Forças de segurança da Guatemala adestram cães para ajudar na proteção de soldados e civis O Exército da Guatemala está usando 24 cães treinados para auxiliar na detenção de suspeitos e ajudar a Polícia Militar a patrulhar as ruas dos 22 departamentos do país. Sandra Araceli Osorio Valdez 30 março 2015 Durante um roubo simulado, o Cabo William Morales ordena que seu cão acompanhante, Legión, ataque o suposto ladrão. Em seguida, o cão salta para perseguir o carro em movimento. [Foto: Araceli Osorio] O Exército da Guatemala está usando 24 cães treinados para auxiliar na detenção de suspeitos e ajudar a Polícia Militar a patrulhar as ruas dos 22 departamentos do país. Os animais também detectam drogas e explosivos. A Unidade Canina Especial (UCE) é responsável por adestrar cães para darem apoio às atividades dos policiais militares, executarem buscas e capturas de fugitivos e procurarem vítimas sob estruturas desmoronadas e em áreas de acidentes, diz o segundo-tenente de Infantaria Carlos Michelle Manes, executivo da UCE.
Legión obriga o suspeito a sair do veículo roubado. [Foto: Araceli Osorio] A UCE, que pertence à Brigada da Polícia Militar Guarda de Honra, realiza patrulhas com as Forças Combinadas de Segurança da Guatemala, formadas por efetivos do Exército e da Polícia Nacional Civil (PNC). Os cães que trabalham na UCE são das raças pastor alemão, pastor belga (variedade Malinois), pastor holandês, rottweiler, doberman, pitbull (American Pit Bull Terrier), labrador e golden retriever. As autoridades planejam triplicar o número de cães adestrados nos próximos meses, diz a Tenente da Polícia Militar Nathalia Mollinedo, comandante da UCE. Ao escolher os animais, os treinadores buscam exemplares que sejam dóceis com as crianças e com outros cães; tenham bom temperamento; sejam facilmente motivados por uma bola e que respondam com entusiasmo aos jogos com alvos, já que essa é a base do treinamento. Para assegurar ótimo desempenho operativo, os treinadores devem habituar os animais aos estímulos urbanos e a diversos ambientes, cenários e tipos de transporte. Os cães precisam demonstrar total obediência tática, explica o Tenente Manes. Os cães adestrados participam de patrulhas de prevenção com a Unidade de Reconhecimento da Brigada da Polícia Militar Guarda de Honra, que presta segurança em áreas de alta criminalidade. Os animais também ajudam a detectar drogas e podem perseguir suspeitos que estão fugindo ou tentando se esconder. Além disso, eles trabalham em áreas onde ocorrerão eventos especiais, rastreando o local com antecedência em busca de explosivos. Adestramento começa com cães jovens Bons recursos humanos são fundamentais para garantir um treinamento adequado dos cães. Portanto, o objetivo da UCE é contar com pessoal altamente qualificado no adestramento canino para buscar
explosivos e drogas, rastrear fugitivos e resgatar pessoas em estruturas desmoronadas, que tenha alta Após receber a ordem do Cabo Morales, o cão treinado solta o suposto ladrão detido por soldados da PNC. [Foto: Araceli Osorio] O suspeito consegue fugir dos policiais e, então, o Cabo Morales ordena que Legión o ataque novamente. [Foto: Araceli Osorio] mobilidade e capacidade de coordenação e comunicação em tempo real e permita cumprir eficientemente
todo tipo de operações de combate em apoio às forças de segurança civil. Dois adestradores veteranos que trabalharam no México e nos Estados Unidos estão ajudando a UCE, dividindo seu conhecimento com 20 treinadores. Um desses profissionais experientes é o cabo William Morales, que treinou Legión, seu cão parceiro. Morales demonstrou as habilidades de Legión em um exercício que a UCE realizou exclusivamente para Diálogo. Durante a simulação em que um criminoso rouba um carro de um motorista, o pastor belga de 2 anos não hesitou quando o Cabo Morales lhe deu o sinal. O cão correu em direção ao veículo e mordeu o "suspeito" que estava usando roupa especial, obrigando-o a sair do carro e a se deitar no chão. Quando o suspeito conseguiu fugir dos agentes da PNC que o haviam detido, Legión saltou sobre o braço direito do homem e não o largou até receber a ordem do treinador. Cães militares protegem soldados Após concluir as tarefas, o Cabo Morales e seu cão acompanhante, Legión, retornam ao seu posto dentro da operação de segurança cidadã. [Foto: Araceli Osorio] A principal tarefa do cão é proteger a vida do soldado. E, para isso, ele deve atacar antes que o policial militar entre em ação, mas isso só se consegue se o cão obedece exclusivamente ao guia, diz a Tenente Mollinedo. Portanto, os comandos de ataque que os cães aprendem não são em idiomas nativos falados na Guatemala, mas em alemão, francês e inglês. Dessa forma, o animal não entenderá se um criminoso ordenar que o solte, diz o Tenente Manes. Os animais podem ser treinados dos 3 meses até 1 ano de idade, no máximo, diz a Tenente Mollinedo. Se começarem depois, terão mais dificuldade para se adaptar ao treinamento.
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