DISCUTINDO VIOLÊNCIA DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E EXPERIÊNCIAS

Documentos relacionados
TÍTULO: VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: TIPOS DE VIOLÊNCIA, PERFIL DA VÍTIMA, SUA DISTRIBUIÇÃO NO BRASIL E NA REGIÃO SUDESTE NOS ÚLTIMOS ANOS.

COPAPI POLÍTICA DE GÊNERO VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES E GÊNERO NA UNIVERSIDADE. Profª Drª ANA CLAUDIA FIGUEIREDO 1REBOLHO

Ministério do Desenvolvimento Social MDS Secretaria Nacional de Assistência Social SNAS

Mapa dos Feminicídios no maranhão ( )

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER E SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL

Dados da Violência contra a mulher no Brasil

A relação do desemprego masculino e os casos de violência doméstica na cidade de Vitória-ES no ano de Alex Silva Ferrari (Graduando UFES)

CONFERÊNCIA REGIONAL DE POLÍTICAS PARA MULHERES

FEMINICÍDIO: UMA REALIDADE BRASILEIRA. Laylla Nayanne Dias Lopes Victor Augusto Cardoso FACULDADE ALFREDO NASSER

ANAIS DO II SEMINÁRIO SOBRE GÊNERO: Os 10 anos da lei Maria da Penha e os desafios das políticas públicas transversais

EXECUTIVA NACIONAL PARTIDO VERDE

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

MODALIDADES DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA PREVISTAS NA LEI MARIA DA PENHA.

SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DO MUNÍCIPIO DE CASCAVEL/PR NO ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES

União Popular de Mulheres de Campo Limpo e Adjacências.

Suicídio: informando para prevenir.

Você já ouviu falar sobre a IGUALDADE DE GÊNERO? Saiba do que se trata e entenda o problema para as crianças, jovens e adultos se essa igualdade não

Dra. EVELYN EISENSTEIN BRASÍLIA, 17 DE NOVEMBRO DE 2017

CONTRIBUIÇÕES DE UMA OFICINA SOBRE GENÊRO E SEXUALIDADE NO CONTEXTO ESCOLAR

GÊNERO E SEXUALIDADE NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES. Palavras-chave: Formação de professores. Prática pedagógica. Diversidade de gênero.

Secretaria Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres

Lei Maria da Penha completa 12 anos em agosto, porém, políticas públicas ainda são ineficientes e muitas cidades

Compromisso da Psicologia com a visibilidade e Notificação das Violências

II. Violência contra a mulher: dados 2015

Aula 25 CIDADANIA E DIREITOS HUMANOS

Violência de Género: Violência sobre os idosos e as idosas

TIPIFICAÇÃO DAS AGRESSÕES SOFRIDAS PELAS MULHERES DA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE CEARÁ

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE ÓBITOS POR CAUSAS VIOLENTAS NA REGIÃO DA ASSOCIAÇÃO DOS MUNICIPIOS DO OESTE DE SANTA CATARINA AMOSC

ESQUEMA DISSERTATIVO- ARGUMENTATIVO

Roda de Conversa para Eliminar os Preconceitos de Gênero no Ambiente Escolar

A dissertação escolar no ENEM. Professor Rógi

A EXPERIÊNCIA DE DOIS PIBIDIANOS NO TRABALHO SOBRE GÊNERO E SEXUALIDADE DENTRO DA ESCOLA

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E SEGURANÇA PÚBLICA

Atividades- P.A.A. Projeto de Educação Sexual & Saúde Escolar. Ano Letivo 2017/18

Atenção às Mulheres em Situação de Violência

Violência de gênero e as políticas de atendimentos as mulheres em situação de violência doméstica no município de Londrina-Pr

TEXTO COMPLEMENTAR PARA LEITURA DA AULA 03 PROFESSORA ANDRÉA ZELAQUETT - CURCEP ENTREVISTA COMPLETA COM MARIA DA PENHA

Nenhuma Mulher a Menos! O que mostram os dados disponíveis mais recentes

Compreender o conceito de gênero e as questões de poder implícitas no binarismo;

Saiba mais sobre o principal serviço de informações e orientações para mulheres

Unindo o que se diz com o que deve ser feito

ESTADO DE SANTA CATARINA CÂMARA MUNICIPAL DE BALNEÁRIO PIÇARRAS CNPJ: /

RELAÇÕES VIOLENTAS: HETEROSSEXUALIDADE E FEMINISMO MATERIALISTA EM PERSPECTIVA

Convenção de Istambul

UMA CULTURA INTOLERÁVEL UM RETRATO DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes no Brasil e RJ

VIOLÊNCIA SEXUAL DE CRIANÇAS EM IDADE ESCOLAR: EDUCAÇÃO BÁSICA

GÊNERO E VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA AS MULHERES

ONDE MEUS TALENTOS E PAIXÕES ENCONTRAM AS NECESSIDADES DO MUNDO, LÁ ESTÁ MEU CAMINHO, MEU LUGAR ARISTÓTELES

Esquema + Redação. Neste arquivo você irá encontrar o Esquema e a Redação do meu aluno Miguel, que obteve 920 pontos na Redação do Enem de 2015.

