LISTA NACIONAL DE CULTURAS MAIORES

Documentos relacionados
EXTENSÃO DE USOS MENORES. - Estado da arte - Miriam Cavaco (Direcção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural)

Colocação no mercado de produtos fitofarmacêuticos: Principais figuras e procedimentos legais

RELATÓRIOS CRITÉRIOS PARA DEFINIÇÃO DE USOS MENORES. DGADR Direcção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural

CONSELHO DIRETIVO. Seca Linha de Crédito de Apoio à Alimentação Animal e Setor Agrícola Continente

Norma orientadora n.º 13/ ª Revisão

NUTRIENTES DOS ALIMENTOS cada quilo do alimento contém:

Sistemas silvopastoris em Portugal: Situação Actual e Perspectivas futuras

Trabalho realizado pelos alunos da. EB1 c/ PE de Campo de Baixo. Sítio do Campo de Baixo Porto Santo

ANEXOS. à proposta de REGULAMENTO DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO

C ARTA C IRCULAR N.º 01/2004

DIRECTIVA 2006/30/CE DA COMISSÃO

Quadro - Colheitas seguráveis e períodos de cobertura seguro horizontal

Dados Agronómicos. 0,185kg (grão) 0,03 /kg (palha)

Denominação comum Denominação IUPAC Pureza(1) Data de aprovação Disposições específicas e Condições aprovadas de utilização. Não aplicável Europeia

Denominação comum Denominação IUPAC Pureza(1) Data de aprovação Disposições específicas e Condições aprovadas de utilização. Não aplicável Europeia

SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº, DE DE DE 2018

Prática das Principais Produções Agrícolas

POSEI Reg. (CE) n.º 247/2006, de 30 de Janeiro de 2006

ANEXO IV - Produtos. Valor Fixado ( ) Designação. Despacho n.º 8186/2015. Versão Actualizada 2017 * PRODUÇÃO VEGETAL

QUALIDADE DE ÁGUA PARA IRRIGAÇÃO EXERCÍCIOS

PROCEDIMENTOS PARA AS EXTENSÕES DE AUTORIZAÇÃO PARA AS UTILIZAÇÕES MENORES. - culturas ornamentais-

Jornal Oficial da União Europeia L 311/31

3890 Diário da República, 1. a série N. o de Junho de 2007

Composição dos Alimentos mais consumidos pelos VEGANOS.

I Feira das Ciências Agrárias e do Ambiente 9 de Novembro de 2011

DSTAR. Divisão de Diversificação da Atividade Agrícola, Formação e Associativismo. Norma orientadora nº13/2013

CARTA AGRÍCOLA DO ANO DE 2007/200 /2008 OBRA DE REGA DA CAMPINA DE IDANHA. Albufeira Marechal Carmona ELEMENTOS ESTATÍSTICOS REFERENTES A 2008

TOTAL de Tudo. Page 1

Tabela Área plantada, área colhida e produção, por ano da safra e produto das lavouras. Total Cana-de-açúcar

DIRECTIVAS DIRECTIVA 2007/8/CE DA COMISSÃO. de 20 de Fevereiro de 2007

Jornal Oficial da União Europeia L 165/25

Culturas de Suporte Fitossanitário Insuficiente INC 01 de Jaguariúna - SP, 05 de maio de 2010

DIRECTIVA 2007/9/CE DA COMISSÃO. de 20 de Fevereiro de 2007

NOMENCLATURA. Ocupações Culturais. Outubro 2007

Banco Português de Germoplasma Vegetal 40 anos de conservação dos recursos genéticos em Portugal

L 260/4 Jornal Oficial da União Europeia DIRECTIVAS

Produtos de origem. Texto consolidado produzido pelo sistema CONSLEG do serviço das publicações oficiais das comunidades Europeias.

