DESENVOLVIMENTO DE UM SIMULADOR DE MOVIMENTOS VERTICAIS COM ATUAÇÃO PNEUMÁTICA



Documentos relacionados
FAPERJ & PIUES/PUC-Rio FÍSICA E MATEMÁTICA DO ENSINO MÉDIO APLICADAS A SISTEMAS DE ENGENHARIA

CAPÍTULO 3 - RETIFICAÇÃO

Miguel C. Branchtein, Delegacia Regional do Trabalho no Rio Grande do Sul

Atmosfera Padrão. Atmosfera Padrão

Sensores e Atuadores (2)

Automação Hidráulica

PROVA DE FÍSICA 2º ANO - ACUMULATIVA - 2º TRIMESTRE TIPO A

Controle de vibração significa a eliminação ou a redução da vibração.


Fundamentos de Automação. Hidráulica 01/06/2015. Hidráulica. Hidráulica. Hidráulica. Considerações Iniciais CURSO DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

das válvulas de vazão de líquidos e gases

Resoluções dos exercícios do capítulo 4. Livro professor Brunetti

Processos em Engenharia: Modelagem Matemática de Sistemas Fluídicos

LEI DE OHM. Professor João Luiz Cesarino Ferreira. Conceitos fundamentais

DESCRITIVO TÉCNICO. 1 Alimentador

Tutorial de Eletrônica Aplicações com 555 v

Eletrônica Industrial Apostila sobre Modulação PWM página 1 de 6 INTRODUÇÃO

Fundamentos de Automação. Pneumática 01/06/2015. Pneumática. Pneumática. Pneumática. Considerações Iniciais CURSO DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

Funções de Posicionamento para Controle de Eixos

Tânia observa um lápis com o auxílio de uma lente, como representado nesta figura:

Prof. Daniel Hasse. Robótica Industrial

Controle universal para motor de passo

Curso Automação Industrial Aula 2 Estrutura e características Gerais dos Robôs. Prof. Giuliano Gozzi Disciplina: CNC - Robótica

grandeza do número de elétrons de condução que atravessam uma seção transversal do fio em segundos na forma, qual o valor de?

DESCRIÇÃO VALOR UNIDADE Comprimento máximo

Válvulas: Podem ser: -CONTROLADORAS DE DIREÇÃO. -CONTROLADORAS DE FLUXO. -CONTROLADORAS DE PRESSÃO. - DE BLOQUEIO.

IW10. Rev.: 02. Especificações Técnicas

6. CILINDROS PNEUMÁTICOS

Hoje estou elétrico!

Colégio Politécnico da UFSM DPADP0024 : Processamento Digital de Imagens (Prof. Dr. Elódio Sebem)

Lubrificação III. Após a visita de um vendedor de lubrificante. Outros dispositivos de lubrificação

Arquitetura das Unidades de Controle Eletrônico

Controle para Motores de Passo usando módulo USB-6008

SISTEMA DE APONTAMENTO

Sistemas Pneumáticos

Título: Controle de um sistema Bola- Barra com realimentação através de imagem

Capítulo 11 MOTORES ELÉTRICOS DE CORRENTE CONTÍNUA E UNIVERSAL. Introdução

Conceitos Básicos de Automação. Exemplo Motivador

Ivan Guilhon Mitoso Rocha. As grandezas fundamentais que serão adotadas por nós daqui em frente:

FINANCEIRA. Reginaldo J. Santos. Universidade Federal de Minas Gerais Agosto de de abril de 2009

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS CENTRO DE ENGENHARIA E COMPUTAÇÃO

6 Conclusões e Trabalhos futuros 6.1. Conclusões

Ensaios Mecânicos de Materiais. Aula 10 Ensaio de Torção. Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues

Neste pequeno artigo resolveremos o problema 2 da USAMO (USA Mathematical Olympiad) 2005: (x 3 + 1)(x 3 + y) = (x 3 + y)(1 + y) = z 9

PROJETO DE REDES

Física Aplicada PROF.: MIRANDA. 2ª Lista de Exercícios DINÂMICA. Física

Comandos Eletro-eletrônicos SENSORES

SIMULADO ABERTO ENEM 2015

Os capacitores são componentes largamente empregados nos circuitos eletrônicos. Eles podem cumprir funções tais como o armazenamento de cargas

Caminhões basculantes. Design PGRT

Segunda aula de mecânica dos fluidos básica. Estática dos Fluidos capítulo 2 do livro do professor Franco Brunetti

Como funciona o motor de corrente contínua

Instrumentação na Indústria Química. Prof. Gerônimo

EMTV MANUAL DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DESDE 1956

1. ENTALPIA. (a) A definição de entalpia. A entalpia, H, é definida como:

CONCURSO DE ADMISSÃO AO CURSO DE FORMAÇÃO E GRADUAÇÃO FÍSICA CADERNO DE QUESTÕES

Questão 1. Questão 2. Resposta. Resposta

PROJETO GERADOR EÓLICO

GERADORES MECÂNICOS DE ENERGIA ELÉTRICA

São componentes formados por espiras de fio esmaltado numa forma dentro da qual pode ou não existir um núcleo de material ferroso.

Ensaio de torção. Diz o ditado popular: É de pequenino que

Mecânica 2007/ ª Série

Teoria Princípio do Capacitor

Instituto Federal de São Paulo Departamento de Mecânica. Roteiro de Laboratório: Pneumática

MANUTENÇÃO ELÉTRICA INDUSTRIAL * ENROLAMENTOS P/ MOTORES CA *

ACIONAMENTOS ELETRÔNICOS (INVERSOR DE FREQUÊNCIA)

INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE DE PROCESSOS TRANSMISSAO E TELEMETRIA

SISTEMA DE APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA - 3P TECHNIK

OBJETIVOS: CARGA HORÁRIA MÍNIMA CRONOGRAMA:

Fundamentos de Automação

CURSO Eletroeletrônica - DATA / / Eletromagnetismo. Indução eletromagnética

Controle de Múltiplos Pivôs Centrais com um único Conjunto Motor-Bomba

Alternadores e Circuitos Polifásicos ADRIELLE DE CARVALHO SANTANA

Potenciometer [Potenciômetro] - Ligado ao eixo de saída do servo, monitora a posição do mesmo.

KA-039 Equipamento de Limpeza e Teste de Injetores com teste de motor de passo, atuadores bosch 2, 3 e 4 fios e atuador zetec

EQUILÍBRIO DO CORPO EXTENSO

Descrição dos pinos do Módulo Driver Motor com Dupla Ponte-H - L298N:

Motores de Indução ADRIELLE DE CARVALHO SANTANA

Válvulas controladoras de vazão

a) a soma de dois números pares é par. b) a soma de dois números ímpares é par. c) a soma de um número par com um número ímpar é ímpar.

Física. Resolução. Q uestão 01 - A

ROGÉRIO S. COSTA, RODRIGO S. TEIXEIRA, DARIZON A. DE ANDRADE, AUGUSTO A. FLEURY

MOTORES ELÉTRICOS Princípios e fundamentos

Estabilizada de. PdP. Autor: Luís Fernando Patsko Nível: Intermediário Criação: 22/02/2006 Última versão: 18/12/2006

Vestibular1 A melhor ajuda ao vestibulando na Internet Acesse Agora! Cinemática escalar

FÍSICA CADERNO DE QUESTÕES

Corrente elétrica corrente elétrica.

