da Demanda Pontos Percentuais Plano Real Desv alorização do Real Plano Cruzado Jan Abr Jul Out Jan Abr Jul 1986/1987 1994/1995 1999/2 Nota: Saldo das respostas. Fonte: FGV Utilização da Capacidade Instalada 95 % O nível de utilização da capacidade instalada, medido para as grandes e médias empresas, supera sistematicamente o relativo às pequenas por 1 a 15 pontos de percentagem. 8 65 5 1ºTrim/1995 4ºTrim/1996 3ºTrim/1998 2ºTrim/2 Indústria MPIs Fonte : FGV IV