O PIBID/BIOLOGIA UNIEVANGÉLICA - UM RELATO DE EXPERIÊNCIA NA ESCOLA: ABORDANDO O TEMA EDUCAÇÃO SEXUAL

PROGRAMA: DST/AIDS/UENF PROJETO: TRANSFORMANDO VIDAS: Formação de multiplicadores para a prevenção das IST/AIDS

Política, Identidade e Direitos Humanos

Projeto: MULHERES: VIDA DIFÍCIL

VIOLÊNCIA SEXUAL. Entenda e ajude a combater SECRETARIA NACIONAL DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES SECRETARIA DE GOVERNO

PROGRAMAÇÃO PRELIMINAR 09/2018

4/12/ das 8h às 12h. Número de identidade Órgão expedidor Número da inscrição

7. CARACTERIZAÇÃO DOS SERVIÇOS OFERTADOS NESTE CREAS

QUERIDO(A) ALUNO(A),

A Lei Maria da Penha entre as alunas do Programa Mulheres Mil IFMA Açailândia

Programa Prefeito Amigo da Criança

IGUALDADE DE GÊNERO: A REAL EFETIVAÇÃO E GARANTIA DOS DIREITOS DAS MULHERES NO ÂMBITO NACIONAL

POLÍTICA. Em geral, ao pensar em política, podemos ter uma tendência que. encontra eco no senso comum.

Análise dos dados de violência contra mulher na DEAM em Belém do Pará, no período de 2009 a agosto de 2012

14. Violência contra a pessoa idosa

VIOLÊNCIA ENTRE NAMORADOS NA ADOLESCÊNCIA (VNA) S. Taquette, C.Moraes, L. Souza, J. Garcia, L.Meira, T. Freitas, M. Carneiro

FEMINICÍDIO 1. Palavras-chave: Gênero. Mulheres. Violência. Feminicídio. Projeto de Lei.

Lei Maria da Penha completa 8 anos

Comunicado de Imprensa

VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES: O que podem fazer os profissionais de saúde?

REVISTA CADERNOS DE GÊNERO E DIVERSIDADE - Volume I ano 2015

PIBID, UM CONHECIMENTO ESSENCIAL DA REALIDADE NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

Mostra de Projetos Encontro de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes

MAPA DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER. Profa. Adriana Galvão

Órgão Ministério do Turismo (MTur) Representação Efetiva Câmara Temática de Turismo Sustentável e Infância do CNT Representante Ana Paula de Siqueira

#ÉABUSOQUANDO Refletindo relacionamentos abusivos em sala de aula

MASCULINIDADE X FEMINILIDADE

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE IVAIPORÃ-PR PROGRAMA INTERSETORIAL DE ENFRENTAMENTO ÀS SITUAÇÕES DE VIOLÊNCIAS

Derechos reproductivos y violencia sexual: politicas y programas. CEPAL CIPD/15 Santiago -2009

SÚMULA. ESTATÍSTICAS APAV relatório anual

Balanço Anual Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres Ministério dos Direitos Humanos

Trabalhar pedagogicamente as desigualdades de género. XII Encontro de Educação para a Cidadania Global 8 de julho Escola Superior de Lisboa

Mulheres vítimas de estupro, o que os números dizem?

