EVOLUÇÃO DA COMPUTAÇÃO EM NUVEM



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Transcrição:

FACULDADE PITÁGORAS DE UBERLÂNDIA GESTÃO EM TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO DIVINO JOSÉ DE MIRANDA EVOLUÇÃO DA COMPUTAÇÃO EM NUVEM UBERLÂNDIA MG, 07/2011 DIVINO JOSÉ DE MIRANDA

EVOLUÇÃO DA COMPUTAÇÃO EM NUVEM Trabalho de Conclusão do Curso, apresentado para habilitação no curso de gestão de tecnologia da informação. Faculdade Pitágoras de Uberlândia Uberlândia, PITÁGORAS. Orientador: Prof. Esp. Márcio Moreira UBERLÂNDIA MG, 07/2011

RESUMO: O trabalho tem o objetivo de entender a computação em nuvem e avaliar os benefícios dela para as empresas e a sociedade. O artigo apresenta a evolução da computação em nuvem, avalia os impactos e os custos dela para as empresas e para a sociedade, além de como ela pode ser oferecida como serviços. O artigo encerra-se concluindo que a computação em nuvem é uma oportunidade de negócios para as empresas prestadoras de serviços e para os possíveis clientes dela, pois o custo de fornecimento da computação em nuvem tende a ser menor que o custo de terceirização ou aquisição de infraestrutura própria. Palavras-chave: Computação em nuvem, datacenter, serviços. ABSTRACT: This paper aims to understand the cloud computing and evaluate the benefits of it for business and society. The article presents the evolution of cloud computing, evaluates the impacts and costs for business and society, and how it can be offered as services. The text ends up concluding that the cloud computing is a business opportunity for service providers and potential customers, it because the cost of delivery of cloud computing tends to be less than the cost of outsourcing or acquisition of infrastructure itself. Keywords: Cloud computing, datacenter, services.

1. Introdução Na era atual, os sistemas integrados de informação são o fio condutor para a criação de modelos cada vez mais eficientes em informação e ao mesmo tempo em que possam interagir entre si, ligando grandes e pequenas empresas aos centros comerciais mais importantes e às suas próprias informações em menor tempo, minorando problemas, custos e agilizando o serviço de colaboradores ligados aos sistemas das empresas que necessitam das informações para realizar suas atividades. Assim ao falar em computação em nuvem, é preciso lembrar que os datacenters vieram sanar algumas dificuldades da computação em nuvem, ao guardar informações descarregadas dos vários dispositivos existentes, e são eles que permitiram que ela ocorresse sem grandes dificuldades, facilitaram sua recuperação, bastando para isso apenas um clique. De forma integrada aos diversos setores sociais, os Datacenters são centros destinados exclusivamente para operações complexas responsáveis em manter tudo funcionando como softwares que são executados em hosts principalmente utilizando tecnologia em nuvem e favoreceram em muito os conceitos que temos atualmente sobre a utilização da computação em nuvem. A tecnologia dos datacenters evoluiu muito e continua evoluindo à medida que esse segmento de tecnologia é absorvido pela grande massa populacional. Nesse sentido, o que torna o meio da informação funcionando, principalmente no caso da computação em nuvem é a moderna tecnologia que vem mudando a cada ano, trazendo o compartilhamento de informações cada vez mais comum (VAQUERO et al., 2009). Baseado em Dikaiakos et al. 2009, podemos dizer que, com a dinâmica dos mercados, e a questão das grandes corporações necessitarem cada vez mais de mecanismos de armazenamento e gerenciamento que protejam, e até permitam um acesso mais rápido e preciso às suas informações, mas que garantam também que haja segurança e viabilidade em todo o processo, isto

