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Transcrição:

Relatório Anual de Sustentabilidade 2012

A QGEP é a única empresa privada brasileira a operar na área de exclusão do présal brasileiro. Fomos a primeira empresa do Grupo Queiroz Galvão a abrir capital no Brasil e temos orgulho de atuar com responsabilidade corporativa, segurança operacional e comprometimento socioambiental. No decorrer deste relatório, você saberá mais detalhes da QGEP e de seu segmento de atuação, bem como informações de projetos, desafios e oportunidades aproveitadas por ela ao longo de 2012. Além disso, por meio de uma linha do tempo, disponível no site www.qgep.com.br, é possível conhecer a trajetória da QGEP e um pouco da história da exploração de petróleo no Brasil.

2 PERFIL CORPORATIVO Perfil corporativo GRI 2.1 2.3 2.5 2.6 2.7 2.8

3 Ferramentas específicas de gestão norteiam a atuação da QGEP com relação a aspectos de segurança operacional, impactos socioambientais e bem-estar dos profissionais A QGEP Participações S.A. é uma empresa do Grupo Queiroz Galvão criada em 2010 a partir da reestruturação da então Queiroz Galvão Óleo e Gás S.A. (QGOG), quando foram separadas as atividades da nova empresa daquelas relacionadas a serviços de perfuração (fornecimento de sondas, afretamento de plataformas e outros serviços). Controladora da Queiroz Galvão Exploração e Produção S.A. (QGEP), foi concebida com o objetivo de permitir maior crescimento no segmento de exploração e produção, com foco no perfil de investimento desse negócio. Além dessa missão, a QGEP nasceu com mais um desafio: ser a primeira empresa do Grupo de capital aberto, com ações negociadas no Novo Mercado da BM&FBovespa desde fevereiro de 2011. Com direito de concessão de nove Blocos Exploratórios nas Bacias de Santos, Campos, Jequitinhonha e Camamu-Almada, a Companhia é, entre as empresas brasileiras independentes, pioneira na obtenção da qualificação como operador A, tendo permissão para operar em todos os ambientes exploratórios no Brasil, de terra a águas ultraprofundas. A Companhia é a maior de controle privado em seu setor, considerando a produção diária anualizada em barris de óleo equivalente, de acordo com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Possui um ativo em produção, o Campo de Manati, localizado no litoral baiano, na Bacia de Camamu, no qual detém participação majoritária no consórcio de 45%. A operação desse Campo de gás cabe à Petrobras, com quem a QGEP tem um contrato de longo prazo para a venda da produção. Em 2012, o Campo de Manati teve produção média diária de 6,1 milhões de metros cúbicos de gás, tendo sido considerado um dos Campos brasileiros de maior produção no ano. A receita proveniente do Campo de Manati confere um fluxo de caixa robusto e estável, que permite investimentos na exploração e no desenvolvimento de outros Blocos. Ao longo do último ano, a QGEP manteve seu foco no planejamento das atividades futuras, principalmente aquelas relacionadas ao desenvolvimento do Campo de Atlanta, cujas contratações para o Sistema de Produção Antecipado tiveram início ainda em 2012. A Companhia conta com um time de 91 profissionais que gerenciam atividades corporativas na sede do Rio de Janeiro (RJ) e no escritório em Salvador (BA).

4 PERFIL CORPORATIVO Vantagens competitivas Portfólio de alta qualidade, balanceado e diversificado Parceria estratégica com a Petrobras Posição financeira privilegiada com significativo fluxo de caixa e sem endividamento Equipe técnica altamente qualificada Experiência, reputação e prestígio de mais de três décadas do Grupo Queiroz Galvão no setor de petróleo e gás natural Ainda em fase exploratória, um de seus prospectos mais promissores é o de Carcará, localizado no Bloco BM-S-8 na zona de exclusão do pré-sal da Bacia de Santos, cuja perfuração concluída em 2012 identificou uma coluna de 471 metros de óleo de excelente qualidade. Essa descoberta transformadora para o negócio deverá entrar em produção no fim desta década. Desde sua criação, uma das maiores preocupações da QGEP é ter excelência nas questões que envolvem segurança operacional e impactos no meio ambiente e sociedade, além da promoção da saúde e do bem-estar dos profissionais. Para contribuir com o gerenciamento desses aspectos, adota o Sistema de Gestão Integrado (SGI), que segue os princípios das normas da International Standards Organization (ISO), e o Regulamento Técnico do Sistema de Gerenciamento de Segurança Operacional (SGSO) da ANP, entre outros. PRINCIPAIS INDICADORES (EM R$ MILHÕES, EXCETO QUANDO INDICADO) 2012 2011 Receita operacional bruta 586,1 372,0 Receita operacional líquida 462,3 289,0 Lucro operacional 40,0 36,9 Lucro por ação (R$) 0,31 0,36 Patrimônio líquido 2.227,8 2.175,8 Investimentos em proteção ambiental 1 1,6 9,5 Volume de reservas (milhões de barris de óleo equivalente) 56,8 70,2 Produção de gás (milhões de m 3 ) 2 1.011 675 1. A redução é decorrente do fato de não ter havido operação em 2012. 2. Referente à parcela de 45% da QGEP no Campo de Manati.

5 Diretrizes organizacionais GRI 4.8 Princípio do Pacto Global 1, 6 e 10 Visão Crescer consistentemente para até 2020 estar entre as três maiores companhias brasileiras produtoras de óleo e gás e ser reconhecida pela sociedade por sua gestão transparente e responsável. Missão Atuar com segurança e de forma ética e sustentável na exploração e produção de petróleo e gás, gerando resultados e contribuindo para o desenvolvimento das áreas onde operamos, respeitando as necessidades de todos os nossos públicos de interesse.

