ANDERSON MARLON GRASEL DIAGNÓSTICO PARA IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL NA EMPRESA ÁGUA MINERAL ITAIPU



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Transcrição:

ANDERSON MARLON GRASEL DIAGNÓSTICO PARA IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL NA EMPRESA ÁGUA MINERAL ITAIPU Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado à banca examinadora da Faculdade Dinâmica das Cataratas UDC, como requisito para obtenção de grau de Engenheiro Ambiental. Profº. Orientador: Éderson Luiz Laurindo FOZ DO IGUAÇU PR 2008

TERMO DE APROVAÇÃO UNIÃO DINÂMICA DE FACULDADES CATARATAS DIAGNÓSTICO PARA IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL NA EMPRESA ÁGUA MINERAL ITAIPU TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE BACHAREL EM ENGENHARIA AMBIENTAL ANDERSON MARLON GRASEL PROFº. ÉDERSON LUIZ LAURINDO NOTA FINAL BANCA EXAMINADORA: PROFº. PROFº. Foz do Iguaçu, de 2008.

Dedico este trabalho a todos que me incentivaram a realizá-lo, em especial a empresa de Água Mineral Itaipu. Dedico também aos mestres que me passaram todo o conhecimento necessário para o desenvolvimento do mesmo.

AGRADECIMENTOS Ao Professor Orientador Éderson Luiz Laurindo; Aos meus Pais e Familiares; Aos meus amigos; Aos meus colegas do curso de Engenharia Ambiental; A todas as pessoas que colaboraram para a realização deste.

Não são as espécies mais fortes que sobrevivem, nem as mais inteligentes, e sim as que respondem melhor à mudança Charles Darwin

LISTA DE FIGURAS Figura 1: Freqüência do consumo de água mineral....29 Figura 2: Marca de água mineral preferida...29 Figura 3: Motivo da preferência pela água mineral consumida....30 Figura 4: Conhecimento sobre gestão ambiental...30 Figura 5: Opção por determinado produto em relação às...31 normas ISO 14000 e os sistemas de gestão ambiental....31 Figura 6: Pagar mais por um produto ambientalmente correto...32

VII SUMÁRIO RESUMO:...8 ABSTRACT:...9 1. INTRODUÇÃO...10 2. REFERENCIAL TEÓRICO...12 2.1 A importância dos recursos naturais...12 2.2 Os acidentes ambientais como sinal de alerta para a necessidade de implantação de um sistema de gestão ambiental...12 2.3 As indústrias e o meio ambiente...14 2.4 Ações para a preservação ambiental...15 2.5 Sistemas de gestão ambiental e as empresas...17 2.6 Benefícios da implantação do sistema de gestão ambiental...20 2.7 Política ambiental...22 2.8 Requisitos para gestão ambiental...23 2.9 Grau de classificação das não-conformidades...23 3. MATERIAIS E MÉTODOS...25 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO...27 5. CONCLUSÃO...34 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...35 ANEXOS...38 APÊNDICE...45

8 GRASEL, Anderson Marlon. Diagnóstico para implantação de sistema de gestão ambiental na empresa Água Mineral Itaipu. Foz do Iguaçu, 2008. Dissertação (Bacharelado em Engenharia Ambiental) União Dinâmica de Faculdades Cataratas. RESUMO O objetivo deste trabalho foi fazer um diagnóstico da situação ambiental da empresa para propor a implantação de um sistema de gestão ambiental. Isto foi feito através da aplicação de questionário que continha os quesitos de política ambiental, requisitos legais, aspectos ambientais, requisitos operacionais e aspectos do controle operacional e foram elaborados especificamente para a empresa Água Mineral Itaipu. Com os dados obtidos foi elaborado um plano de ação para solucionar os passivos ambientais fazendo com que a empresa esteja apta para implantar o seu sistema de gestão ambiental. Além de não terem sido encontrados passivos ambientais de grande magnitude, a implantação do sistema de gestão ambiental na empresa fica favorecida pelos dados obtidos com a aplicação de um questionário para os possíveis consumidores de água mineral, que buscava tanto informações a respeito do consumo da água mineral quanto informações do conhecimento que os mesmos tinham a respeito dos sistemas de gestão ambiental e pelos benefícios ambientais e sócio-econômicos que a empresa poderá obter. O trabalho justifica-se pois mesmo não sendo uma atividade de grande potencial poluidor, a empresa apresenta alguns passivos ambientais que depois de solucionados irão otimizar seu sistema produtivo. Palavras-chaves: ISO 14000, Gestão Ambiental, Adequação Ambiental.