torna a computação em nuvem o meio mais seguro de processar as informações. Pensar em hosts (servidores) como sustentação de dados na atualidade torna-se um desafio ainda maior quando percebemos a quantidade de informação envolvida em todo o trabalho das empresas e que necessitam cada vez mais de espaço em seu sistema organizacional, empreendendo ao datacenter a função mais importante para o sucesso do sistema. O propósito deste trabalho é esclarecer o que é a computação em nuvem, mostrar a evolução dela e avaliar os possíveis benefícios que ela pode proporcionar às empresas, especialmente na questão de custo de processamento. O trabalho começa apresentando a história da computação em nuvem, depois apresenta os impactos dela para a sociedade atual, descreve como ela pode racionalizar os espaços em datacenters, as alternativas de serviços que ela oferece, avalia as alternativas de custos entre a computação própria versus a computação em nuvem. Para Moram (2009) o propósito da computação é amplo: [...] A digitalização permite registrar, editar, combinar, manipular toda e qualquer informação, por qualquer meio, em qualquer lugar, a qualquer tempo. A digitalização traz a multiplicação de possibilidades de escolha, de interação. A mobilidade e a virtualização nos libertam dos espaços e tempos rígidos, previsíveis, determinados. O mundo físico se reproduz em plataformas digitais e todos os serviços começam a poder ser realizados física ou virtualmente. Podemos pagar contas numa agência de banco ou na Internet, fazer compras numa loja ou através de lojas virtuais. 2. O surgimento da computação em nuvem A computação em nuvem surgiu da necessidade de trazer às empresas uma solução mais viável e possível, com menores custos, acesso rápido, e menor tempo para a realização de suas tarefas. Como meio de acesso às informações, pode-se dizer através de pesquisas realizadas por diversos profissionais da área que, além de ser seguro, é o meio que permite um maior rendimento em qualidade de acessos, em informações guardadas e usabilidade em todos os seguimentos sociais (MOHAMED, 2009). Com a velocidade da tecnologia no campo da eletrônica e a utilização da descoberta do silício como meio de solucionar problemas de ordem básica na

construção dos componentes, bem como a diminuição destes possibilitaram um aumento da capacidade de processamento dos circuitos integrados. Hoje dispomos dos mais variados hosts que utilizam essa tecnologia com acesso a Internet, e como meio de inteligência para alimentar suas memorias, nesse caso esses hosts ganham notoriedade por baixar custos de manutenção e operação no mundo corporativo e home office (escritório em casa) (MOHAMED, 2009). Programas usados na computação em nuvem não precisam estar instalados em máquinas locais, podem ser acessados via Internet em qualquer parte da rede mundial. Esses aplicativos permitem que se possa executar tanto on-line (conectado diretamente ao equipamento central) como off-line (armazenados em máquinas locais quando a Internet estiver indisponível, e sincronizado com host quando essa comunicação se restabelecer). Pode-se pensar nas facilidades que computação em nuvem fornece em matéria de mobilidade e acesso, podendo o usuário em qualquer lugar do mundo editar seus documentos, apresentações e planilhas ganhando tempo, rapidez, isso sem ter que instalar nenhum aplicativo na máquina em uso, tendo seus dados armazenados em um host que pode estar a quilômetros do local que está consumindo o serviço, viabilizando processos que até então eram tidos como impossíveis. A velocidade do link com a Internet nos propicia esse armazenamento como o resgate da informação a qualquer momento (VAQUERO, 2009). Com o avanço da computação em nuvem o uso de datacenters espalhados no mundo e com poderosos hardwares tornou-se necessário, essa comunicação então se torna imperceptível ao usuário da rede, que não percebe quando faz uso do serviço. O usuário final dessa tecnologia, não percebe a importância do local que guarda os seus dados gerados, neste caso, o usuário final não precisa se preocupar com manutenção, pois backups são executados pelos datacenters e são fornecidos através dos serviços contratados (DIKAIAKOS et al., 2009). Assim tem-se um sistema que evoluiu graças ao desenvolvimento de novas tecnologias e da necessidade cada vez mais frequente dos usuários que exigiam cada vez mais mobilidade e flexibilidade em seu meio de trabalho.

