Relatório de Execução Orçamental

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Transcrição:

Relatório de Execução Orçamental Ano I. INTRODUÇÃO E NOTAS PRÉVIAS A Ordem dos Advogados é, nos termos estatutariamente previstos, uma associação pública representativa dos Advogados que tem por missão a defesa do Estado de Direito e os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, a colaboração na administração da justiça e a defesa dos interesse dos seus membros (todos os Advogados e todas as Advogadas), promovendo tudo quanto necessário à adequada prossecução dos seus fins (cf., conteúdo do artigo 3.º, do Estatuto da Ordem dos Advogados). No decurso do ano de, o Conselho Geral da Ordem dos Advogados deu continuidade à prossecução dos seus fins, visando a salvaguarda dos interesses dos seus membros e o respeito pelos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos. Nessa perspectiva, e como resulta do presente relatório de execução orçamental, não obstante a manutenção, e em alguns sectores, como o da advocacia - em resultado, sobretudo, das políticas desastrosas do Governo em matéria de justiça -, o agravamento do cenário de crise económico-financeira, o Conselho Geral da Ordem dos Advogados congratula-se com a obtenção de um resultado financeiro positivo que traduz, inequivocamente, não só a gestão financeira criteriosa deste Conselho Geral, bem como o empenho de todos os Advogados e Advogadas na manutenção de uma Ordem isenta, independente, livre e autónoma. Análise da execução orçamental de 28

II. BREVE SÍNTESE DA EXECUÇÃO ORÇAMENTAL Neste documento, analisam-se as contas do Conselho Geral sob a óptica da execução orçamental, numa perspectiva de comparação entre os valores orçamentados, os valores efectivamente registados em 2013 (quando aplicável) e os valores efectivamente registados em. Esclarece-se, ainda, que, nesta análise, não são considerados os gastos não desembolsáveis, como é o caso das depreciações do activo fixo e das imparidades dos activos, em geral, e das respectivas reversões. Ao nível das receitas foi considerado o valor efectivamente recebido de quotas, logo, líquido dos descontos relativos aos recebimentos anuais e semestrais antecipados. A presente análise irá debruçar-se, essencialmente, sobre as rubricas que apresentam desvios face ao orçamento, e bem assim explicar e justificar as principais verbas realizadas. Assim, em termos globais, as receitas correntes apresentam um desvio desfavorável de cerca de 15%. Quanto às despesas correntes, o desvio desfavorável de cerca de 2% não é significativo, tendo sido diferenciado o comportamento em cada uma das rubricas. Análise da execução orçamental de 29

As despesas de investimento apresentam-se com um desvio favorável de cerca de 84%, em virtude de uma gestão de acompanhamento contínuo da realização orçamental e da verificação atempada da diminuição de receitas, o que determinou, prudentemente, a não realização de investimentos considerados não prioritários. O saldo orçamental do Conselho Geral relativo ao ano de resulta positivo, embora com desvio desfavorável face ao valor orçamentado (em virtude da já indicada quebra nas receitas), se não forem consideradas as verbas relacionadas com as transferências para os Conselhos Distritais e Delegações. Se tivermos em conta o pagamento pelo Conselho Geral das comparticipações estatutárias aos Conselhos Distritais e Delegações em valor superior ao devido e efectivamente recebido, no montante de 754.592,11, o que, efectivamente, aconteceu, por decisão do Conselho Geral, para evitar quaisquer constrangimentos financeiros no regular funcionamento dos Conselhos Distritais e nas Delegações. Se tivermos ainda em conta os apoios extraordinários concedidos pelo Conselho Geral, no montante de 465.713,33 o qual excedeu o orçamentado em 215.713,33, aos Conselhos Distritais e às Delegações (valores que corresponderam à concessão de apoios em casos de manifesta necessidade e que visaram evitar a paralisação dos serviços de alguns Conselhos Distritais e Delegações, em virtude de despesas inesperadas ou assunção de encargos relativos a exercícios anteriores), o ano de considerar-se-á, assim, encerrado com uma execução orçamental deficitária. Resta esclarecer que, não obstante as medidas correctivas já implementadas por este Conselho Geral (denúncia e renegociação de contratos de arrendamento, diminuição de despesas, entre outras), ainda se verificaram algumas situações excepcionais nos Conselhos Distritais e nas Delegações (dívidas anteriores, contratos em vigor ou órgãos com recursos próprios insuficientes para fazer face aos seus gastos normais), às quais o Conselho Geral teve que dar resposta, através da concessão de apoios extraordinários. Análise da execução orçamental de 30

