A POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (PNAS) E A IMPORTÂNCIA DAS INSTÂNCIAS DO CONTROLE E DA PARTICIPAÇÃO SOCIAL 1 Druzian, Andressa 2 ; Avila, Lisélen 3 ; Aguinsky, Beatriz 4 1 Trabalho do tipo bibliográfico 2 Assistente Social da Prefeitura Municipal de São João do Polêsine/RS, Especializanda em Gestão Pública Municipal pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) 3 Assistente Social, Mestranda em Serviço Social pelo Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) 4 Assistente Social, Doutora em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Diretora da Faculdade de Serviço Social da PUCRS E-mail: asdruzian@yahoo.com.br; lis_avila@yahoo.com.br; aguinsky@pucrs.br RESUMO A Política Nacional de Assistência Social (PNAS) é uma política conhecida por seu caráter não contributivo e expressa a materialidade da assistência social no Brasil. Faz parte do Sistema de Proteção Social Brasileiro, presente na Constituição Federal de 1988 (CF 1988), está incluída no âmbito da Seguridade Social e regulamentada pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS 1993). Esta política possui como público usuário cidadãos e grupos que se encontram em situações de vulnerabilidade e riscos (pessoal e social). A estes destinatários a assistência social é garantida mediante proteções como: proteção social básica e proteção social especial. Para que as políticas sociais, principalmente a política de assistencia social, se consolidem é necessário haver participação e controle social e entender a importância dessas instâncias. A participação significa autoapresentação, é direta, onde o próprio indivíduo se manifesta. Juntamente com a participação se dá o controle social que é feito por parte dos conselhos nas diferentes esferas de governo. Palavras-chave: Assistência Social; Participação Social; Políticas Públicas; Controle Social. 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho esclarecerá a respeito da Política Nacional de Assistência Social, bem como abordará a questão da participação e do controle social, mencionado a importância do protagonismo dos cidadãos. A assistência social é uma política pública não contributiva, dever do Estado e direto de todo cidadão que dela necessitar. A Constituição Federal de 1988 dá as diretrizes para a gestão das políticas públicas, entre elas, a de assistência social, que tem a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), de 1993, para 1
estabelecer os objetivos, princípios e diretrizes das ações. A LOAS determina que a assistência social seja organizada em um sistema descentralizado e participativo, composto pelo poder público e pela sociedade civil. A Assistência Social remete a possibilidade de reconhecimento público da legitimidade das demandas de seus usuários e espaço de ampliação de seu protagonismo que significa organização política que atinge um patamar coletivo, indo além da cidadania individual. Esta política se organiza conforme as seguintes diretrizes: descentralização político-administrativa; participação da população na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis; primazia da responsabilidade do Estado na condução da Política de Assistência Social em cada esfera de governo e; centralidade na família para concepção e implementação dos benefícios, serviços, programas e projetos. Para que a Política de Assistência Social, assim como as demais, tenham progresso, é importante a instância do controle social e da participação da população na gestão pública, possibilitando aos cidadãos a fiscalização e controle das instituições e organizações governamentais, visando conhecer o que é feito e desenvolvido em termos de políticas públicas para o atendimento das necessidades prioritárias da população. Ainda, permite à sociedade organizada intervir nas políticas públicas, interagindo com as diferentes esferas de governo para definir prioridades na elaboração dos planos de ação. Dessa forma, o controle e a participação favorecem a busca por melhorias nos níveis de oferta e de qualidade dos serviços e fiscalizar a aplicação dos recursos públicos. 2. A POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E AS INSTÂNCIAS DO CONTROLE E DA PARTICIPAÇÃO SOCIAL A Política Nacional de Assistência Social (PNAS) expressa a materialidade da Assistência Social como uma política parte do Sistema de Proteção Social Brasileiro, presente na Constituição Federal de 1988 (CF 1988), foi incluída no âmbito da Seguridade Social e regulamentada pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS - 1993), que traz em seu artigo 1º a assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é política de Seguridade Social não contributiva, que prevê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas. Ou seja, a assistência social enquanto política social pública aponta para uma nova concepção de direito, de universalização do acesso e de responsabilidade 2