9 GRASEL, Anderson Marlon. Diagnóstico para implantação de sistema de gestão ambiental na empresa Água Mineral Itaipu. Foz do Iguaçu, 2008. Dissertação (Bacharelado em Engenharia Ambiental) União Dinâmica de Faculdades Cataratas. ABSTRACT This work was to a diagnosis of the environmental situation of the company to propose the establishment of an environmental management system. This was done through the application of a questionnaire that contained the questions of environmental policy, legal requirements, environmental aspects, operational requirements and operational aspects of control and were developed specifically for the company Mineral Water Itaipu. With the data obtained was prepared an action plan to address environmental liabilities so that the company is able to implement its environmental management system. It had not been found environmental liabilities of great magnitude, the implementation of the environmental management system in the enterprise is supported by data obtained from the application of a questionnaire for potential consumers of mineral water, which both sought information regarding the consumption of water Mineral information about the knowledge that they had the respect of environmental management systems and the environmental benefits and socio-economic that the company could obtain. The work is justified because while it is not an activity of great potential polluter, the company has some environmental liabilities that will optimize resolved after its production system. Keywords: ISO 14000, Environmental Management, Environmental Adequacy.

10 1. INTRODUÇÃO O meio ambiente era visto pelo homem como uma fonte inesgotável de recursos naturais. Porém, com o passar dos anos este paradigma foi quebrado. Hoje, sabemos que os recursos disponibilizados pela natureza são limitados. Boa parte destes acontecimentos se deve a Revolução Industrial em meados do século XVIII, na Inglaterra, que aumentou consideravelmente a produção de bens de consumo e conseqüentemente elevou a retirada de matéria-prima do ambiente natural. Além disso, a industrialização dos produtos começou a gerar uma grande quantidade de externalidades negativas como a poluição e resíduos diversos. Dentro deste contexto, surge a necessidade de se reavaliar os sistemas de produção, para que se tornem mais limpos, com uma visão voltada ao meio ambiente, buscando o desenvolvimento sustentável. A série de normas ISO 14000 surge como uma ferramenta indispensável para a empresa que busca a excelência ambiental. Seus requisitos estão sendo incorporados nas atividades das empresas dos diversos ramos existentes, mudando também a atitude dos trabalhadores. A implantação de um sistema de gestão ambiental em uma empresa, faz com que ela compatibilize suas atividades com o meio ambiente. Desta forma ambos podem adolescer de maneira conjunta. O objetivo deste trabalho é fazer um diagnóstico da situação ambiental da empresa Água Mineral Itaipu, e propor um plano de ação para que a empresa possa eliminar os passivos ambientais existentes, visando a implantação de um sistema de gestão ambiental. O presente trabalho justifica-se pelo fato da empresa Água Mineral

11 Itaipu ter possivelmente entre suas atividades alguma que possa estar causando danos ao meio ambiente. Com a identificação e a mitigação destes passivos a empresa irá melhorar seu sistema produtivo, reduzindo a utilização de matériasprimas e energia além de minimizar a geração de resíduos.

12 2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 A importância dos recursos naturais Segundo Dal Piva et al. (2007), os recursos naturais são fundamentais para a sobrevivência humana, e nem toda tecnologia disponível é capaz de possibilitar a reposição dos mesmos. Freire (2000), comenta que dentre os elementos naturais, os recursos minerais são a fonte de matéria-prima mais importante. Eles contribuem significativamente para a evolução da sociedade, estando diretamente ligados a qualidade de vida e ao desenvolvimento econômico. Araújo (2004), argumenta que a questão da preservação e conservação ambiental deve, então, ser vista como uma questão de inteligência. Isso porque, independentemente do grau de consciência sobre suas ações, todos dependem, de forma direta ou indireta, de matérias-primas extraídas da natureza e da qualidade do ar e da água. Está aí, a principal fonte de sobrevivência tanto dos seres humanos como entidades individuais, como das formas de organização existentes nas diferentes sociedades e culturas. A sustentabilidade de muitas empresas e até a economia de muitas regiões estão condicionadas ao uso racional de seus recursos naturais. 2.2 Os acidentes ambientais como sinal de alerta para a necessidade de implantação de um sistema de gestão ambiental Alberton (2003), relata que os acidentes ambientais de maior