Transferências de comparticipações estatutárias Entidade Montante Conselho Distrital de Lisboa 2.622.048,12 Conselho Distrital do Porto 1.778.728,80 Conselho Distrital de Coimbra 700.347,96 Conselho Distrital de Évora 263.071,32 Conselho Distrital de Faro 0,00 Conselho Distrital de Açores 41.208,84 Conselho Distrital de Madeira 85.742,52 Delegação de Abrantes 11.952,60 Delegação de Beja 13.628,16 Delegação de Évora 26.800,80 Delegação de Portalegre 4.248,12 Delegação de Santarém 23.878,92 Delegação de Santiago do Cacém 9.261,48 Delegação de Setúbal 29.719,92 Total 5.610.637,56 Valores transferidos em excesso aos Conselhos distritais provenientes das comparticipações estatutárias 450.000,00 400.000,00 420.387,25 350.000,00 300.000,00 250.000,00 249.340,97 200.000,00 150.000,00 100.000,00 102.655,34 122.535,55 50.000,00 0,00 Conselho Distrital de Lisboa Conselho Distrital do Porto Conselho Distrital de Coimbra Conselho Distrital de Évora e Delegações 4.825,92 12.525,01 Conselho Distrital dos Açores Conselho Distrital da Madeira * Conselho Distrital de Faro: Comparticipação Estatutária - 157.687,93 - Valor não entregue, em virtude de ter excedente correspondente a exercícios anteriores. Análise da execução orçamental de 31

Transferências para apoio extraordinário Entidade Montante Conselho Distrital de Coimbra 12.000,00 Conselho Distrital de Évora 133.821,25 Conselho Distrital de Faro 120.000,00 Conselho Distrital de Açores 71.775,04 Conselho Distrital de Madeira 109.902,96 Delegação de Abrantes 714,08 Delegação de Portalegre 13.500,00 Delegação de Santarém 4.000,00 Total 465.713,33 III. ANÁLISE DA EXECUÇÃO ORÇAMENTAL - RECEITAS CORRENTES As receitas tiveram o seguinte comportamento: RECEITAS CORRENTES Descrição Orçamento para em 2013 em Valor Quotizações estatutárias 11.356.701 9.901.832 9.712.091-1.644.610 Comparticipação em taxas de inscrição de advogados 62.456 0 85.544 23.088 Formação contínua 0 0 42.750 42.750 Receita da Procuradoria e das taxas de justiça 600.000 756.320 497.093-102.907 Laudos 105.000 99.785 55.999-49.001 Publicidade 80.000 56.190 17.990-62.010 Patrocínios 0 11.405 18.500 18.500 Restantes receitas 437.087 411.874 266.834-170.253 Receitas totais 12.641.244 11.237.406 10.696.802-1.944.442 Análise da execução orçamental de 32

