AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE STRESS EM ACADÊMICOS DOS CURSOS DE CIÊNCIAS SOCIAS E PEDAGOGIA DO TURNO NOTURNO DE UMA INSTITUIÇÃO PRIVADA

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Resumo AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE STRESS EM ACADÊMICOS DOS CURSOS DE CIÊNCIAS SOCIAS E PEDAGOGIA DO TURNO NOTURNO DE UMA INSTITUIÇÃO PRIVADA Áurea E Om Spricigo Siqueira¹ - PUCPR Caio Soares Holzmann² - PUCPR Cloves Antonio de AmissAmorim 3 - PUCPR Ana Maria Moser 4 - PUCPR Eixo Educação e Saúde Agência Financiadora: não contou com financiamento Estudar também pode causar stress, sobretudo quando o estudante acometido também trabalha. O stress é compreendido como uma reação psicofisiológica complexa do organismo que ocorre em resposta a uma situação ameaçadora, geralmente de difícil controle que demande adaptação do sujeito frente a uma nova experiência. O objetivo desta pesquisa foi avaliar os níveis de stress em alunos do primeiro período dos cursos de Pedagogia e Ciências Sociais do turno noturno em uma instituição de ensino particular de Curitiba. Participaram desta pesquisa 69 acadêmicos, sendo 27 do sexo masculino e 42 do sexo feminino. A faixa etária variou entre 18 a 41 anos, sendo que 31.88% tinham 19 anos (n=22), 27.53% trabalhavam e estudavam (n=19) e 72.46% participantes apenas estudavam. Utilizou-se o instrumento ISS (Inventário de Sintomas de Stress de Lipp para adultos), com aplicação coletiva, realizada pelos autores e o instrumento recolhido ao término do preenchimento. Os resultados encontrados informam que dos 69 participantes, 78.26% se encontravam com algum nível de stress. Dentre estes, 64.81% se encontram na fase de resistência e 35.18% na fase de exaustão, não tendo sido encontrado nenhum participante na fase de alerta. Encontrou-se também maior incidência da manifestação de sintomas físicos (55.55%), seguindo-se dos psicológicos (38.88%) e dos dois sintomas concomitantemente (5.55%). Quando se analisam as variáveis causadores do stress, elas podem estar associadas as disciplinas (prestígio da disciplina, professor da matéria, metodologia, avaliação, e características da mesma); ao aluno, incluindo motivação para aprendizagem, auto percepção para aprender e ainda o seu desempenho. ¹ Graduada em Psicologia pela PUCPR. Email: aurea.spricigo@gmail.com. ² Graduado em Psicologia pela PUCPR. Email: caio_holzmann@hotmail.com. ³ Doutor em Educação. Professor Adjunto da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Membro da Comissão Editorial da Revista Psicologia Argumento: Email: clovesamorim@hotmail.com. 4 Doutora em Psicologia: Psicologia Experimental pela USP. Professora Adjunta da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Email: ana.moser@pucpr.br. ISSN 2176-1396