13 magnitude passaram a ocorrer desde os anos 50, citando a ocorrência de um acidente com um reator nuclear na antiga União Soviética e um derramamento de mercúrio que vitimou dezenas de pessoas no Japão. Em 1967, o naufrágio do navio Torrey Cânion na costa da Inglaterra, derramou 119 mil toneladas de óleo nas proximidades das ilhas Scilly. Porém os maiores acidentes ambientais ocorridos na nossa era datam entre as décadas de 70 e 80. A explosão na indústria química de pesticidas Icmesa, na Itália em 1976, o vazamento de gás isocianeto de metila na Índia em 1984, o acidente nuclear de Chernobyl, na Ucrânia em abril de 1986, o fogo causado por nitrato de amônia estocado na França em outubro de 1987 e o acidente com um petroleiro da Exxon Valdez no Mar do Alasca em 1989 marcaram negativamente estas duas décadas. Outros acidentes também chamaram a atenção do mundo para a ameaça às condições de vida no planeta. Segundo Alberton (2003), no Brasil, acidentes como as três grandes explosões, de um oleoduto em Vila Socó, Cubatão (SP), de um trem carregado de combustível na Bahia e de um reservatório de uma indústria petroquímica no Rio de Janeiro, ocorridos entre 1970 e 1990, além do derrame de cerca de 1,3 mil toneladas de óleo na Baía de Guanabara (RJ) causada pelo rompimento de um duto da Petrobrás, em 17 de janeiro de 2000 e o afundamento de uma balsa que despejou 1,8 milhão de litros de óleo em Barbacena (PA) também foram indícios de que a vida no planeta poderia estar ameaçada. Estes acontecimentos fizeram com que a sociedade ficasse atenta na relação entre o homem e a natureza, principalmente pelas grandes proporções que os desastres ecológicos abrangiam. Alberton (2003), conclui que estes acidentes acarretam enormes perdas econômicas, causam danos ao meio ambiente e fazem inúmeras vítimas.

14 Estes e outros acontecimentos resultaram em manifestações públicas pedindo regulamentações e sanções contra estas ações que degradam o meio ambiente. 2.3 As indústrias e o meio ambiente Santos (2006), explica que os problemas ambientais são, em parte, atribuídos aos processos industriais empregados pelo homem. Com a utilização de recursos tecnológicos, os bens de consumo são produzidos em grande escala. Proporcionalmente, o consumo dos recursos naturais também aumentam. A extração e utilização destes recursos, bem como os resíduos gerados pelos processos industriais afetam a existência e a sobrevivência dos seres vivos que interagem com os ecossistemas de onde provem os recursos naturais. May, Lustosa e Vinha (2003), confirmam que a história da industrialização mundial evidencia o papel preponderante do desenvolvimento tecnológico no processo de mudanças radicais que ocorreram nas sociedades humanas. O subseqüente desenvolvimento econômico e tecnológico, baseado no uso intensivo de matérias-primas e energia, aumentou a velocidade de utilização dos recursos naturais. Para Cissé (2003), entre as diversas situações que afetam o mundo dos negócios, a questão ecológica está cada vez mais evidenciada, tendo em vista sua relevância para a qualidade de vida das populações. Isto fez com que as empresas buscassem um novo posicionamento em sua interação com o meio ambiente. Segundo Araújo (2004), hoje em dia a questão ambiental é um item

