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celulares, notebooks, relógios, marca-passo, entre outros. O estudo de processos de conversão de energia é um ramo importante da eletroquímica, cujo objetivo é o estudo da relação entre energia elétrica e transformações químicas (RUSSEL, 1994). Acompanhando esse raciocínio, torna-se importante incluir no processo de ensino-aprendizagem temas cotidianos correlacionados às tecnologias, principalmente no emprego destas em disciplinas tais como Física, Matemática e Química, colocando o discente com um papel importante na sociedade ao ofertar a ele potencialidades com relação aos conhecimentos técnico-científicos. Portanto, o presente trabalho permitiu perceber como a tecnologia e as pilhas se encontram cada vez mais presentes em nossa vida e sua vasta utilidade em nosso dia a dia, o que nos proporciona crescente praticidade, e sendo assim percebe-se também que é possível produzir energia de maneira simples e sustentável. 475 Referencial Teórico Eletroquímica é uma área da química que estuda a transformação de energia química em energia elétrica e vice-versa. A transformação é realizada por intermédio das reações químicas entre os elementos presentes na reação, onde um perde elétrons e outro ganha. Todos os processos envolvem reações de oxirredução. Também estuda as reações que ocorrem por intermédio do fornecimento de corrente elétrica, conhecidas como eletrólise. O seu estudo pode ser divido em duas partes: pilhas e baterias e eletrólise (Usberco e Salvador, 2000). Algumas definições são de suma importância para melhor compreendermos os estudos acerca de pilhas e baterias, que são dispositivos onde ocorrem reações espontâneas de óxido redução, produzindo assim corrente elétrica. Outro conceito que também é importante abordarmos é a eletrólise processo no qual uma corrente elétrica produz uma reação de óxido redução. O entendimento do funcionamento de uma pilha pode ser feito estudando uma das pilhas mais simples já criadas, a pilha de Daniell, que é constituída por uma placa de Zinco (Zn) em uma solução de ZnSO 4 e uma

placa de Cobre (Cu) em uma solução de CuSO 4. As duas soluções são ligadas por uma ponte salina. Ocorre tal funcionamento devido ao conjunto de eletrodos, fios metálicos e ponte salina que forneceram as condições necessárias para a movimentação ordenada de cargas elétricas, originando desta forma uma corrente elétrica. Logo, podemos consumar que existe diferença de potencial presente entre as placas metálicas de cobre e zinco. (Tito e Canto, 2003) O fato de a concentração de íons Zn + na solução aumentar, e de a placa sofrer corrosão revela que está ocorrendo a oxidação do zinco: 476 Zn(s) Zn +2 (aq) + 2e - Placa Vai para a solução Vão para o fio metálico O fato de a concentração de íons Cu 2+ diminuírem, e haver depósito de cobre metálico indica que íons cobre da solução estão sofrendo redução: Cu 2+ (aq) + 2e _ Cu (s) Solução Vem do fio metálico Deposita-se na placa Figura 1- Pilha de Daniell Fonte: <https://eletroquimicas.wordpress.com/pilha-de-daniell/> Segundo Usberco e Salvador (2000) a pilha mais comum que existe em nosso dia a dia é a pilha seca comum, que foi inventada em 1866 e é usada atualmente em rádios portáteis, brinquedos, relógios, lanternas etc. Essa pilha é composta por um revestimento de zinco, que funciona como o ânodo da célula e que é isolado das outras espécies químicas presentes na pilha. O eletrodo central, o cátodo, é formado grafita e está revestido por uma camada

de dióxido de manganês, por carvão em pó e por uma pasta úmida contendo cloreto de amônio, cloreto de zinco e água. A voltagem que se obtém com essa pilha geralmente é de aproximadamente 1,5 V. Já as pilhas alcalinas são bem parecidas com as pilhas comuns; o que as diferem é o fato de que a pasta escura, que nas pilhas comuns é feita de NH 4 Cl e de ZnCl 2, nas pilhas alcalinas é composta por uma solução aquosa de hidróxido de potássio (KOH) e óxido de zinco (ZnO), sendo essa pasta altamente cáustica, ou seja, uma substância altamente corrosiva.(usberco e Salvador,2000) 477 Figura 2- Pilha Alcalina Fonte: < http://www.ebah.com.br/content/abaaaf6j8ab/banco-dados-qui-iipilha?part=24 > As pilhas de mercúrio são bastante utilizadas em relógios, câmeras fotográficas, aparelhos auditivos etc. O ânodo desse tipo de pilha é formado de zinco, o cátodo é o óxido de mercúrio II (HgO) e a solução eletrolítica é o hidróxido de potássio [KOH (aq) ]. (Usberco e Salvador, 2000)

