Professor Marcelo Lameirão

Documentos relacionados
A Exploração do Ouro

Movimento bandeirante (séc XVII):

A Economia Mineradora (Século XVIII) O Processo de Independência. 1 A Economia Mineradora do Século XVIII. 2 As Reformas Pombalinas

Movimento bandeirante (séc XVII):

Regulação Semestral do Processo Ensino Aprendizagem 4º bimestre Ano: 2º ano Ensino Médio Data:

REVISÃO I Prof. Fernando.

Movimentos nativistas e emancipacionistas

Domínios Estrangeiros e Economia Colonial. Alan

HISTÓRIA - 1 o ANO MÓDULO 15 A MINERAÇÃO: ECONOMIA

Atividades Promotoras da interiorização

Crise do Sistema Colonial: Rebeliões Coloniais e Tentativas de Emancipação

BRASIL COLÔNIA ( )

Expansão do território brasileiro

MINERAÇÃO E REVOLTAS NO BRASIL COLONIAL

Bandeirismo(séc XVII):

Aula 08 Movimentos de Pré- Independência e Vinda da Família Real.

A novidade é que o Brasil não é só litoral É muito mais é muito mais que qualquer zona sul Tem gente boa espalhada por este Brasil Que vai fazer

Cópia autorizada. II

Do litoral para o interior do país Séculos XVI e XVII

Do litoral para o interior do país Séculos XVI e XVII

Revoltas Nativistas e Anticoloniais. Alan

FORMAÇÃO TERRITORIAL DO BRASIL. Profº Gustavo Silva de Souza

BRASIL COLÔNIA ( )

CAPÍTULO 6 O TERRITÓRIO BRASILEIRO EM CONSTRUÇÃO. Disciplina - Geografia 3 a Série Ensino Médio Professor: Gelson Alves Pereira

Em que continente fica o Brasil?

História do Brasil (C) Apostila 2. Prof.ª Celiane

Expansão Territorial. Norte (Vale Amazônico): Nordeste: Drogas do Sertão / Missões. Cana-de-açúcar. Sul. Litoral.

BRASIL PORTUGUÊS PERÍODO PRÉ COLONIAL PERÍODO COLONIAL PROF. DE HISTÓRIA TÁCIUS FERNANDES BLOG:

MÓDULO 02 - PERÍODO PRÉ-COLONIAL E ASPECTOS ADMINISTRATIVOS,ECONÔMICOS E SOCIAIS DA COLONIZAÇÃO

A Administração Colonial

HISTÓRIA - 1 o ANO MÓDULO 17 REBELIÕES COLONIAIS

A MARCHA DA COLONIZAÇÃO NA AMÉRICA PORTUGUESA

Planejamento das Aulas de História º ano (Prof. Leandro)

DATA: /12/2014 ETAPA: Anual VALOR: 20,0 pts. NOTA: ASSUNTO: Trabalho de Recuperação Final SÉRIE: 7º ANO/E.F. TURMA: NOME COMPLETO:

Jimboê. História. Avaliação. Projeto. 4 o ano. 4 o bimestre

O CASO MARIANA E O CICLO DO OURO DO SÉCULO XVIII AOS DIAS ATUAIS

O IMPÉRIO ULTRAMARINO PORTUGUÊS PROF. FELIPE KLOVAN COLÉGIO JOÃO PAULO I

Aula 2: O período colonial ( ) Disciplina: Geografia do Brasil. Prof. Dr. Antonio Nivaldo Hespanhol Prof. Dr. Carlos de Castro Neves Neto

PEP /2013-2ª AVALIAÇÃO DE TREINAMENTO FICHA AUXILIAR DE CORREÇÃO HISTÓRIA. 1ª QUES TÃ O (Valor 6,0)

A Formação das Fronteiras e os Movimentos Nativistas

A colonização da América

A Presença Estrangeira no Período Colonial. História C Aula 04 Prof. Thiago

história do brasil - colônia prof. david nogueira.