15 fundamental no planejamento estratégico de qualquer organização, sobretudo na indústria. A garantia de que a empresa durante seus processos preserva a natureza é um ponto que a sociedade mundial está cada vez mais atenta, influenciando no mercado das empresas. Melo (2006), menciona que será um grande desafio para as indústrias conservarem o equilíbrio ecológico. O desenvolvimento industrial nos últimos anos causou detrimento ao planeta, como o efeito estufa e a destruição de ecossistemas, levando a sociedade a debater formas de reverter esse quadro e preservar o meio ambiente. 2.4 Ações para a preservação ambiental Valle (2004), comenta que a preocupação com as questões relacionadas ao meio ambiente atingiu seu maior estágio ao virar do século. Porém as primeiras movimentações em favor do meio ambiente datam do século 19. Os principais acontecimentos: Parlamento Inglês, 1863, primeira lei ambiental, regulava a emissão de poluentes do ar pela indústria de vidro; Estados Unidos, 1872, criado o primeiro parque nacional, o Parque de Yellowstone; Clube de Roma, 1960, preveniu dos riscos de um crescimento econômico baseado na exploração dos recursos naturais esgotáveis, deu origem a teoria Limites do Crescimento. Rachel Carson, 1962, publicou o livro Primavera Silenciosa, que

16 falava da utilização de pesticidas, causando morte de insetos e pássaros; Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, 1972, as nações começaram a estruturar seus órgãos ambientais e estabelecer suas legislações visando o controle da poluição ambiental; Camada de ozônio, 1974, foi estabelecida a relação entre os compostos de clorofluorcarbonos e sua destruição; Alemanha, 1978, primeiro selo ecológico, o Anjo Azul, rotulava produtos que se distinguiam pela qualidade ambiental; Relatório de Brundtland, 1987, publicado sob o título de Nosso Futuro Comum, disseminou o conceito de desenvolvimento sustentável; Convenção da Basiléia, 1989, coibia o comércio de resíduos tóxicos para serem descartados em países menos desenvolvidos; Cúpula da Terra ou Rio 92, 1992, mostrou que a questão ambiental não era localizada e sim globalizada, deu origem a vários documentos e pactos, entre eles a Agenda 21, e a convenções sobre mudanças climáticas e biodiversidade; Protocolo de Kyoto, 1997, firmado para que os países industrializados reduzissem até 2012 as emissões de gases estufa; Convenção dos Poluentes Ogânicos Persistentes, 2001, bane o uso de doze substâncias tóxicas; Rio + 10, 2002, na África do Sul, tratou sobre biossegurança e organismos geneticamente modificados. Alberton (2003), comenta que o Brasil, apesar de participar nos diversos encontros com temática ambiental, o fato de maior relevância ocorreu na década de 80 e foi um importante avanço no que diz respeito ao meio ambiente. Em

17 1986 foi criada a resolução 01/86 do Conselho Nacional do Meio Ambiente que trata, entre outros aspectos, do licenciamento das atividades potencialmente poluidoras. Melo (2006), ressalta que as conferências internacionais colaboraram de forma expressiva para essa nova consciência ambiental, fazendo com que a as empresas dessem uma atenção maior às questões ambientais, seja pela pressão da opinião pública ou pelas regulamentações impostas. Segundo Alberton (2003), após a realização da Rio-92, as questões ambientais se tornaram globais, gerando uma preocupação crescente com a degradação desencadeada pelo desenvolvimento industrial, culminando com a publicação, em 1996, das Normas ISO 14000, que consolidam a importância dos Sistemas de Gestão Ambiental. O conjunto ISO 14000 engloba o planejamento de ações, a implementação e a operação de medidas para equacionar questões ambientais, a verificação de resultados, a adoção de eventuais medidas corretivas e a análise crítica de todo esse processo pela administração da empresa, considerando uma eventual alteração de conduta e visão por parte desta. 2.5 Sistemas de gestão ambiental e as empresas Conforme Ceolato (1997 apud Hammes 2004), as questões ambientais são veiculadas na mídia com mais freqüência, e isto causa uma maior conscientização da sociedade sobre o meio ambiente. Os órgãos ambientais determinam novas legislações que buscam reduzir ou regulamentar emissões de efluentes ao ambiente, com isso as empresas buscam compatibilizar suas atividades com a natureza, para mitigar seus impactos ambientais.