estatal que juntamente com a Saúde e a Previdência, constitui o tripé da Seguridade Social (sistema de bem-estar brasileiro). A assistência social, política pública não contributiva, é dever do Estado e direto de todo cidadão que dela necessitar. Entre os principais pilares da assistência social no Brasil estão a Constituição Federal de 1988, que dá as diretrizes para a gestão das políticas públicas, e a Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), de 1993, que estabelece os objetivos, princípios e diretrizes das ações. A Loas determina que a assistência social seja organizada em um sistema descentralizado e participativo, composto pelo poder público e pela sociedade civil. A IV Conferência Nacional de Assistência Social deliberou, então, a implantação do Sistema Único de Assistência Social (Suas). Cumprindo essa deliberação, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) implantou o Suas, que passou a articular meios, esforços e recursos para a execução dos programas, serviços e benefícios socioassistenciais (MDS, 2011). A Assistência Social representa a possibilidade de reconhecimento público da legitimidade das demandas de seus usuários e espaço de ampliação de seu protagonismo. O protagonismo consiste em (...) organizar-se politicamente para ir além da cidadania individual, atingindo o patamar coletivo (DEMO, 2003 in CAMPOS, 2009). Para que este protagonismo seja realmente efetivado é necessário haver proteção social para garantir segurança de sobrevivência (de rendimento e de autonomia), de acolhida, de convívio ou vivencia familiar. A PNAS rege-se pelos princípios democráticos de: supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica; universalização dos direitos sociais; respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bem como a convivência familiar e comunitária; igualdade de direitos no acesso ao atendimento e; divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais. Com base na CF 1988 e na LOAS 1993, a assistência social está organizada conforme as seguintes diretrizes: descentralização político-administrativa; participação da população na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis; primazia da responsabilidade do Estado na condução da Política de Assistência Social em cada esfera de governo e; centralidade na família para concepção e implementação dos benefícios, serviços, programas e projetos (PNAS, 2004). 3
Integralmente às políticas setoriais, considerando-se as desigualdades socioterritoriais, sendo assim, a política pública de assistência social visa: promover serviços, programas, projetos e benefícios de proteção social básica e, ou, especial para famílias, indivíduos e grupos que deles necessitarem; contribuir com a inclusão e a equidade dos usuários e grupos específicos, ampliando o acesso aos bens e serviços socioassistenciais básicos e especiais, em áreas urbana e rural e; assegurar que as ações no âmbito da assistência social tenham centralidade na família, e que garantam a convivência familiar e comunitária. A Política de Assistência Social possui como publico usuário cidadãos e grupos que se encontram em situações de vulnerabilidade e riscos (pessoal e social). A estes destinatários a assistência social é garantida mediante proteções como: proteção social básica e proteção social especial. A Proteção Social Básica objetiva prevenir situações de risco através do desenvolvimento de potencialidades e aquisições, e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários destina-se à população que vive em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, privação e/ou fragilização de vínculos afetivos (relacionais e de pertencimento social). Estabelece o desenvolvimento de serviços, programas e projetos locais de acolhimento, convivência e socialização de famílias e de indivíduos conforme a situação de vulnerabilidade identificada. Os benefícios, tanto de prestação continuada como os eventuais, compõem a Proteção Social Básica, dada a natureza de sua realização (PNAS, 2004). Os mesmos deverão se articular com as demais políticas públicas locais, de maneira que permita a sustentabilidade das ações desenvolvidas e o protagonismo das famílias e indivíduos atendidos. Deverão, também, se articular aos serviços de Proteção Especial, garantindo a efetivação dos encaminhamentos necessários. A Proteção Social Básica se efetiva por meio dos Centros de Referencia da Assistência Social (CRAS) e dos serviços de proteção básica. O CRAS se caracteriza por ser uma unidade pública estatal de base territorial, localizada em áreas de vulnerabilidade social. Executa serviços de Proteção Social Básica, organiza e coordena rede de serviços socioassistenciais locais da Política de Assistência Social (ORIENTAÇÕES TÉCNICAS, 2009). O CRAS atua com famílias e indivíduos em seu contexto comunitário visando a orientação e o convívio sociofamiliar e comunitário. É responsável pela oferta do Programa de Atenção Integral à Família (PAIF) que possui referência territorializada, com a 4