A CRISE DO ANTIGO REGIME A INDEPENDÊNCIA DOS EUA

HISTÓRIA - 1 o ANO MÓDULO 11 A UNIÃO IBÉRICA (1580)

COLONIZAÇÃO DO BRASIL

Mineração- Brasil século XVIII

07 - MERCANTILISMO E EXPANSÃO MARÍTIMA

Origem O gado foi introduzido, e passou a ser criado nos engenhos do Brasil em meados do século XVI, para apoiar a economia açucareira como força

REVISÃO PARA RECUPERAÇÃO FINAL 7 ANO

ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO

Governo Geral. Início - Tomé de Sousa, 1549, com cerca de homens 1

A expansão da América Portuguesa

Brasil - Período Colonial

A Expansão Territorial (Séculos XVII e XVIII) A Economia Mineradora (Século XVIII) 1 A Expansão Oficial. 2 Os Tratados de Limites

Atividade de Revisão Prova 1 cap. 01 Questões Objetivas. Utilize o mapa a seguir para auxiliar na resolução das questões de 1 a 4:

História 4 o ano Unidade 8

A empresa açucareira e o Brasil holandês Prof. Maurício Ghedin Corrêa

Territorias: Formação do Território rio Brasileiro

História. As Capitanias Hereditárias. Professor Thiago Scott.

CONTEÚDOS HISTÓRIA 4º ANO COLEÇÃO INTERAGIR E CRESCER

HISTÓRIA - 1 o ANO MÓDULO 06 O GOVERNO-GERAL

IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO

Migrações - Mobilidade Espacial. Externas, internas, causas e consequências.

O vasto império colonial Espanhol em 1800

BRASIL DE PAÍS AGROEXPORTADOR A PAÍS INDUSTRIALIZADO CAPÍTULO 1 PROFESSOR LEONAM JUNIOR COLÉGIO ARI DE SÁ CAVALCANTE

PLANO DE CURSO DISCIPLINA:História ÁREA DE ENSINO: Fundamental I SÉRIE/ANO: 5 ANO DESCRITORES CONTEÚDOS SUGESTÕES DE PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Potências marítimas: Novas (burguesia) Antigas (nobreza) Portugal Espanha Holanda Inglaterra França

Consequência. Contexto. Motivo. Mercantilismo. Dificuldades. Inovações. Viagens MAPA 01 MAPA 02 MAPA 03. Exercício

A Historiografia do Brasil Colonial tem início em 22 de abril de 1500 com a chegada dos portugueses.

HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PORTUGAL - 6º Ano PLANIFICAÇÃO ANUAL º PERÍODO: 13 semanas (+/- 26 tempos)

MÓDULO 03 CICLOS ECONÔMICOS E REBELIÕES COLONIAIS

História do Brasil Colônia. Profª Maria Auxiliadora

AVALIAÇÃO PARCIAL I CAPÍTULO 4 PP. 76 A 84; 92 CAPÍTULO 5 PP. 98 A 107 CAPÍTULO 15 PP

PRIMÓRDIOS DA COLONIZAÇÃO

ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR (ES):

Profª Adriana Moraes

O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL COLÉGIO PEDRO II PROFESSOR: ERIC ASSIS

1º Período UNIDADE 1. Exercícios; A aventura de navegar

O ciclo da mineração e a sociedade mineradora. Prof.ª. Maria Auxiliadora

BRASIL COLÔNIA PROF. SORMANY ALVES

A FORMAÇÃO TERRITORIAL BRASILEIRA: UMA ABORDAGEM HISTÓRICA.

CAPÍTULO 7 - BRASIL - DINÂMICAS TERRITORIAIS E ECONÔMICAS

IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO

A expansão cafeeira no Brasil.

COLÉGIO XIX DE MARÇO excelência em educação

Capítulo 05 * Portugal na Baixa Idade Média * A expansão comercial e marítima europeia * O período Pré-Colonial. Profª Maria Auxiliadora 1º Ano

AMAZONIA SÉC. XVIII. Prof. Tácius Fernandes

MINERAÇÃO NO BRASIL A DESCOBERTA E EXPLORAÇÃO DO OURO E DO DIAMANTE

HISTÓRIA DO BRASIL. De omnibus dubitandum duvide de tudo.

COLÉGIO XIX DE MARÇO excelência em educação

IDADE CONTEMPORÂNEA IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO

Estudos das Relações Étnico-raciais para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Indígena. Ementa. Aula 1

CP/ECEME/2007 2ª AVALIAÇÃO FORMATIVA FICHA AUXILIAR DE CORREÇÃO HISTÓRIA. 1ª QUESTÃO (Valor 6,0)

Colégio Santa Dorotéia

1530 O regime de capitanias hereditárias é instituído por D. João III. Primeira expedição colonizadora chefiada por Martim Afonso de Sousa.

