Comunicação interna de irregularidades. Regulamento

Documentos relacionados
ESTATUTO DO PROVEDOR DO CLIENTE

Serviço de Auditoria. Síntese do Relatório de Atividades do Serviço de Auditoria Interna 2015

INSTITUTO POLITÉCNICO DE COIMBRA INSTITUTO SUPERIOR DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO (ISCA)

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL CREDITÁ S.A. Crédito, Financiamento e Investimento

Orientações. relativas. ao tratamento de reclamações por. empresas de seguros

NORMA DE ELABORAÇÃO DE INSTRUMENTOS NORMATIVOS - NOR 101

Programa Incentivo Normas de execução financeira. 1. Âmbito do financiamento

Programa Gulbenkian de Língua e Cultura Portuguesas REGULAMENTO DO CONCURSO DE APOIO A CONGRESSOS NOS DOMÍNIOS DA LÍNGUA E DA CULTURA PORTUGUESAS

EDITAL DE PROCESSO SELETIVO Nº MÉDICO FISIATRA DS/REABILITAÇÃO R$ 4.105,18-20 horas semanais SESI-SP

EMISSOR: Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social

Certificação e Auditoria Ambiental

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 18/XII. Exposição de Motivos

Política de Responsabilidade Socioambiental (PRSA)

Auditoria de Meio Ambiente da SAE/DS sobre CCSA

NORMAS DE FUNCIONAMENTO E CANDIDATURAS DO NINHO DE EMPRESAS DE MARVÃO

ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DE RELATÓRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

Decreto Regulamentar n. º 10/2009, de 29 de Maio

Prospeto a publicar nas ofertas públicas de valores mobiliários

INSTRUÇÃO NORMATIVA IN Nº 011 Declaração de Isenção de Licenciamento Ambiental DILA

ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL MÓDULO 12

Principais medidas decorrentes do Decreto-Lei 197/2012, de 24 de Agosto:

POLÍTICA DE PREVENÇÃO E GESTÃO DE CONFLITOS DE INTERESSE DO BANCO ESPIRITO SANTO NO ÂMBITO DAS ACTIVIDADES DE INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA

CONSELHO SUPERIOR DA MAGISTRATURA

PLANOS MUNICIPAIS DE EMERGÊNCIA PERGUNTAS E RESPOSTAS

Instruções para os trabalhadores a recibo verde da. Câmara Municipal de Lisboa

Impresso em 26/08/ :39:41 (Sem título)

Prof. José Maurício S. Pinheiro - UGB

Concurso de fotografia Somos todos peões REGULAMENTO 1. ENQUADRAMENTO

IVA - REGIME ESPECIAL DE ISENÇÃO PREVISTO NO ARTIGO 53.º DO CÓDIGO DO IVA

HASTA PÚBLICA PROGRAMA DO CONCURSO

Regime fiscal das fundações. Guilherme W. d Oliveira Martins FDL

1. Objectivo. 2. Destinatários. 3. Localização. 4. Horário de funcionamento. 5. Montagem e desmontagem. 6. Condições. 7.

ESTATUTOS DA FUNDAÇÃO DOS LIONS DE PORTUGAL (Despacho da Presidência Conselho de Ministros de )


2. ATOS DO DIRETOR-GERAL

RECOMENDAÇÃO nº 16/2016

REGULAMENTO DOS REGIMES DE REINGRESSO E DE MUDANÇA DE PAR INSTITUIÇÃO/CURSO

Política de Responsabilidade Socioambiental - (PRSA) Política de Responsabilidade Socioambiental (PRSA).

REGULAMENTO DO AUTOCARRO E CARRINHA

Política de Responsabilidade Socioambiental

ASSOL Outubro 2013 Caderno de Encargos Ajuste Directo

REGULAMENTO DE ATRIBUIÇÃO DE BENEFÍCIOS AOS MEMBROS DA ORDEM DOS ENFERMEIROS,

FREGUESIA DE QUIAIOS NIPC

JAIME CARLOS KREUTZ. Exmo. Senhor Secretário,

Ponto Proposta das Normas do Orçamento Participativo de Pombal

Regulamento Municipal de Remoção e Recolha de Veículos

REGULAMENTO DA ORGANIZAÇÃO E CONCESSÃO TRANSPORTES ESCOLARES NOTA JUSTIFICATIVA

2 Workshop processamento de artigos em serviços de saúde Recolhimento de artigos esterilizados: é possível evitar?

MANUAL DE PROCEDIMENTO V.WEISS & CIA LTDA PROCEDIMENTO PADRÃO PARA VIAGEM A SERVIÇO ATUALIZADO: JULHO/2015 V.WEISS & CIA LTDA

Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Professor Aloísio Teixeira Coordenação de Pesquisa e Coordenação de Extensão

Minuta de Instrução Normativa

REGULAMENTO ELEITORAL. Artigo 1.º (Objecto)

Guia Sudoe - Para a elaboração e gestão de projetos Versão Portuguesa Ficha 7.0 Auxílio estatal

Gestão da Qualidade. Aula 13. Prof. Pablo

Apresentação dos Requisitos Do Edital Inmetro nº 01/2011

Adotada Total / Parcial. Fundamento da não adoção. Recomendação. Não adotada. 1. Princípios Gerais

CONTRATO DE COMPRA DE ENERGIA ELÉTRICA UNIDADES DE MICROPRODUÇÃO

ÁGUAS DO CENTRO ALENTEJO, S.A. PROGRAMA DE PROCEDIMENTO

INSTRUÇÃO CVM Nº 551, DE 25 DE SETEMBRO DE 2014

ORIENTAÇÃO DE GESTÃO N.º 01.REV2/POFC/2013

3.1. Para execução dos SERVIÇOS objeto do presente CONTRATO, o CLIENTE deverá pagar à LIGHT o montante de R$ [XXXX] (xxxx por extenso xxxx).

CERTIFICAÇÃO. Sistema de Gestão

PROCESSO DE SELEÇÃO DE BOLSISTA PARA O PROGRAMA NACIONAL DE PÓS-DOUTORADO (PNPD) 2016

Decreto-Lei nº139 /2012, de 5 de junho, alterado pelo Despacho Normativo n.º1-g/2016

Conselho da União Europeia Bruxelas, 30 de junho de 2016 (OR. en) Secretário-Geral da Comissão Europeia, assinado por Jordi AYET PUIGARNAU, Diretor

EDITAL DE SELEÇÃO PARA MESTRADO 2016 PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO (UNIFEI)

Manual do Revisor Oficial de Contas. Recomendação Técnica n.º 5

Código: MINV-P-003 Versão: 03 Vigência: 03/2011 Última Atualização: 02/2016

MECANISMO DE INTERCÂMBIO DE INFORMAÇAO SOBRE EVENTOS ADVERSOS GRAVES CAUSADOS POR PRODUTOS MÉDICOS UTILIZADOS NO MERCOSUL

EM QUE CONSISTE? QUAL A LEGISLAÇÃO APLICÁVEL?

Formação-ação no domínio da competitividade e internacionalização -Portugal Maria José Caçador 15.abril.2016

Tunísia Atualizado em:

A LEI DE BASES DA ECONOMIA SOCIAL (LBES) PALAVRAS-CHAVE: Lei de Bases Economia Social Princípios estruturantes - CRP Princípios orientadores - LBES

Transcrição:

Comunicação interna de irregularidades Regulamento

Regulamento de Comunicação interna de irregularidades Elaborado em 2014 Autor: Fernandina Oliveira Auditora Interna

Índice 0 - Enquadramento... 2 1 Objetivo... 2 2 Âmbito... 3 3 - Comunicação de irregularidades... 3 4 - Tratamento das comunicações de irregularidades... 4 5 - Direitos e garantias... 4 6 - Avaliação... 5 1/5

Regulamento de comunicação interna de irregularidades 0 - Enquadramento No âmbito do reforço das boas práticas de governação, o Decreto-Lei nº 244/2012, de 9 de novembro, consagra os princípios orientadores de uma política interna de comunicação de irregularidades, criando, deste modo, condições para fomentar uma cultura de maior transparência e responsabilização da governação hospitalar. O número 1 do artigo 17-A, do referido diploma legal, determina a criação de um sistema de comunicação de irregularidades, competindo ao Conselho de Administração assegurar a sua implementação e manutenção e ao Auditor Interno a responsabilidade pela sua avaliação. O número 2 do mesmo artigo determina que o Serviço de Auditoria Interna deve propor ao conselho de administração um regulamento que defina as regras e procedimentos de comunicação interna de irregularidades. Assim, o presente regulamento define as regras e procedimentos de comunicação interna de irregularidades ocorridas na esfera de influência da Unidade Local de Saúde de Matosinhos, E.P.E., designadamente quanto aos meios e tratamento, incluindo garantia de confidencialidade e proibição de retaliações. 1 Objetivo Com o objetivo de promover uma cultura de transparência e responsabilização, o sistema de comunicação de irregularidades da ULSM, destina-se à receção e tratamento, de forma direta e confidencial, de comunicações de irregularidades sobre a organização e funcionamento da ULSM apresentadas pelos demais órgãos estatutários, trabalhadores, colaboradores, utentes e cidadãos em geral. 2/5