Abaixo temos um esquema de uma rede de computação em nuvem que mostra hosts interligados e suas diversas aplicações. Figura 1: Representação esquemática de computação em nuvem Por meio das novas tecnologias alcançamos a evolução em comunicação, as redes sociais tornaram o trabalho das empresas mais eficiente e envolvido em alcançar esse consumidor diferenciado (MORAM, 2008), o qual deseja antes de tudo, qualidade nos produtos, facilidade nos processos que envolvem seu trabalho, e nesse sentido a informação compartilhada e armazenada em datacenters é um produto de uso coletivo que veio minorar custos, melhorar a integração entre as redes de informação, encurtar distâncias entre empresa e consumidor, e minimizar o tempo gasto com atividades promocionais voltadas principalmente para captar esse consumidor. 3. A evolução da computação em nuvem até a sociedade atual Muitas empresas construíram seu patrimônio utilizando-se da computação em nuvem como fator determinante em seu negócio (VAQUERO, 2009). Assim, é relevante entender, que o mercado atual exige qualidade total. Nesse campo muitas empresas exigem além da redução no tempo gasto para execução do trabalho, que este gere também menos custos, o que viabiliza vários tipos de serviços ampliando o seu alcance a diferentes tipos de clientes, assim ao

ampliar conceitos que colaboram para que o trabalho executado realmente seja eficiente, podemos dizer que na recuperação de dados todos ganham: a organização que necessita do trabalho e as empresas ligadas aos datacenters que mobilizam uma cadeia produtiva. Ao viabilizar processos mais eficientes em matéria de informação, várias empresas foram criadas e investiram pesado para poder garantir de fato sua qualificação nesta nova modalidade da informática. A primeira empresa a lançar uma plataforma, seguindo a tendência da computação em nuvem foi a Amazon, seguida pelas populares: IBM, INTEL, GOOGLE, o APP ENGINE e MICROSOFT, que em 2009, disponibilizou o Windows Azure (NETO & FREITAS, 2010). Estas empresas ao viabilizar sistemas que concedem maior usabilidade e compartilhamento de informações, permitiram e consagraram uma rápida expansão dos processos de negócios, visto que estes oferecem ao usuário facilidade ao acessar de maneira rápida e efetiva todos os dados que necessita para realizar seu trabalho, mesmo a quilômetros de distância. Perceber que a sociedade atual desenvolveu-se em torno da utilização das redes de informação, fez com que as empresas do setor evoluíssem em conceitos técnicos de eficiência, tanto que hoje se pode dizer que cresceram e geraram seus recursos financeiros através da criação de novos mercados consumidores e a aposta em meios rápidos de informação para suprir a demanda (MORAM, 2008). A evolução do sistema de computação ocorreu pela grande demanda por redes de informação que contemplassem às necessidades estruturais da sociedade envolvida em sistemas operacionais cada vez mais complexos, exigindo que as informações fossem armazenadas em espaços cada vez mais extensos, onde houvesse uma estrutura possível de recuperá-los, e no momento em que se necessitasse de sua utilização (MOHAMED, 2009). Pode-se dizer também que a evolução no sistema de computação em nuvem, veio também da necessidade cada vez mais frequente da sociedade de um sistema que integrasse de maneira eficiente, tanto o armazenamento, como a recuperação de