Universidade Federal do Rio de Janeiro. Princípios de Instrumentação Biomédica. Módulo 4

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA DEE CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ. Câmpus Ponta Grossa Coordenação do Curso Superior de Tecnologia em Automação Industrial

INOVAÇÕES NA CONSTRUÇÃO E NO CONTROLO DE ATERROS DE ESTRADAS E DE CAMINHOS DE FERRO DE ALTA VELOCIDADE PARTE 2

AUC1. Circuitos Eletrohidráulicos e Eletropneumáticos. Parte III 14/02/2015 1

Física FUVEST ETAPA. ε = 26 cm, e são de um mesmo material, Resposta QUESTÃO 1 QUESTÃO 2. c) Da definição de potência, vem:

(a) a aceleração do sistema. (b) as tensões T 1 e T 2 nos fios ligados a m 1 e m 2. Dado: momento de inércia da polia I = MR / 2

CONCURSO DE ADMISSÃO AO CURSO DE FORMAÇÃO E GRADUAÇÃO FÍSICA CADERNO DE QUESTÕES

UFSC Universidade Federal de Santa Catarina Depto De Eng. Química e de Eng. De Alimentos EQA 5313 Turma 645 Op. Unit. de Quantidade de Movimento

Automação Industrial Parte 2

9) (UFMG/Adap.) Nesta figura, está representado um bloco de peso 20 N sendo pressionado contra a parede por uma força F.

ENGENHARIA MECÂNICA NA

Transcrição:

DEM - DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA DESENVOLVIMENTO DE UM SIMULADOR DE MOVIMENTOS VERTICAIS COM ATUAÇÃO PNEUMÁTICA Allan Nogueira de Albuquerque 1, Marco Antonio Meggiolaro 2. 1 Aluno de Graduação do curso de Engenharia Mecânica da PUC-Rio. 2 Eng. Mecânico, Ph.D., Professor Assistente do Deartamento de Engenharia Mecânica da PUC-Rio.

RESUMO Neste rojeto, foram desenvolvidos dois simuladores de movimentos com atuação neumática, uma Plataforma Stewart e um Simulador Vertical (4-Post Rig). A rimeira consiste em duas lacas hexagonais, uma fixa (base) e uma móvel (too), acoladas or seis cilindros neumáticos or meio de juntas universais. A segunda consiste em quatro cilindros fixos com suas hastes terminadas em uma base ara o aoio das rodas de um veículo em escala. O rojeto das lataformas de simulação foi feito usando o rograma SolidWorks. Neste, foram realizados desenhos tridimensionais de cada comonente e então, estes foram encaixados em ambiente virtual. O rincial requisito levado em consideração no rojeto foi o tamanho, que deveria ser comatível com os veículos em escala a serem testados. Uma vez com o rojeto definido, foram esecificados e comrados os comonentes necessários ara a montagem dos sistemas. Além dos elementos de construção (material da base, too, juntas, cilindros, válvulas e outros comonentes), também foram esecificados os elementos do sistema de rocessamento de dados. Este sistema conta com as lacas de aquisição/rocessamento de dados e o rograma LabView, ambos da National Instruments. Para alimentar o sistema também foi esecificado um comressor de ar. Construídas as lataformas, foram imlementados modelos matemáticos no MatLab, ara realizar simulações do comortamento do sistema e então, comará-los com os resultados obtidos nas bancadas em um teste exerimental. Também foi usada a ferramenta de simulações do SolidWorks, o CosmosMotion, ara realizar estas comarações.

SUMÁRIO 1 Introdução... 7 1.1 Objetivos... 7 1.2 Metodologia emregada... 8 1.3 Organização do trabalho... 9 2 Simuladores de movimentos... 11 2.1 Introdução... 11 2.2 Plataforma Stewart... 12 2.3 Simulador Vertical (4 Post Rig)... 15 3 Construção dos simuladores... 19 3.1 Introdução... 19 3.2 Projeto dos simuladores... 19 3.2.1 Estudo inicial/protótio... 19 3.2.2 Bancada de testes... 21 3.2.3 Montagem mecânica... 25 3.2.4 Circuito neumático... 27 3.2.5 Eletrônica e controle... 3 3.3 Construção... 33 3.4 Funcionamento... 36 3.4.1 Plataforma Stewart... 36 3.4.2 Simulador Vertical... 39 4 Simulações em MatLab... 44 4.1 Introdução... 44 4.2 Modelos físicos e matemáticos... 45 4.3 Rotina imlementada... 51 4.4 Resultado das simulações... 56 5 Simulações em CosmosMotion... 62 5.1 Introdução... 62

5.2 Modelos usados... 62 5.2.1 Plataforma Stewart... 62 5.2.2 Simulador Vertical... 63 5.3 Resultados das simulações... 64 5.3.1 Plataforma Stewart... 65 5.3.2 Simulador Vertical... 66 6 Comaração e análise dos resultados... 67 6.1 Introdução... 67 6.2 Plataforma Stewart... 67 6.3 Simulador Vertical... 67 7 Conclusões... 69 Referências... 72

LISTA DE SÍMBOLOS Símbolos AC Corrente alternada B Matriz de amortecimento b Coeficiente de amortecimento, N.s/m; Distância no eixo y do centro de massa à susensão, m CM Centro de massa CC Corrente contínua DC Corrente contínua F r Vetor de entrada de esforços, deslocamentos e velocidades de base F Força licada ao sistema, N f Frequência, Hz g Aceleração da gravidade, m 2 /s J Momento de inércia de massa, kg.m 2 K Matriz de rigidez k Coeficiente de rigidez, N/m L Distância do centro de massa à susensão (modelo lano), m l Distância no eixo x do centro de massa à susensão, m M Massa/matriz de massa da arte susensa do veículo, kg; Momento alicado ao sistema, N.m m massa da arte não susensa do veículo, kg R Resistência elétrica, Ω t Temo, s V Tensão elétrica,v v Velocidade linear, m/s Z r Vetor dos graus de liberdade Z Amlitude da excitação de base (erfil do terreno), m z Posição do centro de massa do chassi em relação ao solo, m Símbolos Gregos θ ω ξ Ângulo do chassi em ralação ao solo, rad Velocidade angular do chassi, rad/s Fator de amortecimento. Subscritos Excitação de base 1 Parte susensa dianteira do veículo (modelo lano) 5

2 Parte susensa traseira do veículo (modelo lano) 3 Parte não susensa dianteira do veículo (modelo lano) 4 Parte não susensa traseira do veículo (modelo lano) cc Em corrente contínua d dianteiro DD Dianteiro direito DE Dianteiro esquerdo Parte não susensa t traseiro TD Traseiro direito TE Traseiro esquerdo x Em relação ao eixo x y Em relação ao eixo y z Em relação ao eixo z 6