The Ecological Network as a tool of sustainability FCT, Lx

Karate Zeon+ 1.5 CS. Karate Zeon+ 1.5 CS INSECTICIDA. Portugal. Ultima atualização: Authorisation Number: 0433 Pack size: 100 ml

Jornal Oficial da União Europeia L 243/61

Escola: Nome: Turma: N.º: Data: / / FICHA DE TRABALHO 1. fibras vegetais glícidos reguladora. plástica lípidos energética

PARTE II Dinâmicas da Agricultura a Norte: Extensificação e Especialização na Diversidade

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE AGRICULTURA BIOLÓGICA

Ciências Naturais, 6º Ano. Ciências Naturais, 6º Ano FICHA DE TRABALHO 1. Escola: Nome: Turma: N.º: Conteúdo: Nutrientes Alimentares: Funções Gerais

AUTORIZAÇÃO EXCECIONAL DE EMERGÊNCIA Nº 2016/07. Data da Autorização

Jornal Oficial da União Europeia L 335/3

ESTRUTURA LOCAL DE APOIO ALENTEJO CENTRAL. Normativos

PRODUÇÃO DE CÂNHAMO. A produção de cânhamo pode beneficiar do pagamento de base desde que cumpra determinadas disposições.

Jornal Oficial da União Europeia L 243/41 DIRECTIVAS

Atividades produtivas nacionais

EVOLUÇÃO DA BALANÇA DE PAGAMENTOS NO SECTOR HORTOFRUTÍCOLA ENTRE 2000 E 2009

Pagamento por pra ticas agrí colas bene ficas para o clima e o ambiente- Greening

Assunto: Solicitação de ação para prorrogação da NORMA INTERNA DFIA/SDA Nº 003, DE 02 DE OUTUBRO DE 2007.

ESTADO DAS CULTURAS E PREVISÃO DE COLHEITAS

Capítulo 7. Produtos hortícolas, plantas, raízes e tubérculos, comestíveis

Relatório da Base de Abastecimento para Produtores de Biomassa

Uso de produtos fitofarmacêuticos em Protecção Integrada - Novos critérios

Aumentos de produtividade nas vinhas e nos pomares de pereiras e macieiras; Aumento global da produção de cereais de outono/inverno

A Reconversão da Faixa de Protecção das Linhas de Transporte de Energia da RNT

Plantas para Arborização

A presente Circular actualiza e corrige a Circular DSPFSV (H/C) - 15/2007, de 13 de Dezembro de 2007, face a alterações entretanto verificadas.

Helena Pereira

JORNAL OFICIAL. Sumário REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA. Sexta-feira, 9 de setembro de Série. Número 158

VPP vpp VPP Vpp Vpp vpp vpp

DIRECTIVA 2007/7/CE DA COMISSÃO

CEREAIS E DERIVADOS Cereais:

Centro de Ciências Agrárias Dom Pedrito Curso de Zootecnia. Forrageiras II. ILP Integração Lavoura- Pecuária

Capítulo 7. Produtos hortícolas, plantas, raízes e tubérculos, comestíveis

2ºAno Turma B. Maio de Pesquisa elaborada pelos alunos nas aulas de Cidadania, ao longo do 2º período, em colaboração com as suas famílias.

Projeto de rótulo. Face Principal e de Controlo (Parte Central do Rótulo) ESTE PRODUTO DESTINA-SE AO USO PROFISSIONAL

FICHAS TÉCNICAS IQV AGRO PORTUGAL, S.A. SONAR. Fungicida para combate à: Podridão cinzenta: videira, hortícolas, morangueiro e framboesa;

Angiospermas. Monocotiledôneas

Projecto Criar Bosques


URI: /25523

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, DO DESENVOLVIMENTO RURAL E DAS PESCAS

PENDINOVA. Concentrado para emulsão (EC) com 330 g/l ou 31,42% (p/p) de pendimetalina

L 374/64 Jornal Oficial da União Europeia

FREGUESIA POR BOMBAGEM POR GRAVIDADE. (1 - Conta Propria, 2 - Alugador, 3 - Alugador Complementar, 4 - Arte Xávega) / / / /

27 JAN - 02 FEV. Presidente: Paulo Águas Textos: Ana Paula Nunes, Maria do Carmo Martins Design: Helder Coelho. Patrocinador oficial:

1 Lavouras. Cereais, leguminosas e oleaginosas. Área e Produção - Brasil 1980 a 2008

Resumo Público de Certificação Florestal Referencial PEFC Portugal para Sistemas de Gestão Florestal Sustentável