Mensagem do diretor-presidente GRI 1.1 1.2 Suportado pela demanda do setor de serviços e das residências, o consumo de energia elétrica no Brasil cresceu 3,5% em 2012, o que proporcionou um incremento na produção de gás na ordem de 7% no Brasil. Para a QGEP, esse crescimento produtivo foi percebido no Campo de Manati, o maior Campo em produção no país no último ano, com volume médio diário de 6,1 milhões de metros cúbicos por dia. As palavras de ordem em 2012 para a QGEP foram, de fato, planejamento, estruturação dos projetos em desenvolvimento, estudo de novas oportunidades no mercado e preparação para enfrentar os desafios operacionais dos próximos anos. A nossa posição financeira privilegiada, com baixo nível de endividamento e fluxo de caixa positivo e os recursos captados no IPO em 2011 estão disponíveis para investimentos estratégicos. Desenvolvemos nosso trabalho utilizando as melhores tecnologias disponíveis e profissionais altamente qualificados, para que essas novas operações sejam um sucesso e coloquem nossa companhia em outro patamar no cenário de óleo e gás no Brasil. No entanto, faz parte do nosso universo setorial um certo nível de risco, compensado na Companhia pelo diversificado portfólio de ativos, foco em segurança e dedicação para avaliação de novos prospectos. Além disso, a postura transparente da QGEP continuou fortalecendo o nosso relacionamento com o mercado, impactando positivamente a credibilidade de nossa companhia e, consequentemente, de nossos papéis. Em 2012, deparamo-nos com o insucesso do poço Ilha do Macuco, cuja perfuração não comprovou zonas potencialmente produtoras. Esse tipo de situação faz parte da nossa realidade, mas, com o bom desempenho do Campo de Manati, obtivemos resultados excelentes no ano, com boas perspectivas. Registramos em 2012 receita líquida da ordem de R$ 460 milhões, fluxo de caixa operacional recorde de R$ 254 milhões e lucro líquido de R$ 82 milhões.

7 Adquirimos também participação no Bloco BM-C-27, na Bacia de Campos. Essa aquisição reforça a estratégia da QGEP de expandir e diversificar seu portfólio exploratório, com ativos de alta qualidade. A entrada na Bacia de Campos, maior produtora de óleo do Brasil, tendo a Petrobras como operadora dos Blocos, muito vai alavancar nossas operações. Concluímos também a perfuração do poço Carcará, do Bloco BM-S-8 da Bacia de Santos, e os resultados obtidos foram extremamente promissores. Para 2013, está previsto o início da perfuração dos poços do Campo de Atlanta, onde a QGEP é operadora, com a produção do primeiro óleo prevista para o início de 2015. O volume in situ nessa área, que inclui o Campo de Oliva, é da ordem de 2,1 bilhões de barris de óleo equivalente. A sua localização na zona de exclusão do pré-sal demonstra o acerto da estratégia da QGEP na aquisição desse ativo e, consequentemente, na diluição dos riscos do nosso negócio. A QGEP utiliza as melhores tecnologias disponíveis, com investimentos em pesquisa e profissionais altamente qualificados, para que as novas operações sejam assertivas e agregadoras de valor ao nosso portfólio Ainda nesse Bloco, está em preparação uma perfuração para objetivos no pré-sal, que será iniciada em 2014. Nossos avanços operacionais, aliados aos valores do Grupo Queiroz Galvão, com o suporte contínuo do nosso Conselho de Administração, têm nos permitido implementar nossa estratégia de crescimento, sempre com foco no respeito e na transparência com todos os nossos públicos, na atuação ambientalmente correta e na segurança operacional, de acordo com os dez princípios do Pacto Global, do qual somos signatários. Temos confiança de que estamos preparados para dar continuidade à nossa já bem sucedida estratégia, gerando valor para toda a sociedade e contribuindo para o desenvolvimento do país. Um abraço. LINCOLN RUMENOS GUARDADO DIRETOR-PRESIDENTE

Mensagem do presidente do Conselho de Administração GRI 1.1 1.2 A atuação da QGEP no ano de 2012 foi marcada pelo investimento na identificação e desenvolvimento de novos ativos. Esse esforço se faz necessário para que possamos aproveitar plenamente as oportunidades de expansão no mercado, especialmente as perspectivas de exploração do pré-sal. Por meio da nossa operação em águas profundas do pré-sal, exercemos nossa qualificação como operador A e temos desenvolvido nossa equipe de tecnologia para aprimorarmos a eficiência e segurança em todas as nossas atividades. O crescimento da produção de óleo e gás no mundo vem sendo conseguido pelas inovações que facilitam a comprovação de reservas de hidrocarbonetos, reduzindo o nível de incerteza característico do setor. O Brasil, com a descoberta do pré-sal, saltou de patamar no cenário internacional e deve duplicar sua produção de petróleo até 2020, segundo os dados que temos disponíveis. Estamos certos de que contribuiremos ainda mais com esse cenário a partir de 2018, com o início da produção de Carcará, no Bloco BM-S-8, como foi previsto pelo operador. Essa é uma descoberta transformacional para a Companhia, já que os dados obtidos pela perfuração comprovam que existem 471 metros de coluna de óleo de excelente qualidade, a maior coluna já descoberta no pré-sal. Esses dados, somados à experiência do operador, permitem estimar que os reservatórios, na descoberta, têm um alto potencial de vasão. No Bloco BS-4, onde somos o operador, a obtenção do primeiro óleo está prevista para o início de 2015 no Campo de Atlanta, por meio de um sistema de produção antecipada. Entre nos-

9 Entre nossos principais desafios está a busca contínua pela utilização de inovações tecnológicas que permitam o melhor aproveitamento de nossos ativos sos principais desafios está a busca contínua pela utilização de inovações tecnológicas que permitam o melhor aproveitamento dos nossos ativos. O maior fator de recuperação do poço, a alternativa de escoamento, o aproveitamento do gás natural e a redução dos custos de produção são alguns dos temas nos quais nossos profissionais têm empenhado mais esforços. Outro desafio a superar é a formação de mão de obra qualificada para as novas operações. Para isso, temos como prática de sucesso nosso modelo de gestão de pessoas, com base no intercâmbio de experiência e conhecimento entre jovens talentos e profissionais experientes e reconhecidos no setor. Temos como diferencial nossa estrutura e nossas políticas de governança corporativa, aderentes às regras do Novo Mercado, o mais alto nível de go- vernança da BM&FBovespa. Complementamos esse perfil transparente e responsável com a solidez e o reconhecimento do grupo Queiroz Galvão, que tem 60 anos de atuação em setores fundamentais para o desenvolvimento do país como construção civil, siderurgia e energia. Essa combinação harmoniosa de competências e estratégias nos faz acreditar que caminhamos a passos largos rumo à nossa visão de até 2020 sermos uma das mais importantes companhias brasileiras de óleo e gás, reconhecida pela sociedade por sua gestão transparente e responsável. ANTÔNIO AUGUSTO DE QUEIROZ GALVÃO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA QGEP