1 Introdução 1.1 OBJETIVOS Com o objetivo de motivar os alunos está sendo desenvolvida ara o Laboratório de Controle e Automação uma série de equiamentos ara testes, avaliação e exerimentação comuns em veículos reais, mas nesse caso em escala reduzida, emregando os mesmos conceitos básicos e disositivos dos equivalentes em tamanho real. Logo, o objetivo deste trabalho é desenvolver equiamentos com atuação neumática e controle digital a ser emregado ara testes e demonstrações no Laboratório de Controle e Automação (LCA). Tal equiamento, o simulador, é um sistema mecatrônico que reroduz as rinciais atitudes e movimentos de um veículo, comandado elos mesmos elementos do sistema real [8]. Dois simuladores em escala serão construídos, uma Plataforma Stewart e um Simulador Vertical. No rimeiro simulador, sobre a lataforma roriamente dita é montada a cabine ou carroceria do veículo, dentro da qual o iloto (ou motorista) comanda o sistema e, deste modo, tem as mesmas sensações de estar controlando o veículo real, sem riscos ou temor de acidentes. O mecanismo articulado, com 6 graus de liberdade, é caaz de reroduzir os três ângulos de atitude - rolagem, arfagem e guinada, e os deslocamentos lineares - lateral, vertical e longitudinal, com limitações, orém com amlitude suficiente de modo a ossibilitar as rinciais sensações associadas ao veiculo real em condições normais de oeração, e até em algumas situações consideradas de risco, como a erda de sustentação em aeronaves, ou o início da caotagem em veículos terrestres. No segundo simulador, o veículo (em escala, no caso) é osicionado sobre os atuadores do simulador. Através dos comandos externos, diferentes deslocamentos são alicados em cada roda do veículo, ossibilitando assim que ossam ser observadas as resostas de cada elemento do sistema quando este recebe determinada excitação de base. Com isso, é ossível testar a rigidez e o amortecimento do sistema de susensão, avaliar a rigidez do chassi como um todo (alicando torções) e verificar o comortamento do veículo quando submetido a certos erfis de terreno e quanto aos seus modos de vibração. Este mecanismo é caaz de reroduzir os dois ângulos de atitude 7

- rolagem e arfagem, e o deslocamento linear vertical no veículo, também com limitações, orém com amlitude suficiente ara realizar os testes roostos [8]. 1.2 METODOLOGIA EMPREGADA Inicialmente foi estudado o sistema de monitoramento e controle de um conjunto válvula-atuador neumático-transdutor já desenvolvido e disonível no laboratório e as arquiteturas comumente emregadas nos simuladores de movimento. Uma vez estudado este sistema, um novo conjunto de atuadores e válvulas foi adquirido ara ser analisado, a fim de se conhecer suas caacidades de osicionamento e resosta a frequências diferentes. Neste sistema, as válvulas solenóides (eletromecânicas) eram comandadas or um microcontrolador. Ao micro-controlador associava-se um rograma (EasyC) no qual as rotinas eram imlementadas e transmitidas ara a válvula através de interface aroriada. Este software tinha como base de rogramação a linguagem comutacional C e deois de imlementados vários tios de rogramas, ôde-se aferir as roriedades do sistema neumático em questão. Em aralelo com o estudo do sistema neumático, realizou-se o desenvolvimento do rojeto da lataforma em um ambiente virtual de modelagem tridimensional. O rograma usado foi o SolidWorks, um rograma de desenho tridimensional. Com os resultados obtidos nos testes com o sistema neumático, foram escolhidos e modelados os comonentes necessários ara se construir o equiamento. Usando a modelagem tridimensional oferecida elo rograma ôde-se construir o aarato em ambiente virtual e testá-lo, quanto a seus graus de liberdade e quanto aos limites de movimentação. Em seguida foi estudado o rograma LabView da National Instruments (NI) ara desenvolver rotinas de controle e monitoramento do simulador, substituindo o EasyC, or se tratar de um rograma mais comleto e que atende melhor às esecificações ara o controle da lataforma de simulação. Para controlar a lataforma usando este rograma, foram adquiridas lacas de aquisição de dados da NI, que têm uma função similar a do microcontrolador anteriormente usado. Junto a isto, foram construídas as lataformas rojetadas (Figuras 1.2.1.a e 1.2.1.b). São feitas em aço, fenolite e outros materiais, como os lásticos usados nas juntas universais. As duas lataformas (a Stewart e o Simulador Vertical, com três graus de liberdade) se encontram no LCA. 8

Figura 1. 1: a) Plataforma Stewart; b) Simulador Vertical. Com os simuladores construídos, foram imlementados modelos matemáticos do veículo que reresentam com certa realidade o sistema de susensão, ara oder simular o comortamento do veículo quando submetido às excitações de base que serão alicadas no modelo real elo Simulador Vertical. Este modelo matemático foi imlementado no rograma MatLab. Foram testados dois modelos, um que considera que os deslocamentos, velocidades e forças alicadas nas duas rodas dianteiras são iguais, assim como no ar de rodas traseiras, formando assim um modelo físico lano. O outro modelo, mais comleto, já considera todas as rodas do veículo indeendentemente, formando assim um modelo físico tridimensional. Com estes modelos foram realizadas simulações (com o auxílio do Simulink, ferramenta do MatLab) nas quais as rodas eram excitadas e assim, foram obtidas algumas resostas do sistema. Em seguida, usando os modelos feitos no SolidWorks e usando a ferramenta de simulação deste rograma, o Cosmos, foram feitas simulações semelhantes, orém, não só no Simulador Vertical, como na Plataforma Stewart. Com os resultados das simulações, retende-se fazer uma comaração com o que é observado no sistema real, ou seja, nos simuladores construídos. 1.3 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO O desenvolvimento deste trabalho foi feito em seis artes rinciais, sendo cada uma destas artes um caítulo do trabalho. 9

No Caítulo 2 é dada uma breve introdução aos simuladores e sua imortância na Engenharia. São mostrados detalhes históricos, de construção e detalhes sobre funcionamento básico dos dois tios de simuladores analisados neste trabalho. O Caítulo 3 exlica em ormenores como foi dada a construção dos simuladores. É exlicado como foi feito o rojeto, quais foram seus requisitos e limitações. São mostrados os modelos em SolidWorks roduzidos e detalhes da esecificação de cada comonente, desde os atuadores e válvulas até o comressor, assando ela escolha do material da estrutura das lataformas de simulação. Também é exlicitada a forma de montagem dos comonentes e o funcionamento do sistema, tanto da arte neumática, quanto da arte eletrônica, mostrando a interação entre as artes. No Caítulo 4 são mostrados os modelos físicos imlementados (lano e tridimensional). Estes modelos foram feitos aenas ara o Simulador Vertical. São feitas exlicações sobre como se chegou a estes modelos e são mostrados os códigos e diagramas de blocos usados na simulação. Em seguida, são mostrados os resultados destas simulações. O Caítulo 5 mostra os modelos usados na simulação em CosmosMotion e como foram alicadas as excitações de base à estes modelos. Aós isso, são mostrados os resultados das simulações, que foram feitas em ambos os simuladores. No Caítulo 6 é feita uma comaração entre o resultado das simulações feitas usando os modelos matemáticos e os modelos tridimensionais. No Caítulo 7 são aresentadas as conclusões do trabalho aresentado e também são feitas sugestões ara trabalhos futuros que odem dar continuidade ou simlesmente usar as informações obtidas neste trabalho. 1

2 Simuladores de movimentos 2.1 INTRODUÇÃO Neste caítulo serão descritos o funcionamento dos simuladores analisados neste trabalho, a Plataforma Stewart e o Simulador Vertical, além de serem introduzidos alguns conceitos sobre os sistemas neumáticos que serão usados na construção dos simuladores. Estes simuladores são sistemas mecatrônicos que reroduzem as rinciais atitudes e movimentos do veículo. Na Plataforma Stewart é montada a cabine ou carroceria do veículo, dentro da qual o iloto (controlador) comanda o sistema e, deste modo, tem as mesmas sensações de estar controlando o veículo real, sem riscos ou temor de acidentes. Esse mecanismo articulado, com 6 graus de liberdade, é caaz de reroduzir os três ângulos de atitude - rolagem, arfagem e guinada, e os deslocamentos lineares - lateral, vertical e longitudinal, com limitações, orém com amlitude suficiente de modo a ossibilitar as rinciais sensações associadas ao veiculo. No Simulador Vertical, o veículo (em escala, no caso) é osicionado sobre os atuadores do simulador. Através dos comandos alicados a estes, diferentes deslocamentos são alicados em cada roda do veículo, ossibilitando assim que ossam ser observadas as resostas de cada elemento do sistema quando este recebe determinada excitação de base. Este mecanismo ossui 3 graus de liberdade, é caaz de reroduzir os dois ângulos de atitude - rolagem e guinada, e o deslocamento linear vertical. Sistemas neumáticos como o usado no desenvolvimento dos simuladores em questão, são constituídos elos seguintes elementos: Figura 2.1: Elementos de um sistema de acionamento neumático [1]. 11