dados, visto que para realizar diversos tipos de serviços atualmente, é preciso uma gama cada vez maior de informação. Neto e Freitas, 2010, fazem referência à evolução da computação nos últimos 40 anos como um recurso necessário que veio desencadeado principalmente pelo uso de mainframes, os quais distribuíam suas informações através de redes internas de processamento, passando para aplicações desktops, em que são compartilhadas a mesma base de dados. Com a evolução e segundo os mesmos autores as aplicações passaram a ser acessadas via browser, disponibilizadas localmente pelas empresas e assim chegarmos ao cenário atual que nos permitiu armazenar informações em servidores públicos, viabilizando os processos com o menor custo possível. Nesse sentido é essencial pensarmos que na atual situação da computação em nuvem como se desenvolveu da evolução das redes de informação para realizar com eficiência todos os processos criou sistemas interligados cada vez mais desenvolvidos, estes sistemas vieram funcionar de maneira a propiciar ao usuário garantia de que suas informações estarão acessíveis conforme sua necessidade, além de que, grandes e pequenas empresas tenham liberdade conforme o desenvolvimento do trabalho necessite recuperar ou armazenar suas informações. Pode-se dizer que no passado os sistemas de informação e recuperação de dados não possuíam recursos significativos que permitissem uma ampliação e desenvolvimento de um trabalho mais qualitativo, o que onerava o serviço, tornava-o menos qualitativo e mais arriscado no sentido de ter informações essenciais sem uma proteção eficiente que garantissem de fato sua segurança (MOHAMED, 2009). A informação no sentido mais amplo é o meio pelo qual o mundo está interligado, gerando serviços coligados em diversas áreas, conforme a demanda de mercado exige, e para tanto a computação em nuvem permite essa ampliação sem que haja prejuízo para nenhuma das partes. É grande o interesse por esse sistema integrado que faz da sociedade geral sua grande consumidora, gerando e armazenando a informação de forma tão eficiente, tão qualitativa, que mesmo

utilizando de fontes tão diversas de recuperação de dados, essa sociedade não percebe o seu uso, por este não comprometer de maneira alguma o uso dessas informações e permitir liberdade ao usuário conforme sua necessidade. Nesse sentido percebemos que o futuro da recuperação de dados nos remete ao uso de instalações que tornem cada vez mais eficientes o armazenamento das informações e sua recuperação, portanto estar atento ao que o mercado espera no uso das informações, ampliando sua utilização, e ainda permitir que o usuário tenha liberdade no uso é a grande novidade da computação em nuvem (ARMBRUST et al., 2009). A grande cartada da computação em nuvem foi à evolução e a utilização do datacenter como meio de concentrar a maior parte da informação e permitir, tanto a flexibilização, como o uso em larga escala pelas empresas interessadas em seus benefícios, este analisado no sentido que a informação fica disponível para recuperação, conforme o trabalho executado necessite dessa informação para concretizar o que foi iniciado, favorece a empresa, aumentado o ganho de tempo e melhora também no aspecto financeiro (MOHAMED, 2009). 4. A importância dos datacenters na computação em nuvem Conforme a evolução dos datacenters foi necessária a adequação de hardwares para melhor aproveitamento dos espaços físicos (MOHAMED, 2009). A partir das convenções estabelecidas através dos órgãos certificadores voltados para conexão e a segurança da informação são necessários filtros de segurança contra invasões de terceiros. Com racionalização de hardwares é possível economizar espaços no ambiente físico, essa é sem dúvida uma das vantagens da computação em nuvem, a empresa diminui a preocupação com hardwares instalados enxugando o número de cabos, causando boa impressão no ambiente. Com tantos hosts facilitando a vida das pessoas, em casa, no trabalho e lazer, podemos dizer que estamos rodeados de tecnologia para nos auxiliar, elevando nossa satisfação em criar, produzir e atualizar nossas informações, criando novos conceitos. Termos antes desconhecidos como computação em nuvem, hosts, datacenters, os quais eram até bem pouco tempo utilizados apenas