17452 Em função do elevado número de estudantes acometidos pelo stress, considerando ainda que estudam à noite, e as consequências que o stress pode causar a saúde do acadêmico, são necessárias intervenções para prevenir ou manejar a presença deste fenômeno. Palavras-chave: Stress. Estudantes universitários. Stress em universitários. Psicologia. Saúde. Introdução O contexto universitário proporciona um ambiente de desafios, instigados pela quebra de paradigmas, aquisição de conhecimentos e estabelecimento de novas relações interpessoais. Neste meio, o discente necessita se adaptar, para então responder à demanda exigida pela universidade. Seja pela pluralidade e volume de conteúdo, complexidade das disciplinas e temas, bem como pela insegurança referente ao futuro, o estresse pode se manifestar. Esses aspectos, refletem no processo de ensino-aprendizagem, e podem gerar dificuldades de aprendizagem e alterações no desempenho acadêmico (MONDARDO & PEDON, 2005). Vários fatores podem produzir uma mudança no rendimento do discente, como vícios, cobrança de professores, hábitos individuais e responsabilidades que o acadêmico exerce. Estes, acabam modificando o desempenho acadêmico porque geram uma mudança na habilidade de raciocínio, memorização e interesse do estudante (TORQUATO, GOULART, VICENTIN, CORREA, 2010) De acordo com Mondardo e Pedon (2005) no ambiente acadêmico, o aluno passa a realizar tarefas de alto nível de exigência, exigindo maior concentração de esforços. O hábito de estudo constante pode acabar se tornando uma variável estressora, porque o cotidiano universitário passa a se caracterizar pelo aumento de responsabilidade, ansiedade e competição. A primeira referência no estudo do stress foi o médico Hans Selye, que iniciou seus trabalhos nesta temática em 1936 na Universidade McGill em Montreal, sendo o primeiro cientista a definir este fenômeno, focando na dimensão biológica. Selye observou que organismos diferentes apresentavam um mesmo padrão de resposta fisiológica para determinados estímulos sensoriais e concluiu que isso teria efeitos nocivos em quase todos os órgãos, tecidos e processos metabólicos. De acordo com este mesmo autor (1956), o stress é um elemento inerente a toda doença, que produz certas modificações na estrutura e na composição química do organismo, as quais podem ser estudadas cientificamente. Após observar que diversas pessoas passavam por situações de difícil adaptação e manejo logo antes de desenvolverem doenças, Selye definiu o stress como o estado que se manifesta através da Síndrome Geral de Adaptação (SGA). Esta compreende: dilatação do

17453 córtex da suprarenal, atrofia dos órgãos linfáticos e úlceras gastro-intestinais, além de perda de peso e outras alterações. Em seguida, o autor definiu o stress em três níveis (alerta, resistência e exaustão), que foram posteriormente aprofundados e atualizados. Referencial teórico De acordo com Lipp (2000) a reação ao stress pode acontecer em quatro estágios: alerta, resistência, quase-exaustão e exaustão. A fase de alerta se fundamenta no mecanismo de fuga ou luta, que está relacionada à um conjunto de reações do sistema nervoso, para condicionar o organismo para fugir ou lutar frente a uma possível circunstância de ameaça ou perigo, em decorrência disso, acontecem mecanismos de feedback, como aumento da frequência cardíaca, pressão arterial, frequência respiratória, dilatação dos brônquios, da pupila e maior fluxo de glicose circulante no sangue (LIPP, 2004). Sendo assim, a fase de alerta ocorre no momento em que o indivíduo é exposto a uma circunstância que origine tensão, logo, este organismo se organiza para agir, vivenciando inúmeras alterações bioquímicas. Entretanto, se o causador da tensão não for extinguido, o indivíduo passa para a fase de resistência, em que busca se adaptar e se equilibrar novamente. A fase de resistência ocorre quando o stress se encontra presente por um período de tempo maior, de forma que há tentativas do organismo de se adaptar e reestabelecer a homeostase. A literatura considera que as fases de alarme e resistência são normais para o organismo lidar com eventos estressores. Durante este reequilíbrio, o indivíduo tem a percepção de que a tensão foi eliminada, no entanto, existe uma fadiga excedente que o indivíduo não reconhece. Na fase de quase-exaustão, o organismo encontra-se demasiadamente frágil, e não obtém sucesso ao tentar se adaptar ou resistir, eliciando doenças. Se o evento gerador de tensão permanecer por muito tempo, o indivíduo passa para a fase de exaustão, fase esta evidenciada pela exaustão tanto física quanto psicológica, tornando-o mais vulnerável para a manifestação e cronificação de doenças (NORONHA, FERNANDES, 2008). Na fase de exaustão o stress atinge o estado crônico, desencadeando debilidades fisiológicas do organismo, apresentando dificuldades diversas: piora na qualidade do sono, mudanças abruptas de humor, falha na memória, alteração do apetite, falta de libido, queda na imunidade, isolamento social, taquicardia, entre outros sintomas (LIPP, 2004).