Embora a generalidade das rubricas se apresente com desvio desfavorável, o desvio registado na cobrança de quotas de 14,48%, justifica, por si só, o desvio no saldo efectivamente realizado face ao valor orçamentado. A este desvio, registado em praticamente todas as rubricas, não é estranha, reiterase, a conjuntura económica difícil instalada há alguns anos em Portugal, cujas consequências são transversais à generalidade das actividades. A cobrança de quotas, embora seja inferior ao orçamentado para o ano de, encontra-se muito próxima do valor efectivamente recebido no ano de 2013: Relativamente à receita proveniente da procuradoria e taxa de justiça cível, embora tivesse sido prevista uma diminuição do valor a receber, a realidade demonstrou que o conservadorismo tido em conta não foi suficiente, tendo sido registado, nessas receitas, um desvio desfavorável de cerca de 17%. Na rubrica outras receitas o desvio ocorre essencialmente nas receitas provenientes das aplicações de tesouraria, em virtude de os bancos, sem prejuízo da consulta e negociação feitas pelo Conselho Geral, estarem a remunerar a uma taxa incomparavelmente mais baixa que no passado recente. É, ainda, de registar a receita de 42.750,00 proveniente da 1.ª Edição do Curso sobre Direito Penal Tributário, embora esta receita tenha correspondido, na íntegra, Análise da execução orçamental de 33

e tal como anunciado pelo Conselho Geral, às despesas incorridas com a sua produção e divulgação. Realce ainda para o montante de 18.500,00, recebido de patrocinadores de alguns dos eventos realizados, como as comemorações do Dia do Advogado e da Convenção das Delegações, verba que não havia sido orçamentada, pela incerteza da respectiva concretização. IV. ANÁLISE DA EXECUÇÃO ORÇAMENTAL - DESPESAS CORRENTES Os grandes grupos de despesas correntes, excluindo as dotações para os Conselhos Distritais e Delegações, apresentam o seguinte desempenho: Rubrica Orçamento para em 2013 em Serviços especializados 1.133.058,88 1.564.516,04 1.414.633,53 281.574,65 Materiais 34.535,47 32.817,22 46.548,40 12.012,93 Energia e fluidos 37.253,55 35.912,58 33.600,08-3.653,47 Deslocações, estadas e transportes 108.247,10 187.856,30 193.178,23 84.931,14 Serviços diversos 1.857.214,60 1.888.080,29 1.544.674,81-312.539,79 Despesas com pessoal 1.883.162,81 1.868.631,25 1.897.192,24 14.029,43 Outras despesas 410.229,97 444.480,90 441.441,38 31.211,42 Despesas de investimento 581.309,00 414.336,73 93.506,79-487.802,21 Total 6.045.011,38 6.436.631,31 5.664.775,46-380.235,92 Como os desvios desfavoráveis em algumas rubricas estão devidamente compensados com os desvios favoráveis das restantes, podemos considerar como excelente o desempenho ao nível das despesas, globalmente consideradas. Análise da execução orçamental de 34

EM DETALHE: A) Rubricas com Favorável Despesas - principais rubricas com desvio favorável Descrição Orçamento para em 2013 em Divulgação institucional e obrigatória 7.500 278.142 1.127-6.373 Comissões 12.752 7.176 1.587-11.165 Livros e documentação técnica 500 373 220-280 Combustíveis 6.537 5.788 2.364-4.174 Água 1.631 527 354-1.277 Comunicação 381.636 383.088 353.473-28.163 Seguros 1.353.977 1.379.279 1.063.088-290.889 Limpeza, higiene e conforto 38.002 40.292 33.712-4.290 Das rubricas com desvio favorável, destaca-se, pelo respectivo impacto financeiro, o item seguros, em virtude da redução do prémio de seguro de responsabilidade profissional conseguida através das negociações efectuadas pelo Conselho Geral com as seguradoras, reduzindo-se, expressivamente, o valor dos prémios anuais de seguro, sem qualquer diminuição das garantias prestadas por aquelas entidades, tal como resulta do quadro infra: Ramos Orçamento Acidentes de trabalho 14.529,84 12.686,96 Saúde (grupo) 37.760,25 37.334,41 SUBTOTAL 52.290,09 50.021,37 Automóvel 1.207,21 1.327,71 Multirriscos 1.994,29 830,95 Acidentes pessoais 42.775,02 18.180,73 Responsabilidade profissional 1.308.000,00 1.042.748,45 Subtotal 1.353.976,52 1.063.087,84 Análise da execução orçamental de 35

