Prof. Mariana M Neves DIREITO DO CONSUMIDOR
RELAÇÃO DE CONSUMO Histórico: - Estado Liberal (séc. XVIII e XIX) - liberdade para o Estado + liberdade para o particular - Revolução Industrial Diminuiu possibilidade de negociação individual Abusos por parte dos fornecedores
... Histórico - 2ª GM Tecnologia + informação = globalização Necessidade de intervenção estatal (consumidor como parte + vulnerável) - Brasil Dto Consumidor entre déc. 40 e 60 (leis e decretos)
... Histórico: - Brasil CF 88 art. 5º, XXXII e 170, V. - dignidade -1990 CDC (Lei 8.078/1990) - Norma de Ordem Pública (jus cogens) - Competência para legislar: concorrente: União, Estados e DF
CDC: - Lei principiológica - Submete-se à CF, por mais que seja autônomo - Norma de Ordem Pública (jus cogens) Súmula 381 STJ - nos contratos bancários, é vedado ao julgador conhecer, de ofício, da abusividade das cláusulas.
Importante: Caberá à União estabelecer normas gerais de direito do consumo e aos Estados suplementar esta matéria no que couber. Na inexistência de Lei geral editada pela União, a competência a ser exercida pelos Estados será plena.
Relação de Consumo - Consumidor (Art. 2º CDC) PF e PJ Teorias: finalista maximalista finalista mitigada/temperada
- Fornecedor (Art. 3º CDC) - Rol exemplificativo - Caráter profissional e habitual - Remuneração direta ou indireta (lucro) - Produto (novo ou usado) (Art. 3º 1º) - Serviço (Art. 3º 2º) - Remuneração direta ou indireta ex.: estacionamento de mercado, email.
- Deve haver informação expressa no rótulo quando o produto puder gerar algum perigo ou dano ao consumidor. Ex.: produto tóxico, inflamável; que contém glúten, lactose, etc.
Consumidor por equiparação Art. 2º. Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo. Ex.: vítima evento danoso Direito consumidor = Direito coletivo - Todas as pessoas determináveis ou não expostas às práticas comerciais (oferta, publicidade, práticas abusivas, banco de dívidas, etc.)
ATENÇÃO! Nem todos os serviços públicos estão sujeitos ao CDC! - Remuneração específica e de modo individualizado (luz, água, telefonia, transporte público, rodovia com pedágio).
O que fica fora do alcance do CDC? - Relações trabalhistas - Relações não profissionais (ex.: venda de carro usado pelo proprietário ao vizinho)
ATENÇÃO!!! A existência de lei específica não afasta o CDC! Ex.: lei do inquilinato, dos planos de saúde, da incorporação imobiliária, da mensalidade escolar, etc.
IMPORTANTE! Se, por acaso, outros órgãos públicos editam circulares, resoluções ou portarias (espécies de normas administrativas) voltadas à proteção do consumidor, estas jamais afastaram a incidência do CDC e, ainda, não poderão ser aplicadas se restringirem direitos dos consumidores já garantidos pelo CDC.
Política Nacional das Relações de Consumo - objetivo: atender as necessidades dos consumidores; respeitar a dignidade, proteger a saúde, segurança e os interesses econômicos, melhoria da qualidade de vida, transparência e harmonia das relações de consumo.
Princípio do reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor - Técnica - Jurídica - Fática Princípio do Estudo Constante das Modificações do Mercado de Consumo
Princípio da Ação Governamental para Proteger - intervenção estatal o Consumidor Princípio da Educação e Informação dos Consumidores - Exercício do direito de escolha
Princípio da Harmonização dos Interesses dos Participantes das Relações de Consumo - Desenvolvimento econômico e tecnológico x necessidades dos consumidores Princípio do controle de qualidade e segurança de produtos e serviços Princípio da coibição e repressão das práticas abusivas
Princípio da racionalização e melhoria dos serviços públicos - acesso a todos - Serviço público adequado, eficaz, seguro e, quanto aos essenciais, contínuo (Art. 6º e 22)
Execução da Política Nacional de Consumo Art. 5º Para a execução da Política Nacional das Relações de Consumo, contará o poder público com os seguintes instrumentos, entre outros - rol não taxativo I - manutenção de assistência jurídica, integral e gratuita para o consumidor carente;
II - instituição de Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor, no âmbito do Ministério Público; III - criação de delegacias de polícia especializadas no atendimento de consumidores vítimas de infrações penais de consumo;
IV - criação de Juizados Especiais de Pequenas Causas e Varas Especializadas para a solução de litígios de consumo; V - concessão de estímulos à criação e desenvolvimento das Associações de Defesa do Consumidor.
Princípios Fundamentais do CDC P. do Protecionismo do consumidor (Art. 1º) - Normas de ordem pública e interesse social P. da Vulnerabilidade do consumidor (Art. 4º, I) - Hipervulnerabilidade P. da Hipossuficiência do consumidor (Art. 6º, VIII)
P. da Boa-Fé objetiva (Art. 4º, III) P. da Transparência ou Confiança (Art. 4º e 6º, III) - Dever de informação P. da Função Social do Contrato - Contrato de adesão P. da Equivalência Negocial (Art. 6º, II)
P. da Reparação Integral dos Danos (Art. 6º, VI) - Súmula 37 do STJ -*Súmula 387 do STJ dano estético + dano moral
Até a próxima aula!!! facebook.com/profmarianamoreiraneves Instagram: @profmarianamoreiraneves