17454 De acordo com Lipp e Tanganelli (2002), o que pode indicar se sintomas de stress vão acontecer é a capacidade do organismo de cumprir às urgências do momento, sendo estas necessidades de natureza positiva ou negativa. quanto mais incontrolável ou imprevisível for um evento, maior sua probabilidade de ser percebido como estressante, uma vez que antecipar a ocorrência de um evento estressante permite que se inicie um processo preparatório que reduz os efeitos nocivos do acontecimento. No entanto, mesmo situações que são controláveis e/ou previsíveis podem ser percebidas como estressantes quando exigem muito do indivíduo ou desafiam sua autopercepção de capacidade. (BARDAGI, HUTZ, 2011, p.115). Existem estudos que além da análise psicológica, identificam níveis bioquímicos, como é o caso do cortisol. De acordo com Kirschbaum & Hellhamer, 1989; Gunnar & Quevedo, 2007; Miller & O callagan, 2002, o cortisol é o principal bioindicador e o mais sensível para se detectar quadros fisiológicos de stress. Tratando-se das alterações psicológicas, as de humor são bastante frequentes. Entre essas, a depressão é a principal. A depressão é um transtorno de humor grave e incapacitante, tendo se mostrado como uma doença que gera problemas na saúde pública. Este quadro pode ser consequência de um evento de stress agudo vivenciado como experiência subjetiva traumática, ou de um período de stress prolongado. Para Moreira e Furegato (2013), a depressão pode ter relação com eventos estressantes, sobretudo quando há fatores de risco envolvidos, como histórico familiar, eventos traumáticos, isolamento social, e experiências desagradáveis vivenciadas cotidianamente. Os autores ainda destacam que profissões que exigem contato mais próximo com pessoas, carregadas de envolvimento afetivo estão mais sujeitas ao desenvolvimento de stress. Lima e Fleck (2009) afirmam que a presença de sintomas depressivos afeta todas as dimensões da qualidade de vida. Qualidade de vida está associada a fatores como estado de saúde, longevidade, satisfação no trabalho, salário, lazer, relações familiares, disposição, prazer e espiritualidade. Isto evidencia que existem diferentes concepções acerca da qualidade de vida, mas os autores convergem para a ideia de que esta é uma avaliação subjetiva que o indivíduo faz a respeito de sua vida em diferentes contextos (BOM SUCESSO, 1998). O Grupo de Avaliação da Qualidade de Vida da Divisão de Saúde Mental da OMS (Grupo WHOQOL) explicou qualidade de vida como a percepção do indivíduo de sua posição na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. Stumm et al (2009) complementa o entendimento, afirmando que esta pode ser mensurada através dos direitos inalienáveis de cada ser humano, além de prever a satisfação das necessidades básicas do indivíduo.

17455 Para Torquato, Goulart, Vicentin & Correa (2010), qualidade de vida refere-se a um movimento dentro das ciências humanas e biológicas com enfoque de valorização de critérios mais abrangentes que apenas o controle de sintomas, a diminuição da mortalidade ou o aumento da expectativa de vida. Qualidade de vida também tem efeito direto no desempenho escolar e acadêmico, sobretudo quando o indivíduo acometido não consegue se adaptar frente ao evento estressor. Os autores ainda destacam que na última década houve um crescente número de publicações com a temática do stress, porém poucos com enfoque nas consequências do stress em universitários. A rotina universitária é permeada por um contexto estressante no qual os acadêmicos têm a responsabilidade de aprenderem uma profissão e prepararem-se para o futuro profissional. Sendo assim, a qualidade de vida dos acadêmicos ainda é objeto de poucos estudos (TORQUATO, GOULART, VICENTIN & CORREA, 2010). Dessa maneira, compreende-se o stress como um fenômeno multifatorial, que está fortemente relacionado à saúde mental e à qualidade de vida, podendo afetá-la ao passo que favorece o surgimento de transtornos e doenças psicológicas (MASCARENHAS, ROAZZI, 2013). O objetivo desta pesquisa foi avaliar os níveis de stress em alunos do primeiro período dos cursos de Pedagogia e Ciências Sociais do turno noturno em uma instituição de ensino particular de Curitiba PR. Método Este estudo foi realizado segundo a perspectiva quali-quantitativa. Trata-se de uma investigação exploratória, de corte transversal, para avaliar o nível de stress em acadêmicos dos cursos de Ciências Sociais e Pedagogia do turno noturno de uma instituição privada. Procedimento Os sujeitos que aceitaram por responder ao questionário foram contatados pelos pesquisadores para que fosse explicitado o objetivo da pesquisa, o respeito ao anonimato dos participantes através da identificação dos acadêmicos utilizando três números e três letras. Observou-se a liberdade para participar ou se abster da pesquisa em qualquer momento, bem como o preenchimento do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