Mineração e a Crise do Sistema Colonial. Prof. Osvaldo

SUPERVISOR: Fátima Edília BOLSISTAS: Jusciana do Carmo Marta Claudino

Transcrição:

Professor Marcelo Lameirão

1. CONTEXTO HISTÓRICO PARA EXPANSÃO TERRITORIAL União Ibérica Desobediência ao Tratado de Tordesilhas Invasões Holandesas Dificuldade com o Tráfico de africanos escravizados Crise do Açúcar Demanda por novas fontes econômicas

1.1. O PLANALTO SUPERA O LITORAL Porto dos Escravos Início do povoamento Venda de indígenas escravizados São Vicente Superada economicamente por Pernambuco Presença Jesuítica (Colégio de São Paulo) Economia Tendi à subsistência Captura de índios como elemento motor

2. BANDEIRANTISMO APRESADOR Bandeirantismo Defensivo Índios x Colonos Prisioneiros escravizados Bandeirantismo Ofensivo (Apresador) Missão de capturar mais cativos Bandeirantismo apresador Invasões Holandesas Apogeu do apresamento

TRECHO DE CARLOS DAVIDOFF Com os impedimentos colocados pelos holandeses ao abastecimento de negros para os vários pontos da costa brasileira, logo se faz sentir a falta da mão de obra, revalorizando-se, em consequência, o escravo indígena, natural da terra.

2.1. ORGANIZAÇÃO Contexto Uma das atividades mais dinâmicas Empreendimento militar organizado por famílias Entradas Entradas, tropas ou armações Contavam com apoio das autoridades régias Organização Familiar Armador (chefe), homem de prestígio na vila Familiares importantes na composição Mulheres assumiam função de administração da casa

2.2. ESTRUTURA Composição Podiam ter centenas Minoria de brancos Índios Composta, majoritariamente, por índios; Escravizados ou mesmo aliados Carregadores e guias

2. A IGREJA E OS BANDEIRANTES Jesuítas Inimigos dos bandeirantes Carmelitas e clero secular Participavam das missões

2.1. CHOQUE COM OS JESUÍTAS Guerra Justa Escravidão do cativo como um direito consuetudinário União Ibérica A Espanha permitiu os bandeirantes, porque temia o forte poder dos Jesuítas

TRECHO DE FRANCISCO IGLÉSIAS Foi o grande destruidor das reduções jesuíticas, valendo-lhe prear grupos sem conta e a conquista de terras nos atuais Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso, incorporando-as ao Brasil (...) Subiu tanto o Rio Paraguai, cerca de três anos, que chegou a combater os espanhóis no Peru. Depois, desceu em jangadas o Rio Madeira, entrando no Rio Amazonas até o Pará

2.2. ÍNDIOS GUARANIS Jesuítas promoveram a organização militar dos Guaranis Formação de um exército com armas europeias e indígenas 1641, Guaranis derrotam bandeirantes no Rio Uruguai

3. SERTANISMO DE CONTRATO Melhor ligação entre autoridades, elites e bandeirantes Bandeirante como o habilitado para conter resistências Contratos por troca de terras Domingos Lopes Velho como grande referência

3.1. REBELIÕES Índios Rebelaram-se contra a dominação branca em Pernambuco e Rio Grande do Norte em 1697 Escravos Quilombos Palmares

3.2. QUILOMBO DOS PALMARES Localização Serra da barriga, Alagoas Crescimento formou uma confederação Crescimento Entre 1630 e 1650 Invasão holandesa prejudicou o controle de escravos Negociação Autoridades e Ganga Zumba Liberdade aos negros de Palmares e concessão de terras Resistência Não houve aceite de membros Zumbi liderou a resistência até sua morte (20/11/1695)

4. DROGAS DO SERTÃO O extrativismo vegetal consistiu na exploração das chamadas drogas do sertão : cacau, guaraná, borracha, urucum, salsaparrilha, castanha-do-pará, gergelim, noz-de-pixurim, baunilha, coco e outras. Por isso, a escravidão encontrou um terreno desfavorável, pois índios tinham mais serventia. A pecuária, consumo interno, teve importância no processo de interiorização.

5. BANDEIRANTISMO PROSPECTOR Regimento de 1603 Regulação Casa da Moeda Fundada em no XVVI em SP Crise do açúcar Incentivo Busca por metais preciosos

TRECHO DE LUIZA VOLPATO Assim, era fundamental que o Rei colocasse esses vassalos a seu serviço, a fim de que eles se utilizassem de seus conhecimentos do interior do Brasil e da sua técnica de penetração no Sertão para descobrir riquezas.