Menu Semanal - Berçário e 1 ano 28/8 a 1 de Setembro

TERRA SÃ AGROBIO. Porto, 29 de Novembro de

Angiospermas. Monocotiledôneas

AS INFRAESTRUTURAS ECOLÓGICAS E O ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO EM PORTUGAL

LSPA. Levantamento Sistemático da Produção Agrícola. Janeiro de Pesquisa mensal de previsão e acompanhamento das safras agrícolas no ano civil

Artigo 1. o. Alteração do Regulamento de Delegado (UE) n. o 1031/2014

Menu Semanal - Pré escolar 2 a 6 de Outubro

Uso Ilegal de Produtos Fitofarmacêuticos e Riscos para a Saúde humana e Ambiente. Paulo Cruz (Engº Agrónomo)

ENAAC - Grupo Sectorial Agricultura, Floresta e Pescas. Estratégia de Adaptação da Agricultura e das Florestas às Alterações Climáticas

Produção vitivinícola afetada por chuvas e doenças

Conselho da União Europeia Bruxelas, 6 de abril de 2017 (OR. en)

PREÇO Nº PREÇO TAXA CLASSIFICAÇÃO FAMÍLIA ARTIGO DESCRIÇÃO LEGISLAÇÃO P/PONTO PONTOS EUROS IVA ECONÓMICA

AGRICULTURA, PECUÁRIA E INDÚSTRIA TRANSFORMADORA RELATÓRIO DE CONJUNTURA

Levantamento Sistemático da Produção Agrícola

Solução concentrada com 200 g/l ou 17% (p/p) de diquato (sob a forma de sal de dibrometo). Grupo Químico Bipiridilo

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ Departamento de Farmácia Laboratório de Farmacognosia

Transcrição:

LISTA NACIONAL DE CULTURAS MAIORES

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, DO MAR, DO AMBIENTE E DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO DIREÇÃO-GERAL DE ALIMENTAÇÃO E VETERINÁRIA LISTA NACIONAL DE CULTURAS MAIORES LISBOA 2012

ÍNDICE 1 INTRODUÇÃO... 3 2 CLASSIFICAÇÃO NACIONAL DE CULTURAS MAIORES... 4 2.1.CULTURAS AGRÍCOLAS MAIORES... 5 2.2. ESPÉCIES ARBÓREAS FLORESTAIS MAIORES... 8

1 - INTRODUÇÃO Em 2001 foi criada uma primeira classificação nacional de culturas maiores tendo a mesma sido atualizada em 2008, face a critérios adotados pela Comissão Europeia, o que se traduziu numa diminuição do número de culturas consideradas maiores e, em consequência, um alargamento das culturas consideradas menores. A publicação do novo regulamento comunitário relativo à colocação no mercado de produtos fitofarmacêuticos (Regulamento (CE) n.º1107/2009, de 21 de Outubro), com novas regras para a autorização de colocação no mercado de produtos, nomeadamente para utilizações menores implicou a revisão e atualização da classificação dos usos maiores. O presente documento pretende definir os critérios para o estabelecimento de usos maiores e apresentar a classificação das culturas agrícolas e espécies florestais maiores, para efeitos de aplicação da legislação de autorização de produtos fitofarmacêuticos para as utilizações menores. Para efetuar um pedido de alargamento de espetro de um produto fitofarmacêutico já autorizado em Portugal, para uma utilização menor, deve ser consultado o documento - Procedimentos para as extensões de autorização para as utilizações menores - disponível no site da Direção-Geral de Agricultura e Veterinária (DGAV) (www.dgv.min-agricultura.pt). 3