Sobre este relatório GRI 2.9

11 Neste Relatório, a QGEP adotou as diretrizes da GRI e se manteve alinhada ao Pacto Global para apresentar informações transparentes aos seus públicos de relacionamento Pelo segundo ano consecutivo, a Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP) publica seu Relatório Anual de Sustentabilidade alinhado às diretrizes da Global Reporting Initiative (GRIG-3.1). A adoção desse modelo de relatório tem o objetivo de fornecer informações precisas a nossos públicos de interesse e fazer com que a comparação com anos anteriores seja facilitada. Neste ano, a QGEP evoluiu o nível de aplicação das diretrizes GRI para B, incluindo também indicadores setoriais de óleo e gás, e realizou pela primeira vez o processo de GRI check, etapa em que a GRI verifica se os indicadores foram respondidos de forma adequada. GRI 3.2 3.3 3.13 A Companhia é signatária do Pacto Global desde 2011, iniciativa da ONU que reúne empresas dispostas a alinhar suas operações e estratégias a dez princípios universalmente aceitos nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e corrupção. As ações da QGEP relacionadas a esses princípios, já desenvolvidas antes da adesão, assim como seu aprimoramento e as novas iniciativas implementadas em 2012 são descritas ao longo do Relatório. A correlação entre GRI e Pacto Global também é apresentada no índice remissivo. As informações aqui relatadas descrevem os projetos, desafios e resultados encontrados no exercício de 2012. Os dados econômico-financeiros abrangem toda a Companhia, enquanto os socioambientais referem-se apenas aos Blocos em que a QGEP atua como operador. Variações significativas nos dados quantitativos são, em sua maioria, devidos à ausência de atividades operadas pela QGEP no ano. Em 2011, a QGEP operava o Bloco BM-J-2, porém em 2012 só teve produção no Campo de Manati, operado pela Petrobras. Quando alguma informação referir-se a apenas parte das operações da Companhia, esse limite de escopo estará sinalizado. GRI 3.1 3.6 3.7 3.8 3.10 3.11 As demonstrações contábeis anexadas a este Relatório, assim como os dados contábeis apresentados ao longo do texto, estão de acordo com o International Financial Reporting Standards (IFRS) e foram auditadas pela Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes. A seleção de quais temas aprofundar no relato foi feita com base na matriz de materialidade elaborada em 2011. GRI 3.9 Neste Relatório, a sigla QGEP será usada para tratar da QGEP Participações S.A. e sua controlada Queiroz Galvão Exploração e Produção S.A.

12 PERFIL CORPORATIVO O Relatório Anual de Sustentabilidade 2012 da QGEP está disponível nas versões on-line e em PDF, nos idiomas português e inglês. Em caso de dúvidas ou comentários, entre em contato com a Companhia pelo e-mail qgep@qgep.com.br. MATRIZ DE MATERIALIDADE GRI 3.5 4.14 4.15 4.17 A fim de prestar contas de forma transparente a seus públicos de relacionamento comunidade local, sociedade civil, clientes, acionistas, provedores de capital, fornecedores, colaboradores, sindicatos e órgãos do governo a Queiroz Galvão Exploração e Produção consultou representantes desses públicos para definir quais temas retratar na publicação. Diversos públicos de relacionamento foram consultados para a elaboração deste documento A matriz de materialidade realizada em 2011 (disponível para consulta no relatório anterior em www.qgep.com.br) definiu temas materiais incorporados ao relato daquele ano e à gestão da Companhia. Avanços da gestão nesses aspectos são destacados neste relatório, com a adição inclusive de novos indicadores GRI. Prezando pela clareza e tempestividade das informações, o relatório tem como foco as iniciativas de 2012 e apresenta aspectos de contexto e perfil setoriais para facilitar o entendimento de públicos não especializados.

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2012 13

Índice 16 24 30 Governança corporativa Estratégia Operação

46 62 Desempenho socioambiental Desempenho econômico-financeiro Glossário 68 Demonstrações Contábeis 74 Índice remissivo GRI 124 Informações corporativas 136 Créditos 136

16 Governança corporativa GRI 4.1

17 A Companhia integra o Novo Mercado e adota princípios de transparência, equidade e prestação de contas em sua gestão A Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP) é a única empresa do Grupo Queiroz Galvão constituída como uma sociedade anônima de capital aberto, incorporando em sua gestão a observância de elevados padrões de governança às sólidas bases éticas do conglomerado. A governança corporativa da QGEP cabe à QGEP Participações S.A. e observa os princípios de transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa recomendados pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). A Companhia ainda atende às melhores práticas de mercado ao integrar o Novo Mercado da BM&FBovespa. Os dez princípios do Pacto Global são também importantes direcionadores da governança. A estrutura de governança corporativa é responsável pela tomada de decisões de investimento e pelo monitoramento da relação da Companhia com seus públicos de relacionamento, o que assegura a contínua geração de valor e o desenvolvimento sustentável dos negócios. 63% 7% 30% Queiroz Galvão S.A. FIP Quantum 1 Ações em circulação 100% QGEP Participações S.A. 2 Queiroz Galvão Exploração e Produção S.A. 1 Fundo de investimento em participações cuja carteira é gerida e administrada pela Oliveira Trust Servicer S.A. Os quotistas do FIP Quantum são os mesmos acionistas da holding. A distribuição das quotas do FIP Quantum obedece exatamente à proporção da holding. 2 Controladora direta da QGEP, que incorporou em 2012 a Manati S.A. O presidente do Conselho de Administração da Queiroz Galvão Participações S.A. integra o Conselho de Administração da Queiroz Galvão S.A.

