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Transcrição:

Próxima aula: Ética IV - O contrato social (ponto 7) Leitura: Rachels, cap. 11 + Críton de Platão Perguntas: 1. Para Hobbes os homens são maus no estado de natureza? 2. Como é que a teoria do contrato social poderia ser usada para justificar a desobediência civil?

Thomas Hobbes 1588-1679

Ética IV O Contrato Social O estado de natureza é a situação em que todos competem agressivamente, sem regras sociais e sem governo.

... constante temor e risco de morte violenta, e a vida do homem é solitária, pobre, sórdida, brutal e curta...

Ética IV O Contrato Social As pessoas não são más (não sentem prazer em fazer o mal), mas (a) seu altruísmo é limitado; (b) recursos são escassos; (c) têm as mesmas necessidades básicas; (d) têm mais ou menos as mesmas habilidades.

Ética IV O Contrato Social Solução de Hobbes: Um acordo geral com regras que limitem a violência, o roubo e a fraude. Um governo central também é necessário para coibir eventuais infrações.

Ética IV O Contrato Social Outra maneira de defender a ideia do contrato social Teoria dos jogos (ou teoria das decisões interativas) Rachels: Dilema do prisioneiro

Você confessa Você não confessa João confessa 5 anos cada João livre; você 10 anos João não confessa Você livre; João 10 anos Ambos 1 ano

Ética IV O Contrato Social O dilema representa toda situação em que: (i) nossos interesses não são afetados apenas pelas nossas escolhas e (ii) cooperando, cada um de nós se sairá melhor do que agindo de maneira individualista.

(1) Estranho não usa violência; você usa (3) Estranho usa violência; você também (2) Estranho não usa violência; você tampouco (4) Estranho usa violência; você não

Ética IV O Contrato Social A teoria do contrato social admite a desobediência civil. (ainda que isso não tenha sido reconhecido pelo próprio Hobbes)

Ética IV O Contrato Social Desobediência civil Está justificada para o indivíduo a quem são negados os benefícios do contrato social. Por outro lado, O indivíduo que viola as leis sem justificativa quebra o contrato e se torna punível.

Ética IV O Contrato Social Críticas à teoria do contrato social. 1. O contrato nunca foi firmado de fato. (Nem tacitamente?) 2. Animais não podem fazer parte, logo... não merecem proteção?

Críton Alguns argumentos de Críton: (i) Críton e os conspiradores não serão prejudicados; (ii) Sócrates será acolhido no exílio; (iii) os filhos de Sócrates ficarão desamparados.

Críton Resposta de Sócrates: (i) A desobediência prejudicaria ( aniquilaria ) a República. (ii) Sócrates tem uma dívida de gratidão com a República. (iii) Sócrates firmou um acordo com a República, pois não partiu de lá na maturidade.

Revisão Aula 7 > Hobbes e as condições de vida do estado de natureza: altruísmo limitado, escassez, necessidades e poderes similares > Teoria dos jogos > Desobediência civil e pena > Críticas ao contrato social

Próxima aula: Ética V A ética da virtude (ponto 8) Leitura: Rachels, Cap. 13 Perguntas: 1. O que é uma virtude? 2. As virtudes são as mesmas para todos?

Ética V A Ética da Virtude Teoria que não enfatiza princípios ou regras de conduta. Concentra-se nos traços do caráter, nas disposições que definem uma pessoa boa.

Ética V A Ética da Virtude 1. O que é uma virtude? Uma disposição habitualmente manifestada, louvável e reconhecida como boa pelo próprio agente.

Ética V A Ética da Virtude Uma disposição (a) habitualmente manifestada, (b) louvável (c) e reconhecida como boa pelo próprio agente.

Ética V A Ética da Virtude 2. Quais são as virtudes? [Ver lista da p. 178]

Ética V A Ética da Virtude Para Aristóteles, as virtudes são disposições que estão entre extremos. Por exemplo: covarde ----- corajoso ---- imprudente mesquinho --- generoso --- pródigo passivo ------ sereno ------- irascível

Ética V A Ética da Virtude 3. São as mesmas para todos? Depende da virtude. Algumas variam de acordo com contexto e posição social. Por exemplo: virtudes públicas x virtudes privadas

Ética V A Ética da Virtude Vantagens e desvantagens da ética da virtude Mostra que pessoa boa não é simplesmente aquela que age de acordo com certas regras. Mostra que as pessoas não precisam ser sempre imparciais (amizade, lealdade são virtudes). Não dá orientações precisas sobre como lidar com questões éticas complexas.

