Aula 14 Direito Constitucional Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
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Aula 14: Intervenção Federal e Estadual Objetivo: Nesta aula estudaremos a concepção de defesa do Estado Democrático de Direito. Bons estudos! A concepção de defesa do Estado Democrático de Direito, no modelo constitucional atual, substitui a ideologia da segurança nacional. Como defesa do Estado, devemos compreender a defesa do território contra invasão estrangeira, defesa da soberania nacional e defesa da Pátria. Temos, assim, um sistema constitucional de crises. Conceituamos sistema constitucional de crises os mecanismos previstos na Constituição Federal, que preserva a ordem jurídica nos momentos de crise institucional, mediante a suspensão ou a restrição de diversos direitos individuais. No entanto, tais medidas têm caráter de excepcionalidade e são temporárias e proporcionais ao que se pretende superar. São formas excepcionais a intervenção, o estado de defesa e o estado de sítio. Intervenção federal Em regra, temos autonomia dos entes federativos, União, estados, Distrito Federal e municípios, caracterizada pela capacidade de auto-organização, normatização, autogoverno e autoadministração. Excepcionalmente, porém, será admitido o afastamento dessa autonomia política, com a finalidade de preservação da existência e unidade da própria Federação, através da intervenção federal. A intervenção federal consiste em medida excepcional de supressão temporária da autonomia de determinado ente federativo, fundada em hipóteses previstas no texto constitucional, e que visa à unidade e preservação da soberania do Estado Federal e das autonomias da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. A União, em regra, somente poderá intervir nos estados-membros e no Distrito Federal, enquanto os estados somente poderão intervir nos municípios de seu território. Acesse o Ambiente Virtual de Aprendizagem e veja o infográfico.
O mecanismo da intervenção federal constitui um instrumento imprescindível à viabilização do sistema federativo e sua utilização apresenta funções de ordem político-jurídicas, destinadas a tornar efetiva a intangibilidade do vínculo federativo, a respeitar a integridade territorial das unidades federadas, a promover a unidade do Estado Federal e preservar a incolumidade dos princípios fundamentais proclamados pela Constituição da República. Existem dois tipos de intervenção federal: a espontânea e a provocada. A espontânea é ato discricionário do Presidente da República, nas hipóteses constitucionalmente previstas, com posterior apreciação pelo Congresso Nacional. A provocada é ato de iniciativa exclusiva do ente Federado impedido, nas situações expressamente dispostas na Constituição. Acesse o AVA para ver o infográfico. O Estado de defesa Estado de defesa 1 é uma forma branda de estado de exceção e pode ser decretado pelo Presidente da República por prazo não superior a 30 dias prorrogáveis, uma única vez, por igual período. Os motivos que autorizam o decreto presidencial de estado de defesa são a preservação ou restabelecimento da ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional e as calamidades de grandes proporções da natureza. O Estado de sítio Estado de sítio 2 é a forma mais grave de legalidade extraordinária e decorre de comoção grave de repercussão nacional ou de ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa. Pode ter natureza repressiva ou defensiva. O estado de sítio repressivo pode ser decretado pelo Presidente da República por períodos sucessivos de 30 dias. Já o estado de sítio defensivo poderá ser adotado pelo tempo que perdurar uma guerra ou agressão estrangeira.
Saiba mais (1) Leia o Artigo 136 da Constituição para ampliar os seus conhecimentos sobre o Estado de Defesa. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%c3%a7ao.htm>. Acesso em: 16 jul. 2012. (2) Obtenha mais informações sobre o Estado de sítio lendo os artigos 137, 138 e 139 da Constituição. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%c3%a7ao.htm>. Acesso em: 16 jul. 2012. REFERÊNCIAS BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, Senado, 2012. BONAVIDES, P. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Malheiros, 2009. MORAES, A. Direito Constitucional Administrativo. São Paulo: Atlas, 2002. TAVARES, A. R. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Saraiva, 2009.