Os sistemas de comando são os resonsáveis or controlar o atuador neumático mediante a informação dos sensores. Pode consistir num microcomutador, or exemlo. Já o sistema de comando de otência converte os sinais recebidos do sistema de comando em sinais de níveis de energia ara acionar os atuadores [1]. Entre as vantagens da utilização do ar comrimido, temos: facilidade de obtenção (volume ilimitado ); não aresenta riscos de faísca em atmosfera exlosiva; fácil armazenamento; não contamina o ambiente (sistema limo e atóxico); não necessita de linhas de retorno (escae ara a atmosfera), ao contrário de sistemas elétricos e hidráulicos; acionamentos odem ser sobrecarregados até a arada [1]. No entanto, o ar aresenta vaor de água (umidade). Esse vaor ode se condensar ao longo da linha neumática deendendo das condições de ressão e temeratura ao longo da linha. Se não houver um sistema ara retirar a água, ela ode se acumular causando corrosão das tubulações. O ar aresenta também uma baixa viscosidade. Um fluido que tem baixa viscosidade ode escoar or equenos orifícios e, ortanto a chance de ocorrer vazamentos é muito grande. Assim, vazamentos de ar em linhas neumáticas são muito comuns. Os equiamentos neumáticos (rincialmente as válvulas) são constituídos de mecanismos muito delicados e sensíveis e ara que ossam funcionar de modo confiável, com bom rendimento, é necessário assegurar determinadas exigências de qualidade do ar comrimido, entre elas: ressão, vazão, teor de água, teor de artículas sólidas e teor de óleo [1]. As grandezas de ressão e vazão estão relacionadas diretamente com a força e velocidade, resectivamente, do atuador neumático. Cada comonente neumático tem sua esecificação rória de ressão e vazão de oeração. Para atender a essas esecificações é necessária suficiente vazão no comressor, correta ressão na rede e tubulação de distribuição corretamente dimensionada em função da vazão. Já água, óleo e imurezas têm grande influência sobre a durabilidade e confiabilidade de comonentes neumáticos. O óleo em articular é usado ara lubrificar os mecanismos dos sistemas neumáticos. Deendendo da alicação as exigências do ar com relação à água, óleo e imurezas são diferentes [1]. 2.2 PLATAFORMA STEWART O rojeto da Plataforma Stewart consiste em um robô aralelo controlado eletronicamente através de servo-válvulas eletro-neumáticas. Esta lataforma foi 12

originalmente desenvolvida em 1965 como um simulador de vôo. Desde então, uma vasta variedade de alicações se utilizam deste invento. Isto orque roduz uma melhor atuação, maior rigidez, maior razão carga-eso e uma distribuição de carga mais uniforme. Basicamente, ela é usada no controle de osicionamento e é constituída de uma base fixa acolada em seis ontos a um latô móvel na arte suerior através de cilindros neumáticos, ou seja, é uma estrutura articulada acionada or seis atuadores lineares. Estes robôs aralelos são definidos como um disositivo multifuncional e rerogramável rojetado ara mover e maniular materiais, artes ou ferramentas através de movimentos rogramados ara a realização de uma variedade de tarefas esecificadas. Um robô aralelo é comosto or uma cadeia cinemática fechada, na qual cadeias seriais searadas se conectam a uma lataforma fixa e, em sua extremidade oosta, se conectam a uma lataforma móvel. Também são chamados de maniuladores. Este tio de maniulador aresenta grandes vantagens quando comarado aos maniuladores seriais, como melhor estabilidade e recisão, caacidade de maniular cargas relativamente grandes, altas velocidades e acelerações e baixa força de atuação. O desenho dos maniuladores aralelos se remonta há várias décadas atrás, em 1962, quando Gough e Witehall desenharam um sistema aralelo ara ser usado em uma máquina de rovas universais. Stewart em 1965 rojetou um maniulador de lataforma ara ser usado em simuladores de vôo. Em 1983 Hunt realizou um estudo da estrutura cinemática dos maniuladores aralelos. Desde então vão se desenrolando inúmeros estudos or diversos esquisadores. Entre os mais recentes se destacam J.P. Merlet e L.W. Tsai. A Figura 2.2a abaixo mostra o rimeiro simulador de vôo com uma estrutura de seis graus de liberdade e a Figura 2.2b mostra um robô aralelo emregado na montagem de eças, também com seis graus de liberdade [7]. a) b) Figura 2.2: Exemlos de robôs aralelos baseados na lataforma de Stewart. a) Simulador de vôo; b) Robô montador. 13

Existem outras configurações de lataforma, como a Delta, com três graus de liberdade. Foi inventada or Clavel em 1988 e é usada em robôs como os mostrados na Figura 2.3. Figura 2.3: Robôs aralelos de quatro graus de liberdade, baseados na lataforma Delta. Um limitante imortante que existe nestes maniuladores (tio Delta) é seu reduzido esaço de trabalho, sendo este uma das tendências nos rumos das esquisas futuras destes robôs [7]. Os maniuladores aralelos odem ser classificados como lanares, esféricos e esaciais, de acordo com as características de movimento. Na Figura 2.4 ode-se distinguir esta classificação [7]. a) b) c) Figura 2.4: Classificação de robôs aralelos de acordo com seus movimentos: a) lanar; b) esférico; c) esacial [7]. Também odem se classificar de acordo com suas características estruturais como simétricos e assimétricos. Um maniulador aralelo é chamado de simétrico se segue as seguintes condições: O número de encadeamentos deve ser igual ao número de graus de liberdade da lataforma móvel; o tio e número das articulações em todos os encadeamentos 14

devem estar fixos em um modelo idêntico; o número e a localização das articulações e dos atuadores devem ser os mesmos. Quando as condições mencionadas não se cumrem, o maniulador é chamado assimétrico. Pode-se observar então que nos robôs aralelos simétricos o número de encadeamentos, m, é igual ao número de graus de liberdade F, cujo qual é igual ao número total de cadeias cinemáticas, L. Isto ode se exressar como m = F = L [6]. Figura 2.5: Posição e orientação das lacas na Plataforma Stewart [6]. 2.3 SIMULADOR VERTICAL (4-POST RIG) [3] Um ramo da indústria, esecificamente a relacionada com os veículos terrestres, tem sido na atualidade foco de grandes desenvolvimentos e estudos com diversos fins, quer seja ara fornecer veículos de corridas muito velozes e sofisticados, ou ara brindar ao usuário de todos os dias com conforto e segurança no ato de conduzir ou ainda ara ermitir o transorte de mercadorias e outros bens que necessitam ser movimentados de um lugar a outro. É ensando nestes fatos que se decidiu desenvolver um Simulador de Movimentos ara Veículos Terrestres (Figura 2.6). Um simulador é um mecanismo articulado, controlado automaticamente, normalmente comosto or um conjunto de atuadores hidráulicos com o objetivo de reroduzir em laboratório as imerfeições das estradas elas quais circulam diariamente os veículos, ara desta maneira testá-los em condições semelhantes às encontradas em uma estrada real. Mas é bem sabido que realizar exerimentos e ensaios com rotótios em tamanho real demanda um elevado custo e esaço físico, assim como o 15