17456 Antes do início da sessão de aplicação, os sujeitos receberam instruções específicas sobre como responder o questionário. Foi esclarecido aos participantes que não havia respostas certas ou erradas, por isso deveriam responder de acordo com seu entendimento e percepção, visto que os resultados individuais teriam sigilo total (De acordo com o parecer 510 do Conselho Nacional de Saúde, de 07 de Abril de 2016, não é necessário submeter ao CEP Comitê de Ética em Pesquisa, quando a atividade realizada com o intuito exclusivamente de educação, ensino ou treinamento sem finalidade de pesquisa científica, de alunos de graduação, de curso técnico, ou de profissionais em especialização). Instrumentos Utilizou-se o instrumento ISSL (Inventário de Sintomas de Stress de Lipp para adultos), com aplicação coletiva na presença dos autores, sendo o instrumento recolhido ao término do preenchimento. O ISSL é composto por uma lista de sintomas físicos (Ex.: boca seca, tensão muscular, formigamento das extremidades) e psicológicos (Ex.: dúvida quanto a si mesmo, aumento súbito de motivação, perda do senso de humor) repartido em três quadros. Originou-se do modelo trifásico de Selye (1956) em que cada quadro se refere a uma das fases do modelo. De início, o participante deve indicar quais os sintomas do primeiro quadro que vivenciou nas últimas 24 horas. Em seguida, deve assinalar quais sintomas sentiu na última semana dentre os apresentados no quadro 2 e, por fim, deve assinalar os sintomas físicos e psicológicos do quadro 3, que vivenciou no último mês. Através do ISSL é possível diagnosticar se o indivíduo tem stress ou não, em que fase se situa (alerta, resistência, quase exaustão e exaustão) e se sua sintomatologia é específica da área somática ou cognitiva (CALAIS, 2003). Resultados e discussões Participaram deste estudo 69 acadêmicos, sendo 27 (39.14%) do sexo masculino e 42 (60.86%) do sexo feminino. Figura 1 Distribuição de amostra de 69 acadêmicos, segundo o sexo.

17457 Sexo 39.14% 60.86% Feminino Masculino Fonte: Os autores. A faixa etária dos participantes variou entre 18 a 41 anos, sendo que 31.88% tinham 19 anos (n=22), 27.53% trabalhavam e estudavam (n=19) e 72.46% apenas estudavam. Figura 2 Fase do stress entre os indivíduos estressados. Nível de stress 35.18% 64.81% Resistência Exaustão Fonte: Os autores. Os resultados obtidos informam que dos 69 participantes, 54 (78.26%) acadêmicos apresentavam algum nível de stress.