18 Segundo Seiffert (2006), o surgimento das normas ISO 14000 foi o resultado de discussões que buscava promover o desenvolvimento econômico frente às questões ambientais. Estas normas buscam desenvolver uma abordagem organizacional que leve a uma gestão ambiental efetiva. Essa família de normas foi o resultado dos inúmeros fóruns de discussões sobre a questão ambiental, e que pretendem levar soluções ao ambiente produtivo. As empresas procuram passar uma imagem ambientalmente mais adequada, induzida pelas mudanças nos hábitos de consumo, patrocinadas pelo aumento da preocupação ambiental, que repercute negativamente na compra de produtos identificados como ambientalmente inadequados. Esta mudança de hábitos por parte do consumidor despertou nas organizações o interesse pela gestão ambiental. Segundo Moreira (2006), ISO International Organization for Standardization, é uma federação mundial que tem por objetivo propor normas que representam o consenso dos diferentes países para homogeneizar métodos, medidas, materiais e seu uso em todos os domínios de atividades, e a série de normas ISO 14000 é a que trata exclusivamente da questão ambiental. Conforme comentaram Philippi, Romero & Bruna (2004), o mercado globalizado, fez com que as exigências ambientais chegassem na situação de barreiras não-tarifárias, disseminando a elaboração e a implantação das normas ISO 14001 ao redor do mundo. Segundo Seiffert (2006), as normas ISO 14000 não são apenas uma forma de ação comum para o gerenciamento ambiental, são também um solução para as exigências legais e do mercado. Tais exigências tem relação direta com as possibilidades de atuação que se abrem as organizações. O acesso ao mercado e o aumento do lucro é cada vez maior para as empresa ambientalmente adequadas,

19 sendo inverso o raciocínio para as empresas que não gerenciam seus riscos ambientais. Seiffert (2006), fala que sendo conhecedor da importância das normas ISO 14000, é preciso enfocar a norma ISO 14001 como um instrumento para a gestão ambiental. O sistema de gestão ambiental é um processo estruturado que possibilita a melhoria contínua, com o ritmo ditado pela organização, de acordo com sua situação, inclusive econômica. Para que sejam atingidos os objetivos, o sistema de gestão ambiental deve estimular as organizações a considerar a adoção de tecnologias disponíveis, considerando também a relação custo/benefício das mesmas e condicionantes estratégicas envolvidas. Segundo Cagnin (2000), a relação entre meio ambiente e desenvolvimento econômico deixou de ser vista como conflitante para ser alçada a uma parceria, onde o crescimento econômico deve perseguir a conservação dos recursos naturais. Para tanto, Ávila e Paiva (2006), salientam que o sistema de gestão ambiental deve ser encarado como uma ferramenta que facilita a busca pelo equilíbrio entre as necessidades ambientais e os resultados esperados pela empresa. Mino e Gomes (2002), comentam que as normas da série ISO 14000 não dizem às empresas como conduzir seus negócios. Mas sim definem os processos críticos que precisam ser seguidos durante a produção de um produto para controlar o impacto que a empresa sofrerá dentro do seu próprio ambiente. A empresa pode especificar quais processos serão exercitados e qual impacto ambiental será tolerado. Da mesma forma, Cagnin (2000), salienta que a implantação de um

20 sistema de gestão ambiental é um processo ininterrupto que envolve mudança organizacional, e devem ser considerados todos os fatores que interagem ou afetam a empresa. As mudanças pretendidas devem ser planejadas e avaliadas considerando sua necessidade. Araújo (2004), comenta que fica a critério da empresa a escolha do sistema de gestão ambiental a ser implantado. Independente de qual seja a forma de implantação escolhida, seu maior objetivo é mostrar a seus clientes e sociedade que a empresa está comprometida com as premissas do desenvolvimento sustentável. Sendo assim deve buscar objetivos como redução de geração de resíduos e efluentes prejudiciais, produtos e processos menos poluentes, etc. E ainda se comprometer com um processo de melhoria contínua deste sistema de gestão. A empresa pode se beneficiar das vantagens oferecidas pelo gerenciamento ambiental adequado a sua realidade financeira e estratégica, independente da sua forma de implantação. Seiffert (2002), argumenta que dependendo da orientação de mercado e do nível de pressão por parte de órgãos de controle ambiental aos quais a organização está sujeita, a implantação de um sistema de gestão ambiental (ISO 14001) pode ser um recurso indispensável. É sem dúvida uma tendência, que sua implantação torne-se uma forma imediata de resposta das organizações ao conjunto de determinantes externos aos quais está sujeita. 2.6 Benefícios da implantação do sistema de gestão ambiental Segundo Santos et al. (2001), a globalização da economia e a