2 - CLASSIFICAÇÃO NACIONAL DE CULTURAS MAIORES Na sequência da publicação e entrada em vigor do Regulamento (CE) n.º 1107/2009, de 21 de Outubro, relativo à colocação de produtos fitofarmacêuticos no mercado, foi necessário rever a classificação nacional de culturas maiores. Nesta revisão foram incluídas as espécies Arbóreas Florestais Maiores. A classificação nacional das culturas agrícolas maiores teve por base os critérios adotados no documento comunitário SANCO 7525/VI/95-rev.8, de 01 de Fevereiro de 2008, nomeadamente a dieta alimentar (> 7,5g/dia), a área agrícola (> 10 000ha) e a produção (> 200 000 t/ano). No que concerne à definição de critérios para classificar as espécies florestais maiores e na falta de critérios europeus, foram tidas em consideração as espécies com áreas mais representativas no País, sendo classificadas como espécies florestais maiores as que cumprem o seguinte critério: - área florestal > 30 000ha, correspondente a 1% da Superfície Florestal Total. Assim, apresenta-se, a listagem atualizada das Espécies Agrícolas e Arbóreas Florestais Maiores em Portugal. 4

2.1.CULTURAS AGRÍCOLAS MAIORES 2.1.1. CEREAIS CEREAIS OUTONO-INVERNO: Trigo (Família Poaceae; Triticum spp.) Aveia (Família Poaceae; Avena sativa L.) Cevada (Família Poaceae; Hordeum vulgare) Centeio (Família Poaceae; Secale cereale) Triticale (Família Poaceae; X Triticosecale Wittm ) CEREAIS PRIMAVERA-VERÃO: Arroz (Família Poaceae; Oryza sativa L.) Milho (Família Poaceae; Zea mays L.) 2.1.2. FRUTEIRAS CITRINOS Laranjeira (Família Rutaceae; Citrus sinensis L.) POMÓIDEAS Macieira (Família Rosaceae; Malus domestica Borkh) Pereira (Família Rosaceae; Pyrus communis L.) PRUNÓIDEAS Pessegueiro (Família Rosaceae; Prunus persica L.) incluindo nectarinas BAGAS E PEQUENOS FRUTOS Videira (Família Vitaceae; Vitis vinífera L.) uva de mesa e para vinho 5

FRUTOS DIVERSOS Oliveira (Família Oleaceae; Olea europaea L.) 2.1.3. FRUTOS SECOS Amendoeira (Família Rosaceae; Prunus dulcis) Castanheiro (Família Fragacea; Castanea sativa) 2.1.4. HORTÍCOLAS RAIZES Cenoura (Família Apiaceae; Daucus carota L.) TUBÉRCULOS Batata (Família Solanaceae; Solanum tuberosum L.) BOLBOS DE HORTÍCOLAS Cebola (Família Alliaceae; Allium cepa L.) FRUTOS DE HORTÍCOLAS Tomateiro (Família Solanaceae; Lycopersicon esculentum Miller) HORTÍCOLAS DE FOLHA E PLANTAS AROMÁTICAS FRESCAS Alface (Família Asteraceae; Lactuca sativa L.) 6

LEGUMINOSAS Feijoeiro (Família Fabaceae; Phaseolus vulgaris L.) (Feijão verde e feijão para grão seco) 2.1.5. OLEAGINOSAS Girassol (Família Asteraceae; Helianthus annuus L.) 2.1.6. PASTAGENS PASTAGENS TEMPORÁRIAS E PERMANENTES 7

2.2. ESPÉCIES ARBÓREAS FLORESTAIS MAIORES 2.2.1. ESPÉCIES DE QUERCUS Azinheira (Família Fagaceae, Quercus rotundifolia) Carvalho (Família Fagaceae, Quercus robur) Sobreiro (Família Fagaceae, Quercus suber) 2.2.2. ESPÉCIES DE EUCALIPTUS Eucalipto (Família Myrtaceae, Eucaliptus globulus) 2.2.3. ESPÉCIES DE PINUS Pinheiro manso (Família Pinaceae, Pinus pinea) Pinheiro bravo (Família Pinaceae, Pinus pinaster) 8

AGRADECIMENTOS: A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária agradece muito reconhecidamente à técnica Joana Faria, da ANEFA, a autorização concedida para publicação da fotografia de eucaliptal. 9

LISTA NACIONAL DE CULTURAS MAIORES FICHA TÉCNICA Editor: Direção-Geral de Alimentação e Veterinária Textos técnicos: Filomena Carmona Miriam Cavaco Design da capa: Luís Conceição Edição em suporte digital: 2012/09