17458 Segundo Furtado, Falcone & Clark (2003) estudos realizados na Universidade Federal do Rio de Janeiro indicaram que a maior parte dos acadêmicos de Medicina apresentavam algum tipo de stress. A pesquisa realizada por Mondardo e Pedon (2005) aponta que em uma amostra de 192 universitários, 74% apresentaram sinais de estresse. Os resultados se assemelharam aos achados de vários autores como Calais (2003) e Lipp (2007). Dentre os acadêmicos que apresentavam algum nível de stress, 35 (64.81%) se encontravam na fase de resistência e 19 (35.19%) na fase de exaustão, não tendo sido registrado participante na fase de alerta. O mesmo dado foi encontrado em uma pesquisa realizada por Mondardo e Pedon (2005), em que a maioria dos acadêmicos encontra-se na fase de resistência (79%). Figura 3 Incidência de sintomas de stress entre os estressados. Incidência de Sintomas de Stress 5.55% 38.9% 55.55% Fonte: Os autores. Psicológicos Físicos Concomitantes Observou-se também maior incidência da manifestação de sintomas físicos (55.55%), seguindo-se dos psicológicos (38.9%) e os dois sintomas concomitantemente (5.55%). Um estudo realizado por Assis, Silva, Lopes, Silva, Santini (2013) indicou que houve predominância de sintomas físicos em relação aos sintomas psicológicos. Foi possível verificar com este estudo, que o ISSL (Inventário de Sintomas de Stress de Lipp para adultos) é um instrumento eficaz para diagnóstico e avaliação do fenômeno psicológico stress em diferentes contextos. Contatou-se que pesquisas podem ser realizadas para ampliar o acesso e a produção de informações relacionadas ao stress.

17459 Figura 4 Variáveis que podem estabelecer contingências estressoras no âmbito da escola Fonte: Witter (1997, p.6) A figura 4 indica as variáveis primordiais que podem estabelecer contingências estressoras no contexto acadêmico. Motivos como a direção, administração, professores, grêmios e grupos, espaço físico e até mesmo os alunos podem produzir condições de serem agentes estressores, seja de docentes, discentes ou da equipe administrativa. Outro fator causador de stress é o currículo mal organizado, que se dispõe de maneira inadequada aos alunos e suas necessidades sociais (WITTER, 1997).

17460 Figura 5. Stress no aluno: variáveis das disciplinas e do aluno Fonte: Witter (1997, p.7) A figura 5 indica as variáveis relacionadas às disciplinas e as variáveis do aluno que podem ocasionar stress. De acordo com Witter (1997), as variáveis causadoras do stress associadas às disciplinas são: o prestígio da disciplina, professor da matéria, metodologia, avaliação e características da mesma. As variáveis do aluno abrangem: motivação para aprendizagem, auto percepção para aprender e ainda o seu desempenho durante a formação acadêmica. Bardagi e Hutz (2011) corroboram com esta ideia e apontam ainda possíveis fatores relacionados ao surgimento de sintomas de stress em acadêmicos, como: excesso de provas e trabalhos, existência de conflitos com colegas e/ou professores, baixo desempenho acadêmico, problemas financeiros na aquisição de materiais ou outras necessidades, e falta de relação dos conteúdos aprendidos com a prática. Em relação a influência da fase psicossocial em que o acadêmico se encontra no desenvolvimento do stress, Cooke et al (2006) e Bardagi e Hutz (2011) convergem ao apontarem que, quando se consideram as mudanças intrínsecas ao ingresso na universidade e a adaptação necessária para tal, é possível compreender que o adulto jovem, sobretudo nos primeiros semestres, possa se sentir estressado, uma vez que este período pode ser repleto de