18 GOVERNANÇA CORPORATIVA CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO GRI 4.3 O Conselho de Administração é formado por sete membros, sendo dois conselheiros independentes (representantes dos acionistas minoritários), todos eleitos em Assembleia Geral Ordinária. Entre outras atribuições, define as políticas e as estratégias de longo prazo e supervisiona a gestão da Diretoria. O período de mandato dos membros é de dois anos, com a possibilidade de reeleição. Seguindo uma boa prática de governança corporativa em acordo com o regulamento do Novo Mercado, o presidente do Conselho não faz parte da composição da Diretoria. A QGEP não tem comitês ligados ao Conselho, mas analisa sua implementação a partir de 2013. GRI 4.2 Colaboradores e acionistas contam com o suporte da área de Relações com Investidores para enviar sugestões e demandas ao Conselho. Acionistas minoritários têm ainda um canal direto de contato com o órgão por meio do canal Fale com RI, disponível no site de Relações com Investidores da Companhia. Ao longo do ano, não houve demandas específicas ao Conselho, e, daquelas encaminhadas à área de RI, os principais assuntos estavam relacionados a distribuição de dividendos, portfólio da QGEP, perspectivas de crescimento e desempenho das ações. Em 2013, a Companhia estuda abrir um canal de comunicação direta com os conselheiros. Para mais informações sobre o Conselho, acesse o Estatuto Social em www.qgep.com.br/ri. GRI 4.4 Em conformidade com a Lei das Sociedades por Ações, os membros do Conselho de Administração estão proibidos de votar em qualquer reunião ou assembleia ou ainda de atuar em qualquer operação ou negócios nos quais tenham um conflito de interesses com a Companhia. Ainda eventuais decisões a serem tomadas pelo Conselho de Administração sobre transações com partes relacionadas, conforme definido na legislação aplicável, devem ser aprovadas com o voto afirmativo dos conselheiros independentes da Companhia. GRI 4.6 A governança corporativa da QGEP está em constante evolução, e um dos avanços obtidos em 2012 foi a implementação de uma política de remuneração para a diretoria atrelada ao desempenho da Companhia. As variáveis que compõem essa parcela estarão vinculadas a um grupo de indicadores financeiros e de desempenho, submetidos ao monitoramento constante do Conselho de Administração, cujos membros não têm direito ao benefício. GRI 4.5 O total da remuneração de conselheiros e diretores no último exercício atingiu R$ 2,1 milhões, recebidos por meio da controladora QGEP Participações S.A. O montante destinado ao Conselho de Administração foi de R$ 843 mil e à Diretoria, R$ 1,2 milhão. O total da remuneração de diretores no último exercício atingiu R$ 14,7 milhões recebidos por meio da controlada Queiroz Galvão Exploração e Produção S.A., sendo 20% desse montante remuneração fixa, 42% remuneração variável, 26% bônus de transição ou por cessação do cargo e 12% de remuneração baseada em ações. A QGEP dispõe ainda de um plano de remuneração baseado em opções de compra de ações ordinárias. Os programas referentes ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2012 concederam aos diretores e conselheiros 1.568.958 opções para a compra de ações ordinárias, 0,59% do capital social da Companhia. Essa política estimula o aprimoramento da administração no curto prazo, contribuindo para atrair, motivar e assegurar a permanência de profissionais qualificados na administração e alinhar os interesses da QGEP ao de seus acionistas.

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2012 19 GRI 4.9 Políticas do Conselho de Administração Política de Remuneração: tem base na valorização, no desenvolvimento e na retenção de seus colaboradores. A QGEP estuda a adoção de um plano de participação nos lucros e resultados com base em critérios sociais, ambientais e econômico-financeiros e operacionais. Política de Divulgação de Ato ou Fato Relevante: determina a disseminação de informações claras aos investidores por meio dos canais de comunicação da QGEP e da divulgação em jornais de grande circulação, com repúdio a qualquer prática contrária à equidade na divulgação de resultados e movimentos estratégicos. Política de Negociação de Valores Mobiliários: define regras para a negociação de valores mobiliários de emissão da QGEP para assegurar as práticas de boa conduta e a prevenção de informações privilegiadas. Política de Gestão de Riscos de Mercado: formaliza as medidas de mitigação da exposição a riscos de mercado, como taxas de juros. Uma das principais metas a ser atingida até 2014 é o contínuo engajamento de seus conselheiros sobre a temática da sustentabilidade, por meio de eventos internos específicos. Essa iniciativa inclui a construção de uma política de seleção dos membros do Conselho de Administração que determine com clareza as exigências de qualificação necessárias. GRI 4.7 4.10 Nas 8 reuniões realizadas em 2012, foram aprovados, entre outros, as demonstrações financeiras trimestrais e anual, o Código de Conduta Ética da Companhia, elaborado ainda em 2011, e a aquisição de ações para lastrear o programa de opção de compra de ações. Além disso, o órgão realizou o acompanhamento orçamentário e conduziu processos de mudanças na Diretoria da QGEP. O envolvimento dos conselheiros fica evidente no índice de participação de 98% nas reuniões do ano. MEMBROS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO* Antônio Augusto de Queiroz Galvão Ricardo de Queiroz Galvão Maurício José de Queiroz Galvão José Augusto Fernandes Filho Leduvy de Pina Gouvêa Filho José Luiz Alquéres Luiz Carlos de Lemos Costamilan * Os currículos dos membros do Conselho de Administração estão disponíveis em www.qgep.com.br/ri. Presidente Vice-Presidente Membro Membro Membro Conselheiro independente Conselheiro independente

DIRETORIA A Diretoria é responsável pela condução dos negócios e pela implementação das políticas e diretrizes definidas pelo Conselho de Administração. É formada por quatro membros designados pelo Conselho com mandato de dois anos, sendo permitida a reeleição. Em 2012, o então diretor de Exploração, Lincoln Rumenos Guardado, assumiu a posição de diretor-presidente em um processo sucessório estruturado desde 2011. Em seu lugar, foi nomeado Sergio Michelucci, anteriormente gerente de Projetos Exploratórios. Para mais informações sobre a Diretoria, acesse o Estatuto Social em www.qgep.com.br/ri. Um dos avanços obtidos em 2012 foi a implementação de uma política de remuneração para a diretoria atrelada ao desempenho da Companhia MEMBROS DA DIRETORIA Lincoln R. Guardado Sergio Michelucci Paula Costa Corte-Real Danilo Oliveira Diretor-Presidente Diretor de Exploração Diretora Financeira e de Relações com Investidores Diretor de Produção

21 RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2012 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL Diretoria Geral Gerência de SMS Gerência Jurídica Gerência de Negócios Gerência de Gestão de Processos e Organização Coordenação de Comunicação e Sustentabilidade Diretoria de Exploração Diretoria de Produção Diretoria Financeira e de Relações com Investidores Gerência de Aquisição de Dados Geológicos Gerência de Perfuração Gerência de Relações com Investidores Gerência de Estudos Regionais e Portfólio Gerência de Logística Gerência de Controladoria Gerência Geofísica e Geologia de Desenvolvimento Gerência de Reservatório Gerência de Recursos Humanos Gerência de Projetos Exploratórios Coordenação de Projetos Gerência Financeira Gerência Administrativa