Destaca-se, ainda, a opção do Conselho Geral, pela utilização de meios de comunicação e divulgação electrónicos, em substituição dos meios tradicionais, em suporte papel, que permitiram uma redução substancial no custo desses serviços, tal como resulta do seguinte quadro: Telefones e fax Telemóveis Correio físico geral Correio físico publicações Transmissão de dados TV Cabo e internet Comunicação Orçamento 9.153,31 4.309,03 11.985,09 13.402,64 151.261,64 121.803,62 172.082,94 165.578,44 36.511,88 49.372,56 641,40 3.107,07 Em actividades 4.142,68 TOTAL 381.636,26 353.430,68 De salientar, também, o resultado de uma política de gestão criteriosa, seguida pelo Conselho Geral, que permitiu a redução dos gastos correntes com energia, água, combustíveis, serviços de limpeza e outros. Também se apresenta com desvio favorável (1,63%) o conjunto das despesas incorridas com as Comissões, Institutos, Associações Internacionais e Actividades Programáticas, conforme se resume nos quadros seguintes: Comissões Orçamento para em 2013 em Comissão dos Direitos Humanos Comissão Nacional de Avaliação Comissão Nacional de Estágio e Formação Comissão Nacional Contra a Procuradoria Ilícita Comissão para as Relações Internacionais Total 25.000 19.948 22.320-2.680 60.000 46.992 50.920-9.080 25.000 18.119 5.215-19.785 8.000 7.168 5.940-2.060 10.000 8.395 10.070 70 128.000 100.621 94.464-33.536 Análise da execução orçamental de 36

Institutos Orçamento para em 2013 em Instituto de Acesso ao Direito da Ordem dos Advogados 37.500 26.958 28.774-8.726 Instituto das Sociedades de Advogados 1.000-1.000 Instituto de Advogados de Empresa 20.000 10.926 2.160-17.840 Instituto dos Advogados em Prática Individual 1.000 243 4.125 3.125 Instituto de Apoio aos Jovens Advogados 15.000 22.035 5.820-9.180 Instituto para as Tecnologias da Justiça 1.215 1.215 Total 74.500 60.162 42.094-32.406 Associações Internacionais Orçamento para em 2013 em UALP 15.000 15.245 21.252 6.252 UIBA 5.000 14.229-5.000 UIA 5.000-5.000 TOTAL 25.000 29.474 21.252-3.748 Actividades programáticas e outras Orçamento para em 2013 em Dia / Semana do Advogado 50.000 29.368 51.938 1.938 Convenção das Delegações 25.000 36.016 11.016 Abertura do Ano Judicial 1.188 4.416 4.416 Acto Eleitoral 88.582 179 179 Actividades relacionadas com o Mapa Judiciário 1.430 41.614 41.614 Tomada de Posse 23.676 23.676 Assembleia Geral 2.165 2.165 VII Congresso dos Advogados Portugueses 3.361 3.361 TOTAL 100.000 120.568 163.364 88.364 Salienta-se que no quadro acima são apresentadas despesas de exercícios anteriores nomeadamente relacionadas com o Acto Eleitoral e VII Congresso dos Advogados Portugueses. Análise da execução orçamental de 37