por profissionais da área de informática, e hoje disponíveis em redes sociais e empresariais, nos mostram que estamos rodeados de informação que se bem administrada pode trazer benefícios importantes para as diversas áreas do conhecimento. Isto mostra como os datacenters se tornaram uma parte essencial de todo o processo de computação em nuvem, pois nesse caso são eles que favorecem a funcionalidade e acessibilidade de todo o serviço de informação. Segundo Sun (2008) mostra a consolidação e racionalização das mídias usadas no DATACENTERS para melhor aproveitamento no seu desempenho. Conforme os volumes de dados crescem, as organizações de TI adicionam sistemas de armazenamento e novos tipos de mídia para suportar as altas cargas de informação e melhorar o desempenho, resultando em uma enorme e complexa rede de sistemas que consomem valioso espaço do datacenter que geram uma demanda excessiva de energia e refrigeração, e são caros e difíceis de gerenciar. Para maximizar a eficiência, as empresas devem associar o armazenamento entre os de alto custo e utilização ineficiente de energia e os de menor custo, eficiência energética e sistemas de arquivo de mídia para melhor gerenciar essa demanda. Além disso, muitos sistemas de fita são incapazes de fornecer suporte para mídia mista, particionamento, ou compartilhamento de biblioteca, tornando difícil para os datacenters medir e compartilhar hardware e software em um esforço para alavancar os recursos existentes e reduzir os custos operacionais. Com a correta tecnologia de mídia de armazenamento, as empresas podem consolidar vários sistemas menores em soluções maiores - ou sistemas grandes em poucos com soluções de alta densidade - e armazenar mais dados em menos custo. 5. Influência da computação em nuvem nos serviços Uma publicação da Sun (2009) sobre Cloud Computing mostra uma lista dos serviços mais importantes da computação em nuvem e as funções exercidas por eles em empresas de grande repercussão mundial. Abaixo a lista da Sun Cloud Computing sobre esses serviços, suas definições e as empresas que mais empregam a utilização desses serviços.

1. Software como um serviço (SaaS): O SaaS está na mais alta camada da prestação de serviços de TI (Tecnologia da Informação). Uma aplicação completa é oferecida como um serviço, sob demanda, via de locação, para vários clientes mantendo o isolamento das informações de cada cliente. O provedor do serviço tem um software na sua infraestrutura e oferece multiplas instancias dele, uma para cada cliente. O exemplo mais conhecido de SaaS é a Salesforce.com, mas existem agora muitas outras, incluindo a Google Apps, oferecendo os serviços básicos de negócios tais como o e-mail. Certamente, muitos investidores da Salesforce.com entenderam as definições da computação em nuvem há alguns anos. Por outro lado, como muitos outros desenvolvedores em computação em nuvem, a Salesforce.com agora opera em mais uma camada de nuvem, com o lançamento do Force.com, um aplicativo auxiliador no ambiente de desenvolvimento, ou seja, uma plataforma como um serviço. 2. Plataforma como serviço (PaaS): A PaaS é camada intermediária dos serviços de TI, que oferece um encapsulamento de uma abstração de um ambiente de desenvolvimento e das embalagens de uma carga de serviços. A carga arquetípica é uma imagem Xen (parte da Amazon Web Services), contendo uma grande quantidade de infra Web básica (por exemplo, uma distribuição de Linux, um servidor da Web, e um ambiente de programação, como Pearl ou Ruby). A PaaS oferece e pode proporcionar para todas as fases de desenvolvimento e teste de software, ou eles podem ser especializados em torno de uma determinada área, tais como o gerenciamento de conteúdos. Exemplos comerciais de PaaS incluem a Gloogle App Engine, que serve como infraestrutura de aplicações do Google. Os serviços PaaS como estes podem fornecer uma grande flexibilidade, mas podem ser limitados pelas capacidades oferecidas pelo provedor.