22 GOVERNANÇA CORPORATIVA GRI 2.10 Destaques do ano Reconhecimento A Associação dos Analistas e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais (Apimec SP) elegeu a reunião pública da QGEP realizada em dezembro de 2011 como uma das 10 melhores da Regional no ano. Essa seleção é feita por um júri com base na tabulação das avaliações dos profissionais de investimento realizadas no fim de cada reunião Apimec SP. Os jurados avaliaram 136 reuniões promovidas no período. Transparência Em maio, a QGEP participou pelo segundo ano consecutivo do Rio Investors Day, que reuniu executivos das principais empresas de capital aberto, representantes dos governos federal, estadual e municipal e investidores nacionais e internacionais. A Companhia também apoiou a iniciativa como patrocinadora. RELAÇÕES COM INVESTIDORES O relacionamento da QGEP com acionistas e investidores é pautado pela transparência e conduzido pela área de Relações com Investidores. Entre as diretrizes das atividades dessa área, destacam-se as Políticas de Divulgação de Ato ou Fato Relevante e Negociação de Valores Mobiliários. Além disso, a Companhia procura atender de maneira equânime aos interesses de todos os seus acionistas. Em 2012, a área de RI participou de 163 reuniões individuais com acionistas e investidores e de 16 conferências no Brasil e no exterior, tendo contatado mais de 800 investidores no ano. Adicionalmente, a área promoveu uma reunião pública em parceria com a Associação dos Analistas e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais (Apimec SP), com a presença de diretores da Companhia, para apresentar resultados e perspectivas do negócio. Em 2013, a Companhia pretende reformular seu site, integrando o conteúdo de RI com o institucional, tornando o site mais moderno e acessível a todos os públicos de interesse. Essa iniciativa partiu da análise de estudos realizados para avaliar a percepção dos investidores e sua satisfação com as ferramentas disponibilizadas pela QGEP para fortalecer esse relacionamento. A QGEP tem por meta atingir 100% de formalização em acordos e contratos com a inclusão de cláusulas referentes à defesa dos direitos humanos até 2014

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2012 23 DIREITOS HUMANOS GRI 4.8 Princípio do Pacto Global 1, 6 e 10 O Código de Conduta Ética da Queiroz Galvão Exploração e Produção foi elaborado em parceria com seus profissionais em 2011. Não se trata de um código regido por normas e procedimentos, mas sim de um que expressa o comportamento de profissionais comprometidos com a Companhia e seus princípios. Estruturado em seis princípios, defende o aprimoramento dos profissionais, a gestão participativa, a postura ética e transparente, a busca por resultados e superação de desafios, a promoção do bem-estar e o compromisso com a sustentabilidade. O Código está disponível na íntegra em www.qgep.com.br, na seção Quem Somos. Desempenho no mercado de capitais Preço da ação em 31 de dezembro de 2012: R$ 13,12 Valor de mercado: R$ 3,5 bilhões Saiba mais na página 67. Para disseminar o documento entre os colaboradores, foram realizadas ações de endomarketing e palestras sobre ética, que engajaram cerca de 70% dos profissionais da empresa durante a Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT). A promoção do respeito aos direitos humanos é ainda fortalecida pelo compromisso com o Pacto Global, da Organização das Nações Unidas, e com o Pacto Nacional pela Erradicação da Mão de Obra Escrava, criado pelo Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, a Organização Internacional do Trabalho e a ONG Repórter Brasil. GRI 4.12 Os contratos de investimentos significativos contabilizados como ativo imobilizado com valor acima de R$ 200 mil ou equivalente são elaborados segundo critérios do International Financial Rerporting Standards (IFRS), com cláusulas referentes ao cumprimento de condições trabalhistas, acidentes de trabalho, seguro de vida e acidentes pessoais, proteção ao meio ambiente e responsabilidade social. Dos 4 contratos firmados em 2012, 2 incluíram aspectos de direitos humanos. A Companhia tem por meta atingir 100% de formalização em acordos e contratos com a inclusão de cláusulas referentes à defesa dos direitos humanos até 2014. GRI HR1 Já na gestão de fornecedores, a QGEP inclui cláusulas relacionadas ao tema desde sua criação. No ano, 65,38% dos contratos firmados abordavam aspectos relacionados a saúde, meio ambiente e segurança, licenças ambientais, condições de trabalho e obrigações fiscais e trabalhistas. Dos 26 contratos com fornecedores, 17 continham cláusulas referentes a direitos humanos. GRI HR2

24 Estratégia

25 Novas oportunidades e parcerias estratégicas poderão colaborar com o aperfeiçoamento de processos produtivos da QGEP O crescimento da Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP) está pautado na ampliação do portfólio e no amadurecimento dos ativos. Para isso, a Companhia intensificará a busca de novas oportunidades e projetos exploratórios, com foco no Brasil, sobretudo em bacias produtoras e emergentes. A Companhia ainda visa fortalecer parcerias estratégicas que contribuam para a mitigação de riscos e o aprimoramento de seu conhecimento sobre os processos produtivos da cadeia de exploração e produção. A QGEP pretende estar entre as três maiores companhias brasileiras produtoras de óleo e gás natural até 2020, sendo reconhecida pela sociedade por sua gestão transparente e responsável. Entre os principais desafios operacionais previstos nesse período estão o desenvolvimento do Campo de Atlanta e futuramente da descoberta de Carcará. A capacidade de investimento da Companhia é um insumo importante para assegurar a implantação dessa estratégia. O Capex (investimentos que serão realizados em equipamentos e instalações) estimado para 2013 e 2014 é de US$ 155 milhões e US$ 360 milhões, respectivamente. Para os próximos períodos, a QGEP prevê o incremento desse montante a fim de continuar o desenvolvimento de Atlanta e da perfuração de poços exploratórios nas bacias de Campos, Santos e Camamu-Almada. CAPEX LÍQUIDO PARA QGEP (US$ MILHÕES) CAPEX LÍQUIDO PARA QGEP (US$ MILHÕES) 360 78 360 8 55 22 40 155 45 110 2013 2014 282 Desenvolvimento Exploração 155 5 45 10 25 70 2013 2014 78 70 62 25 Outros BM-CAL-5 BS-4 (Desenvolvimento SPA) BM-S-8 BM-S-12 BM-C-27 BM-CAL-12 BS-4 (Exploratório) BM-J-2

26 ESTRATÉGIA GESTÃO ESTRATÉGICA DE RISCOS GRI 1.2 4.11 Princípio do Pacto Global 7 O gerenciamento de riscos da QGEP é baseado na Política de Gestão de Riscos de Mercado, aprovada pelo Conselho de Administração em 2011, a fim de formalizar as medidas elegíveis de mitigação de exposição aos riscos de mercado não inerentes à atividade de exploração e produção de óleo e gás, entre eles o risco cambial. Determina ainda condições e limites para o uso de instrumentos derivativos, que só poderão ser contratados com o objetivo de hedge. A avaliação de riscos é feita por um grupo de trabalho formado por profissionais de diversas áreas da Companhia, ouvindo especialistas de mercado e prestando contas à Diretoria e ao Conselho de Administração. No que diz respeito aos blocos por ela operados, a Companhia utiliza as metodologias reconhecidas na indústria, tais como Análise Preliminar de Riscos (APR) e Hazard and Operability Study (HAZOP). Além disso, são realizadas vistorias periódicas nas companhias prestadoras de serviços, incluindo a verificação da Prática de Gestão nº 12 do Regulamento Técnico da Resolução ANP nº 43/07 (Sistema de Gerenciamento