6. MINERAÇÃO 1693 Descobre ouro em Minas Gerais 1729 Descobre ouro em Mato Grosso 1725 1729 Descoberta de ouro em Goiás Início da Exploração diamantífera em Serro Frio (MG)

6.1. MIGRAÇÃO Descoberta do ouro Forte Migração (10 mil/ano por 60 anos Primeiro momento: fome, entre 1698 e 1700

TRECHO DE ANDRÉ JOÃO ANDREONI Das cidades, vilas, recôncavos e sertões do Brasil, vão brancos, pardos e pretos e muitos índios, de que os paulistas se servem. A mistura é de toda a condição de pessoas: homens e mulheres, moços e velhos, pobres e ricos, nobres e plebeus, seculares e clérigos e religiosos de diversos institutos, muitos dos quais não têm no Brasil convento nem casa

6.2. ORGANIZAÇÃO Códigos Mineiros (1603 e 1618) Intendência das Minas (1702) Distribuição de Datas

6.3. TIPO DE OURO E FORMAS DE EXTRAÇÃO Aluvial Lavras Faiscação M.D.O. ESCRAVA Áreas maiores Homens pobres Restos das lavras

6.4. TRIBUTAÇÃO Quinto Imposto tradicional na colônia 20% sobre a riqueza explorada Captação (1710) e Finta de 30 e 100 arrobas (1750 /1751) Sobre a quantidade de escravos Fixava a produção anual de ouro Casa de Fundição (1719) Obrigava os mineradores cunharem o ouro Revolta de Vila Rica

6.5. DERRAMA Produzida em 1765 por ordem do Marquês de Pombal, definia uma cobrança demasiada de impostos atrasados e arrestamento de bens dos devedores, sempre que a arrecadação fosse inferior a 100 arrobas de ouro

ESCRAVOS Autônomo Ricos comerciantes 6.6. MÃO DE OBRA E COMERCIANTES Principal mão de obra Incidência maior de alforria Faiscadores e trabalhadores auxiliares Enriqueceram com o abastecimento da região

6.7. DIAMANTES 1ª fase Até 1740, quinto; 1731, Intendência dos diamantes e captações. 2ª fase 1740, concessões e contrato 3ª fase Marquês de Pombal (1750 1777) Distrito de Diamantina Monopólio Reral

6.8. TRATADO DE METHUEN (1703) OU PANOS E VINHOS Vinho PortuguÊs Déficit português Tecidos ingleses

6.9. CONSEQUÊNCIAS Processo migracional interno Imigração de Portugueses Crescimento populacional na região das Minas Crescimento desordenado de cidades (urbanização) Deslocamento do eixo econômico para o Centro- Sul Formação de um mercado interno Intervenção econômica de várias regiões Possibilidade de alteração na estrutura social Transferência da capital de Salvador para o Rio de Janeiro (1763)

6.10. PERÍODO POMBALINO (1750 1777) Sebastião José de Carvalho e Melo ministro do rei D. José I Influência do Despotismo Esclarecido Aumento da intervenção do Estado na economia Defesa do regalismo: subordinação do clero ao poder da realeza

6.11. PRINCIPAIS AÇÕES ESTÍMULO ÀS MANUFATURAS RESTRIÇÕES AOS PRIVILÉGIOS DA NOBREZA EXPULSÃO DO JESUÍTAS ABOLIÇÃO DA ESCRAVIDÃO INDÍGENA TRANSFERÊNCIA DA CAPITAL PARA O RJ REFORMA EDUCACIONAL EXTINÇÃO DAS CAPITANIAS HEREDITÁRIAS INCENTIVO ÀS COMPANHIAS DE COMÉRCIO

7. RENASCIMENTO AGRÍCOLA Independência das Antilhas Revolução Industrial Guerra de Independência dos EUA Açúcar, Algodão e Tabaco

8. TRATADOS 1680: Colônia do Sacramento (Portugueses no Prata) 1681: Tratado de Lisboa (Espanhóis reconhecem temporariamente Sacramento) 1687: Sete Povos das Missões (Jesuítas espanhóis em território português) 1713 e 1715: Tratado de Utrecht (Norte, controle da navegação do Rio Amazonas e, sul, reconhecimento oficial de Sacramento.

8. TRATADOS 1750: Tratado de Madri: Maior parte dos contornos atuais 1761: El Pardo: Anula Tratado de Madri 1777: Santo Ildefonso: Ilha de Santa Catarina para Portugal e Sacramento para Espanha; 1801: Sete Povos das Misssões à Portugal.