17461 desafios para o acadêmico, em diferentes âmbitos da vida, seja social, pessoal e/ou profissional, deixando o adulto jovem mais vulnerável ao stress. Neste contexto, é esperado que o jovem adulto se adapte a um novo ambiente e ritmo de trabalho, de maneira a estabelecer estratégias de estudo para a aquisição de conhecimentos, assim como se habitue a diferentes métodos de avaliação, se exponha e construa a sua identidade, desenvolva novos modos de gerir o relacionamento interpessoal e por fim, delimite objetivos para sua carreira (ALMEIDA, 2004). Jovens adultos universitários apresentam com frequência problemas decorrentes de fatores estressores, gerando elevado índice de absenteísmo e evasão acadêmica, que reflete negativamente para o ensino público, evolução do país e para o próprio acadêmico; por conseguinte, tais situações devem ser avaliadas e acompanhadas de forma adequada (CERCHIARI, CAETANO, FACCENDA, 2005). Guerreiro-Casanova e Polydoro (2011) complementam que cada vez que a qualidade de vida decai, aumenta-se a chance de que o aluno abandone os estudos e não conclua seu curso, ou se sinta incompetente para tal. Desta forma, verificou-se a forte relação que o stress exerce na qualidade de vida de cada indivíduo. Em função do elevado número de estudantes acometidos pelo stress, considerando ainda que estudam à noite, e as consequências que o stress pode causar a saúde do acadêmico, são necessárias intervenções para prevenir ou manejar a presença deste fenômeno. Conclusão Nesta pesquisa, considerou-se uma amostra de 69 estudantes (N=69) e verificou-se que houve um número alto de estudantes que se encontravam com algum tipo de stress, de acordo com a avaliação psicossocial utilizando o ISSL. Os resultados obtidos neste estudo e em outras pesquisas, como de Furtado, Falcone & Clark (2003), Mondardo e Pedon (2005) e Assis, Silva, Lopes, Silva, Santini (2013) evidenciam informações acerca da prevalência do stress em estudantes, destacando a importância da temática. Desta forma, sugere-se que novas pesquisas sejam realizadas, aumentando-se o tamanho das amostras, com comparações mais precisas, além de destacarem estratégias e prevenção e manejo do stress. Foi possível perceber através desta pesquisa que o stress em estudantes universitários tem um impacto que não pode ser ignorado. As instituições de ensino deveriam promover iniciativas para ensinar estratégias de coping adequadas e para a gestão de stress. Com isso, espera-se que haja uma melhoria na saúde mental e na qualidade de vida dos alunos, o que consequentemente aumentaria o desempenho acadêmico.

17462 Segundo Dziegielewski, Turnage & Roest-Marti(2004) seminários de gestão de stress instruem de forma geral sobre o que é stress, além de ensinar maneiras eficazes e duradouras de redução do mesmo. Os autores ainda afirmam que se este processo for bem feito, aumentamse consideravelmente as chances de obtenção de sucesso acadêmico. Conclui-se então que o estudo evidenciou, através da avaliação dos níveis de stress, que um número significativo de alunos do primeiro período dos cursos de Pedagogia e Ciências Sociais do turno noturno em uma instituição de ensino particular de Curitiba apresentaram algum tipo de stress. REFERÊNCIAS ALMEIDA, L. S. Transição, adaptação e rendimento acadêmico de jovens no ensino superior. (Relatório final do projeto) Universidade do Minha, Braga, 2004. ASSIS, C. L., SILVA, A. P. F., LOPES, M. S., SILVA, P. C. B., T. O, SANTINI. Sintomas de estresse em concluintes do curso de psicologia de uma faculdade privada do norte do País. Cacoal, Rondônia: Mudanças Psicologia da Saúde, v. 21, n. 1, p.23-28, 2013. BARDAGI, M. P.; HUTZ, C. S. Eventos estressores no contexto acadêmico: uma breve revisão da literatura brasileira. Florianópolis: Revista Interação Psicologia, v. 15, n. 1, p. 111-119, 2011. BOM SUCESSO, E. de P. Trabalho e qualidade de vida. Rio de Janeiro: Qualitymark, Dunyoa, 1998. CALAIS, S. L; ANDRADE, L. M. B; LIPP, M. E. N. Diferenças de sexo e escolaridade na manifestação de Stress em adultos jovens. Psicologia Reflexão e Crítica. Porto Alegre, v. 16, n. 2, 2003. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s0102-79722003000200005&lng=pt&nrm=isso> CERCHIARI, E. A. N, CAETANO, D., & FACCENDA, O. Prevalência de transtornos mentais menores em estudantes universitários. Estudos de Psicologia, v. 10, n. 3, p. 413-420, 2005. COOKE, R., BEWICK, B., BAHRKHAM, M., BRADLEY, M., & AUDIN, K. Measuring, monitoring and managing the psychological well-being of first year university students. British Journal of Guidance & Counselling, v.34, n.4, p.505-517, 2006. DZIEGIELWSKI, S. F., TURNAGE, B., & ROEST-MARTI, S. Addressing stress with social work students: a controlled evaluation. Journal of Social Education, v. 40 n.1, p. 105-119, 2004. FURTADO E. S., FALCONE, E. M. O., CLARK, C.Avaliação do estresse e das habilidades sociais na experiência acadêmica de estudantes de medicina de uma universidade do Rio de Janeiro. Interação em Psicologia. Rio de Janeiro, v.7, n.3, p. 43-51, 2003.