21 conscientização da sociedade estão fazendo com que as empresas adotem uma postura responsável diante o meio ambiente, isto é, produzir sem acometimento à natureza. Para isto elas estão implantando um sistema de gestão ambiental conforme as normas da série ISO 14000. Para reforçar, Alberton (2003), salienta que os benefícios econômicos e estratégicos da implantação de um sistema de gestão ambiental pelas empresas podem refletir-se tanto em ganhos de mercado como em redução de custos, além de facilitar o acesso às fontes de recursos e à entrada nos mercados internacionais, principalmente europeu e norte-americano. Knuth (2001 apud Araújo 2004), menciona que algumas empresas se perguntam quanto custa implantar um sistema de gestão ambiental, outras concluem que fica muito mais caro não ter o sistema, face aos diversos riscos a que estão sujeitas, como acidentes ambientais, multas processos na justiça, custos de remedição de passivos, danos a imagem, barreiras a exportações de seus produtos, perda de competitividade, etc. Além de que, a visibilidade de um certificado perante as exigências de certos mercados influenciam intensamente a decisão de muitas organizações. Cagnin (2000), ressalta que procurar a consonância entre os sistemas produtivos e o meio ambiente, além de promover o crescimento econômico, resulta em inúmeros benefícios para a empresa, que, entre outras vantagens ficam mais competitivas e vistas de uma melhor forma pela sociedade. Cagnin (2000), divide os ganhos em duas porções, os ganhos econômicos e os ganhos sócio-ambientais. Nos ganhos econômicos cita a redução de perdas econômicas devido a problemas ambientais, a racionalização dos custos de produção e o ganho ou defesa de mercado. Os ganhos sócio-ambientais são

22 aqueles ligados a redução e adequação das emissões, ganho da comunidade e dos colaboradores além do ganho da natureza para as futuras gerações. Cissé (2003), comenta que a primeira impressão em relação aos sistemas de gestão ambiental pode parecer um investimento sem retorno. No entanto, empresários renomados condicionam sua permanência no mercado à sua postura em relação ao meio ambiente. Isso significa que as normas legais que identificam o comportamento danoso ao meio ambiente decorrem não só da pressão exercida pela sociedade mas também pelo mercado. 2.7 Política ambiental Segundo a ABNT NBR ISO 14001/2004 a política ambiental das empresas devem assegurar que seja apropriada à natureza, escalas e impactos ambientais de suas atividades produtos e serviços, que inclua comprometimento com a melhoria contínua e com a prevenção da poluição e para o cumprimento dos requisitos legais aplicáveis, deve também fornecer estrutura para o estabelecimento e análise dos objetivos e metas ambientais, além de ser documentada, implementada e mantida. Para Moreira (2006), a política ambiental é um tipo de carta de intenções que orienta o sistema, pois contém diretrizes que devem guiá-lo e que constam as bases para definir as ações. Seiffert (2007), comenta que a elaboração de uma política ambiental pela empresa permite além do estabelecimento de parâmetros para a organização, uma reflexão sobre a realidade do seu desempenho ambiental.

23 2.8 Requisitos para gestão ambiental De acordo com a ABNT NBR ISO 14001/2004 a organização deve estabelecer o seu sistema de gestão ambiental em conformidade com os requisitos da referida norma, e determinar como ela irá atender esses a requisitos. A organização deve ainda segundo a ABNT NBR ISO 14001/2004 identificar e ter acesso a requisitos legais aplicáveis e a outros requisitos subscritos pela organização, relacionado a seus aspectos ambientais e determinar como esses requisitos se aplicam aos mesmos. De acordo com Moreira (2006), a quantidade de requisitos legais gira em torno de 300 (trezentos) e as responsabilidades de entendimento envolvem os vários setores da empresa. E sobre os outros requisitos a referida autora comenta que cada empresa deve espontaneamente subscrever os mesmo, relacionados à sua gestão ambiental, e seu atendimento deve ser acompanhado da maneira mais adequada em cada caso. 2.9 Grau de classificação das não-conformidades Segundo Moreira (2006), as não-conformidades podem ser classificadas como maior ou menor. Para esta classificação, denomina-se não conformidade maior aquela de maior gravidade, devido ao seu alcance, e que representa uma quebra de sistema. Uma não-conformidade menor pode ser considera aquela que é pontual, com conseqüências pequenas e de fácil correção e que não compromete o sistema.