A UTILIZAÇÃO DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA INTERATIVA PARA LEVANTAMENTO DAS CONCEPÇÕES DOS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS SOBRE EDUCAÇÃO SEXUAL

Feminicídio. Um crime diferente que demanda respostas diferentes

CAUSAS EXTERNAS DCNT 5 CAUSAS EXTERNAS

A SAÚDE MENTAL EM ANGOLA Alinhada aos ODS

Aula 26 Raça e Etnia / Gênero e Sexo

PROMOVENDO EDUCAÇÃO SEXUAL NA UNIDADE ESCOLAR JOSÉ LUSTOSA ELVAS FILHO (BOM JESUS-PIAUÍ)

Prof. (a) Naiama Cabral

A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER E O FEMINICÍDIO NO BRASIL: AS INOVAÇÕES NO CÓDIGO PENAL BRASILEIRO 1

IMPACTO DA VIOLÊNCIA NA SAÚDE DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES PREVENÇÃO DE VIOLÊNCIAS E PROMOÇÃO DA CULTURA DE PAZ

Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180

SÚMULA ESTATÍSTICA APAV 2010*

ATLAS DA VIOLÊNCIA. Projeto conjunto do HMMD, FDV e HIAE

AS FENDAS DA SOCIEDADE: DESIGUALDADE ÉTNICA E DE GÊNERO

RESOLUÇÕES DE QUESTÕES- TEMÁTICA DE GÊNERO, RAÇA E ETNIA, CONFORME DECRETO /2011

Programa: Enquadramento; Dinâmicas e processos associados à violência conjugal; A lei e o combate à violência doméstica questões legais.

BALANÇO 2015 Uma década de conquistas! Mulheres, da Igualdade Racial Políticas para as Mulheres e dos Direitos Humanos

INSERIR O TÍTULO DO DO EVENTO

Transcrição:

DISCUTINDO VIOLÊNCIA DE GÊNERO NA ESCOLA: REFLEXÕES E EXPERIÊNCIAS Eliene dos Santos Costa 1 Universidade Federal de Campina Grande, eliene.costa@hotmail.com.br Lucivania da Silva Costa ¹ INTRODUÇÃO Universidade Federal de Campina Grande, lucivaniacosta30@gmail.com A violência de gênero é algo recorrente em nossa sociedade sendo um agente causador de graves danos que comprometem a vida da mulher. Apesar das incessantes lutas ao longo do tempo por isonomia de direitos e muitas conquistas alcançadas ainda vivenciamos muitas desigualdades no tocante ao tratamento dado as mulheres em relação aos homens pela sociedade seja na vida profissional ou pessoal elas sentem o peso dos estigmas e toda sorte de preconceitos. Para Nadine Gasman, porta-voz da ONU mulheres no Brasil A violência contra mulheres é uma construção social, resultado da desigualdade de força nas relações de poder entre homens e mulheres. É criada nas relações sociais e reproduzida pela sociedade. A violência de gênero ocorre todos os dias e em todos os países e o Brasil não está longe dessa realidade e diariamente mulheres de todas as classes sociais, idade, etnias, crenças, religião ou ideologias são submetidas a algum tipo de violência que atinge todas as estratificações sociais das mais variadas formas. JUSTIFICATIVA Atualmente mesmo com os aparatos legais e com o apoio de entidades e ONGs comprometidas com o combate e a erradicação da violência de gênero, os índices de violência ainda apresentam números bastante preocupantes. De acordo com o Mapa da violência (2012), nos últimos trinta anos decorridos entre 1980 e 2010 foram assassinadas perto de 91 mil, 43,5 mil só na última década. O número de mortes nesse período passou de 1.353 para 4.297, que representa um aumento de 217%, mais que triplicando o quantitativo de mulheres vítimas de assassinato no país. Esses dados refletem

a força da presença da cultura machista como afirma a autora: É normal e natural que os homens maltratem suas mulheres, assim como que pais e mães maltratem seus filhos, ratificando, deste modo, a pedagogia da violência. (SAFFIOTTI 2004, p.74). Com base nesse contexto social surgiu a necessidade de trazer esse tema para dentro da sala de aula objetivando fazer uma discussão, uma reflexão na escola com os alunos do ensino médio acerca do grave problema social e cultural: o fenômeno da violência de gênero que se apresenta mundialmente e que também se faz presente de forma contundente em nossa sociedade. OBJETIVOS O trabalho em sala de aula teve o intuito de informá-los, sensibiliza-los sobre os danos que violência de gênero gera na sociedade, afim de que nossas mulheres sejam respeitadas enquanto seres humanos e sujeitos de direitos e possam viver com dignidade e respeito e também mostrar os aparatos legais, e as entidades, delegacias das mulheres, as ONGs que existem e trabalham para o combate e a erradicação da violência de gênero. Debater os avanços da Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) e os tipos de violência que a referida lei tipifica (como a violência psicológica, sexual, patrimonial, a violência moral e a violência física), a Lei 13.104/2015 (Feminicídio como crime hediondo) e também mostrar as consequências da violência que comprometem a vida da mulher em sociedade que podem ser diretas ou de longo prazo e que também se torna um caso de saúde pública. Dentre elas destacamos: danos e feridas por violência física ou sexual; morte (incluindo o suicídio e a mortalidade materna, resultado de abortos inseguros); contaminação por infecções sexualmente transmissíveis e HIV/AIDS; gravidez indesejada; danos de saúde mental (depressão, stress, problemas de sono, problemas de alimentação, problemas emocionais, uso e abuso de substâncias psicoativas e álcool);