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2012 27 de Segurança Operacional SGSO), que estabelece requisitos para a identificação e a análise de riscos que podem resultar em incidentes. Está prevista para 2013 uma nova estrutura de gerenciamento de incidentes baseada no Incident Command System (ICS). Para acompanhamento e gerenciamento de outros riscos, a Companhia analisa a possibilidade de implementar um comitê específico nos próximos anos. Para mais informações, acesse o Formulário de Referência em www.qgep.com.br/ri na seção Comunicados e Atas/Documentos Entregues à CVM. ATIVOS INTANGÍVEIS Os ativos intangíveis gerenciados pela QGEP são vistos de maneira estratégica. Esses aspectos são fundamentais para o sucesso das iniciativas e dos negócios. Por isso, a Companhia investe continuamente em iniciativas que aprimorem esses ativos. MARCA A trajetória ímpar do Grupo Queiroz Galvão ao longo de 60 anos imprime um valor significativo na reputação da QGEP. A atuação responsável em setores como construção, concessões, energia, empreendimentos imobiliários, agroindústria e siderurgia também está presente na exploração e produção de óleo e gás. Dessa forma, a marca da Companhia está associada a atributos de solidez, responsabilidade e confiabilidade. Além disso, sua presença no mercado de capitais e consequente adoção de práticas de governança somam a esse universo de referências o reconhecimento da transparência na divulgação de informações e no relacionamento com diversos públicos. Principais riscos gerenciados pela QGEP Futuras perfurações podem não ser realizadas ou não produzir petróleo ou gás em quantidade ou qualidade viáveis do ponto de vista comercial. A exploração e a produção de óleo e gás envolvem riscos como vazamentos, explosões em dutos e poços exploratórios e desastres ambientais e geológicos. O fato de não ser operadora na maioria de seus Blocos limita a capacidade da QGEP de controlar as atividades de exploração, o prazo de desenvolvimento, os custos associados e a taxa de produção oriunda de qualquer exploração com sucesso. A perda ou o afastamento de membros da alta administração e da equipe de exploração e produção pode prejudicar o sucesso no futuro. Os projetos estão sujeitos a atrasos e estouros de custos orçados, podendo afetar negativamente operações atuais e futuras. Os preços internacionais de referência e a demanda do petróleo cru e do gás natural podem oscilar por causa de fatores alheios ao controle da Companhia. A indústria de petróleo e gás natural está sujeita à intensa regulamentação e intervenção do governo federal. As variações da taxa de câmbio dólar-real podem ter efeito sobre os itens denominados em dólares ou que tenham o valor em reais indexado ou fortemente influenciado pela cotação da moeda estrangeira.

28 ESTRATÉGIA 260 milhões de barris de óleo compõem o volume recuperável do Campo de Atlanta O fortalecimento da marca ocorre ainda pela participação em importantes feiras e eventos. Em 2012, a QGEP participou da Rio Oil & Gas Expo and Conference, principal evento do setor na América Latina, em parceria com outras empresas do Grupo (Construtora e Óleo e Gás), além do Rio Investors Day. Também contribuiu para a construção do livro Boas Práticas de Responsabilidade Social, publicado pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) e lançado na Rio Oil & Gas. Para 2013, está prevista a readequação dos escritórios e dos websites, em linha com a nova identidade visual desenvolvida, com o intuito de dinamizar ainda mais esses espaços. CAPITAL HUMANO Para a QGEP, o desenvolvimento integral de seu capital humano envolve não apenas o reconhecimento da experiência de seus profissionais, mas também a valorização de novos talentos que acelerem processos inovadores na gestão. Essa união de equipes diferencia a Companhia de seus concorrentes. Para garantir a evolução desse modelo e a manutenção de um ambiente de trabalho propício para obter o melhor de cada colaborador, a QGEP investe no desenvolvimento e na qualificação das pessoas. Além de estabelecer uma contínua política de portas abertas, em 2012 a QGEP lançou sua intranet com um canal de ouvidoria disponível pelo Fale Conosco. Essas iniciativas reforçam o compromisso da empresa com a transparência e os valores expressos em sua visão e missão. INCENTIVO À INOVAÇÃO O investimento constante em metodologias, ferramentas e novos processos para a prospecção e operação de poços são necessários para gerenciar adequadamente o nível de incerteza do negócio. O desenvolvimento de tecnologias inovadoras é incentivado por meio da participação em comitês setoriais e seminários e do diálogo com o mercado e a comunidade científica. No Campo de Atlanta, por exemplo, o desafio da QGEP é fazer a junção de várias tecnologias para explorar o primeiro Campo de águas ultraprofundas com óleo pesado de 14º API em arenito friável. Os elementos necessários para a extração já são utilizados, mas ainda não foram aplicados de maneira conjunta. Para isso, a Companhia montou um corpo técnico com alta competência. A produção do óleo pesado é mais complexa e custosa que a do óleo leve, cuja extração se torna um desafio para muitas companhias. A correta avaliação de viabilidade econômica implica na utilização de ferramentas e tecnologias adequadas e testadas com sucesso nessas acumulações de óleo pesado.

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2012 29 Operado pela QGEP, o Campo de Atlanta apresenta um elevado potencial produtivo, com cerca de 260 milhões de barris de óleo recuperável. Contudo, as características desafiadoras para sua exploração farão com que o projeto seja pioneiro, permitindo que a Companhia e os demais participantes do consórcio comprovem a eficácia da utilização integrada de tecnologias para a perfuração e a completação dos poços do Campo, além de fornecer valiosas informações sobre o comportamento e a produtividade do reservatório e da planta de produção que poderão beneficiar todo o setor. Assim, além de descobrir novos reservatórios, será importante desenvolver aqueles que já foram descobertos, mas que, por limitações tecnológicas para lidar com peculiaridades na qualidade do óleo ou de suas formações geológicas, não foram desenvolvidos. Com a execução do projeto, estima-se a criação de mais de mil empregos indiretos, além de cem empregos terceirizados diretos que serão mantidos durante toda a fase de produção do Campo de Atlanta.