24 Ainda segundo a autora, uma não conformidade menor, mas que se repete muitas vezes, pode ser considerada como maior. Por exemplo, uma não-conformidade maior é aquela que pode ocasionar um impacto ambiental maior, como o lançamento de efluente tóxico em um rio, já uma não-conformidade menor pode ser a ausência de lixeira para separação de resíduos recicláveis.

25 3. MATERIAIS E MÉTODOS O presente trabalho foi realizado na empresa de Água Mineral Itaipu Ltda, localizada as margens da rodovia PR-495 Km 01 em Missal no estado do Paraná, entre fevereiro e junho do ano de 2008. A empresa possui 24 (vinte e quatro) funcionários, está instalada em uma área de 77.755 (setenta e sete mil, setecentos e cinqüenta e cinco) metros quadrados e o responsável legal da empresa é o Sr. Roberto Sérgio Kloekcner. Os dados referentes aos aspectos ambientais, requisitos legais e outros requisitos para gestão ambiental foram levantados através de análise dos documentos fornecidos pela empresa e também através de uma inspeção realizada nos setores da empresa com o objetivo de averiguar as possíveis não conformidades. A formulação dos quesitos foi baseada no modelo proposto por Moreira (2006) (Quadro 1 - Anexo 2), que estima em mais de 300 (trezentos) os requisitos legais, sem contar os outros requisitos. Porém neste trabalho foram apontados somente os quesitos referentes à atividade da empresa. Posteriormente foi elaborado um plano de ação para cada nãoconformidade encontrada. As não-conformidades foram classificadas de acordo com a proposta de Moreira (2006) com o intuito de estabelecer um critério para que a empresa solucionasse primeiro as não conformidades maiores e sucessivamente as consideradas menores. Um questionário formal foi aplicado com o objetivo de levantar dados a respeito dos consumidores de água mineral (Apêndice 1). O questionário buscou saber o perfil dos consumidores e seus conhecimentos em relação à gestão

26 ambiental. Este questionário foi aplicado para 100 (cem) pessoas em estabelecimentos comerciais na cidade de Missal entre os dias 19 (dezenove) e 21 (vinte e um) do mês de junho de 2008 (dois mil e oito). Para revelar alguns dados importantes que expressem o pensamento da população missalense em relação ao consumo de água mineral e mostram o conhecimento dos entrevistados sobre os sistemas de gestão ambiental. Os dados referentes ao questionário simplificado sobre o consumo de água mineral do apêndice 1, foram tratados em uma planilha eletrônica e utilizados na confecção de gráficos com representações percentuais dos valores obtidos. Os resultados destes gráficos serviram para que a empresa possa averiguar e decidir sobre a implantação do seu sistema de gestão ambiental.

27 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Para a implantação do sistema de gestão ambiental, devem ser sanadas as não-conformidades encontradas na empresa Água Mineral Itaipu através do diagnóstico realizado. O resultado deste diagnóstico está apresentado no Quadro 1 (Anexo 1) e mostra que a empresa não possui passivos ambientais relevantes. De acordo com o Quadro 1, a empresa não possui política ambiental, o que é considerado um fator determinante para implantação de um sistema de gestão ambiental. A empresa também não possui um sistema para identificar e avaliar os possíveis impactos ambientais decorrentes de sua atividade para atender aos quesitos referentes aos aspectos ambientais. Foi constatado também que não existe na empresa um procedimento para destinação final de resíduos perigosos, no caso as lâmpadas fluorescentes, e também não há um local próprio para acondicionamento temporário tanto do resíduo perigoso quanto dos resíduos recicláveis segregados. A empresa não exige por parte de seus fornecedores o cumprimento das ações ambientais, isto faz com que a empresa possa estar compactuando com alguma forma de degradação do meio ambiente que esteja ocorrendo durante as atividades dos fornecedores. Ainda analisando o Quadro 1, ficou constatado que a empresa cumpre todas as suas obrigações legais, seja na esfera federal, estadual ou municipal. A empresa possui sistemas para tratar tanto os efluentes líquidos industriais, quanto os efluentes líquidos domésticos. Não existe produção de nenhum efluente atmosférico, o que dispensa a empresa de possuir algum sistema ou procedimento para controlar tais emissões.