3. Infraestrutura como serviço (IaaS): A IaaS está na camada mais baixa dos serviços de TI e é um meio do fornecimento de armazenagem e computação básica como serviços normalizados pela rede. Servidores, sistema de armazenagem, switches, roteadores e outros sistemas são reunidos (através da tecnologia de virtualização, por exemplo) para lidar com tipos específicos de cargas de trabalho, a partir do processamento em lote para servidor ou armazenamento com aumento durante as cargas de pico. O exemplo comercial mais conhecido é a Amazon Web Services, que oferece serviços como EC2 (computação básica) e S3 (serviços de armazenamento). Outro exemplo é a Joyent, cujo principal produto é uma linha de servidores virtualizados que fornecem uma grande escala de infraestrutura por demanda para a execução de sites, incluindo ricas aplicações na Web escritas em Ruby, Rails, PHP, Python e Java. Outra publicação mostra os atributos para definir um trabalho em nuvem, e quais são os mais adequados a cada necessidade seja empresarial ou não. A Redação CIO (2009), uma publicação da Computerword, referente a um trabalho de consultoria da Gartner Group, indica em seu artigo cinco atributos que definem os serviços de computação em nuvem que irão colaborar na decisão das empresas, são modelos que podem se adequar melhor às necessidades dos clientes: 1. Baseado em serviço: Na computação em nuvem os serviços podem ser considerados sob medida, uma vez que são designados para atender a necessidades específicas de um cliente ou de um grupo de clientes. As tecnologias, por sua vez, são escolhidas para suprir a solução ou o serviço em vez do contrário (o serviço ser desenvolvido de acordo com a infraestrutura tecnológica disponível).

2. Escalável e elástico: O serviço pode ter capacidade escalar de acordo com as demandas do cliente. Já a elasticidade é um pressuposto para o caso dos ambientes em que existem recursos compartilhados de TI. No caso da escala, ela é um requisito ligado à infraestrutura e ao software. Enquanto a elasticidade está associada não só à escala, mas também com modelos econômicos. 3. Compartilhado: A criação de grupos que compartilham serviços facilita a economia de escala. E os recursos de TI são usados com o máximo de eficiência. A infraestrutura, software ou plataformas passam a ser divididos entre os vários usuários dos serviços. Isso permite fornecer um número infinito de recursos para atender as necessidades de múltiplos clientes, ao mesmo tempo. 4. Medido por uso: Esse modelo de serviços possibilita criar métricas que permitam diferentes modelos de pagamento. O provedor pode cobrar pelo uso, por número de usuários, criar planos limitados, entre outros. Mas, em todos os casos, o pagamento vai ser feito pelo uso do serviço e não de acordo com o custo do equipamento. 5. Baseado no uso da Internet: Os serviços são oferecidos por meio de protocolos e formatos web (como URLs, HTTP e IP). Observa-se que há características importantes que devem ser levadas em conta quando se indica um serviço em nuvem, principalmente em relação aos investimentos que tragam retorno rápido e proporcionem comodidade ao cliente. 6. Custos de Investimentos Os custos com implantação de datacenters pode ficar inconcebível para algumas empresas, pois os equipamentos sofrem depreciação muito rápida

conforme a evolução da tecnologia, os serviços em nuvem podem ajudar tanto as empresas de pequeno e grande porte. Reese (2008) fundador das empresas enstratus Networks LLC e Valtira LLC, revela que, normalmente, quando uma empresa quer fazer crescer sua infraestrutura de TI ( tecnololia da informação), tem duas opções: Construí-lo em casa e possuir ou arrendar o equipamento. Terceirizar a infraestrutura para um provedor de serviços gerenciados. Em ambos os cenários, a empresa deve adquirir a infraestrutura para suportar picos de utilização, independentemente do uso do sistema normal. Para Reese (2008) a TI interna de uma empresa tem que manter o serviço operante o ano todo, sendo que para o serviço terceirizado a empresa necessitaria apenas de 1 hora ao longo desse mesmo ano para realizar o serviço, o que economizaria o investimento para o resto do ano. abaixo: As opções de investimento podem parecer como mostrado na Figura 2 Informações TI Interna Serviço Terceirizado Nuvem (U$) (U$) (U$) Investimento de capital $40,000 $0 $0 Custos de Implantação $10,000 $5,000 $1,000 Serviços Mensais $0 $4,000 $2,400 Trabalhos Mensais $3,200 $0 $1,000 Custos após três anos $149,000 $129,000 $106,000 Figura 2: Investimentos na TI interna, Terceirizados e Em Nuvem. Fonte Reese 2008. Pelo estudo apresentado acima, conclui-se que os recursos investidos na TI interna tém um custo acima dos serviços terceirizados, sendo que o retorno do investimento do serviço terceirizado ao longo das operações se tornam viáveis, pois a empresa utiliza toda infraestrutura oferecida pelo serviço terceirizado.