17463 GUERREIRO-CASANOVA, D. C; POLYDORO, S. A. J. Autoeficácia na formação superior: percepções durante o primeiro ano de graduação. Psicol. cienc. prof., Brasília, v. 31, n. 1, p. 50-65, 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s1414-98932011000100006&lng=en&nrm=iso>. acesso em 23 de Abril de 2017. GUNNAR, M. QUEVEDO, K. The Neurobiology of Stress and Development. Rev. Psychol. v. 1, n. 58, p. 145-173, 2007. KIRSCHBAUM, C., & HELLHAMMER, D.H. Salivary cortisol in psychobiological research: An overview. Neuropsychobiology, 22, 150-169, 1989. LIMA, A. F. B. S; FLECK, M. P. A. Qualidade de vida e depressão: uma revisão de literatura. Rev. psiquiatr. Rio Gd. Sul., Porto Alegre, v. 31, n. 3, p. 1-12, 2009. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rprs/v31n3s0/v31n3a02s1.pdf. acesso em: 03 de Maio de 2017. LIPP, M. E. N. Inventário de sintomas do stress para adulto. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000. LIPP, M. E. N. Stress no Brasil: Pesquisas avançadas. Campinas: Papirus, 2004. LIPP, M. E. N.; TANGANELLI, M. S. Stress e qualidade de vida em Magistrados da Justiça do Trabalho: diferenças entre homens e mulheres. Psicol. Reflex. Crit. Porto Alegre, v. 15, n. 3, p. 537-548, 2002. LIPP, M. E. N. Transtorno de Adaptação. Boletim Academia Paulista de Psicologia [online], 2007. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s1415-711x2007000100012. acesso em: 05 de Junho de 2017. MASCARENHAS, S. A.do N., ROAZZI, A. Vinculação e Rendimento Acadêmico no Ensino Superior. In: Mascarenha et al. Determinantes do rendimento acadêmico no ensino superior. São Paulo: Editora Loyola, 2013. MILLER, D.B; O CALLAGHAN, J. P. Neuroendocrine aspects of the response to stress. Metabolism, Philadelphia, v. 51, n. 6, p. 5-10, 2002. acesso em: http://www.metabolismjournal.com/article/s0026-0495(02)49080-4/pdf MONDARDO, A. H., PEDON, E. A. Estresse e desempenho acadêmico em estudantes universitários. Revista de Ciências Humanas, v. 6, n.6, p. 159-180, 2005. MOREIRA, D. P., FUREGATO, A. R. F. Estresse e depressão entre alunos do último período de dois cursos de enfermagem. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto,v. 21, n. spe, p. 155-162, Feb. 2013. Availablefrom<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0 104-11692013000700020&lng=en&nrm=iso>. acesso em 05 de Junho 2017. NORONHA, A. P. P, FERNANDES, D. C. Estresse laboral: análise da produção científica brasileira na Scielo e BVS-Psi. Fractal: Revista de Psicologia, v. 20, n. 2, p. 491-502, 2008.

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