valorização das heterogeineidades, das particularidades do grupo familiar, da diversidade cultural, promovendo o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários. Os profissionais que atuam nos CRAS devem prestar informações e orientações para a população de sua área de abrangência, bem como se articular com a rede de proteção social local no que se refere aos direitos de cidadania. Realiza também o mapeamento e a organização da rede socioassistencial de proteção básica e promove a inserção das famílias no serviço de assistência social local, entre outros (ORIENTAÇÕES TÉCNICAS, 2009). São considerados serviços de proteção básica de assistência social aqueles que potencializam a família como unidade de referência, fortalecendo seus vínculos internos e externos de solidariedade, através do protagonismo de seus membros e da oferta de um conjunto de serviços locais que visam a convivência, a socialização e o acolhimento, em famílias cujos vínculos não foram rompidos, bem como a promoção da integração do mercado de trabalho. A Proteção Social Especial de Média Complexidade são os serviços que oferecem atendimento às famílias e indivíduos com seus direitos violados, mas cujos vínculos familiar e comunitário não foram rompidos. Requerendo, assim, maior estruturação técnicooperacional e atenção especializada e mais individualizada, e, ou, de acompanhamento sistemático e monitorado como, por exemplo, serviço de orientação e apoio sociofamiliar; plantão social; abordagem de rua; cuidado no domicilio; serviço de habilitação e reabilitação na comunidade das pessoas com deficiência; medidas socioeducativas em meio-aberto. Esta proteção abrange também o Centro de Referencia Especializado da Assistência Social, visando a orientação e o convívio sociaofamiliar e comunitário. Trata-se de um atendimento voltado às situações de violação de direitos. Existe, ainda, a Proteção Social Especial de Alta Complexidade, com serviços que garantem proteção integral como: moradia, alimentação, higienização e trabalho protegido para famílias e indivíduos que se encontram sem referencia e/ou em situação de ameaça, precisando ser retirados de seu núcleo familiar e/ou comunitário. Tais como: Atendimento Integral Institucional; Casa Lar; República; Casa de Passagem; Albergue, Família substituta, Família acolhedora, Medidas socioeducativas restritivas e privativas de liberdade; Trabalho protegido. Para que as políticas sociais, principalmente a política de assistência social sejam compativeis com as necessidades da população e realmente efetivadas, além de conhecer a respeito das mesmas, saber do que se tratam e qual o público alvo, quem pode acessá-las, 5
bem como os direitos que as mesmas buscam assegurar. etc. é necessário participação, ou seja, é importante também conhecer os mecanismos de controle social existentes, entender o que pode ser feito e qual é a voz que a população tem perante as políticas públicas. Pois, a proteção aos direitos sociais e individuais encontra-se assegurada na Constituição federal de 1988. A participação significa auto-apresentação, ou seja, a participação é direta, onde o próprio indivíduo se manifesta. Já a representação significa tornar presente, algo que está ausente. Representar implica que alguém tem a delegação para falar, atuar em nome de outro ou de um grupo (PTKIN,1967 in PAZ, 2009). No que diz respeito à Administração Pública, existe a preocupação de que os cidadãos tenham como direito assegurado os princípios constitucionais básicos como,a saber, os princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Desse modo, têm-se elencadas tanto na Constituição como na legislação infraconstitucional, a participação na gestão dos negócios do Estado. Porém, a Administração Pública possui a obrigação e o dever de agir com transparência, dando publicidade aos atos de gestão, para que então os mesmos se tornarem conhecidos e fiscalizados pelo povo. Controle social é a participação da população na gestão pública, possibilitando aos cidadãos meios e canais de fiscalização e controle das instituições e organizações governamentais, de modo a verificar o bom andamento das decisões tomadas em seu nome. É o exercício de democratização da gestão pública, que permite à sociedade organizada intervir nas políticas públicas, interagindo com o Estado para a definição de prioridades e na elaboração dos planos de ação dos Municípios, Estados ou do governo Federal. Visa direcionar as políticas para o atendimento das necessidades prioritárias da população, melhorar os níveis de oferta e de qualidade dos serviços e fiscalizar a aplicação dos recursos públicos. Sua concepção está diretamente relacionada com o Estado de Direito, democracia, participação popular, partilha de decisões. Ou seja, trata-se de um Estado que esteja a serviço do interesse público onde os cidadãos possam exercer e reclamar seus direitos. Supõe a existência de espaços públicos onde a sociedade organizada possa exercer este controle sobre o Estado (CNAS, p.37, 2011). 6