Operação

31 Em 2012, a Companhia fortaleceu seu planejamento voltado ao desenvolvimento de novos projetos, preparando-se para os próximos bids da ANP A prospecção de óleo e gás é caracterizada pelo alto nível de sofisticação de métodos geológicos e geofísicos e de sondagem, de forma que se gerencie adequadamente o nível de riscos inerente à atividade. Por isso, o setor de E&P investe em pesquisa e desenvolvimento de técnicas avançadas para a identificação de prospectos, perfuração e produção. Ainda assim não é possível saber com exatidão a quantidade de petróleo existente. As estimativas de volume de petróleo e gás são projeções e podem ser classificadas como reservas ou recursos provados, prováveis e possíveis, com base em dados geológicos e de engenharia de reservatórios de modo que as reservas provadas apresentem um elevado nível de confiança, as reservas prováveis, um nível mediano de confiança e as reservas possíveis, um baixo nível de confiança. A descoberta de novas jazidas de petróleo e gás em águas ultraprofundas (lâmina d água acima de 1.500 metros) das bacias de Santos, Campos e Espírito Santo abriu uma nova fronteira para a indústria de petróleo e gás natural. O desenvolvimento da camada pré-sal estabeleceu uma nova condição para o Brasil no mercado internacional de petróleo e gás natural, ampliando suas reservas provadas e duplicando a capacidade de produção do país até 2020, com investimentos da ordem de US$ 400 bilhões. A Queiroz Galvão Exploração e Produção fortaleceu em 2012 as atividades de planejamento, estruturação de projetos e estudo de novas oportunidades. O único ativo em produção, o Campo de Manati, em que a Companhia detém 45% de participação, é operado pela Petrobras. Nos últimos anos, os investimentos foram voltados ao desenvolvimento dos prospectos e projetos, incluindo aquisição de dados sísmicos para estudar áreas a serem adquiridas via farm-ins e preparar-se para os próximos bids da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

32 OPERAÇÃO Entenda como acontece o processo de exploração e produção de óleo offshore

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2012 33

34 OPERAÇÃO DISTRIBUIÇÃO DE RESERVAS PROVADAS DE PETRÓLEO 7,4% Europa & Eurasia 11,9% América do Norte 5,8% África 3,6% Ásia-Pacífico 1991 64% Oriente Médio Petróleo De acordo com os últimos dados divulgados no Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis da Agência Nacional do Petróleo (ANP), até 2012 as reservas mundiais de petróleo provadas eram de 1,6 trilhão de barris. Nos últimos 2 anos, o consumo global cresceu 1,5% ao ano, atingindo a marca de 85 milhões de barris por dia. 7,2% América do Sul & Central Total 1.032,7 mil milhões de barris 7,6% África 3,2% Ásia-Pacífico 8,1% Europa & Eurasia 18,2% América do Norte 2001 55,1% Oriente Médio 7,8% América do Sul & Central Total 1.267,4 mil milhões de barris 8,5% Europa & Eurasia 8,0% África 2,5% Ásia-Pacífico 13,2% América do Norte 2011 48,1% Oriente Médio 19,7% América do Sul & Central Total 1.652,6 mil milhões de barris Fonte: BP Statistical Review of World Energy June 2012.

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2012 35 De acordo com a ANP, em 2012 cerca de 200 poços exploratórios foram perfurados no Brasil. No país, a produção diária de petróleo manteve-se em 2 milhões de barris de óleo equivalente e as reservas totais em 1,5 bilhão de barris. A exploração no pré-sal respondeu por 217 mil barris de óleo equivalente (boe)/dia desse total. RESERVAS TOTAIS DE PETRÓLEO NO BRASIL (MILHÕES DE BARRIS) 5% Terra: 1.576,30 95% Mar: 28.505,50 Fonte: Agência Nacional de Petróleo (ANP). Gás As reservas mundiais de gás natural no mundo somavam 208,4 trilhões de metros cúbicos, de acordo com os últimos dados disponíveis até 2012. VOLUME DE PETRÓLEO REFINADO NO BRASIL (MILHÕES DE BARRIS EQUIVALENTES DE PETRÓLEO) 714,6 640,1 654,7 666,5 672,4 687,0 640,8 645,2 657,8 606,8 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Fonte: Agência Nacional de Petróleo (ANP).

36 OPERAÇÃO DISTRIBUIÇÃO DE RESERVAS PROVADAS DE GÁS 7,2% América do Norte 4,0% América do Sul & Central 7,2% África 7,1% Ásia-Pacífico 1991 32,6% Oriente Médio 41,8% Europa & Eurasia Total 131,2 trilhões de m 3 7,8% África 4,6% América do Norte 4,2% América do Sul & Central 7,7% Ásia-Pacífico 2001 42,1% Oriente Médio 33,7% Europa & Eurasia Total 168,5 trilhões de m 3 No Brasil, as reservas de gás natural atingiram 450 bilhões de de m 3. No Brasil, a produção de gás natural foi de 25 bilhões de m 3 em 2012.

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2012 37 7,0% África 5,2% América do Norte 3,6% América do Sul & Central 8,0% Ásia-Pacífico 37,8% Europa & Eurasia 2011 38,4% Oriente Médio Total 208,4 trilhões de m 3 Fonte: BP Statistical Review of World Energy June 2012. PRODUÇÃO DE GÁS NATURAL NO BRASIL (MILHÕES DE BARRIS EQUIVALENTES DE PETRÓLEO) 136,8 133,9 145,3 152,5 163,6 100,0 107,5 112,1 112,2 115,0 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Fonte: Agência Nacional de Petróleo (ANP).

38 OPERAÇÃO PORTFÓLIO DE ATIVOS GRI 2.2 OG1 BACIA DE SANTOS BM-S-12 Situação: em exploração. Lâmina d água: 470 m. Bacia de Camamu Fluído: óleo. Bacia do Jequitinhonha Bacia de Campos Bacia de Santos Consórcio: QGEP 30%; Petrobras (operador) 70%. Ano de descoberta: 2008. Desembolsos totais: R$ 172 milhões em gastos exploratórios despendidos até 2012. Desempenho em 2012: a atividade Bacia de Santos de perfuração no poço Ilha do Ma- RJ cuco não identificou zonas potencialmente produtoras. O consórcio SP Guarujá Ilha Grande solicitou à ANP a revisão do Plano de Avaliação de Descoberta (PAD) realizado no poço Ilha Bela, perfu- Rio Paranapanema Atlanta Oliva rado inicialmente há quatro anos, para a realização de um Teste de PR Rio Paraná Paranaguá BM-S-8 Formação a Poço Revestido (TRF). O consórcio aguarda resposta da ANP; caso seja aprovado, o projeto de reentrada no poço, esperado Porto de Itajaí para 2014, prevê o investimento de cerca de US$ 25 milhões. SC BM-S-12 Próximos passos: o consórcio planeja a continuidade das atividades de acompanhamento e preparação para a perfuração em 2014.