emrego de outros equiamentos necessários ara conseguir maniular os rotótios, então se torna muito mais fácil, econômico e simles trabalhar com modelos semelhantes ao rotótio, orém em escala reduzida. Assim neste trabalho será analisado o rojeto de um Simulador Vertical em escala. Figura 2.6: Simulador Vertical. O simulador de movimentos (Figura 2.7) é um sistema automático, comosto or quatro atuadores indeendentes entre si com um sistema de controle, mediante o qual se oderá simular com muita recisão determinados erfis de estradas, tal qual como os que ocorrem com os veículos no seu emrego diário, reroduzindo em laboratório a sua dinâmica vertical com 3 graus de liberdade: elevação, arfagem e rolagem. Neste simulador se consegue reresentar o deslocamento de um automóvel em uma estrada de todas as maneiras verticais ossíveis, e assim redizer como o mesmo irá trafegar em diferentes velocidades, considerando a irregularidade da estrada, de modo que o sistema de susensão erceba diferentes excitações e resonda a elas, ossibilitando analisar e estudar as suas resostas. O sistema emregado ara a atuação é basicamente comosto or um reservatório ara o fluido hidráulico, uma bomba ara dar ao fluido deslocamento volumétrico com uma determinada ressão e vazão, uma servoválvula que será a resonsável or controlar o deslocamento do sistema, e finalmente os atuadores, que são os elementos que transmitirão o movimento vertical (excitação) até o sistema de susensão do veículo a ser testado. 16

Figura 2.7: Simulador de movimentos. O simulador oderá excitar o veículo de diferentes modos: elevação, arfagem, rolagem e torção, um modo or vez. A arfagem (itch) é o movimento em subida ou descida da traseira do carro, enquanto que a elevação (heave ou bounce) (Figura 2.8b) é igual à redução da altura de deslocamento em ambos os extremos do carro. Torção (war) é uma deformação como uma rolagem (roll) oblíqua. No modo elevação o movimento dos quatro atuadores é idêntico, enquanto que na arfagem os atuadores dianteiros e traseiros se movimentam fora de fase, isto é os dianteiros estão acima ao mesmo temo que os traseiros estão embaixo, e vice-versa (Figura 2.8a). A rolagem é obtida de forma semelhante, mas com os atuadores de cada lado defasados. No modo de torção o atuador dianteiro esquerdo e o traseiro direito estão acima enquanto que os outros dois estão embaixo e vice-versa. O mesmo controle de forma de onda é usado ara quando se tem elevação e quando não se tem elevação; nestes últimos casos os atuadores são simlesmente imulsionados sem sincronização. 17

(a) Arfagem Figura 2.8: Movimentos do Simulador (b) Elevação Normalmente, um simles teste em qualquer um dos modos ode demorar alguns segundos (ode ser em torno de 3 segundos). Durante este temo o carro é excitado numa faixa de freqüências de 1, Hz até 4 Hz (,5 2 no caso de um carro de corrida) com a amlitude de deslocamento se reduzindo conforme a freqüência de entrada vai se incrementando, mas a velocidade do atuador ermanece constante. Devem ser tomados cuidados ara garantir que o deslocamento máximo não rovoque a saída do neu fora de sua lataforma de aoio. Em cada modo o veículo será testado através de uma faixa de freqüência e amlitude. O rocedimento continuará até que as características de medida sejam consideradas aroriadas ara o veículo em questão. Geralmente uma seção de testes deve começar no modo elevação cujo roósito é conseguir osicionar (centralizar) o carro corretamente na lataforma neste modo, antes de exlorar os outros. O acolamento cruzado entre modos é uma consideração imortante, or exemlo, não deve haver nenhuma arfagem, rolagem ou torção quando o simulador está rodando em modo elevação. A lataforma de aoio carrega uma célula de carga ara medição, na qual se mostra a força de contato instantâneo do neu quando o veículo é excitado. Considerando que o Simulador reroduz os efeitos de assar sobre ondulações e de transferir o eso, estas leituras são muito significativas ara o ajuste do desemenho do veículo. Resultados comaráveis a estes dificilmente seriam obtidos com o veículo trafegando normalmente sobre a ista de rolamento. 18

3 Construção dos simuladores 3.1 INTRODUÇÃO Neste caítulo serão mostrados todos os assos do rojeto inicial dos simuladores, desde as considerações iniciais com relação à escala usada até o desenho em SolidWorks. Serão aresentados os métodos ara a esecificação dos comonentes. Será descrito também como foi o rocedimento de montagem e os detalhes de acabamento, como também o funcionamento da arte elétrica, dos rogramas associados e do conjunto como um todo, incluindo seus sistemas de alimentação. 3.2 PROJETO DOS SIMULADORES 3.2.1 Estudo inicial/protótio Inicialmente foi estudado o sistema de monitoramento e controle de um conjunto válvula-atuador neumático-transdutor já desenvolvido e disonível no laboratório (Figura 3.1) e as arquiteturas comumente emregadas nos simuladores de movimento [8]. Figura 3.1: Conjunto válvula-atuador neumático-transdutor já desenvolvido. 19

Com base nos atuadores deste conjunto, foi realizado um rojeto ara a lataforma utilizando o software SolidWorks, um rograma de modelagem tridimensional. Com esta ferramenta ôde-se observar o comortamento geométrico da lataforma ara diferentes configurações [8]. Em seguida um rotótio foi construído. O too, a base e a arte interna de cada atuador foram feitos em madeira. A arte externa dos atuadores foi feita com tubos de PVC e as juntas usadas são de lástico com elementos de ligação (inos das juntas) metálicos. Também foram usados arafusos com orcas borboletas ara formar o elemento de fixação de cada atuador no rotótio, que se encontra no Laboratório de Controle e Automação (Figura 3.2) [8]. Figura 3.2: Protótio virtual e rotótio da Plataforma Stewart construído. Também foi feito um rojeto da Plataforma Stewart utilizando o conjunto válvulaatuador neumático-transdutor anteriormente citado. A Figura 3.3 mostra o desenho tridimensional do rojeto [8]. Figura 3.3: Modelo de Plataforma Stewart. 2

3.2.2 Bancada de testes Uma vez estudado o sistema comosto or válvula-atuador, um novo conjunto de atuadores e válvulas foi adquirido ara ser estudado, a fim de se conhecer suas caacidades de osicionamento e resosta a frequências diferentes. O conjunto adquirido é semelhante ao mostrado na Figura 3.4. Os critérios ara a escolha destes elementos foram: ter dimensões comatíveis com as dos veículos em escala que deverão ser acolados à Plataforma Stewart e ao Simulador Vertical a ser construída e ter caacidade de alicar forças suficientes ara elevar os coros colocados nos simuladores com acelerações suficientes ara realizar todos os testes roostos. Assim, construiu-se uma bancada ara testar e conhecer melhor este sistema que está disonível no laboratório (Figura 3.5) [8]. Figura 3.4: Conjunto adquirido [9]. Figura 3.5: Bancada de testes construída [8]. 21