A Política Nacional de Assistência Social, assim como outras políticas, preza pela transparência, ou seja, é acompanhada e a avaliada não apenas do poder público, mas também pela sociedade. É neste ponto que se destaca a atuação dos conselhos seja os nacionais, os estaduais ou os municipais, todos são importantes e atuando em conjunto trazem mais seriedade e notoriedade para as políticas públicas, principalmente, para a política de assistência social que é muito nova e ainda pouco conhecida/reconhecida. A gestão da assistência social brasileira é acompanhada e avaliada tanto pelo poder público quanto pela sociedade civil, igualmente representados nos conselhos nacional do Distrito Federal, estaduais e municipais de assistência social. Esse controle social consolida um modelo de gestão transparente em relação às estratégias e à execução da política. A transparência e a universalização dos acessos aos programas, serviços e benefícios socioassistenciais, promovidas por esse modelo de gestão descentralizada e participativa, vem consolidar, definitivamente, a responsabilidade do Estado brasileiro no enfrentamento da pobreza e da desigualdade, com a participação complementar da sociedade civil organizada, através de movimentos sociais e entidades de assistência social (MDS, 2011). Procura-se destacar que as políticas públicas são compostas por políticas econômicas e sociais e têm no Estado o seu formulador e executor. Portanto, para compreender o significado da política de assistência social, a necessidade de se ter a participação e o controle social presentes nos indivíduos e na sociedade, apreendendo o significado da Política Social no capitalismo, entender que elas existem para concretizar os direitos dos cidadãos e que os mesmos precisam,além de conhecê-las e saber do que se tratam, participar,estarem juntos as instancias de controle social para fiscalizar e.propor melhorias e adequações. 3. CONCLUSÃO O estudo mostrou a importância de se conhecer e entender a respeito das políticas públicas, destacando-se a de Assistência Social, e compreender a necessidade do protagonismo, da participação e do controle social. Verificou-se que a assistência social é 7
uma política pública não contributiva, dever do Estado e direto de todo cidadão que dela necessitar e, é a Constituição Federal de 1988 que dá as diretrizes para a sua gestão. A Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), de 1993, estabelece os objetivos, princípios e diretrizes das ações e determina que a assistência social seja organizada em um sistema descentralizado e participativo, composto pelo poder público e pela sociedade civil. Visto que a assistência social representa a possibilidade de reconhecimento público da legitimidade das demandas de seus usuários e espaço de ampliação de seu protagonismo. Enfatizou-se, também, no presente trabalho que a referida política possui diretrizes para que, assim como as demais, tenha progresso. Destacou-se, ainda, a instância do controle social e da participação da população na gestão pública, possibilitando aos cidadãos a fiscalização e o controle das instituições e organizações governamentais, visando conhecer o que é feito e desenvolvido em termos de políticas públicas para o atendimento das necessidades prioritárias da população. Assim, o conhecimento e a informação juntamente com o poder pelo qual a sociedade e os cidadãos dispõem para participarem do desenvolvimento e implementação das políticas sociais permite a sociedade organizada intervir nas políticas públicas, interagindo com as diferentes esferas de governo para definir prioridades na elaboração dos planos de ação. Então, o controle e a participação favorecem a busca por melhorias nos níveis de oferta e de qualidade dos serviços e fiscalizar a aplicação dos recursos públicos, algo muito necessário quando se fala em Política Nacional de Assistência Social, pois a PNAS é bastante nova, com apenas 7 anos, e com muitos obstáculos, entraves e desafios a enfrentar. 4. REFERÊNCIAS CAMPOS, Edival Bernardino. O protagonismo do usuário da assistência social na implementação e controle social do SUAS. Caderno de Textos: Subsídios para debates: participação e controle social do SUAS. Brasília - CNAS, MDS. 2009. Disponível em: <http://www.cnas.gov.br>. Acesso em 07 de ago. de 2011. CNAS. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome/ Conselho Nacional de Assistência Social. Manual Orientador da VIII Conferência Nacional de Assistência Social. CNAS: Brasília, abril, 2011. MDS. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Disponível em: <http://www.mds.gov.br/assistenciasocial>. Acesso em: 08 ago. de 2001. ORIENTAÇÕES TÉCNICAS: Centro de Referência de Assistência Social CRAS/ Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. 1 ed. Brasília: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, 2009. 8
PAZ, Rosangela D. O. da. Representação e representatividade: dilemas para os conselhos de Assistência Social. 2009. PNAS, Política Nacional de Assistência Social. Ministério do Desenvolvimento Social/ Secretaria Nacional de Assistência Social Política Nacional de Assistência Social. Brasília, novembro de 2004. Disponível em http://www.mds.gov.br/nob.asp. Acesso em: 08 ago. de 2011. 9