danos físicos de médio e longo prazo (dor de cabeça, dor lombar, dor abdominal, fibromialgia, problemas gastrointestinais, problemas de locomoção e mobilidade). Na tentativa de descontruir por meio da educação uma mentalidade que se disseminou e legitimou-se ao longo dos séculos fundada no patriarcalismo na cultura machista e nas relações de poder do masculino sobre o feminino que ainda se fazem presente nos dias atuais como afirma SAFFIOTTI (2004) Gênero é uma construção social do masculino e do feminino. METODOLOGIA O trabalho foi oportunizado pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência PIBID/UFCG/2015 (Subprojeto/Sociologia) com duas turmas do ensino médio o 1º ano Administração III e o 1º ano secretariado II da Escola Estadual de Ensino médio e profissionalizante Dr. Elpídio de Almeida no município de Campina Grande- PB. Foram realizadas discussões, atividades, leitura de artigos e rodas de conversas com alunos, fundamentas pelas seguintes obras: A violência de MICHAUD, Yves, Gênero, patriarcalismo e violência de autoria de SAFFIOTI, Heleieth, e o Mapa da Violência: de WAISELFISZ, Júlio Jacobo. Além dos dispositivos legais Lei Nº 11.340/2006 e Lei Nº 13.104/2015. RESULTADOS E DISCUSSÃO Foi gratificante trabalhar esse tema com os alunos e contribuir por meio da educação para sensibilização desse tipo de violência. Acredito que a educação tem um papel importante para o enfretamento da violência de gênero. As experiências vivenciadas pelo trabalho mostraram a necessidade e a importância de trabalhar a questão da violência de gênero na escola para que se crie uma cultura de respeito, tolerância e quem sabe acabar com esse problema sociocultural e que também se enquadra em caso de saúde pública quando as mulheres sofrem agressões físicas e sexuais. Durante o trabalho podemos perceber que os alunos demostraram envolvimento, interesse e sensibilidade com a temática participando dos debates com relatos vivenciados ou por alguém de sua família ou conhecidos.

Figura 1: Leitura coletiva de artigos Figura 2: Roda de conversas

Figura 3: Atividades escritas Figura 4: Alunos no debate.

CONCLUSÃO A violência de gênero é fato consumado cotidianamente e precisa ser debatido, discutido e trabalhado na escola. Pois sabemos que mesmo com a Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) que trata especificamente crimes contra mulheres e a Lei 13.104/2015 (Feminicídio, que torna crime hediondo os crimes cometidos em relação ao gênero. E todos os mecanismos de proteção e assistência à mulher como as ONGs, delegacias das mulheres, ministério público, centrais de atendimento a mulher em situação de violência como o disque 100 e o 180, além do CRAS (Centros de Referência da Assistência Social. do CREAS (Centros de Referência Especializados em Assistência Social) ainda assim a violência cometida contra as mulheres alcança índices muito elevados. E nesse contexto a educação tem um papel importante para o enfrentamento desse problema pois vimos que se trata de uma construção social e se inscreve no campo da cultura. E os textos, e atividades escritas pelos alunos, os debates, os relatos, os depoimentos, as rodas de conversas que foram realizadas com os alunos demonstraram a importância do debate, para esclarecimentos, prevenção e desconstrução da cultura da violência de gênero na sociedade. REFERÊNCIAS: BEAUVOIR, de Simone. O Segundo Sexo: Vol. 1: A experiência vivida, São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 2ª edição, 1967. BRASIL, Legislação. LEI Nº 11.340, De 07 DE AGOSTO DE 2006. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm Acesso em: 10 Agostos. 2015. BRASIL, Legislação. LEI Nº 13.104, DE 9 DE MARÇO DE 2015. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13104.htm Acesso em: 10 Agostos. 2015.

MICHAUD, Yves. A violência. São Paulo: Editora Ática, 2001. SAFFIOTI, Heleieth. Gênero, patriarcalismo e violência. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2004. WAISELFISZ, Júlio Jacobo. Mapa da Violência: Atualização Homicídios de Mulheres no Brasil 2012.