Nos atuadores (roduzidos ela SMC Pneumáticos do Brasil), a ressão máxima de trabalho é 1 si, com diâmetro do êmbolo de 1 mm, curso de 5 mm e força máxima alicável de 54 N (5,51 kgf). Este valor ode mudar com a ressão interna que é alicada nos cilindros. Assim, temos que, sujeitos a uma carga axial, os seis cilindros em aralelo, no caso da Plataforma Stewart, são caazes de suortar em determinada osição vertical, uma carga máxima de 324 N (33, kgf). No caso dos quatro cilindros em aralelo do Simulador Vertical, esta carga é de 216 N (22, kgf). Ou seja, como estimativa inicial, estas caacidades são suficientes ara elevar qualquer veículo em escala a ser usado, com massa de até 5 kg com acelerações de até 4 g. Porém, ara saber as acelerações máximas que odem ser alicadas, cada caso deve ser analisado searadamente. Estes números aresentam aenas uma ordem de grandeza. No caso do Simulador Vertical, estes números odem ser boas aroximações, uma vez que os carregamentos são semre axiais em cada roda, mas, além do fato de que a ressão alicada ode não ser a máxima suortada elo cilindro, os efeitos de amortecimento e de rigidez do sistema de susensão, odem mudar bruscamente esse valor de aceleração máxima alicável ao sistema. No caso da Plataforma Stewart, as variações são ainda maiores, uma vez que ela dificilmente trabalhará com aenas esforços axiais nos cilindros. Aliás, isto só ocorrerá se as dimensões do too e da base forem as mesmas e os cilindros estiverem todos alinhados, o que raramente é usado, uma vez que isso limita muito os ângulos e deslocamentos nos eixos longitudinais máximos da Plataforma. Outro fator imortante é o fato de que o veículo em cima da Plataforma ode se deslocar de modo que seu centro de massa fique desalinhado em relação à linha de centro (vertical) da Plataforma. Na verdade, na maioria dos testes, isto acontece em quase todos os instantes. Nestas osições, além de realizar os esforços ara elevação do coro, ainda devem ser alicados momentos ara equilibrar o coro em determinada osição. Deendendo dos limites nos deslocamentos longitudinais, os valores de força alicadas elo cilindro ara realizar este equilíbrio e também a aceleração do coro em determinada direção, odem variar muito. Com as simulações e os testes exerimentais serão obtidos melhores valores ara os limites dinâmicos dos simuladores. A Figura 3.6 descreve esse tio de atuador juntamente com o seu símbolo e características construtivas. A atuação é feita or ar comrimido nos dois sentidos. Entre as suas características temos: atuação de força nos dois sentidos, orém com força de avanço 22

maior do que a de retorno; não ermite cargas radiais na haste. O curso não ode ser muito grande, ois surgem roblemas de flambagem [1]. Figura 3.6: Cilindro de dula ação. A válvula reguladora de ressão tem a função de manter constante a ressão no equiamento. Ela somente funciona quando a ressão a ser regulada (ressão secundária) for inferior que a ressão de alimentação da rede (ressão rimária). Assim essa válvula ode reduzir a ressão, mas jamais aumentá-la. A Figura 3.7 descreve uma válvula reguladora juntamente com o seu símbolo [1]. Figura 3.7: Válvula reguladora de ressão. O seu funcionamento ocorre da seguinte forma. Se a ressão secundária diminui em relação a um valor esecificado a mola 2 emurra o êmbolo 6 que abre a comunicação com a ressão rimária. Se a ressão secundária aumenta, em relação a um valor esecificado 23

(or exemlo, devido a um excesso de carga no atuador) então a membrana 1 é atuada ressionando a mola 2 e o êmbolo 6 fecha a comunicação até que a ressão secundária diminua. Se a ressão secundária aumentar demais, então além de ocorrer a situação anterior, a membrana 1 se seara do êmbolo 6, abrindo a comunicação com os furos de exaustão, ocorrendo o escae de ar, o que reduz a ressão secundária. O arafuso 3 ermite regular a rigidez da mola 2 e, ortanto, a ressão secundária [1]. As válvulas direcionais (solenóides) têm a função de comandar a artida, a arada e o sentido de movimento do atuador. Neste sistema (da bancada de testes), as válvulas solenóides (eletromecânicas) são comandadas or um micro-controlador, uma laca onde a rotina de rogramação é raticada. A esta laca associa-se um rograma da VEX (o software EasyC) no qual os rogramas são imlementados, comilados e baixados ara a laca, que or sua vez, transmite as informações diretamente ara a válvula através de interface aroriada. O sistema é alimentado or um comressor (uma adatação feita com um comressor de geladeira Figura 3.8) que o alimenta com uma ressão que oscilava em torno de 6 si [8]. Figura 3.8: Comressor inicialmente usado ara alimentar a bancada de testes do sistema válvulaatuador. Este software (EasyC) tinha como base de rogramação a linguagem comutacional C e, deois de imlementados vários tios de rogramas, ôde-se aferir as roriedades do sistema neumático em questão. Primeiramente, foi desenvolvido um rograma ara simlesmente testar o funcionamento da válvula [8]. 24

Vários tios de testes foram realizados. Um deles foi o teste de resosta a diversas frequências, variando de 1 a 6 Hz. Com estes testes ôde-se observar a variação máxima de amlitude do atuador com o aumento da freqüência, ara assim oder rojetar suas condições ideais de uso. Outro rograma realizado ossibilitou o controle dos atuadores através de um controle remoto, também da VEX (Figura 3.9). Um último rograma comilado com esta ferramenta utiliza os vários canais do controle remoto ara fazer com que os atuadores elaborem diferentes funções [8]. Figura 3.9: Programa ara controle da válvula através de um controle remoto VEX [8]. 3.2.3 Montagem mecânica Em aralelo com o estudo do sistema neumático, realizou-se o desenvolvimento do rojeto da lataforma em um ambiente virtual de modelagem tridimensional. O software utilizado foi o SolidWorks. Com os resultados obtidos nos testes com o sistema neumático, foram escolhidos e modelados os comonentes necessários ara se construir o equiamento usando a modelagem tridimensional. Usando esta modelagem tridimensional ôde-se 25

construir o aarato em ambiente virtual e testá-lo, quanto a seus graus de liberdade e quanto aos limites de sua geometria (Figuras 3.1 e 3.11). Figura 3.1: Plataforma Stewart usando os atuadores testados. Figura 3.11: Modelo tridimensional da Plataforma Stewart. 26

Para realizar este modelo, cada eça recisou ser modelada searadamente, tais como o too, a base, cada uma das artes móveis das juntas universais e esféricas, os arafusos e outras eças de acolamento, o coro do atuador e seu cilindro. Assim, seguiu-se também o rojeto do Simulador Vertical ara sistemas de susensão veicular em escala. Este simulador vertical também segue a linha dos robôs aralelos, orém, este consiste em quatro atuadores com aenas um grau de liberdade osicionados de forma a se conectar com as rodas do veículo a ser testado. Cada atuador fica reso a uma roda e, através de válvulas eletro-mecânicas, suas osições são controladas, ossibilitando assim a simulação de diversos tios de terrenos e situações num veículo em escala (Figuras 3.12). Figura 3.12: Simulador Vertical usando os atuadores testados. 3.2.4 Circuito neumático Com as válvulas usadas na bancada de teste, do tio 3/2 vias (3 vias e 2 osições) não havia a ossibilidade de manter a haste do istão arada em determinada osição intermediária. Isto só seria ossível, usando este tio de válvula, se fossem usadas duas válvulas or cilindro em uma montagem esecial. Por esta razão, ara estas lataformas, foram adquiridas válvulas solenóides 5/3 vias (5 vias e 3 osições; Figura 3.13 e 3.14) com osição central bloqueada ara melhorar seu controle e osicionamento. Assim, dando os ulsos de maneira correta, ode-se arar a haste do istão em osições intermediárias. Por exemlo, Um comando alicado a um dos lados da válvula, abre a via que libera a assagem 27

de ar ressurizado do comressor ar um dos lados do istão, fazendo se mover. Se, no meio do ercurso, a assagem ara o outro lado for acionada, os dois lados do istão estarão ressurizados e assim ele ficará na osição desejada. Figura 3.13: Válvula 5/3 vias com centro fechado. Figura 3.14: Válvula 5/3 vias - dimensões. Os circuitos neumáticos da Plataforma Stewart e do Simulador Vertical, ficaram como mostrados nas Figuras 3.15 e 3.16. A numeração dos comonentes segue o seguinte adrão: os elementos atuadores recebem seus números na seqüência 1., 2., et cetera [1]. Para as válvulas, o rimeiro número está relacionado à qual elemento de trabalho elas influem. No caso, como são válvulas de comando, que acionam diretamente o istão, recebem o número 1 à direita do onto. Para os elementos de regulagem, o número à direita do onto é um número ar maior que zero. Para os elementos de alimentação o rimeiro número é e o número deois do onto corresonde à sequência com que eles aarecem. 28