B) Rubricas com Desfavorável Despesas - principais rubricas com desvio desfavorável Descrição Orçamento para em 2013 em Trabalhos especializados 876.246 969.853 1.165.312 289.066 Honorários 152.462 188.432 179.924 27.462 Ferramentas e utensílios de desgaste rápido 500 1.614 1.133 633 Material de escritório e consumíveis de informática 14.544 14.206 16.650 2.105 Artigos para oferta 2.500 800 6.033 3.533 Ornamentação e decoração 586 355 4.364 3.778 Material de limpeza e higiene 15.805 15.411 18.118 2.313 Rendas e alugueres de instalações 51.752 55.749 58.297 6.545 Despesas de representação 2.500 2.524 7.691 5.191 Deslocações e estadas de membros de órgãos da OA Dotações extraordinárias concedidas a outros órgãos 96.595 169.669 175.466 78.871 250.000 208.670 465.713 215.713 Tal como foi supra referido, o desvio com maior expressão financeira respeita ao adiantamento e à concessão de apoios extraordinários, pelo Conselho Geral, aos Conselhos Distritais e às Delegações (remete-se a explicação para o ponto II., supra, in fine). O desvio verificado na rubrica trabalhos especializados resultou, essencialmente, de alguns serviços contratados que não foram previstos à data da preparação do orçamento, tais como os serviços de formação para a realização da 1.ª Edição do Curso sobre Direito Penal Tributário (despesas estas, reitera-se, totalmente recuperadas), serviços de arquivo e custódia de documentos, resultante da digitalização de todos os processos individuais dos Advogados com inscrição activa, serviços jurídicos no âmbito de processos de contencioso e alguns trabalhos de tipografia. Em relação à rubrica honorários, a verba prevista para o pagamento a relatores de laudos e a mandatários em sede de contencioso também se mostrou insuficiente, face a um relevante aumento de processos judiciais, sobretudo de impugnações de sanções disciplinares, justificando este facto, por si só, o desvio desfavorável verificado. Análise da execução orçamental de 38

A verba orçamentada para as rubricas deslocações e estadas de membros dos órgãos estatutários e despesas de representação, mostrou-se insuficiente, por conservadorismo orçamental ou por lapso, uma vez que se revelava manifestamente inferior ao orçamentado e ao realizado para o ano de 2013, para fazer face ao reembolso das despesas de deslocação dos membros do Conselho Geral e do Conselho Superior, quer às sessões plenárias, quer a outros eventos no exercício das suas funções. Destaca-se que a composição do Conselho Geral e do Conselho Superior compreende Advogados de todos os Conselhos Distritais, incluindo as Regiões Autónomas da Madeira e, pela primeira vez, a dos Açores. Ainda assim, o valor efectivamente realizado nesta rubrica, apesar do desvio orçamental, está muito próximo do valor realizado no ano 2013. Os desvios desfavoráveis verificados nas restantes rubricas não apresentam materialidade contabilisticamente relevante. C) O Caso Específico das Despesas de Investimento Tal como fica supra dito, as despesas incorridas sob esta rubrica ficaram aquém do orçamentado, o que se explica em virtude de, à cautela, face à expectável perda de receitas, apercebida pela análise contabilístico financeira realizada ao longo do ano, o Conselho Geral ter decidido não efectuar despesas de investimento não prioritárias, ainda que com cabimento orçamental, acrescido de, relativamente aos certificados digitais, cujos gastos ascenderam a 186.342,63, terem sido considerados em despesas correntes, por ter deixado de se verificar o seu deferimento. Análise da execução orçamental de 39

V. CONCLUSÃO - SÍNTESE Embora a execução orçamental se apresente contabilisticamente deficitária, pelas razões atrás referidas e que se consubstanciaram nas transferências para os Conselhos Distritais e Delegações, atento o resultado económico, a situação financeira do Conselho Geral mantém-se saudável e com condições para a prossecução dos seus objectivos e dos interesses e atribuições da Ordem dos Advogados. A finalizar, cumpre realçar que houve uma significativa diminuição da generalidade das despesas, atendendo à abordagem de gestão criteriosa levada a cabo pelo Conselho Geral que, mesmo tendo em conta a conjuntura económico-financeira adversa, mantém o propósito firme de controlar a racionalizar as despesas, não deixando, naturalmente, de cumprir as suas atribuições estatutária, legal e constitucionalmente consagradas. Análise da execução orçamental de 40