Revisão > Ética da virtude: O que são virtudes? Quais são as virtudes? São as mesmas para todos? > Vantagens e desvantagens da ética da virtude

Próxima aula: Ética VI animais não humanos (ponto 9) Leitura: Dias, Cap. 9 Pergunta: Quais critérios já foram usados por filósofos para distinguir seres dignos de consideração moral daqueles que não são?

Animais não humanos Alguns critérios para a identificação de seres que merecem consideração moral: 1. Simetria Merecem consideração os seres que conseguem manter conosco relações de mútua compreensão.

Um cavalo adulto é muito mais racional, e interage muito mais, do que uma criança de um dia, uma semana ou mesmo um mês. pessoas cujo interesse está em jogo.

Animais não humanos 2. Pertencimento à coletividade Merecem consideração os seres que fazem parte do nosso círculo social (inclusive animais de estimação).

Animais não humanos 3. Vulnerabilidade ao prazer e à dor Nós devemos ter consideração por todos os seres capazes de sentir dor e prazer.

Um cavalo adulto é muito mais racional, e interage muito mais, do que uma criança de um dia, uma semana ou mesmo um mês. Mas e se fosse o contrário que importância isso teria? A questão não é podem eles raciocinar? A questão é podem eles sofrer?das pessoas cujo interesse está em jogo.

Animais não humanos 4. Funcionalidade Merece consideração todo ser que possa ser entendido como tendo um projeto de vida que pode ser realizado/frustrado. Obs: 4 abre espaço para consideração do meio ambiente!

Próxima aula: Filosofia política I introdução (ponto 10) Leitura: Nagel, Cap. 8 Perguntas: 1. A desigualdade social é sempre injusta? 2. Quais são as suas causas?

Filosofia política I: introdução Ética (filosofia moral): estuda como cada um de nós deve agir. Filosofia política: estuda como agentes públicos devem agir isto é, como o governo deve agir.

Filosofia política I Obs: Anarquismo?

Robert Paul Wolff

Filosofia política I Mais precisamente: A filosofia política estuda como o governo deve deliberar e agir. Ex: Deve o governo aumentar o imposto de renda? Deve o governo submeter essa questão ao Congresso Nacional?

Filosofia política I Uma opinião comum é que o governo deve (a) deliberar de forma democrática e (b) agir de forma justa.

Filosofia política I (a) significa usar um procedimento decisório que dê voz a todas as pessoas interessadas. (b) significa dar a cada um o que é seu.

Filosofia política I Os dois ideais (a) e (b) às vezes entram em conflito: Ex: Como lidar com uma decisão injusta tomada democraticamente?

Filosofia política I Interessa-nos, aqui, a teoria da justiça. Em particular: Como deve o governo lidar com a desigualdade social?

Filosofia política I A desigualdade social poder ter causas diversas: (a) Discriminação deliberada (b) Diferenças sociais fortuitas (c) Diferenças quanto ao talento dos indivíduos (d) Diferenças quanto ao esforço dos indivíduos

Filosofia política I Obs: direita e esquerda. Desigualdade social? Religiosidade, comportamento sexual, drogas?

Revisão > Filosofia política: estuda como governo deve deliberar e agir. > Teoria da democracia: estuda como o governo deve deliberar. > Teoria da justiça: estuda como o governo deve agir. > Desigualdade social e suas causas

Próxima aula: Filosofia política II - John Rawls (ponto 11) Leitura obrigatória: Gargarella, pp. 1-15 e 19-31 Pergunta: Quais são e como se relacionam os dois princípios de justiça de Rawls?

John Rawls (1921-2002)

Filosofia política II Dois princípios de justiça: 1) Princípio da liberdade (PL) Todos têm igual direito a um conjunto de liberdades básicas invioláveis.

Filosofia política II 2) Princípio da diferença (PD) Diferenças sociais e econômicas poderão existir, desde que: > Razoavelmente vantajosas para todos > Vinculem-se a empregos e cargos acessíveis a todos

Filosofia política II Recapitulação crítica célebre à teoria do contrato social: o contrato nunca existiu.

Filosofia política II O contrato hipotético de Rawls: Que tipo de estado os cidadãos criariam caso se reunissem em condições ideais de deliberação?

Filosofia política II Condições ideais são aquelas em que ninguém tem maior poder de barganha.