Figura 3.15: Circuito neumático da Plataforma Stewart [8]. Figura 3.16: Circuito neumático do Simulador Vertical [8]. 29

3.2.5 Eletrônica e controle Em seguida foi estudado o rograma LabView ara desenvolver rotinas de controle e monitoramento do simulador, substituindo o EasyC, usado na bancada de testes, or se tratar de um rograma mais comleto e que atende melhor às esecificações ara o controle das lataformas de simulação. Para controlar a lataforma usando este rograma, foram adquiridas lacas de aquisição de dados da NI (National Instruments), que têm uma função similar a do micro-controlador anteriormente usado. Neste sistema, dois tios de lacas foram usados: lacas de receção (aquisição) e de emissão de dados. Como a válvula usada funciona aenas com entradas digitais, ou seja, recebe aenas comandos de aberto ou fechado em cada uma de suas vias ara controlar a osição do istão, a laca de emissão (NI 9476; Figura 3.18) é digital. Possui 32 canais, ara assim enviar sinais ara cada um dos dois lados das seis válvulas usadas na Plataforma Stewart e mais as quatro da Plataforma Vertical. Esta saída é de 24 V, ois é esta a tensão de trabalho da válvula. Esta válvula tem um eríodo de envio de dados de 5 µs. Já na aquisição de dados, serão obtidos dados de otenciômetros lineares (LVDT Linear Variable Differential Transformer). Os LVDT (Figura 3.17) são sensores ara medição de deslocamento linear. O funcionamento de deste sensor é baseado em três bobinas e um núcleo cilíndrico de material ferromagnético de alta ermeabilidade. Ele dá como saída um sinal linear, roorcional ao deslocamento do núcleo, que está fixado ou em contato com o que se deseja medir. A bobina central é chamada de rimária e as demais são chamadas de secundárias. Para esta medição, uma corrente alternada é alicada na bobina rimária, fazendo com que uma tensão seja induzida em cada bobina secundária roorcionalmente à indutância mútua com a bobina rimária. A freqüência da corrente alternada está geralmente entre 1 e 1 khz. De acordo com a movimentação do núcleo, esta indutância mútua muda, fazendo com que as tensões nas bobinas secundárias mude também [11]. As bobinas são conectadas em série reversa. Com isso a tensão de saída é a diferença entre as duas tensões secundárias. Quando o núcleo está na osição central, equidistante em relação às duas bobinas secundárias, tensões de mesma amlitude, orém oostas são induzidas nestas duas bobinas, assim, a tensão de saída é zero. Quando o núcleo é movimentado em uma direção a tensão em uma das bobinas secundárias aumenta enquanto a outra diminui, fazendo com que a tensão aumente de zero ara um máximo. Esta tensão está 3

em fase com a tensão rimária. Quando o núcleo se move em outra direção, a tensão de saída também aumenta de zero ara um máximo, mas sua fase é oosta à fase rimária. A amlitude da tensão de saída é roorcional à distância movida elo núcleo (até o seu limite de curso), sendo or isso a denominação "linear" ara o sensor. Assim, a fase da tensão indica a direção do deslocamento [11]. Como o núcleo não entra em contato com o interior do tubo, ele ode mover-se livremente, quase sem atrito, fazendo do LVDT um disositivo de alta confiabilidade. Além disso, a ausência de contatos deslizantes ou girantes ermite que o LVDT esteja comletamente selado das condições do ambiente [11]. Figura 3.17: Esquema de um LVDT. Para aquisitar estes dados, serão usadas lacas com entradas de sinal analógico (NI 925; Figura 3.18), uma vez que a osição da haste do istão é uma variável contínua. Serão 32 canais indeendentes ou 16 diferenciais, 16 bits de resolução, com tensões de ±1 V (valores máximo e mínimo, odendo-se trabalhar dentro desta faixa) e taxa de amostragem de 25 ks/s [8]. Figura 3.18: Placas NI adquiridas ara o controle da lataforma (NI 925 à esquerda e NI 9476 à direita). 31

Figura 3.19: Chassi do sistema de aquisição/emissão de dados. O circuito analógico ara tratar o sinal a ser enviado usado com o sensor ara catar o sinal do cilindro é mostrado na Figura 3.2 [8]. Figura 3.2: Circuito ara tratamento do sinal de entrada do sensor. O otenciômetro será colocado em uma onte de Wheatstone e os terminais da onte ligados em um amlificador oeracional configurado em função diferencial de ganho 1,33. O sinal que deve entrar na laca de aquisição de dados usada deve variar entre 1 e -1 Volts ara aroveitarmos a maior resolução ossível. Para isso recisamos de uma alimentação de no mínimo V cc = +1V e V ee = -1V. Porém, como não são usados amlificadores Rail-to-Rail, usa-se V cc = +15V e V ee = -15V. Para o melhor funcionamento da onte de Wheatstone, os resistores que a comletam (R2, R3 e R4) deverão ter a mesma resistência do otenciômetro a ser usado como sensor. O amlificador oeracional U6 dará um ganho de no sistema definido elo otenciômetro P ot_offset. 32

3.3 CONSTRUÇÃO Com o rojeto definido, foram construídas os simuladores rojetados. Estes simuladores são feitas em aço, fenolite e outros materiais, como os lásticos usados nas juntas universais. Na Plataforma Stewart, a base é feita em aço SAE 12 e o too em fenolite, um material comósito, isto orque, com uma base maior e mais esada, ode-se dar maior rigidez e estabilidade à Plataforma, imedindo assim, comortamentos não desejados, como o tombamento da Plataforma em determinados tios de movimentação. O fenolite foi escolhido, or se tratar de um material leve e com resistência suficiente ara resistir aos esforços que serão alicados a ele. O fenolite é um laminado industrial termofixo, duro e denso, feito or alicação de calor e ressão em camadas de celulose imregnadas com resinas sintéticas (fenólicas). Quando o calor e a ressão são alicados simultaneamente às camadas, uma reação química (olimerização) ocorre, aglomerando as camadas em uma massa sólida e comacta. A base e o too constituem-se de hexágonos irregulares com dois tamanhos de lados diferentes disostos semre de forma oosta e adjacente (como se ode observar na Figura 3.11). Os desenhos técnicos da base e do too se encontram no Anexo A. No Simulador Vertical, os cilindros são fixos em duas chaas de madeira com reforço de alumínio. Para aoiar o Simulador foram usados quatro amortecedores de imacto. Para aoiar as rodas e faze-las seguir o movimento vertical da haste do istão, foram construídos aoios em forma de U com os braços inclinados, ara que as rodas não escaem do atuador quando este começar a se movimentar. No rojeto da Plataforma Stewart, foi revisto o uso de juntas universais acolando a base com os cilindros e juntas esféricas ara acolar o too com a haste dos istões. Porém, foi encontrada certa dificuldade em obter juntas esféricas que se enquadrassem no rojeto, devido às características necessárias de dimensão e encaixe. Portanto, uma outra solução foi usada de modo a não erder os graus de liberdade da Plataforma. Ao invés de usar uma junta esférica (com os três ângulos de rotação de liberdade), foi usada uma junta universal (com dois ângulos de liberdade) em uma montagem na qual a junta como um todo fica livre ara girar ao redor do seu rório eixo, uma vez que a haste do istão também ode fazê-lo e este tio de movimento não rejudica o funcionamento do istão, formando assim o grau de liberdade que faltava à junta universal. As duas lataformas 33