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2012 39 BM-S-8 BS-4 Situação: em exploração/avaliação. Situação: em desenvolvimento. Lâmina d água: 2.025 m. Lâmina d água: 1.550 m. Fluído: óleo. Fluído: óleo. Consórcio: QGEP 10%; Petrobras (operador) 66%; Petrogal 14%; Barra Energia 10%. Ano de descoberta: Bem-Te-Vi (2008), Biguá (2011), Carcará (2012). Desempenho em 2012: neste que é o Bloco mais extenso da Bacia de Santos, a QGEP concluiu no ano a perfuração do prospecto Carcará que atingiu uma profundidade final de 6.671 m. As avaliações realizadas até o momento constataram uma coluna expressiva de pelo menos 471 m de óleo de 31º API, sendo mais de 400 m em carbonatos microbiais. Para a perfuração do poço Carcará, a QGEP investiu US$ 35 milhões. Em outubro, o consórcio solicitou à ANP a revisão do Plano de Avaliação da Descoberta (PAD) do prospecto Bem-Te-Vi em razão dos bons resultados obtidos no poço Carcará e aguarda resposta da ANP. Próximos passos: o consórcio planeja iniciar a perfuração do poço de extensão de Carcará em 2013 e prospecto Guanxuma em 2014. Consórcio: QGEP (operador) 30%; OGX 40%; Barra Energia 30%. Ano de descoberta: Atlanta (2001) e Oliva (1993). Previsões de desembolso: US$ 45 milhões em 2013 e US$ 78 milhões em 2014 para o Sistema de Produção Antecipada (SPA) e outros US$ 80 milhões para o prospecto Piapara. Desempenho em 2012: a Companhia avançou nas negociações para contratação de equipamentos para cumprir o cronograma, em especial do Campo de Atlanta de óleo do pós-sal. Esse Campo tem óleo de 14º API. O volume de óleo recuperável de Atlanta está estimado em 260 MM de boe, baseado em um fator de recuperação estimado de 17%. O Bloco BS-4 também engloba o Campo de Oliva, para o qual a Companhia submeteu um Plano de Desenvolvimento em 2012, além do prospecto Piapara. Próximos passos: em 2013/2014, serão perfurados dois poços horizontais que serão necessários para a produção integrada no Campo de Atlanta. Essa perfuração está prevista no Sistema de Produção Antecipada (SPA), que tem o objetivo de avaliar os parâmetros técnicos representativos para melhor dimensionar o projeto definitivo. A QGEP prepara-se para produzir o primeiro óleo no início de 2015. Também está previsto o início da perfuração do prospecto Piapara no primeiro semestre de 2014. Os contratos estão sendo negociados/contratados com diversos fornecedores para a sonda e os outros equipamentos necessários para a perfuração.

40 OPERAÇÃO Bacia de Campos Rio Itabapoana RJ Rio Paraba do Sul Campo dos Goytacazes C-M-122 C-M-145 C-M-146 Lagoa Feia BACIA DE CAMPOS BM-C-27 (C-M-122, C-M-145, C-M-146) Situação: em exploração. Lâmina d água: 50 m. Fluído: maior probabilidade de gás úmido. Desempenho em 2012: a Companhia firmou acordo com a Petrobras para a aquisição de 30% da participação no Bloco e aguarda aprovação da ANP sobre a transferência dos direitos de participação. O Bloco apresenta uma descoberta no pós-sal, Guanabara, que deu origem a um Plano de Avaliação de Descoberta. Consórcio: QGEP 30%, Petrobras (operador) 70%. Ano de descoberta: 2011. Próximos passos: preparação para a perfuração de um poço em 2014 visando ao prospecto de pré-sal, Guanabara Profundo. Previsão de desembolso: US$ 55 milhões que serão desembolsados em 2014.

RELATÓRIO ANUAL DE SUSTENTABILIDADE 2012 41 Rio de Contas Bacia do Jequitinhonha Ilhéus BACIA DO JEQUITINHONHA BM-J-2 Caramuru/ Paraguassu Situação: em exploração. Lâmina d água: 50 m. Canavieiras BM-J-2 Fluído: gás ou óleo. Consórcio: QGEP (operador) 100%. Desembolsos totais: US$ 70 milhões desembolsados em 2011. O Capex esperado em 2013 está estimado em US$ 70 milhões. Desempenho em 2012: a perfuração do prospecto Alto de Canavieiras foi interrompida ainda em 2011 na profundidade de 2.540 m (saiba mais em Biodiversidade, no capítulo Desempenho socioambiental). Próximos passos: retomada no segundo trimestre de 2013 da perfuração do prospecto Alto de Canavieiras, com previsão de atingir a profundidade final estimada em 4.700 m ainda no terceiro trimestre do ano.

42 OPERAÇÃO Bacia de Camamu-Almada Canal do Tapero Salvador BACIA DE CAMAMU-ALMADA BM-CAL-12 (CAL-M-312, CAL-M-372) Rio de Contas Ilhéus BM-CAL-5 BM-CAL-12 Situação: em exploração. Lâmina d água: 1.600 m. Fluído: óleo. Consórcio: QGEP 20%; Petrobras (operador) 60%; EP Energy 20%. Ano de descoberta: até 2012, nenhum poço havia sido perfurado neste Bloco. Desembolsos totais: US$ 40 milhões que serão desembolsados em 2014. Desempenho em 2012: neste Bloco, localizado em águas profundas, a QGEP pretende perfurar o primeiro poço em 2014, visando ao prospecto CAM#01. De acordo com a Gaffney Cline Associates (GCA) consultoria internacional contratada pela QGEP para certificar as reservas, o prospecto apresenta recursos prospectivos médios não riscados, estimados em 77,7 milhões de boe, sendo formados por 91% de óleo e 9% de gás associado. Sua profundidade é de 2.700 m. As atividades em 2012 incluíram a solicitação ao IBAMA de emissão da licença ambiental. Próximos passos: início da perfuração do prospecto CAM#01 em 2014.