2 Âmbito A comunicação interna de irregularidades deve descrever os factos que indiciem: a) Violação de princípios e disposições legais, regulamentares e deontológicos por parte dos membros dos órgãos estatutários, trabalhadores, fornecedores de bens e prestadores de serviços no exercício dos seus cargos profissionais; b) Dano, abuso ou desvio relativo ao património da ULSM ou dos utentes; c) Prejuízo à imagem ou reputação da ULSM. 3 - Comunicação de irregularidades A comunicação de factos com indícios de irregularidades nos termos do ponto 2, deve ser efetuada por escrito, através de carta ou e-mail dirigidas ao Auditor Interno para os seguintes endereços: Endereço de e-mail: auditoria.interna@ulsm.min-saude.pt Endereço postal: Rua Dr. Eduardo Torres 4464-513 Senhora da Hora Os canais de comunicação de irregularidades são objeto de divulgação no sítio da ULSM e na intranet. As comunicações de irregularidades devem: d) Estar identificadas como confidenciais; e) Conter uma descrição dos factos que suportam a alegada irregularidade; f) Identificar o autor da comunicação e mencionar expressamente caso pretenda manter confidencial a sua identidade; g) No caso de cartas, deve ser adotado um formato que garanta a confidencialidade até à sua receção pelo Auditor Interno. As comunicações só serão consideradas se apoiadas em factos. As comunicações anónimas só serão consideradas e tratadas a título excecional. 3/5

4 - Tratamento das comunicações de irregularidades As comunicações de irregularidades são tratadas como informação confidencial pelo Auditor Interno. Após a receção o Auditor Interno efetua uma confirmação inicial, com base nos factos apresentados na comunicação de irregularidades, sobre a existência de fundamentos suficientes para dar origem a um processo de investigação interno. O Auditor Interno deve apresentar ao Conselho de Administração um relatório com os factos apurados e propor: a) Processo de investigação ou procedimento disciplinar; b) Arquivamento, caso os factos apurados não sejam suficientes para dar seguimento ao processo de averiguações; c) Implementação de imediato de medidas corretivas. O Auditor Interno pode contatar o autor da comunicação de irregularidades para melhor apurar e esclarecer as informações apresentadas. 5 - Direitos e garantias Sempre que o autor da comunicação de irregularidades pretenda manter confidencial a sua identidade o Auditor Interno fica obrigado ao dever de sigilo. É assegurado o tratamento confidencial das comunicações recebidas e preservado o princípio da proibição de retaliação em relação às pessoas que reportem as irregularidades abrangidas pelo presente mecanismo. Assim, a ULSM não poderá desencadear qualquer procedimento disciplinar ou de retaliação para com o funcionário que comunique uma irregularidade ou coopere na investigação de comunicações de irregularidades. Nos casos de eventual participação do autor da denúncia em qualquer irregularidade por ele delatada ou comprovada má-fé do denunciante na apresentação de uma irregularidade que sabia não ter fundamento, não se aplica o parágrafo anterior. 4/5

A pessoa identificada na comunicação de irregularidades tem o direito de informação sobre os factos apresentados, exceto a identidade do autor da comunicação, e a finalidade do tratamento, assim como o direito de acesso aos seus dados pessoais, bem como o direito de os retificar. O Auditor Interno conserva as informações sobre as comunicações de irregularidades recebidas de forma confidencial e segura, de acordo com os seguintes princípios: a) Os dados pessoais objeto de denúncia serão de imediato destruídos caso se revelem inexatos ou inúteis; b) Quando não haja lugar a procedimento disciplinar ou judicial, os dados que tenham sido objeto de comprovação serão destruídos decorrido o prazo de 6 meses a contar do encerramento das averiguações; c) Em caso de procedimento disciplinar ou judicial os dados serão conservados até ao termo desse procedimento. Neste caso, serão conservados no quadro de um sistema de informação de acesso restrito e por prazo que não exceda o procedimento judicial. As comunicações de irregularidades feitas ao abrigo do presente Regulamento serão usadas para as finalidades nele previstas. 6 - Avaliação O Auditor Interno deve fazer anualmente a avaliação da aplicação do presente Regulamento e propor ao Conselho de Administração as alterações que considere necessárias para melhorar o processo de comunicações de irregularidades. 5/5