(a Stewart e o Simulador Vertical, com três graus de liberdade) se encontram no LCA (Figuras 3.21 e 3.22). Figura 3.21: Plataforma Stewart construída. Figura 3.22: Simulador Vertical construído. Assim, com os simuladores construídos, foi feita a união dos sistemas neumáticos e eletrônicos às lataformas de simulação. As válvulas 5/3 vias foram conectadas aos cilindros em suas saídas e ao comressor em sua entrada de alimentação. Para isso, foi usada uma tubulação de olietileno com 4 mm de diâmetro interno. Das válvulas, saem os fios de transmissão de dados resonsáveis elo envio de sinais digitais de 24 VDC vindos da laca de emissão de dados, que, através de uma interface USB, está acolada ao comutador, onde as rotinas são rogramadas em LabView. Para alimentar esta laca de emissão, é usada uma 34

fonte de 24 V em corrente contínua (detalhe da laca e das válvulas montadas na bancada na Figura 3.23). A bancada com todos os elementos construídos ode ser vista na Figura 3.24. Figura 3.23: Placa de emissão de dados (em baixo, à direita) e válvulas (em cima). Figura 3.24: Bancada ara a Plataforma Stewart. 35

3.4 FUNCIONAMENTO Nesta seção será mostrado como são construídas as VI s (Virtual Instruments), códigos em linguagem G feitos no rograma LabView, resonsáveis ela lógica de envio de sinais, elas lacas de emissão da National Instruments, às válvulas solenóides ara assim, comandar a movimentação dos atuadores nos dois simuladores construídos. 3.4.1 Plataforma Stewart Primeiramente, será mostrado o método usado ara o ajuste de vazão nos atuadores da Plataforma Stewart. Em cada entrada do cilindro atuador são colocados reguladores de vazão, resonsáveis elo controle de velocidade do atuador.este controle é feito manualmente, através de um arafuso de ajuste e deve ser feito antes de iniciar o uso da Plataforma, ara que todos os atuadores se movam, nos dois sentidos (ara cima e ara baixo) com a mesma velocidade. Se alguma velocidade esecífica for desejada, deve-se usar este método de ajuste, orém, com o auxílio de algum instrumento ara medir a velocidade desejada com a recisão requerida. Neste método, a lógica de rogramação é bem simles. O rograma envia sinais sincronizados ara todos os lados das válvulas resonsáveis ela assagem de ar inferior nos cilindros e, deois de certo temo (normalmente alguns segundos), ara os lados resonsáveis ela assagem de ar suerior, fazendo assim, com que a Plataforma se mova ara cima e ara baixo com certa frequência (determinada elo temo entre o envio dos dados). Com a Plataforma realizando este movimento, faz-se o ajuste da vazão em cada lado de cada cilindro até que todos os atuadores estejam se movendo na mesma velocidade. A VI resonsável or esta rotina é mostrada na Figura 3.25. Na VI aresentada ara o ajuste de vazão, temos 12 entradas de sinal booleano (verdadeiro ou falso) acomanhadas de seus resectivos leds indicadores. Com estas entradas, constrói-se um vetor de 12 elementos, sendo cada um corresondente a um dos sentidos de movimento de cada cilindro, que é assado ara a laca através da caixa DAQ Assistant, e assim, é transformada em sinais elétricos de 24 V que acionam as válvulas solenóides. Na figura aresentada (Figura 3.26) foi mostrada aenas a última arte do rograma, or sua extensão. 36

Figura 3.25: VI ara o ajuste de vazão na Plataforma Stewart. Outras VI s foram feitas com o intuito de realizar diferentes movimentos com a Plataforma. Porém, todas ainda funcionam segundo a mesma lógica, na qual sinais booleanos são ré-definidos e enviados à laca de emissão de dados. Com esta lógica, é ossível realizar alguns movimentos simles, sem controle sobre as amlitudes do movimento, como o movimento de elevação, de rotação e inclinação nos diferentes ângulos que a Plataforma ode trabalhar. Para testar o funcionamento de cada atuador searadamente na Plataforma, foi imlementada uma rotina na qual o usuário escolhe individualmente, através de botões, qual atuador subirá ou descerá. Também se odem dar comandos de tal forma que os atuadores arem em osições intermediárias, como mostra o ainel frontal da Figura 3.27. 37

Figura 3.26: Painel frontal da rotina de teste. Nesta imlementação, os sinais são enviados ara a laca de emissão de dados através de um vetor constituído de elementos que corresondem ao valor booleano (verdadeiro ou falso) associado aos botões ara o acionamento em cada lado do atuador, fazendo-o subir (acionando o botão que libera a assagem de ar na arte de baixo do atuador), descer (acionando o botão que libera a assagem de ar na arte de cima do atuador), odendo arar em uma osição intermediária, se o ar ressurizado for liberado em ambas as entradas. Figura 3.27: Diagrama de blocos da rotina de teste. 38

Para realizar o controle, em malha fechada, da movimentação da Plataforma Stewart, um VI (Virtual Instrument) foi feita no LabView (Figura 3.28) [8], orém, como a Plataforma ainda não disõe de sensores, esta rotina ainda não é usada, mas está ronta ara eventuais trabalhos futuros. Figura 3.28: VI ara testar a movimentação de cada cilindro (em malha fechada). Deve-se ter dois DAQ Assistant um ara ler o sinal do circuito com o sensor de osição e outro ara escrever nos atuadores o sinal com o comando a ser enviado às válvulas. Um Case Structure deve ser montado ara transferir o dado que vem do circuito de tensão ara osição. Uma realimentação dessa informação deve chegar à lógica do PWM (Pulse Width Modulation Modulação or largura de banda) fazendo assim a malha fechada do sistema. 3.4.2 Simulador Vertical Um esquema de como funciona este sistema que comanda as ações do atuador ode ser encontrado na Figura 3.29 (esquema lano) e na Figura 3.3 (esquema tridimensional) [3]. Nestes esquemas ode-se observar o sistema de alimentação dos comonentes neumáticos da bancada que é comosto or um comressor seguido de um filtro e de um regulador de ressão. No sistema construído o único elemento que ainda não 39

existirá nesta fase são os sensores no veículo e no Simulador, cujos sinais são usados na realimentação do sistema de controle da bancada. Figura 3.29: Esquema do Simulador Vertical Modelo lano. Figura 3.3: Esquema do Simulador Vertical Modelo tridimensional. Assim como na Plataforma Stewart, também foi feita uma rotina ara o ajuste de vazão nos atuadores da bancada, como mostrada na Figura 3.31. Esta rotina é similar à rotina de ajuste de vazão da Plataforma Stewart, orém, o vetor criado tem aenas 8 elementos, já 4