Filosofia política II A posição original : > O contratantes são ambiciosos ( invejosos). Almejam liberdades, riqueza e ocupações dignas. > Deliberam sob o véu da ignorância. Desconhecem seu status social, talentos, raça, gênero, ligações políticas e religiosas

Filosofia política II 1) PL: Todos têm igual direito a um conjunto de liberdades básicas invioláveis

Filosofia política II É de se esperar que os contratantes pensem de acordo com a regra maximin. (1) 10: 8: 1 (2) 7: 6: 2 (3) 5: 4: 4 E se esta também fosse uma opção: 3:3:3?

Filosofia política II 2) PD: Diferenças sociais e econômicas poderão existir, desde que: > Razoavelmente vantajosas para todos > Vinculem-se a empregos e cargos acessíveis a todos.

Filosofia política II Obs: PL tem prioridade em relação a PD. (Embora o descumprimento de PD possa afetar a implementação de PL)

Revisão > Teoria da justiça de Rawls: Princípio da Liberdade, Princípio da Diferença > Contrato hipotético de Rawls: posição original, véu da ignorância, maximin

1) PL: todos têm igual direito a um conjunto de liberdades básicas invioláveis. 2) PD: diferenças sociais e econômicas poderão existir, desde que > Sejam razoavelmente vantajosas para todos, e > Vinculem-se a empregos e cargos acessíveis a todos.

Próxima aula: Filosofia política III Nozick (ponto 12) Leitura obrigatória: Gargarella, cap. 2 Perguntas: 1. Quais são os argumentos que Nozick lança contra PD? 2. Quais são os princípios da justiça de Nozick?

Robert Nozick (1938-2002)

Filosofia política III Nozick Nozick x Rawls > Parte negativa da obra de Nozick (por que Rawls está errado) > Parte positiva da obra de Nozick (qual é a teoria da justiça correta)

A desigualdade social poder ter causas diversas: (a) Discriminação deliberada (b) Diferenças sociais fortuitas (c) Diferenças quanto ao talento dos indivíduos (d) Diferenças quanto ao esforço dos indivíduos Obs: apenas a, b e c estão além do nosso controle.

Argumentos analógicos 1. Em S1 a maneira correta de agir é M. 2. S1 é análoga a S2 nos aspectos p, q, r... Logo, 3. Em S2 a maneira correta de agir é M.

S1: situação hipotética em que a sobrevivência do violinista depende do seu corpo S2: situação em que a sobrevivência de um feto gerado depois de estupro depende do seu corpo

1. Em S1 você tem permissão moral para desligarse do violinista. 2. S1 é análoga a S2, visto que, nas duas, a sobrevivência de outro veio a depender do seu corpo depois de um ato violento, sem o seu consentimento. Logo, 3. Em S2 você tem permissão moral para desligarse do feto.

S1: situação hipotética em que nós obrigamos um indivíduo saudável a sacrificar sua saúde em benefício de um indivíduo doente S2: situação em que nós obrigamos um indivíduo talentoso a ceder os frutos do seu talento em benefício dos outros

Contra PD, parte 1. 1. Em S1 não é permitido obrigar um indivíduo saudável a sacrificar sua saúde para beneficiar um doente. 2. S1 é análogo a S2, pois a saúde é tão fortuita quanto o talento. Logo, 3. Em S2 não é permitido obrigar um indivíduo a ceder os frutos do seu talento.

Filosofia política III Parte positiva: os princípios de Nozick Tem-se um direito absoluto sobre a riqueza desde que ela seja (i) justamente adquirida e (ii) justamente transferida. Obs: justiça caridade

Filosofia política III (i) Justiça na aquisição de riqueza.

Filosofia política III Locke: Toda pessoa pode se apropriar de um recurso desde que deixe quantidade suficiente de recursos de qualidade equivalente para os demais. Nozick (ou o que Locke queria dizer): Toda pessoa pode se apropriar de recursos desde que não prejudique ninguém.

Filosofia política III (ii) Justiça na transferência de riqueza. É justa toda transferência consensual entre adultos. Caso Chamberlain.

Filosofia política III Para Nozick, desigualdade social é justa desde que resulte de aquisições e transferências justas.

Revisão > Robert Nozick > Duas partes da teoria da justiça de Nozick: Parte negativa argumentos contra PD Parte positiva dois princípios de justiça: aquisição e transferência de riqueza