Reese (2008) em sua pesquisa, conclui que o investimento para serviços gerenciados é um bom argumento para solução encontrada. Para este cálculo, Reese descreve como exemplo, um servidor de sistemas com uma boa quantidade de memória RAM e outro servidor bom balanceador de carga. O custo de 3 anos, assume um custo de 10% do capital investido. É uma boa relação custo-benefício que o fornecedor de serviços sugere. A maioria dos grandes fornecedores de TI serão pelo menos três vezes mais caros do que os números aqui fornecidos. Sob este cenário, os serviços gerenciados poupam 13,5% do serviço total aplicado pela TI interna. O que torna viável os serviços gerenciados, no entanto, a computação em nuvem obtém uma grande vantagem nos investimentos comparados com os serviços terceirizados conforme mostrado na Figura 2. 7. Conclusão O trabalho apresentou o que é a computação em nuvem, inclusive discute as alternativas de oferecimento dela como serviços, através do entendimento dos conceitos por trás do termo, da evolução histórica e da avaliação comparativa de custos dela versus a computação própria. Com os estudos feitos pode-se concluir que a computação em nuvem tende a ser mais econômica do que a aquisição de toda a infraestrutura necessária para prover a computação própria e até mesmo mais barata do que a terceirização desta infraestrutura. Também se pode concluir que a computação em nuvem é uma oportunidade de negócio não só para os possíveis clientes dela, mas como também para as empresas que resolverem prover este tipo de serviço. No futuro da computação em nuvem baseado nas pesquisas realizadas a

tendência mundial é a ampliação dos recursos tecnológicos, tornando-a cada vez mais eficiente nos serviços oferecidos. 8. Referências ARMBRUST, M.; FOX, A.; GRIFFITH, R.; JOSEPH, A. D.; KATZ, R.; KONWINSKI, A.; LEE, G.; PATTERSON, D.; RABKIN, A.; STOICA, I.; ZAHARIA, M. Above the Clouds: A Berkeley View of Cloud Computing. EECS Department, University of California, Berkeley, fevereiro 2009. DIKAIAKOS, M. D.; PALLIS, G.; KATSAROS, D.; MEHRA, P.; VAKALI, A. Cloud Computing Distributed Internet Computing for IT and Scientific Research. IEEE Internet Computing, 13(5): 10-13, setembro/outubro 2009. MOHAMED, A. A history of cloud computing. ComputerWeekly.com, 27 Março 2009.Disponível em: http://www.computerweekly.com/articles/2009/06/10/235429/a-history-of-cloudcomputing.htm. Acesso em: 15/11/2010. MORAN, José Manuel. A TV digital e a integração das tecnologias na educação. Campinas: Papirus, 2008. Desafios na comunicação pessoal. 4ª ed. revista. São Paulo: Paulinas, 2008. NETO, Olavo O., FREITAS, Rejane C.: Computação em nuvens, visão comparativa entre as principais plataformas de mercado. p.2 Artigo 2010. Wordpress. 2010. Disponível em: <http://olavooneto.files.wordpress.com /2011/01/computacao_em_nuvens_visao_olavo_neto.pdf>. Acesso em 08/11/2011. Redação CIO. Gartner: cinco principais atributos da computação em nuvem. Computerworld. 2009. Disponível em:< http://computerworld.uol.com.br/gestao/2009/07/02/gartner-5-principais-atributosda-computacao-em-nuvem/>. Acesso em 05/11/2011

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