UPSA: ADAPTAÇÃO E APLICAÇÃO EM IDOSOS NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO. Aluno: Antonia Sigrist Orientador: Helenice Charchat Fichman

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Transcrição:

UPSA: ADAPTAÇÃO E APLICAÇÃO EM IDOSOS NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Aluno: Antonia Sigrist Orientador: Helenice Charchat Fichman Introdução A população idosa atual busca saúde e independência por meio do chamado Envelhecimento Ativo que pode ser definido como o processo de otimização das oportunidades de saúde, participação e segurança, visando garantir qualidade de vida. O idoso pode, no entanto, apresentar declínio na funcionalidade e no grau de dependência que nem sempre são detectamos por meio dos instrumentos disponíveis põe serem baseados no autorelato ou relato de acompanhante. Sendo assim, existe a necessidade do desenvolvimento de instrumentos de rastreamento do declínio funcional com boa sensibilidade, baixo custo e de fácil e rápida aplicação. O UCSD Performance Skills Assessment (UPSA) é um instrumento ecológico que avalia a Capacidade Funcional (CF) por meio da interpretação de habilidades baseado em situações do cotidiano apresentando boa acurácia. (Patterson et al, 2001). O instrumento vem sido amplamente utilizado em todo o mundo sendo que, no Brasil, o processo de tradução, adaptação e validação (UPSA-BR) utilizou como referencia a cidade de Belo Horizonte e oura população clínica (Mantovani et al, 2015). Objetivos O objetivo inicial foi realizar a adaptação do UPSA-BR para a cidade do Rio de Janeiro e sua aplicação em idosos da comunidade. O objetivo secundário é testar as medidas obtidas com o UPSA-BR para normalidade comparado com aquelas medidas cognitivas já previamente calinadas nessa população. Método A. Adaptação O UPSA-BR avalia o desempenho funcional nas áreas de: Entendimento e Planejamento, Finanças, Comunicação, Mobilidade e Tarefas Domésticas. Foram identificadas aquelas que necessitavam ser submetidas ao processo de adaptação para o contexto do Rio de Janeiro. Na área de Entendimento e Planejamento, o texto relativo à situação de ida ao clube foi substituído pela ida à praia, presente na versão original em inglês, utilizando como cenário a praia de Ipanema, seus entretenimentos e características. Ainda na mesma área, o cenário da situação de ida ao zoológico foi adaptado para o zoológico local. Em ambos os casos o grau de complexidade do texto foi preservado visando o menor impacto possível no grau de dificuldade das habilidades a serem medidas. Na área de Finanças, a conta de luz foi substituída pela de uma operadora local mantendo o mesmo valor. Na área de Comunicação, o conteúdo do lembrete de consulta médica foi modificado quanto ao local, telefone e data da consulta. Finalmente, a área de Mobilidade requereu a elaboração de três mapas que preservassem o grau de dificuldade da situação original tendo em vista a escassez de mapas que unificassem informações a cerca das linhas de ônibus e metro locais.

B. Sujeitos: Após o processo de adaptação o instrumento foi incorporado ao estudo do Departamento de Psicologia da PUC-Rio, que avalia os idosos das Casas de Convivencia da Prefeitura do Rio de Janeiro. É importante ressaltar que todos os participantes assinaram um Termo de Consentimento Livre Esclarecido no qual concordam com a coleta de dados de forma voluntária, não remunerada, não intervencionista e com possibilidade de interrupção a qualquer momento. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro parecer No 1023155. Os critérios de inclusão para a seleção dos idosos usuários das Casas de Convivência da Prefeitura do Rio de Janeiro que encontram-se inseridos na pesquisa em andamento foram os seguintes: Idade entre 60 e 79 anos; Familiaridade com computadores, tablets e/pu smartphones. Os critérios de exclusão foram os seguintes: Déficit visual significativo não corrigível por óculos ou lentes de contato; Déficit auditivo significativo não corrigível por aparelho auditivo; Comprometimento motor limitante; Presença de demência e/ou doença neurológica limitante; Presença de depressão oença psiquiátrica grave. C. Medidas: Os sujeitos estam sendo submetidos a um questionário para a obtenção de dados sóciodemográfico (idade, gênero, estado civil, nível de escolaridade, número de doenças e número de medicamentos) e instrumentos para medidas cognitivas e funcionais. A Bateria Breve de Rastreio Cognitivo (BBRC) encontra-se validada para a população brasileira (Nitrini et al, 1994). No presente trabalho a BBRC tem sido aplicada por psicólogos previamente treinados em sessão única com duração máxima de uma hora. A BBRC contempla os seguintes instrumentos: Mini Exame do Estado Mental; Teste de Memória de Figuras; Teste de Fluência Verbal (animais); Teste do Desenho do Relógio; Escala de Depressão Geriátrica; Escala de Atividades Instrumentais de Vida Diária; Questionário de Atividades Funcionais. A Escala de Atividades Instrumentais de Vida Diária (Lawton & Brody, 1964) e o Questionário de Atividades Funcionais (Pfeffer, 1982) são instrumentos frequentemente utilizados na prática clínica que avaliam de forma subjetiva a funcionalidade do sujeito. Os instrumentos baseiam-se em informações fornecidas pelo próprio entrevistado ou por