Figura 3- Pilha de Mercúrio (Eletroquímica) Fonte: <http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/pilhas-mercurio.htm> 478 Materiais e Métodos Após os estudos bibliográficos e pesquisas executadas, para que melhor pudessem ser efetuadas as escolhas acerca de materiais e características para encaixarem-se de maneira eficaz na montagem da pilha, obtivemos como melhores opções os seguintes materiais:. Lata de alumínio com capacidade de 300 ml (que geralmente são vendidas contendo refrigerantes e sucos). NaCl (sal de cozinha). Papel toalha. Fio/cobre. Água em temperatura ambiente. Desenvolvimento Para que ocorram as reações necessárias para gerar tensão, devemos montar da seguinte maneira: Primeiramente deve-se pegar um fio, descascá-lo, e em seguida retirar o cobre do mesmo, logo após enrolamos o papel toalha como um cilindro e enrolamos o cobre no mesmo. Fazemos dois pequenos furos nas laterais superiores da lata, e dentro dela colocamos duas colheres cheias de sal e 200 ml de água. Ao colocar-se esse rolinho dentro da lata precisamos tomar cuidado para que o cobre não entre em contato com o alumínio da lata. De acordo com os experimentos realizados, e verificando o comportamento dos materiais podemos perceber que a corrente elétrica gerada na bateria está ligada ao comportamento químico existente entre o alumínio da

lata, o oxigênio do ar e a água contida ali. O sal e o cobre ajudam nesse processo, mas não participam diretamente da reação, sucedendo-se que o sal faz com que a água se torne boa condutora de energia e desta forma nota-se que os mesmos podem ser substituídos por outros materiais que possuam características parecidas. Constatando assim, que o alumínio como o polo negativo, trata-se do ânodo e o cobre como polo positivo o cátodo, e sendo o alumínio aquele que possui tendência a sofrer oxidação (perda de elétrons) e o cobre a propriedade de conduzir a corrente gerada. Devido aos dados e reações retratadas acima obtivemos uma tensão média de 0,5V e uma corrente de aproximadamente 1mA, sendo estes quando é realizada a montagem da pilha utilizando-se água e sal, e que quando acrescentamos água sanitária esse valor aumenta para uma tensão de 0,7V. 479 Figura 4- Montagem da pilha Fonte: Elaborada pelo autor. Ao ligar as pilhas em série, conectando o polo negativo de uma no positivo da outra, ou seja, alumínio de uma no cobre da outra, soma-se as pilhas obtendo como resultado final uma bateria, com uma corrente igual em todo o circuito.

480 Fonte: Elaborada pelo autor. Figura 5 - Montagem das Pilhas em série. Com os resultados obtidos é perceptível que somente uma unidade da pilha não possui utilidade em nosso dia-a-dia, contudo, se ligarmos uma certa quantidade em série obteremos um melhor resultado, e desta maneira encontraremos uma utilidade para ela. Como por exemplo, acender um LED (que necessita de 1,5V) ou em uma maior quantidade fazer com que a mesma acione um motor de baixa potência. Conclusões De acordo com as necessidades que surgem em nosso dia a dia, buscar uma fonte de energia alternativa é extremamente importante para que possamos adquirir a praticidade que tanto se almeja. O desenvolvimento de uma pilha com materiais de nosso cotidiano onde todos os itens necessários são de fácil acesso tornou-se uma maneira fácil, eficaz e sustentável para obtenção energia. Assim sendo, a medida que se aprofunda no conhecimento das teorias fundamentais, acredita se que o ponto crucial na escolha de um material que tenha a tendência em sofrer oxidação, e outro material que tenha propriedade contrária, ou seja, se manter na forma reduzida, sem perda de elétrons. Como a reação gera um baixo valor de tensão, a melhor maneira de gerar uma corrente maior é a obtenção de um número maior de pilhas, ou seja,

quanto mais pilhas, maior será a tensão resultante e assim obteremos melhores resultados. Referências BRASIL. LEI Nº 11.892, 29 DE DEZEMBRO DE 2008, Institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11892.htm>. Acesso em: 16 jun. 2015. 481 BROWN, L. S.; HOLME, T. A. Química Geral Aplicada à Engenharia. Tradução de Maria Lúcia Godinho de Oliveira. São Paulo: Cengage Learning, v. Único, 2013. FELTRE, R. Química. 5. ed. São Paulo: Moderna, v. 2, 2003. MORTIMER, Eduardo Fleury; MACHADO, Andréa Horta. Química para o ensino médio. 1. ed. São Paulo: Scipione, 2003. PERUZZO, F. M.; CANTO, E. L. D. Química na abordagem do cotidiano. 4. ed. São Paulo: Moderna, v. 2, 2010. RUSSEL, J. B. Química Geral. 2. ed. [S.l.]: Makron Books, v. II, 1994. PERUZZO, T. M.; CANTO, E. L. D. Química na abordagem do cotidiano. São Paulo: Moderna, v. único, 2002. USBERCO, João; SALVADOR, Edgard. Físico-química. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2000. INFOESCOLA, Pilha de Daniell/ Pilha Eletroquímica. Disponível em: <http://www.infoescola.com/quimica/pilha-de-daniell-pilha-eletroquimica/>. Acesso em: 18 jan. 2016. MANUAL do mundo, Bateria de alumínio. Disponível em: <http://mdmundo.s3.amazonaws.com/wp-content/uploads/bateria-araluminio.pdf>. Acesso em: 05 dez. 2015. MUNDO educação, Química-pilhas e baterias. Disponível em: <http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/pilhas-alcalinas.htm>. Acesso em: 23 jan. 2016.