acompanhante. As medidas de auto-avaliação possuem algumas desvantagens como apresentar variabilidade com a severidade dos sintomas e com o estado afetivo no momento da avaliação. As medidas fornecidas por acompanhantes também podem apresentar variabilidade de acordo com o grau com o que o sujeito é observado no desempenho das tarefas (Patterson et al, 2001). Além dessas, está sendo aplicado o UPSA-BR em sessão única de trinta minutos como parte do rastreamento. Além da BBRC os sujeitos estam sendo submetidos a uma avaliação neuropsicologica mais aprofundada em duas sessões de uma hora de duração cada por uma mesma psicologa com maior experiência e capacitação. Essa avaliação incluiu: Figura Complexa de Rey; O Teste de Aprendizagem Auditivo-Verbal de Rey (RAVLT) Procurar Símbolos Códigos Teste de Trilhas Colorido Dígitos Fluência Verbal Fonêmica (FAS) Stroop Resultados parciais e discussão: As variáveis sócio-demográficas e as medidas da BBRC e do UPSA-BR estam sendo inseridos em um banco de dados para futuros testes estatísticos. Os resultados parciais do UPSA-BR (pontuação total e de cada domínio) dos sujeitos avaliados até o momento podem ser observados no Gráfico 1, sobre o qual: A coluna de número 1 é referente à pontuação total feita no UPSA A coluna 2 é referente à pontuação no módulo Entendimento e Planejamento A A coluna 3 é referente à pontuação no módulo Entendimento e Planejamento B A coluna 4 é referente à pontuação no módulo Habilidades Financeiras Calcular Troco A coluna 5 é referente à pontuação no módulo Habilidades Financeiras Preencher Cheque. A coluna 6 é referente à pontuação no módulo Comunicação A coluna 7 é referente à pontuação no módulo Transporte A coluna 8 é referente à pontuação no módulo Habilidade para Tarefas Domésticas Além das medidas do UPSA-BR e da BBRC, também serão inseridos dados obtidos por meio da avaliação neuropsicologica mais aprofundada afim de obter um perfil funcional e cognitivo dos idosos avaliados.

Conclusão: Gráfico 1 A literatura indica uma validade convergente entre de medida do desempenho cognitivo e funcional obtida com o UPSA-BR que poderão ser esperados no presente trabalho. Esse achado poderá indicar o UPSA-BR como um instrumento de rastreamento válido e confiável para utilização em idosos da comunidade. Escalas subjetivas como as de Lawton e Pfeffer, por sua vez, apresentam resultados divergentes quando comparados ao UPSA-BR na literatura e espera-se que o mesmo resultado seja encontrado no presente trabalho. A subjetividade dessas escalas tem sido apontado na literatura como a principal razão de tal discrepância e motivado o estudo da funcionalidade não apenas em idosos mas em diversas doenças mentais. O presente estudo em andamento tem grande importância para a validação de novos instrumentos de rastreamento da capacidade funcional desenvolvido ou não dentro de plataforma tecnológica. Referências 1. LAWTON, M. Powell; BRODY, Elaine M. Assessment of older people: selfmonitoring and instrumental activities of daily living. The Gerontologist, Washington, v. 9, n. 3, p. 179-186, 1969. 2. MANTOVANI, L.M.,et al., UCSD Performance Based Skills Assessment (UPSA): validation of a Brazilian version in patients with schizophrenia. Belo Horizonte, 2015. Dissertação (mestrado), Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Minas Gerais.

3. NITRINI, Ricardo et al. Testes neuropsicológicos de aplicação simples para o diagnóstico de demência. Arq. Neuro-Psiquiatr., São Paulo, v. 52, n. 4, p. 457-465, Dec. 1994 4. PATTERSON, T.L., GOLDMAN, S., MCKIBBIN, C.L., HUGHS, T., JESTE, D.V. UCSD performance-based skills assessment: development of a new measure of everyday functioning for severely mentally ill adults. Schizophrenia Bulletin. 2001;27:235 245 5. PFEFFER, R.I.; et al. Measurement of functional activities in older adults in the community. Journal of Gerontology, Washington, v. 37, n. 3, p. 323-329, 1982.